quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Barco Ancorado 20/11/2008


Em quatro letras apenas, Seal resume no título do seu último álbum aquilo que é (e por que é conhecido): "Soul". Trata-se de um disco de versões e de uma viagem pessoal às canções que mais influenciaram o popular cantor britânico. É caso para nesta altura perguntar: Seal ainda é o que era?

Os temas que Seal canta em "Soul" são algumas das canções mais populares da história da música popular: 'It's A Man's Man's Man's World' (celebrizada por James Brown), 'I've Been Loving You Too Long' (com que Otis Redding brilhou) ou 'Stand By Me' de Ben E. King. Mas há mais clássicos, todos eles importados da Soulândia.

"Soul" tem ambiente, é 'cool' e sugere um serão aprazível de audição. Seal aquece as versões com o calor da sua voz. Mas faz pouco mais. O tratamento pop que Seal dá aos temas pouco tem de pertinente ou de mágico, caindo a estrela britânica num exercício redundante que dura 12 faixas.
Voltamos a ouvir canções que já conhecíamos que repetem o mesmo trajecto. Limitar as versões à marca pessoal da voz é pouco e não basta. Perante o gigantismo dos originais, as músicas de "Soul" são um espelho tosco.

Ainda não parece ser desta que Seal inverte o caminho descendente e o reorienta para cima, para os dourados anos 90 quando o cantor tocou no céu e se destacou a popularizar o acid house como intérprete da canção pop de Adamski, 'Killer', arrancando depois para um percurso a solo sem precedentes na soul inglesa da década passada.

Alinhamento
Seal – Walk on by
Seal - Crazy
Chris Isaak – Wicked game
Sting - Fragile
Sade – By your side
Seal – Kiss from a rose
Lenny Kravitz – Calling all angels
Seal – Love´s divine

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