terça-feira, 31 de março de 2009

Barco Ancorado 31/03/2009


Os Green Day confirmaram que o álbum "American Idiot" vai ser transformado num musical este ano. A peça vai estrear em Setembro no Berkley Repertory Theatre na Califórnia. A produção esteve a cargo de Michael Mayer em conjunto com a banda.
«Não faz muito sentido, mas é isso que gosto no meio disto tudo. Quando as pessoas o virem, será como se o meu sonho mais maluco se tivesse tornado realidade», comentou Billie Joe Armstrong.
Se o resultado em Berkley for positivo, é bem possível que "American Idiot, o Musical" chegue à Broadway. Entretanto, espera-se a edição do novo disco da banda, "21st Century Breakdown", prevista para 15 de Maio.

Unanimemente considerados como os pioneiros de um movimento que reanimou o movimento punk, ainda que em novos espaços de interpretação, os Green Day passaram rapidamente do estatuto de banda alternativa e de garagem para a consagração mundial, e serviram ainda de inspiração a uma série de colectivos que decidiram enveredar pelo celebrado estilo híbrido de rock, entre o punk e o pop. A banda, constituída por Billie Joe Armstrong (guitarra e voz), Mike Dirnt (baixo) e Al Sobrante (bateria) formou-se na Califórnia, em finais de 1989. "1,000 Hours", o primeiro disco dos Day lançado de forma independente em 1991, recebeu rasgados elogios dentro do meio punk local, e acabou por levar à assinatura de um contrato com a editora Lookout. A primeira alteração na formação consumou-se ainda nesse mesmo ano quando John Kiftmeyer substituiu Sobrante. "1039/Smoothed Out Slappy Hour", o primeiro longa duração chegou ao mercado alguns meses mais tarde, antes da substituição de Kiftmeyer por Tre Cool.

Em 1992 apareceu "Klerplunk", o segundo álbum dos Green Day, que sedimentou o estatuto de banda de culto dentro da cena punk californiana. Contudo, o triunfo maior celebrou-se dois anos mais tarde com o lançamento de "Dookie". O terceiro conjunto de originais dos Day vendeu mais de dez milhões de cópias em todo o mundo e levou o trio americano à conquista do Grammy para a Melhor Prestação de Música Alternativa. O sucesso parecia então ser o destino dos Green Day, que no ano seguinte lançaram mais um álbum, "Insomniac". O disco não teve, contudo, o percurso vencedor do seu antecessor e, apesar de ter chegado ao segundo lugar da tabela americana de álbuns, não vendeu mais do que dois milhões de cópias. Só três anos mais tarde é que o trio voltou a estúdio com vista à gravação de "Nimrod", editado em 1997.

Em 2000 apareceu "Warning", um disco que mostrou uma evolução particularmente significativa em termos criativos, e que trouxe consigo êxitos como "Minority".
Seguiu-se, em 2001, "International Superhits", a compilação com os melhores temas da carreira, e um ano depois chegou às lojas "Shenanigans", uma colectânea de raridades.
O mais recente trabalho do trio norte-americano foi "American Idiot", disco que valeu a entrada directa para o primeiro lugar na tabela do seu país e sete nomeações para os Grammy Awards 2005. "American Idiot", "Boulevard Of Broken Dreams" e "Holiday" foram os três singles extraídos deste longa-duração.

Alinhamento
Green Day – Boulevard of broken dreams
Green Day - Are we the waiting
Foo Fighters – Times like these
Radiohead – High and dry
Nirvana – About a girl
Green Day – Wake me up when September ends
Pearl Jam – Last kiss
Red Hot Chili Peppers - Under the bridge
Reamon - Strong
Green Day - Whatsername

segunda-feira, 30 de março de 2009

Barco Ancorado 30/03/2009


Andrew Bird regressa ao nosso país no próximo mês de Maio. O compositor norte-americano passa pelo Cinema São Jorge em Lisboa no dia 25 daquele mês, subindo ao palco do Theatro Circo de Braga no dia seguinte.
"Noble Beast" é o nome da mais recente edição deste músico, que canta sobre loops e passa da guitarra para o violino com um facilidade desarmante nos seus concertos. Os bilhetes custam 20 euros.

A razão da migração de algumas aves, é na maioria dos casos a busca de melhor clima e a procura de alimento. Ora com Andrew Bird aconteceu o mesmo. Primeiro a busca de um lugar pacífico, sossegado e equilibrado, coisa que conseguiu no interior dos EUA, numa pequena quinta no estado de Illinois; de seguida com mestria alimentou o corpo e a mente e o efeito de toda esta disciplina está implícito em “Noble Beast”. O 8º disco de Bird é fortemente cerebral e apinhado de requinte. Já vão longe os tempos do pop mais objectivo e concreto de Mysterious Production of Eggs, desde do trabalho de 2007 (Armchair Apocrypha) que Andrew Bird começou a piscar o olho à folk e essa passagem tem sido feita de uma forma pacífica. As roturas têm sido mínimas e a eficácia enorme.

O disco “Noble Beast” continua a mostrar um músico de um enorme talento. O engenho de Andrew está em perfeita ascensão, mais do que nunca está exemplar na composição, tem uma faculdade natural na sua voz, vive a genialidade do seu assobio e continua um violinista de arte refinada. Chegado a este ponto, já nada pode correr mal. Agora há que continuar a migrar pelo mundo fora e alimentar todo o bando sequioso da sua música.

Alinhamento
Andrew Bird – Oh no
Andrew Bird – Fake palindromes
Sufjan Stevens – For the widows in paradise
Elliot Smith – Memory lane
Arcade Fire - Rebellion
Andrew Bird - Plasticities
Rufus Wainwright – Going to a town
The Spill Canvas – Lullaby
The Verve - Numbness
Andrew Bird – Oh Ho!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Barco Ancorado 27/03/2009


Este sábado há um concerto muito especial no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor. De origem nigeriana, Nneka já foi considerada pela crítica a Nina Simone do século XXI. Um concerto seu é uma experiência total para os sentidos capaz de inspirar qualquer um.
Partindo do hip hop, Nneka constrói os espectáculos como uma viagem que une África e o resto do mundo. Abraçada por uma banda que lhe confere um ritmo bem orgânico, Nneka é capaz de pegar numa guitarra e com profunda simplicidade interpretar canções onde as palavras são o mais importante. A sua voz, claro, é o centro do espectáculo: segura, carregada de alma, com um “arranhado” que a torna muito particular. Para dançar, para sonhar e para reflectir, um concerto de Nneka enriquece quem a ele assiste – do hip hop ao reggae, da soul ao rock. Sem parar.

A cantora nigeriana Nneka apresenta este sábado, no Centro Cultural Vila Flor, o seu novo disco, o segundo, intitulado «No longer at ease».
De origem nigeriana, mas residente em Hamburgo, na Alemanha, a cantora e compositora estreou-se em 2005 com «Victim of Truth», que o Sunday Times, reputado jornal do Reino Unido, descreveu como sendo «tão bom quanto o álbum 'The Miseducation of Lauryn Hill', de Lauryn Hill».

O disco de estreia «Victim of Truth» passou despercebido aos olhos do público mais mainstream mas, mesmo assim, foi considerado como cativante pelos amantes da música mais orgânica que conseguiram reconhecer o talento de Nneka, com a sua voz muito particular, aliada a letras que abordam questões bem reais.
Nneka Egbuna nasceu na cidade petrolífera de Warri, na Nigéria, local que tem a particularidade de ser dos mais perigosos locais do mundo.
Foi estudar para a Alemanha aos 19 anos onde absorveu influências que vão desde o seu compatriota Fela Kuti até Bob Marley, Lauryn Hill ou Mos Def.

O estilo de composição cru mas distinto e as suas harmonias distinguem Nneka de todos os demais. O seu segundo álbum, “No longer at ease”, a ser apresentado este sábado no Centro Cultural Vila Flor, a partir das 22 horas, continua o percurso iniciado, contando com a produção do seu colaborador e amigo de longa data, o DJ Farhot, e do produtor francês, Jean Lamoot.

Alinhamento
Nneka - Confession
Nneka - Heartbeat

Lauryn Hill – Can´t take my eyes off you
Angie Stone – No more rain
Macy Gray – A moment to myself
Nneka – Stand strong
Alicia Keys – U don´t know my name
Maxwell – Maybe you
Nneka – Love

quinta-feira, 26 de março de 2009

Barco Ancorado 26/03/2009


Diana Ross é simplesmente uma das mais bem sucedidas cantoras da segunda metade do século XX, destacando-se a partir da década de 60 ao serviço das Supremes até aos dias de hoje, onde continua a acumular sucessos numa fulgurante carreira a solo.
Em 1959, Diana e três amigas (Mary Wilson, Florence Ballard e Barbara Martin) resolvem formar um grupo vocal ao qual resolvem chamar The Primettes. No ano seguinte assinam pela editora Motown e acabam por mudar o seu nome para The Supremes, já em 1961.
Com a nova designação e Cindy Birdsong no lugar de Florence Ballard, as Supremes arrancam rumo ao estrelato, assinando sucesso atrás de sucesso e dominando as tabelas de discos mais vendidos até ao final da década.
Esta quinta-feira, Diana Ross completa 65 anos.

Em 1969 Diana Ross resolve deixar as Supremes e arriscar uma carreira a solo. Mantendo-se na Motown, a cantora começa a trabalhar com a dupla de compositores e produtores Nickolas Ashford e Valerie Simpson que lhe escrevem quatro sucessos dignos de entrada no top-40, incluindo o tema "Ain't No Mountain High Enough", que chega mesmo ao primeiro em 1970.
Mas a sua carreira artística não se fica pela música. Diana passa também pelo cinema, estreando-se em 1972 no filme "Lady Sings The Blues", uma película que conta a história da vida da cantora de jazz Billie Holiday. A respectiva banda-sonora também lhe ficou entregue e com ela chega mesmo ao topo da tabela de álbuns mais vendidos, recebendo ainda uma nomeação para os Óscares desse ano.
No ano seguinte, Ross regressa com novo álbum de nome "Touch Me In The Morning" que entra para o top-10 dos EUA. Ainda nesse ano registe-se a colaboração com Marvin Gaye no disco "Diana & Marvin", gravado em dueto com o cantor, e que lhe vale mais três grandes sucessos.
Nos anos subsequentes, Diana continua a registar álbuns de sucesso como "Love Hangover" de 1976, um disco com fortes influências disco-sound e a participar em filmes como "The Wiz", em 1978.

A década de 80 começa em grande com "Diana", um álbum muito bem sucedido que chega à marca de platina, que inclui hits como "Upside Down" ou "I'm Coming Out".
No ano seguinte a artista regista talvez o maior sucesso da sua carreira com o tema "Endless Love", cantado em dueto com Lionel Ritchie, que é incluído na banda-sonora do filme homónimo.
Em 1982, já depois de ter abandonado a Motown, lança "Silk Electric", um disco que chega ao ouro e que inclui o hit "Muscles", composto e produzido pelo seu amigo Michael Jackson.
Na segunda metade da década o seu volume de vendas começa a diminuir e a cantora decide regressar à Motown pela qual edita, em 1988, o álbum "Love Supreme".

Nos primeiros anos da década de 90, a música de Diana Ross começa a sofrer algumas alterações, passando agora a cantora a debruçar-se mais sobre os standards da pop.
Em 1993, a Motown edita uma caixa retrospectiva sobre a sua carreira intitulada "Forever Diana". Um ano depois chega às bancas a autobiografia da cantora.
Em 1995 é editado o álbum "Take Me Higher" e é preciso esperar mais quatro anos até chegar ao público "Everyday Is a New Day", o seu último disco da década de 90.
Em 2000 Diana Ross regressa com "Gift Of Love", o seu mais recente trabalho até ao momento, até porque em 2004 sucedeu um caso marcadamente negativo na sua vida, quando foi presa ao ser encontrada a conduzir em contramão em estado de embriaguez. No ano anterior já havia estado numa clínica para dependentes de álcool e drogas. Nada que impeça a crítica de continuar a dizer que Diana Ross é uma diva lendária. Uma das maiores inspirações para todas as cantoras de R&B.

Alinhamento
Diana Ross – Chain reaction
Diana Ross – Baby love
Gladys Knight – Licence to kill
Donna Summer – Love to love you baby
Diana Ross – I will survive
Lionel Richie – Just for you
Roberta Flack – Killing me softly with this song
Michael Jackson – You are not alone
Diana Ross – Endless love

quarta-feira, 25 de março de 2009

Barco Ancorado 25/03/2009


Os promotores do Woodstock estão à procura de patrocínios para reavivar o mítico festival de música. De acordo com declarações do co-fundador Michael Lang, os organizadores querem assinalar o 40º aniversário do mais conhecido evento relacionado à música de sempre, com uma nova edição virada para o ambiente, a decorrer este Verão em Nova Iorque. Quanto ao cartaz, o promotor listou nomes clássicos como os The Who junto a artistas mais recentes como a Dave Matthews Band.
No Barco Ancorado desta quarta-feira, a propósito do Festival de Woodstock, vamos recordar bandas e artistas que tocaram exactamente na 1ª edição, de 1969, há 40 anos.

«Vamos ter concertos de muitas bandas veteranas como os The Who, Crosby, Stills & Nash e talvez Joe Cocker. Junto a nomes como Steve Earle e Ben Harper. Haverá também espaço para os Red Hot Chili Peppers e Dave Matthews», comentou Lang à Billboard a propósito da possibilidade de reavivar o mítico Woodstock.

O primeiro, e mítico, Woodstock decorreu em Agosto de 1969, com Jimi Hendrix e The Who, entre os nomes do cartaz. Desde a sua edição original, o Woodstock tem vindo a ser reavivado a espaços. A mais recente edição teve lugar em 1999, com a violência entre o público a manchar os concertos de Limp Bizkit e Red Hot Chili Peppers e, em parte, o próprio nome do festival, questão que não preocupa Michael Lang em demasia.
«Acho que quando se fala no Woodstock toda a gente lembra-se de 1969, não pensam em 94 ou 99», diz o promotor do festival.

Alinhamento
The Who – Teenage wasteland
Jimi Hendrix – Voodoo child
Janis Joplin – Me and Bobby McGee
Joe Cocker – Unchain my heart
Santana – Oye como va
Creedence Clearwater Revival – Long as I can see the light
Crosby, Stills, Nash & Young – Seven bridges road
Canned Heat – Going up to the country
Joan Baez - Diamonds and rust

terça-feira, 24 de março de 2009

Barco Ancorado 24/03/2009


Foi preciso esperar seis anos para ouvir novo disco de Lenine, ainda que pelo meio tenha havido acústico para a MTV e várias produções de outros músicos. Mas, quando o cantor e compositor pernambucano sobe a uma Aula Magna cheia, na sua fabulosa figura de Kurt Cobain cigano, a celebração do regresso acontece numa hora e meia sem uma única falha.
"Labiata", editado em Novembro passado, é também ele um disco de celebração: com 50 anos, Lenine assinala metade de uma carreira que sempre soube misturar os ritmos da MPB com a força do rock. A noite de Lisboa, como o álbum, abriu forte com 'Martelo Bigorna': "é por tudo que fiz e sei que mereço/ posso e te confesso/ você não sabe da missa um terço". Mas o público não só sabia da missa a metade como cantou e dançou de forma cada vez mais efusiva.
Hoje, no Barco Ancorado, falamos de Lenine, do seu mais recente disco e do concerto de domingo em Lisboa.

No concerto da Aula Magna, Lenine só falaria no final da segunda música, apenas para dizer "boa noite, Lisboa", e depois da terceira, 'Excesso Exeto' (composta com Arnaldo Antunes). Aqui, ele solta o desabafo: «o melhor de tudo é você cantar e ter a certeza de ser compreendido». Entre irmãos, cantou a belíssima 'Magra' (também do disco novo) e arrancou a primeira rajada de aplausos a marcar o ritmo. No fim desta, Lenine simula um sambinha, abrindo espaço para 'Samba e Leveza' - uma canção composta a partir de material inédito deixado por Chico Science (da Nação Zumbi), desaparecido em 1997. Pormenor curioso: nesta e só nesta canção, o baixista senta-se num tapete para tocar.

O primeiro grande número rock chega com 'Acredite ou Não', retirado do álbum "Olho de Peixe" de 1993, e o tom acusatório: "no jornal deu a notícia que no cofre da polícia muita prova se escondeu". A dada altura, Lenine confessa sentir-se como um pai a mostrar um filho novo. Entra 'A Mancha' (de novo de "Labiata") com vista para "a negra praia brasileira", mais tarde 'É Fogo' e depois a brutal honestidade de 'Todas Elas Juntas num Só Ser'. Alternando de forma inteligente entre o material novo e "os clássicos", Lenine ainda canta "a lógica do vento, o caos do pensamento" e 'Ciranda Praeira', aquela que é facilmente a canção mais bonita do último álbum (fez-se ali magia mesmo que não se conheça o truque).

Já a ultrapassar as duas dezenas de canções, sozinho e debaixo de um intenso foco azul, Lenine diz os versos de 'Continuação', que fecha "Labiata". Apaga-se o palco e regressam todos por duas vezes. Na primeira, despedem-se com 'Alzira e a Torre' e uma sala de pé, a cantar e a dançar com os corações incendiados; na segunda, com "Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte". Às tantas, perto do final, canta-se que "Tem o diabo no corpo" mas custa acreditar que, depois de tão quente noite de domingo, a Aula Magna peça agora um exorcismo.

Alinhamento
Lenine - Martelo bigorna
Lenine - Samba e leveza
Maria Rita - A festa
Zeca Baleiro - Flor da pele
Marisa Monte - Água também é mar
Lenine - Ciranda Praeira
Arnaldo Antunes - O silêncio
Tom Jobim - Água de beber
Chico Buarque - Homenagem ao malandro
Lenine (ft Pedro Abrunhosa) – Diabo no corpo

segunda-feira, 23 de março de 2009

Barco Ancorado 23/03/2009


Os Guano Apes são o primeiro nome da edição deste ano do Festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. É a própria banda alemã quem o anuncia no seu fórum oficial. Sandra Nasic e companhia estão de regresso aos palcos, depois de uma pausa no seu percurso como banda, durante a qual Nasic lançou o disco de estreia a solo, "The Signal".
Esta será a segunda vez que os alemães tocam no Marés Vivas, depois de terem passado pelo festival em 2001. De acordo com a edição online da revista Blitz, a promotora responsável pelo evento, a Porto Eventos, promete mais novidades sobre o cartaz deste ano até ao final de Março.

Os sons de rock vindos da Alemanha são já familiares no panorama da música mais moderna, e os Guano Apes prolongaram, da melhor forma, a tradição germânica, conquistando seguidores um pouco por todo o mundo. Stefan Ude, Henning Ruemenapp e Dennis Poschwatta deram início às operações dos Guano em 1995 antes de convidarem a vocalista Sandra Nasic para completar a formação. Um concurso promovido pelo canal alemão de música VIVA foi então a rampa de lançamento necessária para os Apes.

O single de estreia dos Guano Apes, o clássico "Open Your Eyes", editado em 1996, entrou de imediato para os dez primeiros lugares do top alemão e conseguiu um êxito surpreendente e considerável.
Mais tarde veio a assinatura de um contrato com a editora Gun Records e a edição de "Proud Like A God", o primeiro longa duração da banda alemã. O trabalho, de onde foram ainda extraídos vários singles com um sucesso maior, como "Lord Of The Boards" ou "Rain", projectou o trabalho dos Guano em toda a Europa.
O segundo longa duração, "Don't Give Me Names", lançado no ano 2000, prolongou o êxito do agrupamento germânico. O single "Big In Japan", uma versão de um tema original dos Alphaville, foi o primeiro extraído do registo, relançando uma vez mais a popularidade da banda.

Os Guano sedimentaram uma fiel e sempre crescente legião de fãs, em muito devido às suas poderosas actuações ao vivo. O último single retirado do segundo álbum, "Living In A Lie", conseguiu, uma vez mais, um êxito grandioso.
Após várias actuações em Portugal - de semanas académicas a festivais de Verão - os Guano Apes lançam um novo álbum de originais em 2003, intitulado "Walking on a Thin Line", que extraíu singles como 'You Can't Stop Me' ou 'Pretty in Scarlet'. Segue-se o CD ao vivo "Live", em 2004.

Alinhamento
Guano Apes – Living in a lie
Guano Apes – Lords of boards
Skunk Anansie - Secretly
Limp Bizkit – Behind blue eyes
3 Doors Down – Landing in London
Guano Apes – Big in Japan
Nickelback – Far away
Audioslave – Be yourself
The Cranberries - Analyse
Guano Apes - Rain

sexta-feira, 20 de março de 2009

Barco Ancorado 20/03/2009


Elton John passa pelo Estádio do Restelo no dia 27 de Junho. Segundo informação avançada pela edição online da revista Blitz, o cantor traz a Lisboa um espectáculo recheado dos muitos êxitos da sua carreira.
Este é o regresso do intérprete de 'Tiny Dancer' ao nosso país, depois das passagens por Vilar de Mouros em 1971, o Estádio de Alvalade em 1992 e o cancelamento em cima da hora do espectáculo no Casino Estoril, em 2000.

Elton John, que dispara para a fama nos excessivos anos 70, é um homem que desde sempre desafiou todas as convenções. Foi educado de forma repressiva pelo pai, que queria que ele se tornasse banqueiro. Apesar da sua paixão pela música (começou a tocar piano aos quatro anos), o pai baniu de casa todos os discos de rock n' roll. Mas a mãe, com pena dele, passava-lhe clandestinamente discos de Little Richard e Jerry Lee Lewis. Aos 11 anos, entra para a Royal Academy Of Music, mas desiste do curso antes de acabar, para tentar uma carreira no rock. Começa a tocar em bandas locais, incluindo os Bluesology, o grupo de apoio do cantor John Baldry. A influência de Baldry e do saxofonista Elton Dean é imensa e como resultado dela resolve adoptar os seus nomes.
Elton revela-se então uma figura excêntrica, com o cabelo colorido e com pares de óculos de todas as formas e feitios. Em 1967, inicia uma parceria com Bernie Taupin, autor das letras das suas músicas. Em 1971, o par torna-se o primeiro, desde os Beatles, a ter simultaneamente quatro álbuns no top ten norte-americano.

A meio da década de 70, Elton John atinge o seu zénite: entra no filme "Tommy", aparece na capa da revista Time e coloca a sua estrela no Passeio da Fama de Hollywood. Grava também, com o seu amigo John Lennon, o tema "Whatever Gets You Through The Night", que se viria a revelar um estrondoso sucesso,.
Até a sua parceria com Taupin se desintegrar, em 1977, a dupla dominou as tabelas com hits como "Your Song", "Rocket Man", The Bitch Is Back" ou "Good Bye Yellow Brick Road"s. Em 1980 dá-se o reencontro e nessa década Elton John adopta uma postura menos exuberante, tanto em palco como na vida privada. A sua música também muda, torna-se mais suave e com mais influências de blues. É então que os seus problemas pessoais começam a ensombrar a sua música. Casa-se em 1984, após ter anunciado a sua bissexualidade em 1976. O casamento termina passados quatro anos. Envolve-se, de seguida, com Ryan White, um jovem hemofílico que sofria de SIDA, e que acaba por morrer em 1990. A morte do companheiro afecta-o profundamente. E pouco depois, inicia uma cura de reabilitação devido a problemas com o consumo de drogas e álcool, bem como de bulimia, assumindo-se então como gay e não como bissexual.

Em 1994, Elton John galga de novo as tabelas com vários temas do filme da Disney "Rei Leão" (nomeadamente "Can You Feel The Love Tonight"), que chega ao primeiro lugar das tabelas e é considerado o álbum do ano.
O ano de 1997 é marcado por duas tragédias: a morte do estilista Gianni Versace e da princesa Diana (ambos amigos íntimos). Mas, em 1998, voltam as boas notícias: é-lhe atribuído, pela Rainha Isabel, o título de cavaleiro do seu país natal e a Recording Industry Association Of America anuncia-o como o segundo artista a solo, de todos os tempos, com mais discos vendidos, apenas atrás de Garth Brooks.
Continua a compor bandas sonoras e em 2000 edita "One Night Only: The Greatest Hits Live", registado no Madison Square Garden, com Mary J.Blige e Bryan Adams como convidados.
Em 2001, regressa com "Songs From The West Coast", que, na lista de convidados, inclui Stevie Wonder, Billy Preston e Rufus Wainwright.
Seguem-se “Peachtree Road”, em 2004, e “The Captain and the Kid”, em 2006.

Alinhamento
Elton John – Nikita
Elton John – Your song
Rod Stewart – Shelly my love
James Taylor – You´ve got a friend
Chicago – Glory of love
Elton John – Can your feel the love tonight
Phil Collins – Against all ods
Josh Groban – Remember when it rained
Michael Buble - Everything
Elton John - Sacrifice

quinta-feira, 19 de março de 2009

Barco Ancorado 19/03/2009


Shout Out Louds, Devotchka, Frida Hyvonen, Alela Diane e Judy Collins vão passar pelo nosso país entre os próximos meses de Abril e Junho. Estes artistas juntam-se aos já anunciados concertos das Those Dancing Days em Braga e Fujiya & Miyagi em Famalicão, no conjunto de concertos organizados pela promotora Big Mamma.
Além de Braga e Famalicão, também Estarreja e Torres Novas recebem nomes internacionais nos próximos meses. Esta quinta-feira damos primazia aos Shout Out Louds no Barco Ancorado.

O nome original dos Shout Out Louds era "Luca Brasi". Porém, quando ouviram uma música dos The Cure chamada 'High' resolveram mudar o nome. Todos os membros são amigos desde a juventude e "wannabes" de Robert Smith. A banda viajou intensamente ao redor do mundo para divulgar o seu álbum de estreia "Howl Howl Gaff Gaff". O seu segundo álbum, "Our Ill Wills", foi gravado na Suécia e estreou na América do Norte a 11 de Setembro. Os Shout Out Louds têm produzido vários vídeos dos seus diversos singles. Há quem advogue que algumas das suas músicas são bastante parecidas com o estilo dos The Cure.

Os Shout Out Louds foram retratados na secção de artes do The New York Times em Novembro de 2005. Viajaram com bandas como The Strokes, Kings of Leon, Secret Machines, The Dears, The Magic Numbers, The Rosebuds, The Sun e The Essex Green.
O baixista, Ted Malmros, ganhou um Grammi (a versão sueca dos Grammy Awards) por dirigir Peter Bjorn and John no video Young Folks.

Bebban Stenborg cantou o trecho vocal feminino da canção "Young Folks" para a apresentação de Peter Bjorn and John no Festival de Coachella 2007. Os Shout Out Louds regravaram a canção "Streams of Whiskey", da banda Pogues, no seu EP de 2007 Tonight I Have To Leave It. Um tema que foi utilizado na publicidade de renovação de imagem da Optimus em Portugal.

Alinhamento
Shout Out Louds – Never ever
Shout Out Louds – Very loud
The National – Slow show
Belle And Sebastian - Expectations
Camera Obscura – Tears for affairs
Shout Out Louds – Wish I was dead
The Cure - Lullaby
INXS – Beautiful girl
The Smiths – Heaven knows I´m miserable now
Shout Out Louds – Tonight I have to leave it

quarta-feira, 18 de março de 2009

Barco Ancorado 18/03/2009


A editora de Jeff Buckley, a Columbia, anunciou o lançamento de um CD/DVD com interpretações ao vivo nunca ouvidas e vistas do desaparecido compositor norte-americano. A edição chama-se "Grace Around the World" e teve como produtora executiva a própria mãe de Buckley, Mary Guilbert. O lançamento assinala os 15 anos do único disco editado em vida pelo jovem músico, "Grace" (1994). A chegada às lojas está marcada para o dia 2 de Junho.

"Grace Around the World" traz registos das passagens de Buckley por programas de televisão nos EUA, Alemanha, Inglaterra e Japão, juntamente com interpretações únicas de 'What Will You Say'. A versão de luxo traz ainda o documentário "Amazing Grace", realizado por Laurie Trombley e Nyla Bialek Adams, duas fãs do músico que compilaram numa hora imagens de concertos de Buckley, bem como entrevistas aos seus admiradores e conhecidos.

Filho do grandioso escritor de canções Tim Buckley, Jeff Buckley deu início à sua carreira sob o olhar atento e carregado de expectativas de todos aqueles que conheciam o trabalho do seu pai, e queriam ver em Jeff um herdeiro do seu talento. Apesar de ter havido apenas uma ínfima semelhança entre as sonoridades compostas por ambos, à semelhança do pai, o músico criou desde o início da sua curta carreira uma legião de fãs, que acabou por se tornar num fenómeno de culto.
Jeff Buckley nasceu em Orange County, na Califórnia, em 1966, e morreu afogado, aos trinta anos de idade, num trágico acidente ocorrido em Memphis, no Rio Mississippi, no dia 29 de Maio de 1997.
Quando Buckley entrou em estúdio com o baixista Mick Grondhal, o baterista Matt Johnson e o produtor Andy Wallace, gravaram sete temas, entre os quais se contavam "Grace" e "Last Goodbye", assim como três versões, uma das quais para "Hallelujah" de Leonard Cohen, e outra para "Corpus Christi Carol" de Benjamin Britten.

Os factos contam que numa quinta-feira à noite, dia 29 de Maio de 1997, Buckley estava a passear com um amigo na marina de Mud Island Harbour, perto do Rio Mississippi, quando decidiu mergulhar vestido na água. Depois de ter passado um barco, o amigo deixou de ver Buckley devido à ondulação provocada, e após dez minutos de procura chamou a polícia, que prosseguiu as buscas durante dois dias, sem quaisquer resultados. O corpo foi encontrado três dias depois, na margem do rio, por um grupo de pessoas que passeavam de barco perto da zona do acidente.
A partir daqui, a história faz-se de discos póstumos gravado ao vivo: em 2000 foi editado "Mystery White Boy" e em 2001 "Live a L'Olympia".

Alinhamento
Jeff Buckley - Grace
Jeff Buckley - What will you say
Ryan Adams and The Cardinals – Easy plateau
Elliot Smith - Memory lane
Sufjan Stevens – To be alone with you
Jeff Buckley - Corpus Christi Carol
Rufus Wainwright – Why does it always rain on me
Damien Rice – The blower´s daughter
Jeff Buckley – Last goodbye

terça-feira, 17 de março de 2009

Barco Ancorado 17/03/2009


Bruce Springsteen pode passar por Lisboa no dia 14 de Agosto. Quem o diz é o jornal espanhol El Periodico de Extremadura, num artigo relacionado com as negociações da autarquia de Cáceres para levar o músico norte-americano a esta cidade espanhola no Verão.

De acordo com declarações da autarca Carmen Heras, Springsteen passa por Lisboa a 14 de Agosto, o que possibilita a passagem por Cáceres, dada a proximidade entre as duas cidades.
O site oficial do artista só indica espectáculos até ao dia 2 de Agosto, com os últimos concertos a terem lugar precisamente em Espanha.

O autor de 'Born in the USA' é um dos nomes apontados pela imprensa especializada nacional e pelo público como grande candidato a passar por Portugal este ano. A confirmar-se o concerto, Springsteen traz na bagagem o último disco "Working on a Dream", bem como os seus mais de 40 anos de carreira.

Alinhamento
Bruce Springsteen – Kingdom of days
Bruce Springsteen – The wrestler
Tom Petty – Into the great wide open
Neil Young – Harvest moon
Bob Dylan – Things have changed
Bruce Springsteen - Working on a dream
Mark Knopfler – The trawlerman´s song
Van Morrison – Brown eyed girl
Bruce Springsteen – My city of ruins

segunda-feira, 16 de março de 2009

Barco Ancorado 16/03/2009


Já não há bilhetes para os concertos de Jason Mraz em Lisboa e Porto. O músico norte-americano passa pelo Campo Pequeno, em Lisboa, no dia 19 de Março, subindo no dia a seguir ao palco do Coliseu do Porto, para apresentar o terceiro disco "We Sing, We Dance, We Steal Things", um sucesso comercial graças ao single I'm Yours'.
As primeiras partes de ambos os concertos vão estar a cargo dos britânicos Two Spot Gobi e da revelação norueguesa Marit Larsen. O início está marcado para as 20h30.

Jason Thomas Mraz nasceu a 23 de Junho de 1977 no estado norte-americano da Virginia. Mraz é um artista eclético com influências de estilos variados, incluindo pop, rock, folk, jazz, country e hip-hop/rap. Na sua ainda curta carreira já teve o privilégio de tocar com vários artistas, tais como: Rolling Stones, Bob Dylan, Dave Matthews Band, Paula Cole, John Popper, Makana, Alanis Morissette, The Ohio Players, Jewel e Bon Jovi.

Em 2005, Jason Mraz abriu os shows de Alanis Morissette. Já entre 2005 e 2006 foi mais longe ao ser artista de abertura dos espectáculos dos Rolling Stones em 5 datas durante a sua excursão mundial.
Este ano, Mraz recebeu 3 indicações aos Grammy Awards, entre elas o de melhor cantor pop masculino, devido ao sucesso de seu último álbum: We Sing, We Dance, We Steal Things.

Alinhamento
Jason Mraz – I´m yours
Jason Mraz – Bella luna
James Morrison – You give me something
Howie Day - Collide
Colbie Caillat – The little things
Jason Mraz – The remedy (I won´t worry)
Jack Johnson - Cocoon
Daniel Powter - Next plane home
Maroon 5 – Goodnight, goodnight
Jason Mraz – Lucky (ft Colbie Caillat)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Barco Ancorado 13/03/2009


Já não existem mais inéditos dos Nirvana por editar. Quem o diz é o ex-baixista da banda, Krist Novoselic. «Não há mais inéditos dos Nirvana. Já não vai haver mais nenhum disco. Apenas existe vídeo. Muito vídeo», comentou Novoselic numa entrevista para agrupar a história do grupo, com vista ao arquivo pelo Washington State's Legacy Project.

Na mesma conversa, o baixista não especificou o conteúdo dos vídeos nem se há algum plano para vir a comercializá-los, mas aproveitou para dizer que reatou as boas relações com Courtney Love, a viúva de Kurt Cobain. Recorde-se que no início do século, Novoselic e Dave Grohl (ex-baterista) entraram em conflito com Love sobre a melhor maneira de editar o último inédito dos Nirvana a ser mostrado até agora, 'You Know You're Right'. A canção acabou por integrar a compilação de 2002, "Nirvana" e a edição de luxo "With The Lights Out", de 2004.

As entrevistas ao ex-músico e agora activista político, resultaram em 89 páginas com transcrições, nas quais Novoselic discorre sobre a sua infância e início da banda, bem como o seu arrependimento por não ter feito mais para evitar a morte de Kurt Cobain em 1994, músico a quem chama de «génio».

«Existe sempre algum rancor. Algum arrependimento. Eu estava zangado na altura. Foi um desperdício. Vocês sabem, foram as drogas. Foi terrível. O Kurt ligou-me no dia em que experimentou pela primeira vez heroína, para dizer que o tinha feito. Eu disse-lhe 'Não faças isso. Estás a brincar com o fogo'», disse Novoselic.

Alinhamento
Nirvana – Smells like teen spirit
Nirvana – All apologies
Soundgarden – Black hole sun
Pearl Jam – Last kiss
Foo Fighters – Walking after you
Nirvana – About a girl
Smashing Pumpkins – Bullet with butterfly wings
Bush - Swallowed
Nirvana – Where did you sleep last night

quinta-feira, 12 de março de 2009

Barco Ancorado 12/03/2009


Lily Allen, The National, Basement Jaxx e Buraka Som Sistema vão passar pelo festival Sudoeste TMN este ano. Allen estreia-se no nosso país no dia 9 de Agosto como uma das atracções-mor do último dia do evento alentejano, para mostrar o recém editado "It's Not Me, It's You", o segundo disco da sua carreira. Na mesma noite, sobem ao Palco TMN os Basement Jaxx. Quanto aos portugueses Buraka Som Sistema prometem um espectáculo único para fechar o palco principal na sessão de abertura do festival, 6 de Agosto, o mesmo dia que recebe o regresso dos National ao nosso país e ao festival alentejano, onde se estrearam em 2007.

Este ano o Sudoeste TMN dá as boas vindas aos festivaleiros campistas logo a partir do dia 1 de Agosto. A noite de recepção ao campista está marcada para quatro dias depois (5), com David Guetta ao leme da festa. Miss Kittin, Caravan Palace e Third World, são outras das atracções já confirmadas para os restantes palcos do festival, o Espaço Eletrónico, Planeta Sudoeste e o palco Positive Vibes, respectivamente.
Os bilhetes para a 13ª edição do Sudoeste já estão à venda pelos preços de 40 euros (entrada diária) e 80 euros (passe de 4 dias).

O anúncio dos primeiros nomes do Sudoeste 2009 foi feito numa conferência de imprensa em Lisboa que contou com a participação em formato showcase de Amy MacDonald, já confirmada para o dia 9 de Agosto no festival da Zambujeira do Mar. Perante uma assistência reduzida no bonito cenário da Estufa Fria, a cantautora escocesa mostrou em formato mais rockeiro que no original, alguns dos temas que compõem o seu disco de estreia "This is The Life", tais como, 'Poison Prince', 'Mr. Rock & Roll', 'Let's Start a Band' e, claro, a popular canção-título 'This is The Life', numa mini-apresentação onde ainda houve tempo para uma versão a solo de 'Dancing in the Dark' de Bruce Springsteen. A jovem Amy MacDonald está assim a afirmar-se, cada vez mais, como o 'fenómeno Brandi Carlile' do ano.

Alinhamento
Lily Allen – Take what you take
Lilly Allen – The fear (I don´t know)
Girls Aloud – The loving kind
Britney Spears – Mannequin
Katy Perry – I kiss a girl
Leona Lewis – A moment like this
Amy MacDonald – This is the life
Pink – Don´t let me, get me
Duffy – Steping stone
Amy Winehouse – You know I´m no good
Lily Allen – Shame for you

quarta-feira, 11 de março de 2009

Barco Ancorado 11/03/2009


As Au Revoir Simone regressam às edições já no próximo mês de Maio. "Still Night, Still Light" é o terceiro disco do trio e sucessor do aclamado "The Bird of Music", que as três meninas de Brooklyn vieram recentemente mostrar ao Santiago Alquimista.
O novo álbum chega às lojas americanas no dia 19 de Maio. Resta saber a data de edição europeia. Nesta quarta-feira, no Barco Ancorado, o destaque vai para as Au Revoir Simone.

As Au Revoir Simone são um trio nascido em Brooklyn e composto por Annie Hart, Heather D'Angelo e Erika Forster. A história começa quando Annie e Erika se conhecem numa viagem de comboio e descobrem uma vontade mútua de fazer uma banda apenas com teclados. Regressadas a Nova Iorque, juntam-se regularmente em ensaios improvisados, aos quais se juntam mais tarde Heather D'Angelo e Sung Bin Park, que já não faz parte da formação actual.

As Au Revoir Simone foram buscar o nome a uma das falas de Pee-Wee Herman do filme de Tim Burton. As suas composições baseiam-se apenas nos teclados e caixas de ritmo enquadrados pelo conjunto quase angelical das três vozes.
Em 2005 chega o EP de estreia "Verves of Comfort, Assurance & Salvation", gravado numa divisão que costumava ser um duche recheada de cobertores e microfones para simular uma espécie de abrigo vocal.

Em palco, rodeadas pela sua parafernália de teclados e percussão. A revista NME caracteriza as Au Revoir Simone como «as irmãs de "Virgens Suicidas", algo entre a bibliotecária e a vanguardista estudante de arte, passando por uma dona de casa hippie».
O primeiro longa duração da banda foi editado em 2007 e intitula-se "The Bird of Music". Como singles foram retirados os temas 'Sad Song' e 'Fallen Snow'. O registo foi pretexto para a estreia do trio em Portugal, no lisboeta Santiago Alquimista.

Alinhamento
Au Revoir Simone – Sad song
Au Revoir Simone – Fallen snow
Camera Obscura – Tears for affairs
Feist – One evening
Rilo Kiley – Silver lining
Au Revoir Simone – Lark
Smoke City – With you
Belle and Sebastian - Expectations
Kings of Convenience – Manhattan skyline
Au Revoir Simone – The lucky one

terça-feira, 10 de março de 2009

Barco Ancorado 10/03/2009


Chris Cornell é o novo nome do cartaz do Optimus Alive!09. O ex-Soundgarden passa pelo festival de Algés no dia 11 de Julho. Recorde-se que Cornell estava confirmado para a edição do ano passado, mas adiou a passagem por Portugal devido à preparação do novo disco "Scream", o pretexto para o regresso ao nosso país.
O terceiro disco a solo do músico, que está inclusive prestes a chegar às lojas, foi produzido por Timbaland e avançado pelos singles 'Scream' e 'Part of Me'.
Chris Cornell junta-se assim à Dave Matthews Band como os nomes já confirmados para o Palco Optimus no dia 11 de Julho. Os Los Campesinos são a única banda avançada para o palco alternativo, para o último dia do festival.

O primeiro instrumento na infância de Chris Cornell foi o piano, mas o cantor iniciou a carreira como baterista na banda Jones Street Band. Em 1984, juntamente com o guitarrista Kim Thayil e o baixista Hiro Yamamoto, formou os Soundgarden. Cornell tocava bateria e cantava, mas logo após Scott Sundquist assumir a bateria (tendo sido ocupada definitivamente depois por Matt Cameron), Cornell passa a dedicar-se exclusivamente ao vocal. Lançaram, entre outros álbuns, Ultramega OK (1988) e Louder Than Love (1989), tendo boa repercussão no cenário alternativo norte-americano. O primeiro EP da banda, Screaming Life, foi lançado em 1987 pela gravadora SubPop.
Em 1990, Andrew Wood, dos Mother Love Bone, morre de overdose de heroína. Cornell resolve homenagear o amigo com duas músicas da sua autoria, "Say Hello To Heaven" e "Reach Down". Junta-se a Jeff Ament e Stone Gossard, ambos membros dos Mother Love Bone, além dos recém recrutados Mike McCready e Eddie Vedder e formam os Temple Of The Dog, que terminam após o fim das gravações do seu único álbum, o auto intitulado Temple Of The Dog. Mike McCready e Eddie Vedder viriam a compor posteriormente os Pearl Jam.

Em 1991 foi lançado Badmotorfinger, álbum que torna os Soundgarden mundialmente famosos graças à grande atenção pelas bandas da cena de Seattle, impulsionada pelo Nirvana. O álbum mais famoso e bem sucedido comercialmente dos Soundgarden é Superunknown, de 1994, que vendeu mais de cinco milhões de cópias somente nos Estados Unidos. Down On The Upside é lançado em 1996, não obtendo o mesmo sucesso comercial do álbum anterior. Os Soundgarden anunciam o seu fim em 1997.
Em 1999, Cornell lança o álbum a solo Euphoria Morning, vendendo 300 mil cópias nos Estados Unidos, merecendo-lhe uma indicação para os Grammy. Em 2001 formou os Audioslave juntamente com os ex-membros do Rage Against the Machine, lançando o álbum Audioslave em 2002, que obteve muita repercussão positiva na imprensa.

Em 2005, os Audioslave entraram para a história, tornando-se o primeiro grupo americano a realizar um show em Cuba. No mesmo ano foi lançado o álbum Out Of Exile. Revelations seria lançado no início de Setembro de 2006. Ainda nesse ano Chris Cornell lançou um novo single, You Know My Name, música tema de James Bond Casino Royale, filme que estreou Daniel Craig como agente secreto 007. No dia 15 de Fevereiro de 2007, Cornell anunciou a sua saída dos Audioslave. E o segundo álbum a solo, Carry On, foi lançado no dia 5 de Junho de 2007, seguindo-se uma turné mundial para promoção do disco. Para os próximos dias está previsto o lançamento de Scream, o novo álbum de Chris Cornell produzido por Timbaland.

Alinhamento
Chris Cornell – Long gone
Chris Cornell – You know my name
Smashing Pumpkins – Stand inside your love
Beck - Loser
The White Stripes - Jolene
Soundgarden – Black hole sun
Pearl Jam – Last kiss
Bush - Swallowed
Audioslave – Be yourself

segunda-feira, 9 de março de 2009

Barco Ancorado 9/3/2009


Os Eels preparam-se para lançar um novo disco no próximo mês de Junho. O álbum, o sétimo na conta da banda, chama-se "Hombre Lobo" e chega às lojas no dia 2 de Junho, com 12 temas no seu alinhamento. Este é o sucessor de "Blinking Lights and Other Revelations", de 2005.

Os Eeels surgiram na era pós-grunge, ao fazerem pequenos concertos em clubes de Los Angeles. O vocalista e guitarrista Mark Everett, juntamente com o baixista Tommy Walter e o baterista Butch Norton, depois de se conhecerem no clube Mint Room, durante uma jam session, cativaram a atenção da cena nocturna na cidade. A editora DreamWorks fez a proposta para um contrato e assim foi editado o primeiro álbum, "Beautiful Freak", em 1996. O som dos Eels era na época definido como algo entre o hip-hop, o jazz e o grunge, entre outros estilos e compostos. Foi esta mistura de categorias que lhes deu estatuto. O álbum, segundo o mentor do grupo, é a expressão em música da celebração da diferença, contemplando e dando um lugar à beleza de todos aqueles que são considerados "fora do comum".

As composições dos Eels cedo se viram influenciadas pelos dissabores de vida do vocalista, que partiu para a Califórnia depois do suicídio de uma irmã. Antes, a sua infância não tinha sido propriamente feliz, com um caminho nas drogas duras desde tenra idade. "Electro-Shock Blues" foi o segundo longa duração editado, com claros reflexos desses períodos negros, por vezes com referências feitas em temas como "Elisabeth On The Bathroom Floor", "My Descent Into Madness" e "Going To Your Funeral". Antes da digressão promocional do segundo álbum, o baixista Tommy Walter deixou a banda.
Dois anos depois, em 2000, os Eels editam "Daisies Of The Galaxy". O álbum perpetua o carácter introspectivo das composições de Mark Everett na obra dos Eels. A morte da mãe, no fim de 1998, constituiu mais um penoso marco para o vocalista e compositor. As criações expostas neste álbum têm, no entanto, um carácter mais leve comparativamente ao trabalho anterior. O disco contou com a participação de Grant Lee Phillips, dos Grant Lee Buffalo, no baixo e de Peter Buck, dos R.E.M., no piano e guitarra. A promoção do disco foi feita em digressão ao longo do ano 2000, com concertos em todo o mundo, entre os quais, nas primeiras partes de Fiona Apple.

Em 2001, os Eels gravam "Souljacker", um disco directamente inspirado no assassino norte-americano que assombrou os EUA na década de 90, e que para além de matar as suas vítimas clamava que lhes roubava a alma.
2003 marca a edição do álbum "Shootenanny!" (gravado em 10 dias) e a ruptura das relações entre Mark Everett e o baterista de sempre, Butch, que ocorre por razões monetárias.
Em 2005, os Eels lançam o seu maior projecto de sempre: o álbum duplo "Blinking Lights and Other Revelations", com 33 faixas, e colaborações do guitarrista Peter Buck (R.E.M.) e de Tom Waits.

Alinhamento
Eels - Novocaine for the soul
Eels – Cancer for the cure
Belle & Sebastian - Expectations
Rilo Kiley – Silver lining
Elliot Smith – Memory lane
Eels – I need some sleep
Sufjan Stevens – Chicago
Blur – Sweet song
Yeah Yeah Yeahs - Maps
The Pixies – Bone machine
Eels - Souljacker

sexta-feira, 6 de março de 2009

Barco Ancorado 06/03/2009


Os Klaxons são a mais recente confirmação no cartaz do Optimus Alive!09. O trio britânico vai passar pelo Palco Super Bock no dia 9 de Julho.
Este é o regresso de Jamie Reynolds e companhia ao nosso país depois da passagem pelo Super Bock Super Rock em 2007.
Os autores de 'Golden Skans' juntam-se assim aos TV on the Radio, Erol Alkan e aos Crystal Castles, já confirmados para este dia no palco alternativo do festival, e aos Metallica, Slypknot, Mastodon e Lamb of God, no Palco Optimus.
O Optimus Alive!09 decorre de 9 a 11 de Julho no Passeio Marítimo de Algés. Os bilhetes já estão à venda pelos preços de 90 euros, o passe de três dias, e 50 euros, o passe de um dia.

Simon Taylor-Davis e James Righton cresceram os dois na terra de origem de William Shakespeare, Stratford-upon-Avon, e descobriram as suas afinidades musicais entre as aulas na escola, que mais tarde viriam a explorar na banda de vida curta Hollywood is a Verb, activa apenas durante o Verão de 2004.
Jamie Reynolds também descobre a veia musical durante a adolescência em Bournemouth e Southampton, integrando projectos como os Thermal and Real e os Sweet. Quando se muda para Londres conhece Simon e James e gasta parte das economias num mini kit de estúdio para gravar com eles sob o nome de Klaxons (Not Centaurs), para mais tarde ficarem apenas como The Klaxons, nome proveniente do verbo grego "klazo", que significa gritar, sendo também frequentemente usado para denominar sirenes. Por seu lado, o trio foi buscá-lo ao Manifesto Futurista.

Em 2006, os Klaxons lançam o single 'Gravity's Rainbow' com apenas 500 cópias em 7 polegadas pintadas todas à mão por eles próprios. O seu som, auto-denominado de nu rave, vai buscar influências à onda rave do final dos anos 80 e inícios dos noventa, encabeçada por bandas como os Nebula 2 e The Prodigy. Pop-rock retro q.b. impregnado de electrónica que chama a atenção dos media e do público, sobretudo com a edição dos seguintes singles 'Atlantis to Interzone' e 'Magick'.
Ainda nesse ano tocam nos Festivais de Reading e Leeds e assinam com a Polydor Records. 'Golden Skans' veio a ser o primeiro single oficial de apresentação do álbum de estreia "Myths of the Near Future", editado em Janeiro de 2007. O registo atinge o número dois da contagem britânica de álbuns.
Pelo meio o baterista Steffan Halperin, que participou no tema 'Atlantis to Interzone', torna-se membro oficial da banda, apesar de quase não aparecer nos vídeos e fotos profissionais.

Sucesso alcançado, os Klaxons começam então uma digressão pela Europa e Reino Unido, que os trouxe a Portugal à edição de 2007 do Super Bock Super Rock.
Entretanto participaram também no tema 'All Rights Reserved' do registo do mesmo ano dos Chemical Brothers "We Are the Night".
Em Setembro de 2007 foram galardoados com o Mercury Prize, o mais conceituado prémio para um álbum no Reino Unido.

Alinhamento
Klaxons – Not over yet
Klaxons – Atlantis to Interzone
Arcade Fire - Rebellion
Bloc Party – I still remember
Interpol – Slow hands
Klaxons – Golden skans
Kings of Leon – On call
Kaiser Chiefs – I predict a riot
Muse – Sing for absolution
The National – Slow show
Klaxons – Gravity´s rainbow

quinta-feira, 5 de março de 2009

Barco Ancorado 05/03/2009


O documentário sobre Patti Smith, "Dream of Life", chegou esta quinta-feira às salas nacionais. O filme é assinado pelo fotógrafo Steven Sebring, que seguiu a intérprete durante onze anos, desde o meio dos 90 até ao início do novo século, para fazer um retrato fiel e íntimo daquela que é tida como o único elo sobrevivente entre a beat era dos anos 70 em Manhattan, o nascimento do punk e o presente, com Smith ainda a subir aos palcos com toda a força de sempre, como pode comprovar na crítica à sua mais recente passagem por Lisboa, em 2007.
"Patti Smith: Dream of Life" está agora disponível nas salas nacionais depois de ter passado por festivais como Sundance, Berlim e Viena.

Patti Smith é uma artista multifacetada que se tem destacado enquanto poetisa e cantora rock, desde o início da sua carreira em princípios dos anos 70, em Nova Iorque.
Após um arranque inicial como poetisa, Smith começa a interessar-se mais pela música a partir de 1974, quando começa a declamar os seus versos em palco acompanhada à guitarra por Lenny Kaye.
No ano seguinte, Patti forma uma banda que começa a fazer o circuito de bares nova-iorquinos, passando por salas hoje míticas como a CBGB.
Descoberta pela Arista Records, a banda edita no ano seguinte o seu álbum de estreia intitulado "Horses", um trabalho muito bem recebido pela crítica que inclui sucessos como "Land of 1,000 Dances" e "Gloria".
Em 1976 é a vez de "Radio Ethiopia", um disco que se revela uma fusão de rock, ora mainstream, ora experimental.

Em 1978 Smith parece entrar numa “onda” mais “comercial”, como o sugere o tema "Because The Night" (incluído no álbum "Easter"), cantado juntamente com Bruce Springsteen, naquele que será provavelmente o ponto mais alto da carreira da cantora.
Em 1979, depois da edição do álbum "Wave", Patti casa-se com o ex-guitarrista dos MC-5, Fred "Sonic" Smith e decide afastar-se do mundo da música.
Nove anos depois a cantora volta ao activo em grande força com "Dream of Live", que recebe excelentes críticas.

Em finais de 1994 o marido de Patti Smith morre, facto que, paradoxalmente, não faz a cantora cessar as suas actividades, antes encorajando-a a trabalhar em material novo. Assim, em 1995 Patti regressa aos palcos, preparando um novo álbum para 1996.
O resultado é "Gone Again", um disco onde Patti conta com a participação de amigos seus, como Tom Verlaine, John Cale e Jeff Buckley, entre outros.
Um ano depois segue-se "Peace and Noise", e em 2000 "Gung Ho", antes de “Trampin” (2004) e “Twelve”, trabalho de 2007.
Anteriormente, em 2002, já havia sido editada uma compilação de nome "Patti Smith Land 1975-2002", que inclui os maiores sucessos da cantora e ainda alguns temas inéditos.

Alinhamento
Patti Smith – Sometimes love just ain´t enough
Patti Smith – Whis I were you
PJ Harvey – To said something
Lou Reed – Walk on the wild side
Nick Cave – Into my arms
Patti Smith – Because the night
Joni Mitchell – How do you stop
Joan Baez - Diamonds and rust
Patti Smith – Free money

quarta-feira, 4 de março de 2009

Barco Ancorado 04/03/2009


Prince prepara o lançamento de um disco duplo, com um bónus.
A edição integra dois álbuns originais intitulados "LOtUSFLOW3R" e "MPLSoUND", junto a "Elixer", um disco da autoria da mais recente protegida do músico, Bria Valente.

O lançamento está marcado já para o final de Março (dia 29) através da cadeia norte-americana de lojas, Target. Prince está fora de contrato com uma editora, por isso fica por saber como e quando o registo vai ser distribuído fora dos EUA.

A associação de artistas com cadeias de lojas fora do mercado musical tem vindo a ser cada vez mais utilizada como recurso para as edições sem editora associada, nos EUA. Os AC/DC lançaram "Black Ice" em exclusivo no Wal-Mart, cadeia que este ano também já tem previsto o lançamento exclusivo de um best of de Bruce Springsteen. Ao próprio Prince não é estranho um lançamento alternativo de um disco da sua autoria, depois de ter disponibilizado milhares de cópias da sua última edição, "Planet Earth", com o jornal britânico The Mail on Sunday, em 2007.

Alinhamento
Prince – The most beautiful girl in the world
Prince – Diamonds & Pearls
Terence Trent D'Arby – Sign your name
Janet Jackson – Every time
Lionel Richie – Stuck on you
Prince - Kiss
Luther Vandross – Buy me a rose
Lenny Kravitz – Calling all angels
Prince - 1999

terça-feira, 3 de março de 2009

Barco Ancorado 03/03/2009


São muitos e são suecos. Podíamos resumir assim a recente diáspora da pop nórdica por paisagens menos frias, mas o epíteto também cai bem na orquestra pop e colorida que são os I'm from Barcelona. A banda que hoje damos a conhecer no Barco Ancorado e que passou nos últimos dias por Lisboa. São 29 os membros que acompanham o mentor Emanuel Lundgren nesta aventura que começou em 2005. Entre instrumentos, balões e confettis, os 16 membros que estiveram num Lux completamente esgotado, apertaram-se em reverência comum à festa, essa sim a pedra base deste coro pop sueco.

No seu mais recente disco, os I'm From Barcelona perguntam "Who Killed Harry Houdini?" e deixam-nos também a perguntar se a melancolia mais acentuada de alguns dos novos temas, quando comparados com o disco de estreia "Let Me Introduce My Friends", saltaria bem para a arena de sorrisos e boa disposição com que são creditadas as suas apresentações ao vivo. Mas no seu concerto de Lisboa nem foi preciso esperar muito para a intimidade se instalar entre o palco e a assistência, que respondeu entusiasta depois de Lundgren fazer o convite «esta noite queremos ficar a conhecê-los».

O público que encheu o Lux para o concerto dos I´m from Barcelona cantou a plenos pulmões quase todos os temas, mostrando-se tão à vontade nos mais antigos como 'This Boy', 'The Painter' ou 'Barcelona Loves You', como nas canções do último disco, 'Paper Planes', 'Mingus' ou 'Music Killed Me', todas elas novos hinos daquela maneira tão especial e festiva com que Lundgren e os seus muitos amigos tratam a música.
Entre crowd surfing, karaoke nas primeiras filas, passeatas entre o público e uma simpatia desarmante, os I'm From Barcelona são a prova dada de que a criação de música não tem de andar sempre pela arena do conceptual.

Com os I´m from Barcelona, em palco os temas aparecem naturalmente mais rock, com a bateria no centro da 'confusão' harmónica que o improviso e a teatralidade dos membros traz a espaços. O que não quer dizer que tudo não esteja muito bem ensaiado. 'Oversleeping' e 'We're From Barcelona' fundem-se os dois na perfeição e os mais lentos 'Ophelia' e 'Rufus', caem muito bem num encore que começou com a loucura total de 'Treehouse'. Antes, banda e público já tinham selado o segredo de uma noite inesquecível com o refrão de 'We Are Your Friends' dos Justice. Tudo isto sempre sem parar de saltar ou bater palmas. Quando no final o grupo desceu para junto do público e o incitou a acompanhá-los num comboio saltitante, o Lux encheu-se ainda mais de sorrisos. Está visto e provado. Os I'm From Barcelona fazem bem à saúde.

Alinhamento
I´m from Barcelona – Music killed me
I´m from Barcelona - Ophelia
Shout Out Louds – Tonight I have to leave it
Belle and Sebastian – I´m a cuckoo
Camera Obscura – Tears for affairs
I´m from Barcelona -Paper planes
Feist - Mushaboom
Rilo Kiley – Silver lining
Shivaree – Goodnight moon
I´m from Barcelona - Headphones

segunda-feira, 2 de março de 2009

Barco Ancorado 02/03/2009


Os Placebo são a mais recente confirmação no cartaz do Optimus Alive!09. A banda de Brian Molko é o primeiro nome anunciado para o palco principal do festival no dia 10 de Julho. Na bagagem, os britânicos trazem o ainda inédito e não intitulado sexto disco, previsto para o próximo mês de Junho.
Os Placebo juntam-se assim aos já anunciados Metallica, Slipknot, Lamb of God, Mastodon e Dave Matthews Band, no cartaz do Alive!09.
O Optimus Alive!09 decorre de 9 a 11 de Julho no Passeio Marítimo de Algés. Os bilhetes já estão à venda pelos preços de 50 euros (dia) e 90 euros (passe de três dias).

O encontro que deu origem aos Placebo ocorreu no Luxemburgo, quando Brian Molko se cruzou com Stefan Osdal. O primeiro é britânico, filho de um escocês e de uma americana, e o segundo, sueco. A reunião acabou por não ser muito produtiva, e só acabou por ter os seus frutos anos mais tarde, quando a dupla se reencontrou em Londres.
A junção do talento do duo europeu resultou na formação dos Ashtray Heart, em conjunto com o baterista Robert Schultzberg. A designação do agrupamento foi efémera, tal como a prestação de Schultzberg que, pouco tempo depois, foi substituído por Steve Hewitt, ex-Breed. A adopção do nome Placebo ocorreu logo a seguir. O primeiro conjunto de originais da banda europeia surgiu em 1996. O auto-intitulado "Placebo" foi, segundo palavras de Molko, um álbum com uma mensagem muito sexual. A produção esteve a cargo de Brad Wood, que tinha colaborado com nomes como Liz Phair, Sunny Day Real Estate ou os Jesus Lizard. "Nancy Boy", um dos singles extraídos, chegou ao quarto lugar do top britânico.

O restante ano de 96 e parte de 97 foram dedicados pelos Placebo à realização de concertos. A banda, desde a sua estreia, teve a atenção de alguns nomes consagrados no mundo da pop e não só. Assim, nomes como Bono dos U2, David Bowie, Michael Stipe ou Marilyn Manson expressaram desde logo a sua especial apreciação pelo som dos Placebo. A digressão feita durante esses anos incluiu tocarem na abertura de alguns concertos da PopMart Tour dos U2, e a presença na festa do 50º aniversário de David Bowie no Madison Square Garden de Nova Iorque.
"Without You I'm Nothing" de 1998 foi o segundo registo do grupo. O longa duração, com temas como "Pure Morning" e "Every You And Every Me" deu ainda mais vigor à identificação da banda com os idos anos 70. Desde a sua formação que o grupo foi por várias vezes identificado com o glam rock, e com alguns ícones da época como foi o alter ego criado por David Bowie, Ziggy Stardust. A imagem da banda ficou ainda mais ligada ao género depois da aparição no filme "Velvet Goldmine", protagonizado por Ewan McGregor e produzido por Michael Stipe. Mas esta estreita ligação foi de pronto recusada pelos próprios elementos da formação, que preferiam ver a banda dentro de um género mais aproximado ao pós-punk.
O ano 2000, viu a edição de mais um conjunto de originais, "Black Market Music". O álbum reflectiu, de certa forma, como que uma viragem nas criações da banda.

Os temas aí constantes são feitos de sons mais duros, claramente aproximados ao tal género pós-punk atrás referenciado como sendo o que mais se identifica com as preferências dos membros dos Placebo. Novo álbum de originais, intitulado "Sleeping With Ghosts", foi editado em 2003, e apresentado ao vivo no nosso país em dois concertos realizados nos Coliseus de Lisboa e Porto.
Também no mesmo ano, Brian Molko colaborou no projecto de Dimitri Tikovoi, os Trash Palace, ao lado de músicos como John Cale.
Em 2004, os Placebo lançam o best of "Once More With Feeling: Singles 1996 - 2004", com os inéditos 'I Do' e 'Twenty Years', e em 2005 actuam na extensão parisiense do Live 8.
Em 2006 chega "Meds", um álbum apresentado pelos singles 'Because I Want You' e 'Song To Say Goodbye'. Michael Stipe, dos REM, e Alison "VV" Mosshart, dos The Kills, são as vozes convidadas.

Alinhamento
Placebo – Special needs
Placebo - Meds
Muse – Sing for absolution
Franz Ferdinand - Matinee
Blur – Out of time
Placebo – Special K
Snow Patrol – Signal fire
Coldplay - Fix you
The Killers - Human
Placebo – Slave to the wage