quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 01/01/2009


Os mais vendidos de 2008

Duffy – Rockferry
Take That – Patience
Coldplay – The scientist
Leona Lewis – A moment like this
Kings of Leon – Use somebody
Pink – Don´t let me get me
Rihanna – Unfaithful
Duffy – Mercy
Take That – Shine
Coldplay – Speed of sound
Kings of Leon – On call
Rihanna (ft Jay Z) - Umbrella

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Despedida anunciada


Sei que tudo o que não é sólido se desmancha no ar. Porque fui erigir ilusões se sempre as soube frágeis, incapazes de resistir a uma batalha de verdade? Como fui deixar o meu coração tão aberto se sempre tive menos do que o preciso, se tudo era apenas cancelas de palha e areia a reter o inexistente? Como cultivei tamanho engano dentro do meu peito? Porque sabendo da escassez e da falta de futuro doei tanto? Porque fiz todas as renúncias que nunca havia feito, mudei os hemisférios, inverti os pólos, se sabia que o mundo não ia girar a meu favor? Porque ignorei os avisos dos sinais luminosos e li certezas no etéreo, li sentimentos onde não havia mais lugar, onde nada mais cabia? Não saberia, logo eu, que as palavras são irresponsáveis? Como são cruéis as enlouquecidas esperanças.
Como havia previsto, o ciclo encerrou-se definitivamente. Sem meias palavras. Sem hesitações. Seco, frio e objectivamente. Rápido, preciso e mortal. Duro como são os desenlaces, as despedidas, mesmo quando anunciadas. E não pelo fim em si, mas pela forma, a gente sente-se pequena, sem dimensão, descartável. E talvez isto me faça lembrar o tamanho real do que sou. Cumprirei o ciclo da penúria...
Não há mais encantos a serem contados. Ficará a lenda da moça do lado do pôr do sol. E as lendas, se por um lado são imortais e vagam de boca em boca, ao longo dos tempos, imemorialmente, por outro acabam por restar no nosso imaginário apenas como lendas...

Barco Ancorado 30/12/2008


Uma guitarra alegadamente partida em palco pelo desaparecido líder dos Nirvana, Kurt Cobain, foi vendida em leilão por cerca de 72 mil euros.
A Fender Mustang remendada com fita-cola estava na posse do músico Sluggo, dos The Grannies and Hullabaloo, que trocou uma guitarra sua pela de Cobain, depois do vocalista a ter partido e não ter dinheiro suficiente para a substituir na primeira digressão americana dos Nirvana, em New Jersey.

O hábito de partir instrumentos em palco foi uma das grandes marcas em concerto do mentor do trio de Seattle, levando a que muitas das suas guitarras sejam hoje apenas pedaços de madeira separados. A última guitarra do músico a ser vendida em leilão, uma Mosrite Gospel Mark IV ainda em condições de ser tocada, rendeu cerca de 93.500 euros, naquela que foi até agora a venda mais lucrativa de sempre de um item possuído por Cobain.

O artigo mais valorizado do espólio do músico são os casacos usados pelo compositor ao longo da sua curta vida, nomeadamente o famoso casaco de malha cinzento que envergou no célebre concerto MTV Unplugged em 1993. É a própria viúva do músico, Courtney Love, quem os está a leiloar, num valor base que atinge os 40 milhões de dólares, mais de 28 milhões de euros.

Alinhamento
Nirvana – All apologies
Nirvana – About a girl
Pearl Jam – Last kiss
Foo Fighters – Walking after you
U2 – Sunday bloody sunday
Nirvana – Come as you are
Jimi Hendrix -Hey Joe
The Doors – Riders on the storm
Nirvana – Where did you sleep last night

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 29/12/2008


Sufjan Stevens manteve este ano a tradição de fazer canções de Natal. O músico norte-americano acaba de gravar "Songs for Christmas Volume 8: Astral Inter Planet Space Captain Christmas Infinity Voyage".
Não há planos para editar as canções em disco mas a editora Asthmatic Kitty deixou vários presentes no sapatinho dos fãs de Sufjan Stevens. Um videojogo, um postal de Natal e fotografias. Também se pode ouvir os cinco primeiros discos alusivos à quadra, gravados entre 2001 e 2006, e que foram reunidos na caixa "Songs for Christmas".
Dois dos temas gravados nesse período, 'That Was the Worst Christmas Ever' e 'Sister Winter', podem ainda ser descarregados gratuitamente em formato mp3.

As canções mais recentes incluem versões de temas tradicionais da quadra, como 'Angels We Have Heard on High' e 'Do You See What I See?', além das canções originais 'Christmas in the Room' e 'The Child with the Star on His Head'.
Sufjan Stevens, músico norte-americano nascido em Detroit, Michigan, a 1 de Julho de 1975, actualmente reside em Brooklyn, Nova Iorque.
Além de sua grande popularidade, Stevens vem recebendo muitos elogios da crítica musical norte-americana.

Apesar do seu nome de baptismo ser de origem árabe, tratando-se de uma referência histórica pré-islâmica - Abu Sufyan ibn Harb - Stevens cresceu num ambiente religioso ecuménico e liberal.
Perduram, persistentemente, profundas discussões sobre a natureza da sua sexualidade: muitas pessoas acreditam que ele seja homossexual, muito embora Sufjan jamais tenha feito quaisquer declarações sobre o assunto.

Sufjan Stevens tem, desde 2000, seis álbuns de estúdio editados. Começou com “A Sun Came”, seguindo-se, a um ritmo interessante, “Enjoy Your Rabbit”, “Michigan”, “Seven Swans”, “Illinois”, “The Avalanche” e, finalmente, em 2006, “Songs for Christmas”.
Natal que volta a ser o mote para Sufjan voltar às edições.

Alinhamento
Sufjan Stevens - Chicago
Sufjan Stevens – To be alone with you
Elliot Smith – Memory lane
Damien Rice – The blowers daughter
Sondre Lerche – Two way monologue
Sufjan Stevens - Jacksonville
Belle & Sebastian - Expectations
Rufus Wainwright – Going to a town
Sufjan Stevens – For the widows in paradise

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 26/12/2008


Kelly Clarkson regressa às edições no dia 19 de Janeiro de 2009. A cantora norte-americana prepara o lançamento do single 'My Life Would Suck Without You', o primeiro avanço para o ainda não intitulado disco, cuja edição está prevista para Março.
O álbum será o sucessor de "My December", que vendeu mais de 780 mil cópias só nos EUA.
Apesar do sucesso do disco, recorde-se que Clarkson foi obrigada a cancelar as datas nas maiores salas da sua última digressão, devido à fraca venda de bilhetes.

Take 2
Vencedora do concurso "American Idol: The Search for a Superstar" promovido pela Fox TV ao longo do verão de 2002, Kelly Clarkson passou de talento anónimo a cantora de êxito.
Os dotes vocais de Kelly foram descobertos quando uma das suas professoras a instigou a juntar-se ao coro escolar. Quando terminou o ensino secundário, Clarkson mudou-se para Hollywood para tentar a sua sorte como cantora e chegou a participar, como figurante, num episódio da série juvenil "Sabrina".

Take 3
Depois de regressar à sua terra natal, no estado norte-americano do Texas, Kelly Clarkson trabalhou num cinema, promoveu bebidas, foi empregada de bar, trabalhou num clube de comédia e ainda passou pela papelaria de um jardim zoológico.
Clarkson concorreu à primeira edição do "American Idol" (equivalente aos "Ídolos" em Portugal) juntamente com 10 mil candidatos. A conquista do primeiro lugar valeu-lhe um contrato discográfico no valor de um milhão de dólares.

Take 4
O primeiro single de Kelly Clarkson foi 'A Moment Like This', que vendeu mais de 250 mil cópias na segunda semana de vendas. Seguiu-se o álbum de estreia "Thankful", de 2003, e o segundo trabalho de originais "Breakaway", que chegou a Portugal em 2005. Este último disco atingiu a tripla platina nos Estados Unidos com 3 milhões de cópias vendidas e foi produzido por Clive Davis, o mesmo homem que reanimou a carreira de Santana com o álbum "Supernatural".
Kelly Clarkson tornou-se, também, na primeira artista de sempre a ter dois singles entre os três primeiros mais tocados nas rádios norte-americanas, graças a 'Since You've Been Gone' e 'Behind These Hazel Eyes'.

Alinhamento
Kelly Clarkson – Because of you
Kelly Clarkson – Behind these hazel eyes
Daniel Powter – Next plane home
James Blunt – Carry you home
Natasha Bedingfield - Angel
Kelly Clarkson - Breakaway
Sheryl Crow – The first cut is the deepest
Backstreet Boys – When you say nothing at all
Rihanna - Unfaithful
Kelly Clarkson – A moment like this

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 24 e 25/12/2008


24/12/2008
Backstreet Boys – Christmas time
Bing Crosby – Chestnuts on the open fire
Diana Krall – Sleigh ride
Luther Vandross – This is Christmas
Steven Curtis Chapman – Winter wonderland
Boys II Men – Cold December nights
Tom Scott – Have yourself a merry little Christmas
Trade Adkins – The Christmas song
Manhattan Transfer – A Christmas love song
Jeff Jones – Silent night
The Kings – This Christmas

25/12/2008
Bon Jovi – I wish everyday could be like Christmas
Britney Spears – My only wish this year
Bryan Adams – Christmas time
Celine Dion – Christmas in my heart
Michael Bolton – Santa Claus is coming to town
Gloria Estefan – Christmas trough your eyes
Kylie Minogue – Santa baby
LeAnn Rimes – The Christmas song
Tanya Tucker – Winter wonderland
Peabo Bryson – It´s the most wonderful time
Queen – Thank god it´s Christmas

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 23/12/2008


Os Deolinda estão a preparar a edição internacional do disco de estreia, "Canção ao Lado". O álbum vai ser lançado em países como a Bélgica, Holanda, Luxemburgo e França no próximo mês de Março, pela World Connection, a editora responsável pelas edições nestes países de Mariza e Sara Tavares.
Na calha para Ana Bacalhau e companhia está também uma digressão internacional, com início no dia 14 de Fevereiro em Leuven na Bélgica. Além deste país, os Deolinda têm passagens previstas pela Alemanha, França, Suíça, Áustria e Holanda.
"Canção ao Lado" foi editado em Abril e já atingiu a marca da platina no nosso país, por vendas superiores a 20 mil unidades.
Entretanto, a banda de 'Fon-Fon-Fon' fecha o ano no Algarve, com um concerto de entrada livre em Quarteira no dia 31 de Dezembro.

"...O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida dos vizinhos. Vive com dois gatos e um peixinho vermelho..."
Assim se apresenta o projecto nacional formado por Ana Bacalhau na voz, Pedro e Luís Martins nas guitarras e Zé Pedro Leitão no contrabaixo.

A proposta deste grupo bem lisboeta é trazer o fado para ser visto sob um caleidoscópio de cores que tanto vão buscar à tradição da música popular portuguesa de José Afonso a António Variações como à do fado clássico de Amália e Alfredo Marceneiro, tudo enquadrado por uma alegria dançável bem espelhada nos tons garridos e coloridos das roupas de Ana Bacalhau e da boneca que lhes serve de logo.
Uma palete onde curiosamente não há lugar para a guitarra portuguesa, aqui substituída pelas guitarras clássicas dos irmãos Martins, os dois mentores do grupo que em 2006, na altura ainda dos Bicho de 7 Cabeças, decidiram convidar a prima Ana Bacalhau, dos Lupanar, para cantar um conjunto de temas para um novo projecto ainda sem nome. Logo de seguida, o contrabaixista José Pedro Leitão, também dos Lupanar, ingressou na banda, dando forma ao conceito Deolinda.

Dois anos depois, com muitos concertos na bagagem, chega o disco de estreia "Canção ao Lado", com participações de Mitó dos A Naifa, Norberto Lobo e as ex-Pinhead Society Joana Sá e Mariana Ricardo.
Apresentado por singles como 'Fado Toninho' e 'Clandestino', "Canção ao Lado" é também pretexto para uma digressão de Verão que passa pelo Sudoeste TMN e termina com um concerto esgotado na Aula Magna, em Lisboa.

Alinhamento
Deolinda - Fon-fon-fon
Deolinda – Canção ao lado
Madredeus – A vaca de fogo
Viviane – A vida não chega
Ala dos Namorados – Loucos de Lisboa
Deolinda – Fado toninho
Ornatos Violeta – Capitão romance
Jorge Palma – Deixa-me rir
Mafalda Veiga – Uma gota
Vitorino - Joana Rosa
Deolinda – Mal por mal

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 22/12/2008


Lily Allen acaba de revelar o artwork do seu novo álbum, "It's Not Me, It's You". A capa do segundo álbum da cantora britânica mostra-a deitada numa gigante letra L.
"Its Not Me, It's You" sucede a "Alright, Still" e tem lançamento marcado para 9 de Fevereiro do próximo ano, sendo apresentado pelo single 'The Fear'.
Entretanto, a Gigwise elegeu também as melhores capas de discos do ano de 2008. Os James foram os vencedores com o polémico artwork do seu recente "Hey Ma", que mostra um bebé a tentar chegar a uma arma, julgando ser um brinquedo.

Lily Rose Beatrice Allen nasceu em Londres, a 2 de Maio de 1985. Estudou em mais de dez escolas e até trabalhou numa floricultura. Porém, foi para a área do showbiz, seguindo o caminho trilhado pelos pais. Keith Allen, seu pai, de origem galesa, é comediante e apresentador de televisão, e também é co-autor de "World in Motion", canção que embalou a Selecção Inglesa de Futebol no Mundial de 1990. Já a mãe, Allison Owen, é produtora de cinema.
Lily estudou música, mas revelou não saber tocar nenhum instrumento. Por isso, conta que dá importância às formas dos vocais das canções. Fez o seu primeiro concerto em Maio de 2006.
O álbum de estreia, “Alright, Still”, foi lançado pelo selo EMI. As canções trazem na melodia influências do rock dos anos 1960, ska, rap e música electrónica.

No final de 2007, Lily descobriu que estava grávida do seu primeiro filho, com o então seu namorado Ed Simons (15 anos mais velho), elemento dos The Chemical Brothers. Allen - conhecida pelos seus excessos – tentou mudar o seu estilo de vida, deixando de beber e de fumar para preservar a saúde do bébé. Contudo, em Janeiro deste ano acabou por sofrer um aborto espontâneo, aos 4 meses de gravidez. Após recuperar-se ao lado de Simons, família e amigos, Lily voltou ao trabalho e no final de Janeiro assumiu o seu programa de variedades na TV britânica, "Lily Allen and Friends". Pouco depois, Lily e Simons separaram-se.

No início de 2008, Lily colocou no seu Myspace duas novas músicas: "I Could Say" e "I Don't Know" (o título desta foi alterado para "The Fear"), pertencentes ao seu novo trabalho.
Depois disso, divulgou mais duas músicas, a polémica "GWB (F**k You Very Much)" e "Who'd Of Known". A primeira é um crítica clara ao presidente dos EUA George W. Bush. Já a segunda, de acordo com Lily, é uma cópia dos "Take That". O videoclipe de "The Fear" foi lançado no Myspace da cantora e na televisão no dia 4 de Dezembro. O show de estreia da turné de divulgação do seu novo álbum acontecerá no dia 28 de Janeiro de 2009.

Alinhamento
Lily Allen – The fear
Lily Allen - Naive
Natasha Bedingfield - Angel
Duffy – Steping stone
Dido – Sand in my shoes
Lily Allen -Take what you take
Mika – Happy ending
Amy Winehouse - You know I´m no good
Lily Allen – Shame for you

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 19/12/2008


Pedro Abrunhosa nasceu no Porto a 20 de Dezembro de 1960 e, após uma primeira passagem pela Escola de Música Ravina em 1972, iniciou a sério os seus estudos musicais em 1976, na Escola de Música do Porto, começando, dois anos depois, o estudo de um instrumento: o contrabaixo. Ingressou em seguida no Conservatório de Música do Porto. Nesse período, foi convidado a integrar o Grupo de Música Contemporânea, do compositor espanhol Enrique Macias. Em 1981, é diplomado em Pedagogia Musical. Em 1984, desloca-se a Espanha para aprofundar os estudos de contrabaixo, ao qual se dedica nos anos seguintes. Aprende com o contrabaixista Todd Coolman e com os músicos Joe Hunt, Wallace Rooney, Gerry Nyewood e Steve Brown. E depois com Adriano Aguiar e Alejandro Erlich Oliva, seus mestres de contrabaixo. Foram os anos do jazz. Durante o resto da década mantém-se muito activo. Colaborou com grandes figuras como Paul Motion, Bill Frisell, Joe Lovano, David Liebman e Billy Hart. Complementa a sua formação em várias vertentes, participa em Seminários, lecciona na Escola de Jazz do Hot Club, de Lisboa e na Escola de Jazz do Porto, de que é co-fundador (bem como da sua respectiva Orquestra), arranjando ainda tempo para tocar ao vivo. Funda e dirige também a "Cool Jazz Orchestra", uma banda vocacionada para o Rhytm n' Blues que, após três anos de intenso trabalho, viria a dar origem ao grupo "Pedro Abrunhosa e a Máquina do Som", orientado para a execução de temas originais da sua autoria.
Este sábado, Pedro Abrunhosa completa 48 anos.

Com os Bandemónio, grava para a multinacional Polygram o seu primeiro disco, "Viagens", que conta com a participação de Maceo Parker, saxofonista habitual de James Brown. "Viagens" vende mais de 130 mil cópias, chegando à tripla platina. Abrunhosa dá então mais de 120 concertos por todo o país, e também nos EUA, Brasil, Macau, França e Espanha, entre outros. Em Dezembro de 1994 tem destaque de primeira página na revista norte-americana "Billboard", o que lhe dá um empurrão para o início de uma carreira internacional. E, em Setembro de 1996, desloca-se a Memphis e Minneapolis, onde ultima a preparação do seu segundo trabalho. Todo o processo de misturas finais, assim como grande parte da gravação da secção rítmica e voz, estiveram a cargo de Tom Tucker, responsável pelas misturas de álbuns de Prince. Abrunhosa convida para participar neste disco uma série de músicos, tanto portugueses como estrangeiros. "Tempo" é o título deste trabalho, que chega, logo na primeira semana, à dupla platina.

Pedro Abrunhosa compôs e executou a música para o filme "Adão e Eva", de Joaquim Leitão (que bateu todos os recordes de bilheteira). 'Se eu fosse um dia o teu olhar' foi editada também no Brasil e vendeu mais de 800 mil cópias. Tendo em vista a sua internacionalização, desloca-se a Madrid, Paris e Londres, gravando, nas respectivas línguas, alguns dos temas do álbum "Tempo". Compõe a música e letra para o musical "O Rapaz de Papel", que estreia em Março de 1998, integrado no Festival dos 100 Dias (iniciativa que precedeu a abertura da Expo-98). Produz ainda o disco a solo de Diana Basto, "Amanhecer", para o qual escreveu a totalidade das músicas e letras.
É convidado por Caetano Veloso a realizar um espectáculo conjunto na Expo-98, que viria a bater os recordes de bilheteira. Participa, ao lado de Chiara Mastroianni, no filme de Manuel de Oliveira, "A Carta" (premiado no Festival de Cannes com o Grande Prémio do Júri), onde desempenha o principal papel masculino e compõe a banda sonora. "L'Amour en Latin", de Serge Abramovic ou "Novo Mundo", de António e as peças de teatro "Possessos de Amor", "A Teia", "O Aniversário de Infanta" e "150 anos de Bonfim" também têm banda sonora da sua autoria.

O terceiro disco de Abrunhosa, "Silêncio", editado em Novembro de 1999, alcançou a Platina e contou mais uma vez com participações de peso, como a dos percussionistas de Caetano Veloso, de Nina Miranda (dos Smoke City) e da secção de cordas que habitualmente trabalha com os Radiohead e dEUS. Em 2002, o álbum "Momento" conseguiu atingir a marca de dupla platina. O álbum triplo "Palco", editado em 2003 e contendo gravações de concertos ao vivo, vendeu mais de 70 mil unidades. O DVD "Intimidade", editado dois anos mais tarde, tendo sido gravado ao vivo na inauguração da Casa da Música, atinge idêntico êxito. Em 2007, Pedro Abrunhosa regressou aos álbuns de originais. “Luz” teve produção de Mário Barreiros e contou com a participação dos Bandemónio. O single de apresentação do trabalho foi 'Quem Me Leva os Meus Fantasmas'.

Alinhamento
Pedro Abrunhosa – Tudo o que eu te dou
Pedro Abrunhosa – Eu não sei quem te perdeu
Rui Veloso – Nunca me esqueci de ti
Jorge Palma - Frágil
GNR – Homens temporariamente sós
Pedro Abrunhosa - Ilumina-me
Clã – Competência para amar
Pedro Abrunhosa – Quem me leva os meus fantasmas

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Escrevo (II)


Escrevo porque não me preciso, porque me impreciso, porque ordenei massacres, porque fui aonde não deveria ter ido, pisei areias movediças, andei em labirintos e converso com fantasmas, porque beijei as bocas malditas, porque beijei as bocas, porque beijei e trago as impressões digitais queimadas nas labaredas do ventre, dado, da mulher.
Porque sofro de silêncios intermináveis, atávicos, porque conjuguei orações profanas, porque tenho distâncias entre o que sou e o que me faço ser, porque não me compreendo e nem me explico. Rendo-me às palavras. Porque elas são as minhas rezas, o meu código, a minha ponte levadiça, tábua de salvação, minha expiação, analgésico, comida, manto, tragédia e glória.
Porque assim posso dar mesmo o que não tenho, o que me é escasso, porque assim posso esperar que tu, fêmea - destino, busca - me salves da penúria...

Barco Ancorado 18/12/2008


Os Il Divo regressam ao nosso país e ao Pavilhão Atlântico no dia 6 de Abril do próximo ano.
Na bagagem, o quarteto multinacional traz o novo "The Promise", álbum já platinado no nosso país, por vendas superiores a 20 mil unidades.
Entre os temas presentes no alinhamento do quinto disco de estúdio do grupo, podemos encontrar versões tão diversas como 'Hallelujah' de Leonard Cohen e 'The Power of Love' dos Frankie Goes to Hollywood, na voz dos quatro Il Divo cantado em castelhano e sob o título 'La Fuerza Mayor'.
O concerto em Lisboa está integrado na tournée An Evening With Il Divo, que arranca a 21 de Fevereiro, no Reino Unido.
Os bilhetes já estão à venda e custam entre 30 a 80 euros.

A ideia nasceu em 2001 e consistia na criação de um grupo masculino capaz de interpretar (velhas e novas) canções populares. O resultado final de uma exaustiva busca pelo mercado internacional foi conhecido no final de 2003, quando o tenor norte-americano David Miller, o vocalista francês Sebastien Izambard, o tenor suíço Urs Buhler e o barítono espanhol Carlos Marin foram escolhidos para formarem os Il Divo.
De malas feitas para Londres, os quatro jovens passaram a primeira metade de 2004 a trabalhar. Os temas originais "Unbreak My Heart", de Tony Braxton, e "My Way", de Frank Sinatra, sofreram ligeiras mudanças, mas serviram de inspiração para os primeiros passos da carreira.

Assumidamente românticos e possuidores de poderosas vozes, os Il Divo são também conhecidos pela importância que dão ao visual. A imagem delicada e cuidada tem contribuído para somarem cada vez mais fãs em diversos países, como ficou provado na passagem por Portugal, em Junho de 2005. Na altura, o quarteto masculino actuou no Hotel da Lapa, num concerto exclusivo para ouvintes do Rádio Clube Português, onde apresentou o seu primeiro disco, de título homónimo.
"Ancora" é o título do segundo álbum do quarteto internacional de ópera, que chegou às lojas em Novembro de 2005. Neste trabalho, os Il Divo voltam a interpretar uma colecção de canções pop e de clássicos inesquecíveis, incluindo um dueto com a cantora Celine Dion. Outros dos temas que fazem a ponte entre a música clássica e a pop são 'Unchained Melody', dos Righteous Brothers, 'All By Myself' (Sola Otra Vez), de Eric Carmen, ou a adaptação de 'Heroe', de Mariah Carey.
A sua popularidade levou mesmo a que uma estrela da constelação Ursa Maior tenha sido chamada Il Divo.

Em 2006 são escolhidos por Barbra Streisand para fazer as primeiras partes da sua digressão nos EUA, périplo que acaba por se tornar o segundo mais lucrativo do ano naquele País. Em Junho de 2006, actuam no intervalo do jogo de abertura do Campeonato do Mundo de Futebol na Alemanha, onde interpretam juntamente com Tony Braxton o hino da competição, 'Time of Our Lives', tema que nunca chegou a ser integrado numa edição exclusivamente sua mas apenas na compilação "Voices". Segue-se o longa duração "Siempre", que atinge o número um em países como a Espanha e o Reino Unido, e o segundo lugar nos EUA e em Portugal. Entre as versões presentes neste álbum destaque para temas dos Moody Blues e de Bryan Adams.
É preciso esperar pelo final de 2008, para chegar um novo álbum da banda. "The Promise" integra interpretações de originais de artistas tão díspares como Frankie Goes to Hollywood, Leonard Cohen e Abba. Tal como os seus antecessores, o disco faz boa figura nas vendas nos mercados internacionais e português.

Alinhamento
Il Divo – The power of love
Il Divo – Unbreak my heart
Josh Groban – Remember when it rained
Andrea Bocelli – Vivo per lei (ft Judy Wells)
Alessandro Safina - Luna
Il Divo – The time of our lives (ft Toni Braxton)
Sarah Brightman – A whiter shade of pale
Il Divo – My way

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 17/12/2008


O seu irmão gostava de jogar à bola com os amigos, mas Alejandro Sanz era uma criança mais introvertida, e o seu brinquedo preferido era um gravador de cassetes, até os pais lhe oferecerem uma guitarra quando fez sete anos. A partir daí, começou a entreter-se a tocar, dia e noite, mas sempre convicto de que no futuro seria sapateiro.
Alejandro Sánchez Pizarro nasceu em Madrid no dia 18 de Dezembro de 1968, e viveu em Pueblo Nuevo até aos treze anos. Durante a adolescência tocava músicas de Paco de Lucia na rua para os amigos, cada vez mais frequentemente. Esta quarta-feira, o cantor espanhol completa 40 anos.

O cantor deu início à sua carreira artística em 1991, com a gravação do álbum "Viviendo Deprisa", que vendeu mais de um milhão de unidades e foi sete vezes platina, tornando Alejandro num dos nomes mais sonantes da música espanhola da década de 90.
Em 1993, "Si Tu Me Miras" viu a luz do dia, confirmando a conquista de um lugar sólido no panorama musical espanhol por parte do cantor, que revelou um amadurecimento a nível de composições, que lhe permitiu estabelecer contacto com nomes como Paco de Lucia, a sua grande referência, Nacho Mañó e Chris Cameron.

Alejandro Sanz foi sempre muito ligado à família, e ainda hoje transporta consigo fotografias suas na carteira. Em 1994, quando se encontrava já numa posição confortável a nível financeiro, o cantor ofereceu um Mercedes ao pai e abriu um cabeleireiro para a mãe. Foi também durante esse ano que se mudou para um luxuoso bairro no norte de Madrid, cuja morada permaneceu secreta devido ao cerrado assédio das fãs. E a provar que 1994 foi um ano em cheio, o cantor fez chegar às lojas mais um disco, intitulado "Alejandro Sanz Básico", especialmente dedicado aos fãs, uma vez que incluiu alguns dos seus melhores êxitos já editados em trabalhos anteriores.
"Alejandro Sanz III", foi o nome do seu terceiro registo de originais, que chegou ao mercado em 1995. O trabalho foi produzido por Angel Arenas e Emanuele Ruffinengo, e apresentou uma maior diversidade musical do que os trabalhos anteriores, procurando desse modo chegar a um público mais abrangente.

Dois anos depois, foi editado "Más", um disco resultante de três anos de trabalho, durante os quais Alejandro aprofundou os seus conhecimentos musicais, aprendeu piano e compôs cerca de trinta canções, das quais dez foram seleccionadas e posteriormente incluídas no álbum. O trabalho intensivo foi recompensado por um record de setenta e sete semanas de permanência no top dos mais vendidos no mercado espanhol, das quais vinte e seis foram passadas no topo da tabela, em grande parte graças ao grande êxito "Corázon Partío".
Em 2000, chegou às lojas "El Alma Al Aire", disco sucessor do multi-premiado "Más", que, mais uma vez, segue muito de perto a linha das baladas românticas, incluindo participações de artistas como Ludovico Vagnone.
Seguiram-se mais dois trabalhos até à data. “No Es Lo Mismo”, de 2004, e “El Tren de los Momentos”, datado de 2006.

Alinhamento
Alejandro Sanz – Corazon partio
Alejandro Sanz – Cuando nadie me ve
Amistades Peligrosas – Lagrimas de metal
Mecano – Me cuesta tanto olvidarte
Alejandro Sanz – No es lo mismo
Luis Miguel - Encadenados
Chayanne – Contra vientos y mareas
Alejandro Sanz – Si fuera ella

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Escrevo (I)


Escrevo porque as palavras, quando as sinto, têm frio. E precisam do calor dos olhos, do abrigo do papel, de proteger-se do inóspito, da rispidez com que as trato e, fora de mim, elas podem ser dóceis e acalentar-se de novos sentidos. Porque ditas, esvaem-se, exibidas, transmutam-se, expressas, recompõem-se. Porque do forno em que as liberto, ardem infernos, há óleo fervente. Porque as firo com o martelo na bigorna, dobrando-as, retorcendo-as, procurando uma obediência que elas nunca me têm.
Porque as palavras, minhas, abrigam mortos, deuses e pecados, abrigam temores, risos escancarados e impróprios, incenso e mirra, declaração de posse no cartório do céu da boca.
Escrevo porque os desertos são vastos e lá apodreceram os inocentes; os mares são revoltosos e lá todos os meus guias fizeram motins, porque os vendavais me atiçam, o desconhecido me alucina, porque as palavras copulam como devassas, messalinas, ninfomaníacas de sentidos, de reconhecimento, na minha alma.

Barco Ancorado 16/12/2008


PJ Harvey anunciou que vai lançar um novo disco em Março de 2009. O registo chama-se "A Woman a Man Walked By" e é assinado também por John Parish, marcando a primeira edição em conjunto desde "Dance Hall at Louse Point" de 1996.
Harvey lançou em 2007 o seu oitavo álbum de estúdio, "White Chalk", considerado um dos melhores do ano passado.
"A Woman a Man Walked By" foi gravado entre Bristol e Dorset, no Reino Unido.

Polly Jean Harvey foi uma das várias artistas femininas, cantoras e escritoras de canções, que surgiram na década de 90, para integrar a cena do rock alternativo. No entanto, poucas foram aquelas que, à semelhança de PJ Harvey, conseguiram demarcar o seu lugar em tão curto espaço de tempo. Após três álbuns editados, a cantora podia orgulhar-se de se ter tornado num dos mais influentes nomes da música daquela década.
Criada numa quinta em Yeovil, em Inglaterra, aprendeu a tocar guitarra e saxofone, que a levaram a integrar uma série de bandas durante a sua juventude.
Em 1991, formou o trio P.J. Harvey, com os músicos Steve Vaughn e Robert Ellis e, em conjunto, gravaram o seu primeiro single, intitulado "Dress".

O sucessor de "Dress" foi "Sheela-Na-Gig", mais um single fortemente aclamado pela imprensa britânica, e que antecedeu a chegada do álbum de estreia da cantora às lojas. "Dry", data de 1992, e foi muito bem recebido, não só no Reino Unido, como em todo o mundo e especialmente nos Estados Unidos. Foi incluído em várias listas de melhores álbuns do ano.
Em 1993 chegou às lojas "Rid Of Me", um disco cuja promoção foi apoiada por uma digressão mundial, que resultou num aumento significativo do número de fãs da cantora. No fim do ano, PJ decidiu desfazer o trio com quem tinha trabalhado até então, com o fim de experimentar a colaboração com outros músicos.
A edição de "4-Track Demos" no final de 1993 marcou a sua estreia a solo. O registo contou com um total de 14 canções, composto por uma mistura de material nunca antes editado e algumas maquetas de "Rid of Me".
O seu terceiro registo de originais viu a luz do dia em 1995. "To Bring You My Love", o disco revelou-se um trabalho ecléctico quase todo da responsabilidade da cantora que, para além de ter dado voz ao álbum, tocou guitarra e ficou responsável pela percussão e pelas teclas. Para além disso, contou com a colaboração de músicos como John Parish, Eric Drew Feldman e Joe Gore, conhecido pelo seu trabalho realizado para Tom Waits.

PJ Harvey passou a adoptar uma presença muito teatral em palco, que faz dos seus espectáculos momentos intensos tanto para a própria como para os fãs. Nomeada para dois prémios Grammy, a cantora foi, em 1995, considerada pelas revistas Spin e Rolling Stone como a "Artista do Ano", do mesmo modo que "To Bring You My Love" foi por muitas publicações considerado um dos melhores discos.
"Is This Desire?" chegou às lojas em 1998, e contou novamente com a colaboração dos reincidentes Parish, Gore e Feldman, bem como de Mick Harvey, dos Bad Seeds, e Rob Ellis, da formação original da banda de P.J. Harvey. O trabalho valeu mais uma vez à cantora nomeações para os prémios Grammy, para além de que foi a primeira artista a ser nomeada três vezes para o "Mercury Music Prize".
Em Outubro de 2000, "Stories From the City, Stories From the Sea" viu a luz do dia. O título reflecte a dupla inspiração de que a cantora gozou para compor os 12 temas do álbum, escrito durante o ano de 1999, entre Nova Iorque e Dorset, reunindo em si os dois universos contraditórios que são o meio urbano e o rural.
Em 2004 Harvey lança "Uh Huh Her", um novo longa duração. Em 2006 chegou “Peel Sessions” e no ano seguinte “White Chalk”.

Alinhamento
PJ Harvey – A place called home
PJ Harvey – To bring you my love
Sonic Youth - Superstar
Cat Power – Good woman
Yeah Yeah Yeahs - Maps
PJ Harvey – To said something
Fiona Apple - Criminal
Joy Division – She´s lost control
PJ Harvey – Good fortune

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 15/12/2008


A banda de 'Hotel California' apresenta-se no Pavilhão Atlântico a 22 de Julho do próximo ano, trazendo na bagagem o seu mais recente álbum, "Long Road Out of Eden", editado o ano passado e vencedor de um Grammy.
Os Eagles são uma das mais bem sucedidas bandas norte-americanas, tendo o seu "Greatest Hits" sido o disco mais vendido da história dos EUA, ultrapassando "Thriller" de Michael Jackson e "Back in Black" dos AC/DC.
Os bilhetes para o concerto dos Eagles já estão à venda nos locais habituais e os preços variam entre os 35 e os 55 euros.
O espectáculo está marcado para as 21h00.

Uma fórmula de sucesso difícil de igualar, tendo em conta os números impressionantes de vendas, e uma série de temas que são verdadeiros clássicos do rock. Tudo isto pertence a uma só banda, os Eagles. As suas actividades iniciaram-se nos anos 70, mas a sua popularidade mantém-se praticamente intocável até aos dias de hoje.
A reunião da formação ocorreu em Los Angeles quando Randy Meisner, Bernie Leadon, Don Henley e Glenn Frey se cruzaram. Depois de muitas colaborações e participações em vários projectos, em conjunto ou separadamente, os Eagles reuniram-se definitivamente em 1971. O primeiro álbum da banda americana acabou por ser gravado em Inglaterra em 1972, e lançado no mercado ainda nesse ano.
A estreia em disco não podia ter tido melhores resultados, "The Eagles", o auto-intitulado registo alcançou o top20 americano e deu origem a dois singles triunfantes, que alcançaram o top10, "Take It Easy" e "Witchy Woman". Passados dois anos, e após novas sessões de gravação em terras britânicas, a banda lançou "Desperado", que voltou uma vez mais a ter resultados surpreendentes, chegando ao top40 e conquistando o disco de ouro. Seguiu-se "On The Border", que trouxe consigo o single dos Eagles que chegou pela primeira vez a número 1, "The Best Of My Love".

A caminhada triunfante da banda de Los Angeles estava, no entanto, ainda no seu começo. "One Of These Nights" o quarto conjunto de originais chegou facilmente ao primeiro lugar do top americano, promoveu várias nomeações para os Grammys, e contou ainda com três singles que entraram para os cinco primeiros lugares nas tabelas. A saída de Bernie Landon e a entrada de Joe Walsh aconteceu já durante a digressão mundial, entretanto, realizada. O álbum seguinte, "Eagles: Their Greatest Hits 1971-1975", transformou-se num verdadeiro fenómeno, vendendo mais de vinte e cinco milhões de cópias, ultrapassando os resultados de "Thriller" de Michael Jackson.
Depois, novo triunfo. "Hotel California" subiu até ao primeiro lugar em apenas uma semana, consumou o disco de platina nesses escassos dias, e acabou por vender mais de dez milhões de discos. O quinto conjunto de originais dos californianos valeu-lhes ainda o Grammy para o melhor disco do ano, em 1977. O disco trouxe consigo dois indiscutíveis clássicos, na altura lançados em single, o tema-título, "Hotel California" e "New Kid In Town".

O último ano da década de 70 conheceu o lançamento de "The Long Run", que certificou novos êxitos. O disco chegou uma vez mais a número 1, conseguiu mais um Grammy e obteve novos recordes a nível de vendas. O fim da carreira do grupo da Califórnia foi oficialmente anunciado em Maio de 1982. Apesar de muitas propostas com vista a uma nova reunião, todas elas foram prontamente recusadas, tendo os membros dos Eagles aceitado somente fazer aparições pontuais em concertos de beneficência.
O tão esperado reencontro do grupo acabou por se proporcionar em 1994. Uma actuação na MTV e uma nova tournée, promoveram as sessões depois editadas com o título "Hell Freezes Over", que conquistou novas marcas notáveis no campo comercial. As últimas aparições dos Eagles ocorreram em 1998, quando entraram para o Rock And Roll Hall Of Fame e, um ano depois, quando fizeram um concerto na passagem de ano de 2000.
No ano passado, surgiria um novo trabalho de estúdio: “Long Road Out Of Eden”, que venceu um Grammy e virá na babagem dos Eagles no próximo ano, para um concerto em Lisboa.

Alinhamento
The Eagles – New York minute
The Eagles - Desperado
Boston - Amanda
Fleetwood Mac – As long as you follow
The Eagles – Hotel California
Led Zeppelin – All my love
The Eagles – Wasted time

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 12/12/2008


Os Pearl Jam vão reeditar o primeiro disco, "Ten", no dia 23 de Março de 2009. Este lançamento abre uma série de reedições destinadas a assinalar o 20º aniversário da banda em 2011.
A nova edição de "Ten", originalmente lançado em 1991, vai ser disponibilizada em quatro versões, todas com o disco original remasterizado e uma remistura do álbum da autoria do produtor Brendan O'Brien. Além destes dois CD´s, as edições vão repartir extras como o DVD inédito do espectáculo no "MTV Unplugged" em 1992, o LP com a gravação do concerto no festival Drop in The Park também em 1992, uma cópia em disco de uma demo de três temas, com a voz original de Eddie Vedder, temas bónus como 'Brother', 'Just a Girl', 'Breath and a Scream' e 'Evil Little Goat' e ainda uma cópia do livro de apontamentos cheio de notas e imagens da autoria de Vedder e Jeff Ament.
O álbum vai estar disponível para pré-compra no site oficial pearljam.com, antes da saída para as lojas a 23 de Março.

Foi ao som de "Ten" que a geração nascida em finais 70 e início de 80 começou a aprender a ouvir música e, independentemente do rumo que os seus gostos musicais possam ter tomado, o certo é que os Pearl Jam marcaram o seu despertar para o mundo da música.
Inseridos no chamado movimento grunge, originário da cidade de Seattle, os Pearl Jam nasceram em 1990. Nesse ano o vocalista Andrew Wood sofreu uma overdose de heroína e o guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament formaram uma nova banda. Ao duo, juntou-se ainda o guitarrista Mike McCready e o baterista dos Soundgarden, Jack Cameron. Com esta formação, o grupo gravou uma maqueta, que acabou por chegar às mãos de Eddie Vedder, por meio de Jack Irons, futuro baterista dos Pearl Jam.
Vedder era, na altura, um surfista de São Diego com vinte e cinco anos de idade, que se encarregou de escrever as letras e dar voz às músicas gravadas na maqueta. Foi convidado a integrar a banda, na altura ainda denominada Mookie Blaylock, em homenagem ao jogador da NBA, e a formação ficou completa com o recrutamento do baterista Dave Krusen.

Após a mudança de nome para Pearl Jam, em homenagem à compota feita pela avó de Eddie Vedder, a banda editou o seu álbum de estreia, "Ten", em 1991. A recepção foi uma decepção, mas curiosamente, após a entrada em cena de "Nevermind" dos Nirvana, as vendas descolaram e as rádios foram inundadas com os hinos dos Pearl Jam, "Jeremy", "Evenflow" e "Alive".
O segundo álbum, "Vs.", chegou às lojas em 1993, já sem o baterista Krusen, cujo lugar foi entretanto ocupado por Dave Abbruzzese. A legião de seguidores da banda desenhava-se cada vez mais vasta e sólida. "Vs" conquistou a múltipla-platina, tendo vendido perto de um milhão de cópias na semana em que foi editado, o que o tornou líder das tabelas norte-americanas.
Seguiu-se o multi-platinado "Vitalogy", que esteve apenas disponível em vinil por um período de duas semanas e que, assim que saiu em formato convencional, foi catapultado para as tabelas de vendas. Em 1995 os Pearl Jam gravaram um álbum em conjunto com Neil Young, intitulado "Mirror Ball", que acabou por ser editado apenas em nome de Young, deixando os Pearl Jam de fora, devido a complicações legais.

"No Code" (1996) foi o álbum que marcou a maior evolução na carreira dos Pearl Jam. Afastou-se das suas declaradas influências rock e desiludiu alguns dos seus seguidores, do mesmo modo que chamou a atenção de outros. Apesar de ter recebido críticas positivas, não figurou entre os mais vendidos durante muito tempo. Igual sorte teve "Yield" (1998), álbum que serviu de mote para uma digressão que deu origem ao disco ao vivo "Live On Two Legs", editado no final do ano e que contou com Matt Cameron no lugar de Jack Irons, que ficou de fora devido a problemas de saúde.
Em 1999, o grupo abriu caminho para a chegada de "Binaural", com a gravação de uma versão de "Last Kiss", original de J. Frank Wilson. O sucessor de "Yield" chegou então em 2000.
Ainda durante esse ano, chegou às lojas um conjunto de vinte e cinco discos ao vivo em formato duplo, que os Pearl Jam resolveram editar para combater a pirataria discográfica. De fora, ficou apenas o registo do concerto realizado em Roskild, na Dinamarca, devido às consequências trágicas do espectáculo.
O regresso aos originais registou-se em Novembro de 2002 com o álbum "Riot Act", referido por alguns entendidos na matéria Pearl Jam como o melhor álbum da banda editado até então. "Pearl Jam", um álbum homónimo, marcou o regresso ao mercado discográfico em 2006.

Alinhamento
Pearl Jam - Alive
Pearl Jam - Evenflow
Nirvana – Come as your are
Dave Matthews Band – Don´t drink the water
Pearl Jam - Jeremy
Foo Fighters – All my life
Pearl Jam – Last kiss

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 11/12/2008


Beyoncé regressa ao palco do Pavilhão Atlântico a 18 de Maio para apresentar o novo disco «I Am...Sasha Fierce».
Os bilhetes são colocados à venda amanhã e custam entre 34 e 45 euros. Para breve está marcada a estreia do novo filme, «Cadillac Records», onde Beyoncé interpreta o papel da poderosa cantora americana Etta James, numa recriação da, musicalmente, frenética Chicago dos anos 50.

Beyoncé Knowles começou a sua carreira em 1988, quando tinha apenas sete anos e conheceu LaTavia Robertson, durante uma audição para um grupo de música infantil. As duas amigas começaram a fazer pequenas experiências, até que Kelly Rowland, uma prima de Beyoncé, se juntou ao duo, seguida de LeToya Luckett, o quarto elemento do elenco que viria a compor a girlsband Destiny's Child.
O resto, e no que toca ao grupo, é história, recheada de prémios e muitos discos vendidos, para além de algumas peripécias que passaram por saídas e entradas da formação, e até à redução a simples trio mas sempre com o sucesso na mira.
Numa fase em que o grupo tinha alcançado uma relativa estabilidade, Beyoncé decidiu experimentar, em nome próprio, outros talentos, eventualmente, escondidos. A escolha recaiu sobre a representação e assim participou numa versão adaptada da ópera Carmen, produzida pela MTV.
Outro passo ainda mais importante na sua carreira, desta feita como actriz de cinema, foi vestir a pele de "Foxxy Cleopatra", no terceiro filme da saga de Austin Powers. Beyoncé gravou também o tema principal da banda sonora da fita, "Work It Out", a sua primeira experiência a solo.

Depois de um dueto com Jay-Z, na música '03 Bonnie & Clyde', voltou a juntar-se ao rapper para interpretar, em conjunto, o tema 'Crazy in Love', que se transformou num êxito estrondoso de vendas e airplay. Essa parceria serviu de cartão de visita para "Dangerously in Love", o primeiro álbum em nome próprio da norte-americana, editado em Junho de 2003. O registo deu a conhecer uma fornada de sucessos, como 'Baby Boy', interpretado a meias com Sean Paul, 'Naughty Girl' ou 'Me, Myself And I'. O álbum de estreia da artista contou, igualmente, com outras colaborações de peso, como Missy Elliott e Big Boi dos OutKast. O longa-duração rendeu-lhe diversos prémios, entre os quais cinco Grammys.
Dois anos antes de lançar o seu segundo disco, Beyoncé uniu-se novamente a Kelly Rowland e Vanessa Williams para editar "Destiny Fulfilled", o último trabalho de originais das Destiny's Child.

Em Setembro de 2006 viu a luz do dia o álbum "B'Day", do qual foram retirados temas como 'Deja Vu', 'Ring The Alarm', 'Irreplaceable' e 'Check On It'. O segundo conjunto de originais da artista teve direito a uma edição especial que apresentou, como novidades, diversos temas cantados em espanhol e 'Beautiful Liar', um dueto com a colombiana Shakira.
O cinema continuou, ainda assim, a ser uma das grandes paixões de Beyoncé Knowles, paralelamente à sua carreira como cantora. Participou em "A Pantera Cor de Rosa", ao lado de Steve Martin, e na adaptação ao grande ecrã do musical "Dreamgirls", no qual contracenou com Eddie Murphy, Jamie Foxx e Jennifer Hudson. Esta última película venceu três Globos de Ouro, bem como o Óscar para Melhor Actriz Secundária, atribuído a Hudson, e ainda a estatueta para Melhor Som. A respectiva banda sonora inclui diversos temas interpretados por Beyoncé, entre os quais a faixa 'Listen'.
"I Am... Sasha Fierce", de 2008, é o álbum mais recente da cantora, que o apresentará a 18 de Maio do próximo ano no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Alinhamento
Beyoncé – Crazy in love
Beyoncé – Me, myself and I
Faith Evans – Kissing you
Lil´Kim – In the air tonight (ft Phil Collins)
Beyoncé - Irreplaceable
Mary J. Blige – Dance for me
Missy Elliot – I´m really hot
Sean Paul – I´m still in love with you
Beyoncé – Naughty girl

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Um olhar


Meus olhos já não dão conta de ver. O que é vasto e fácil já me assombra. O mundo, como suspeitava, é maior que eu. Preciso de um olhar que me ajude a reconhecer os dias e as coisas. Flores, quando estiverem no desenho do vestido. Amor, quando for dito verdadeiramente. Meu nome, quando não for dito em vão. Sono, quando o abraço me retiver. Confiança, quando for o tempo inevitável das incertezas. Silêncio, quando não for preciso palavras. A lua, quando já for escuro, o sol, quando não perceber que amanheceu. O aroma, quando o vinho se espalhar na parede nua da taça, como uma dança, ou quando o corpo porejar o suor de meus movimentos e eu me queira véu de tua pele e desejos. A sílaba, quando não entender a linguagem das coisas findas, eu que tanto amo as eternidades e permanências. A rota, que me traga de volta são e salvo, todos os dias. A varanda, quando for hora de mãos dadas e quintais.
Eu, que desaprendi de olhar só, navegador de tormentas, preciso da doçura e manto, da fantasia de um olhar derradeiro, que nada mais queira ver, além do que me ensinar. Então, eu, que ensaio despedidas, saberei que o Outono terá acabado...

Barco Ancorado 10/12/2008


Os Blur confirmaram que não só vão voltar a ensaiar como também regressar aos palcos. Na primeira entrevista conjunta do vocalista Damon Albarn e o guitarrista Graham Coxon em mais de 5 anos, os britânicos revelaram que até já têm um concerto marcado, no Hyde Park de Londres, em Julho do próximo ano.
Os dois músicos não revelaram mais datas mas deixaram a entender que vão percorrer vários palcos no Reino Unido.
Fica por saber se a banda de 'Parklife' também regressa às edições. O último disco dos Blur foi "Think Tank" de 2003, registo já editado sem Coxon na formação e por isso não creditado no disco, apesar de ter participado nas gravações.

Em 1989, quando Damon Albarn (voz, teclas) e Graham Coxon (guitarra), colegas de coro e de colégio, se juntaram a Alex James (baixo) e Dave Rowntree (bateria), nasceu uma banda com o nome de Seymour. Alguns concertos e uma pequena demo foram suficientes para que assinassem um contrato com a editora Food Records e mudassem o nome para Blur. De início ligados à cena da desaparecida brit pop, são hoje quase sempre associados ao estilo mais alternativo do pop. As acrobáticas experiências no punk e no rock mostraram-se essenciais à viragem, tal como a colaboração com o produtor Stephen Street.

"Leisure", primeiro álbum, de 1991, do qual foram extraídos os singles "She's So High" e "There's No Other Way", foi identificado pelos críticos como apenas mais um disco de pop, igual a muitos na altura. O insucesso comercial do single "Pop Scene", em 1992, eclipsado pelo crescendo do grunge e pouco identificado com a pop britânica, não demoveu os Blur de, passado ano e meio, surgirem com novo conjunto de originais, "Modern Life Is Rubbish". O registo de acordes punk e as palavras de Damon Albarn marcaram a diferença dos Blur, e pareciam óbvias as semelhanças com o rock britânico dos anos 70 e 80, praticado por bandas como os Kinks, Small Faces ou os The Jam. Nesta altura, os Estados Unidos ficavam de fora do roteiro dos Blur. Os quatro Brit Awards ganhos, em 1995, com "Parklife", editado no ano anterior, valeram-lhes o reconhecimento em Inglaterra, mas a ponte sobre o Atlântico continuava intransponível. O single "Girls And Boys", permaneceu na tabela americana durante quinze semanas, mas não logrou ir além do 52º lugar, enquanto em casa o álbum chegou à distinção da tripla platina.

Os Blur tornaram-se super estrelas na Europa e "The Great Escape", de 1995, deu continuação à saga triunfal. A música da banda "influenciou" nomes como os Oasis, os Elastica ou os Pulp. Os primeiros assumiram-se, desde logo, como grandes rivais e os Blur viram-se ultrapassados pelas vendas do álbum de estreia dos rapazes de Manchester. A mudança para um som incondicionalmente rock surge em "Blur". As influências americanas, do grunge ao indie, foram inspiração para criar um álbum que conseguiu finalmente ultrapassar as dificuldades existentes com o mercado americano. De destacar os dois primeiros singles: "Beetlebum" e especialmente "Song 2", que rapidamente se transformou em hino nos festivais de rock. Passados dois anos, em 1999, comemorando os dez anos de existência, surge uma nova etapa, com "13". A produção de William Orbit foi um dos trunfos do disco, tal como as letras de Damon, a sofrer ainda com o fim da relação com Justine Frischmann, dos Elastica. Em 2000, os britânicos lançaram um best of intitulado "Best of Blur" que contou com a presença de "Music Is My Radar", o único tema inédito do registo.
Finalmente, em 2003 surgiu aquele que, até ao momento, é o último trabalho dos Blur, "Think Tank".

Alinhamento
Blur – Coffe and TV
Blur – Good song
The Verve - Sonet
The Strokes – 12:51
The Pixies – Here comes your man
Blur – Out of time
Bloc Party – I still remember
Franz Ferdinand - Matinee
Interpol – Slow hands
Blur – Sweet song

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 09/12/2008


Os Europe estão a dar a oportunidade aos fãs de acompanharem as gravações em estúdio do seu próximo disco. Até esta quarta-feira, os interessados podem ver notícias de última hora, entrevistas, fotografias e vídeos no blogue criado especialmente para este efeito e que tem o seguinte endereço: europethebandblog.blogspot.com.
O oitavo álbum dos Europe tem lançamento marcado para Maio de 2009 e a banda já tem duas datas ao vivo marcadas para a sua promoção, na Dinamarca e na Suécia.
Este é o regresso dos suecos aos discos e aos palcos desde "Secret Society" de 2006.

Europe foi o nome adoptado pela banda Force formada em 1978, na Suécia, pelo baixista Peter Olsson, o guitarrista John Norum e o baterista Tony Reno, aos quais se juntou o vocalista Joakim Larsson que adoptou o nome artístico "Joey Tempest". Quatro anos depois da formação, o grupo perdeu Peter Olsson, que foi temporariamente substituído por Joey, depois por Marcel Jacobs e finalmente por John Levén. Em 1982, o quarteto gravou uma cassete para o campeonato sueco de rock, cujo vencedor gravaria um disco. O álbum vendeu bastante e ajudou a que o grupo ficasse mais conhecido, depois de uma tournée realizada na Suécia. Logo depois, uma editora japonesa que havia recebido uma cópia do disco através de um fã lançou os Europe no país do sol nascente. O sucesso foi grande e o tema 'Seven Doors Hotel' entrou no Top 10 japonês.

O amadurecimento musical dos Europe foi visto no segundo disco, "Wings of Tomorrow", lançado em 1984. Este novo trabalho chegou também ao mercado norte-americano. Apesar do sucesso, Tony Reno saiu e deu lugar a Ian Haugland. A entrada do teclista Mic Michaeli permitiu a Joey um maior dinamismo nos espectáculos e uma criativa expansão da vertente electrónica dos temas. Este desenvolvimento mais pop culminou em 1986 no álbum "The Final Countdown". O grupo saiu então em tournée pela Europa e pelo Japão atingindo uma popularidade considerável. O single 'The Final Countdown' tornou-se um hit internacional, tendo vendido cerca de oito milhões de cópias e o álbum perto de seis milhões. John Norum abandonaria a banda logo depois, sendo substituído por Kee Marcello. O álbum seguinte, "Out of This World", chegou ao mercado em 1988, e três anos depois mais um trabalho, "Prisoners in Paradise".

Depois de um interregno, o regresso oficial dos Europe ocorreu em Outubro de 2003 com a formação que os projectara para a ribalta: Joey, Norum, Mic, Levén e Ian. Em Março de 2004 foi lançada a colectânea "Rock The Night" com os maiores êxitos do grupo. O disco inédito "Start From The Dark" saiu no final desse ano e a banda retomou as suas actividades tocando em grandes festivais pela Europa. Em 2006 foi editado Secret Society e agora espera-se pelo novo álbum dos Europe em 2009.

Alinhamento
Europe – The final countdown
Europe – On broken wings
Queen – Bohemian Rhapsody
Gary Moore – Parisienne walkways
Europe – Rock the night
Whitesnake – Is this love
Scorpions – Still loving you
Bon Jovi – Thank you for loving me
Europe - Carrie

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 08/12/2008


Na noite de 8 de Dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park, foi abordado por um rapaz que durante o dia lhe havia pedido um autógrafo num LP Double Fantasy. O rapaz era Mark David Chapman, um fã seu e dos Beatles, que disparou com um revólver calibre 38. A polícia chegou minutos depois e levou a vítima para o hospital. O assassino permaneceu no local com um livro nas mãos, "O Apanhador no Campo de Centeio", de J.D. Salinger.
Passam esta segunda-feira 28 anos da morte daquele que por muitos é considerado um dos maiores músicos de sempre: John Lennon.

John Lennon morreu após perder cerca de 80% do seu sangue, aos quarenta anos de idade. Logo após a notícia da morte de Lennon, que correu o mundo, uma multidão juntou-se em frente ao edifício Dakota, com velas e cantando canções de John e dos Beatles. O corpo foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, cidade do estado de Nova Iorque, e as cinzas do mítico cantor seriam guardadas pela sua mulher, Yoko Ono.

O assassino de John Lennon, Mark David Chapman, foi preso, uma vez que permaneceu no local do crime, à espera que a Polícia chegasse. Ao entrar na viatura, pediu desculpas aos polícias pelo "transtorno que havia causado". Já no julgamento alegou ter lido no livro "O Apanhador no Campo de Centeio" uma mensagem que dizia para matar John Lennon. Mark Chapman foi condenado a prisão perpétua e até hoje é mantido numa cela separada dos outros presos, devido às ameaças de morte que recebeu.
Nos últimos anos, Chapman tentou vários pedidos de liberdade condicional, que foram sempre negados.

Após a morte de John Lennon foi criado um memorial chamado Strawberry Fields Forever no Central Park, em frente ao edifício Dakota. Alguns discos póstumos foram lançados, como Milk and Honey, com sobras de canções do disco Double Fantasy. Várias colectâneas e um disco chamado Accoustic foram lançados em 2005. Yoko Ono administra tudo o que se refere a John Lennon: as suas canções na carreira a solo, os vídeos e filmes.
A última foto de John Lennon vivo, ao lado do seu assassino, foi tirada pelo fotógrafo Paul Goresh.

Alinhamento
John Lennon – Just starting over
John Lennon – Jealous guy
Cat Stevens – Oh very young
The Mamas & The Papas – Make your own kind of music
Simon & Garfunfel - Bridge over troubled water
John Lennon – Woman
Linda Ronstadt – Don´t know much (ft Aaron Neville)
Roy Orbison – Crying (ft K.D. Lang)
The Animals – The house of the rising sun
John Lennon - Imagine

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 05/12/2008


Os Smashing Pumpkins acabam de apresentar, no myspace, o vídeo do novo single, 'G.L.O.W'. O tema foi criado para o jogo "Guitar Hero" e está disponível naquela página desde ontem. A banda de Billy Corgan celebra este ano o seu 20º aniversário. Para assinalar a data, além de uma digressão pelos EUA, com início em Outubro passado, o grupo editou também, recentemente, um documentário. "If All Goes Wrong", título do registo, documenta os 19 concertos que os Pumpkins fizeram em Ashville e São Francisco, em 2007, incluindo igualmente entrevistas com os membros da banda e outros músicos, como Pete Townshend dos Who, bem como testemunhos dos fãs.

A história dos Smashing Pumpkins iniciou-se em Chicago, corria o ano de 1988. James Iha foi o primeiro elemento a juntar-se a Billy Corgan, depois de ambos se terem conhecido numa loja de discos em segunda mão onde o futuro frontman dos Pumpkins trabalhava. Os outros dois membros residentes, D'Arcy e Jimmy Chamberlin, juntaram-se ao colectivo pouco tempo depois. A actividade da banda não podia ter tido um melhor começo, pois pouco tempo após o início das operações, tocaram num clube de Chicago a abrir um concerto dos Jane's Addiction.
O lançamento do single "I Am One", em 1990, foi a estreia em disco do agrupamento. O ritmo de vendas surpreendeu os mais cépticos, e alguns meses depois o disco esgotou. "Tristessa" constituiu mais um marco importante no caminho dos Pumpkins. As grandes editoras procuraram então, e a qualquer custo, conseguir o exclusivo da edição da obra dos Smashing.

"Gish", o primeiro longa duração dos Smashing Pumpkins, cotou-se como um dos melhores álbuns da altura, ofuscado em termos de números devido à loucura do grunge, com o lançamento de discos como "Nevermind" dos Nirvana ou "Ten" dos Pearl Jam. O relacionamento entre os membros da banda sofreu então algumas convulsões, depois do fim da relação entre Iha e D'Arcy, para além dos constantes episódios menos felizes relacionados com drogas protagonizados por Chamberlin.
Billy Corgan, que passou então também por um período menos bom, trabalhou dedicadamente com vista à criação de mais um conjunto de originais. A participação na banda sonora do filme "Singles" foi outro momento preponderante na carreira da banda de Chicago. Por fim, "Siamese Dream", lançado em 1993, entrou directamente para o décimo lugar do top americano e os singles "Cherub Rock", "Disarm" e "Today" passaram a ser verdadeiros hinos da banda.
Em 1995 os Smashing lançaram "Mellon Collie and The Infinite Sadness". A recepção ao disco não poderia ter sido mais entusiástica. O duplo álbum entrou de imediato para o primeiro lugar da tabela de venda americana e o sucesso superou o do seu antecessor com mais de quatro milhões de cópias vendidas, só nos Estados Unidos. Mas a senda de êxitos e triunfos da formação foi bruscamente interrompida com a morte por overdose do teclista Jonathan Melvoin.

Em 1998, os Pumpkins editaram um novo conjunto de originais. "Adore" foi como que uma desilusão se comparado a discos anteriores. Em 2000 chegou "Machina / The Machines of God", ao mesmo tempo que ocorreram novas mudanças na formação. D'Arcy abandonou o colectivo e acabou por ser substituída por Mellisa Auf Der Maur, e Jimmy Chamberlin regressou. O lançamento do álbum aconteceu numa altura em que Billy Corgan anunciou que os Smashing acabariam após a digressão promocional de "Machina...".
A promessa de Billy Corgan foi cumprida no final do ano. O último concerto da banda foi simbolicamente feito no Metro, um clube de Chicago onde tocaram, pela primeira vez, em 1988.
Uma espécie de álbum para mais tarde recordar foi editado em 2001. "Rotten Apples - Greatest Hits" reuniu os grandes êxitos e acrescentou ainda à colecção de muitos fãs um tema novo chamado "Untitled".
Em Abril de 2006, dar-se-ia o regresso. Billy Corgan e Jimmy Chamberlin contrataram novos membros: Jeff Schroeder (guitarra e vocais), Ginger Reyes (baixo e vocais) e Lisa Harriton (teclados e vocais) em 2007 para a turnê de divulgação do álbum Zeitgeist.

Alinhamento
Smashing Pumpkins - 1979
Smashing Pumpkins – Bullet with butterfly wings
Pearl Jam - Alive
Nirvana – Smells like teen spirit
Smashing Pumpkins – Stand inside your love
Foo Fighters – Walking after you
Beck - Loser
Smashing Pumpkins - Today

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 04/12/2008


Os Mercury Rev passaram esta última segunda-feira por Lisboa, onde marcaram presença numa Aula Magna a meia casa mas cheia de fãs.
O pretexto foi o novo álbum "Snowflake Midnight", um daqueles discos que não dizem muito no diálogo íntimo da reprodução, mas quando transportados para palco atingem-nos como um raio eléctrico de intensidade arrepiante. É essa energia que nos trazem temas como 'Snowflake in a Hot World', 'Butterfly's Wing', 'Dream of a Young Girl as a Flower' e 'People Are So Unpredictable'.

A proposta ao vivo do quinteto norte-americano é a de elevar-nos através de picos sónicos como se tratasse de uma viagem cósmica, a tal que é sugerida pelo nome da banda, com paragens intensas em cada planeta, sítios idílicos com um toque de tristeza com nomes como 'You're My Queen', 'Holes', 'Tonite it Shows' e pausas para o reabastecer de emoções em ilhéus imaginários que se podiam chamar 'Opus 40', 'Black Forest (Lorelei)' e 'Tides of the Moon'.

Na noite de Lisboa, além da entrega absoluta em palco dos cinco músicos, destaque para o esforço e a importância da bateria de Jeff Mercel e a voz de outro mundo de Jonathan Donahue, figura proeminente dessa música com que devem ser feitos os sonhos, também provado nas andanças com outros reis do experimentalismo made in america, os Flaming Lips de Wayne Coyne. Sempre sorridentes, os Mercury Rev agradecem com felicidade sincera cada vez que o público tem a oportunidade de aplaudir entre músicas, poucas, já que os temas sucedem-se quase sem paragem, para não dar hipóteses de sair do encantamento.

Apesar da consistência ao vivo dos novos temas, irrepreensíveis no seu pouco tempo de rodagem em palco, são as canções de álbuns incontornáveis como "Deserter's Songs", "All is Dream" e "The Secret Migration" que recebem o maior carinho do público lisboeta, mais velho que o que normalmente povoa os concertos de música tida como alternativa, a provar que os Mercury Rev não fazem parte destes tempos de reciclagem musical.
Em troca o público levanta-se das cadeiras almofadadas da Aula Magna para aplaudir em pé a saída da banda ao som da versão de 'Once in a Lifetime' dos Talking Heads. O natural encore traz 'Goddess on a Highway', 'The Dark is Rising' e o final da epopeia com uma 'Senses on Fire' apocalíptica.

Alinhamento
Mercury Rev – Fareway from cars
Mercury Rev – Butterfly´s wings
The Jesus & Mary Chain – Just like honey
Peter Murphy – Seven veils
Mercury Rev – In a funny way
Cocteau Twins - Pandora
Dead Can Dance - Song of the dispossessed
Mercury Rev – Senses on fire

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 03/12/2008


A Ala dos Namorados deu por concluída a sua carreira. De acordo com o seu manager, em declarações ao Correio da Manhã, o grupo «acaba naturalmente».
Já no início de 2009, o vocalista Nuno Guerreiro irá realizar uma digressão com temas seus e êxitos da Ala dos Namorados, recorrendo a «novos músicos e outra sonoridade». Nuno Guerreiro, planeia gravar um segundo disco em nome próprio «mais soul e dançável».
Já Manuel Paulo, está em estúdio com o companheiro da Ala dos Namorados, João Monge, a gravar «Pássaro Cego», «um disco conceptual» marcado pela música portuguesa e africana e cantado por Nancy Vieira.

A Ala dos Namorados surgiu sob o impulso de Manuel Paulo, João Gil e João Monge, três amigos que começaram a compor juntos os primeiros temas e, aos quais se juntou, algum tempo depois, José Moz Carrapa. O quarteto continuava, no entanto, sem vocalista, pelo que surgiu mesmo a hipótese de gravarem com vários cantores. A ideia, porém, foi posta de parte quando ouviram pela primeira vez a voz desconhecida de Nuno Guerreiro. O primeiro contacto teve lugar no Teatro S. Luís durante um concerto de Carlos Paredes em 1992, cuja participação do músico foi fruto de um episódio curioso. Nuno Guerreiro foi um dos presentes na assistência de um dos últimos ensaios para o concerto do S. Luís e, num canto improvisado, a sua voz sobressaiu na sala e chamou imediatamente a atenção dos músicos presentes em palco e do próprio Carlos Paredes, que interrompeu a actuação para perguntar ao cantor se se queria juntar ao colectivo.
Nuno Guerreiro aceitou o convite e viu assim chegada a oportunidade de contactar com vários artistas, entre os quais estava Manuel Paulo, cujo projecto conjunto com João Gil, João Monge e Moz Caparra continuava sem vocalista. O quarteto convidou o cantor para integrar o grupo e assim surgiu a Ala dos Namorados.

1994 foi marcado pela estreia discográfica do grupo com o álbum homónimo, e foi também o ano em que os músicos se aventuraram pela primeira vez no mercado internacional ao abrirem o Festival de Brugges.
No ano seguinte, foi editado "Por Minha Dama" e seguiu-se mais uma série de concertos no estrangeiro, nomeadamente em Barcelona no "Mercat de Música Viva de Vic", que valeu à banda o Prémio de Melhor Artista Estrangeiro. A partir daqui, as actuações fora de portas passaram a ser uma constante no dia a dia da Ala dos Namorados, que durante o ano de 1996 participou pela segunda vez no "Festival de Música de Brugges"; actuou no "Poetry Night" em Utrecht, na Holanda; nos Pirinéus participou no "Festival Pirineos Sur" e voltou a Utrecht para o seu "Festival de Música".

Ainda neste ano, foi editado o álbum "Alma", que voltou a contar com uma série de convidados, como José António Santos, Nélson Cascais, Rui Alves, Eduardo Miranda, Manuel Rocha, Pedro Wallenstein, Carlos Costa e um coro de quinze elementos da Gulbenkian, no tema "Manto Negro". De salientar ainda que o disco foi editado simultaneamente em Portugal, Bélgica e Holanda e produzido pelo próprio grupo.
"Solta-se o Beijo", gravado ao vivo, foi o sucessor de "Alma", tendo atingido um nível de vendas superior a 40 mil unidades, o que se traduziu em disco de platina para a banda. "Cristal" chegou em 2000 e o primeiro cartão de visita seria "Fim Do Mundo (E Ao Cabo Do Teu Ser)". Em 2004 é gravado um DVD e um CD, “Ao vivo no S. Luiz”, e em 2007, após a saída de João Gil para formar a Filarmónica Gil, tendo como guitarrista Mário Delgado e com canções de João Monge e Manuel Paulo, também responsável pela produção, o grupo edita “Mentiroso Normal”.
Agora, é anunciado o fim formal da Ala dos Namorados.

Alinhamento
Ala dos Namorados – Loucos de Lisboa
Ala dos Namorados – Solta-se o beijo (ft Sara Tavares)
Humanos – Muda de vida
Clã – Problema de expressão
Mesa – Luz vaga (ft Rui Reininho)
Ala dos Namorados – Caçador de sóis
Rui Veloso – Nunca me esqueci de ti
Jorge Palma – Encosta-te a mim
Ala dos Namorados – Fim do Mundo

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Frio


Tenho dias de frio e negação. As lacerações da pele, os abismos das posses e perdas, os assombros de quem vive a margem, o delicado limite entre as desatenções e as delícias, as noites hélices, as palavras vítimas, as palavras coisas, as palavras foices, as palavras distância, e as dores que insistem, em dias assim, em não secar ao sol.

Talvez já não saiba mais reinventar girassóis. Ou amar com receios. E volto a ficar como antigamente, a olhar o entardecer, imaginando que o mundo era extenso demais, as mulheres longas demais, o amor longo e imprevisível, esta armadilha rodeada de impossíveis demais.

Há dias que estou ilegível. Não crio limo. Não condeno abandonos. Não basto, não faço feitiços. Reconheço e passo recibo das imensidões que não alcanço. Sei-me escasso. Faço meu, de falhas e limites, meu tamanho e terreiro.

Há dias que não me sei conduzir. Nem entre os seios de perdição ou os risos de milagres. Talvez sitiado só não saiba mais fazer palavras-flores...

Barco Ancorado 2/12/2008


Descendente de pais portugueses, Nelly Furtado nasceu e cresceu no Canadá, mas sempre teve contacto com a cultura portuguesa, guardando bem presente na memória a recordação de umas férias passadas nos Açores. No entanto, foi em 2000 que, com o lançamento do seu álbum de estreia, intitulado "Whoa Nelly!", a cantora estabeleceu um contacto mais próximo com Portugal.
Nelly Furtado cresceu inserida numa família de classe média, com poucas possibilidades financeiras, que lhe ensinou desde cedo que a vida afinal não constava apenas de facilidades. O facto da mãe ser mulher-a-dias levou Nelly a começar igualmente a arrumar quartos, actividade que exerceu durante oito verões.
Esta terça-feira, Nelly Furtado está de parabéns. Completa 30 anos.

Foi como meio de distracção que Nelly Furtado, a certa altura, se virou para a música. Aprendeu a tocar guitarra e ukelele numa altura em que as suas preferências musicais iam para nomes como Mariah Carey, Salt n' Pepa, TLC, Jodeci e Bell Biv Devoe. Mais tarde a curiosidade pela colecção de discos do irmão levou-a a descobrir sonoridades bem diferentes, através de bandas como os Radiohead, Portishead, Oasis, U2 e Pulp. O contacto com outros géneros musicais foi iniciado pela mão de artistas como Amália Rodrigues e Nusrat Fateh Ali Khan, e estendeu-se depois ao hip hop, um estilo musical a que Nelly começou a prestar mais atenção em Toronto.
Depois de terminar o liceu, foi para lá que a cantora se mudou, começando a trabalhar numa companhia de alarmes durante o dia, e dedicando as noites à música. Fez parte de um grupo de hip hop chamado Nelstar, que a levou a tirar da gaveta influências de grupos como os De La Soul e os Digable Planets.

Impressionados com as potencialidades de Nelly e com a empatia que demonstrava ter com os palcos, Brian West e Gerald Eaton, ambos membros da banda canadiana Philosopher Kings, ofereceram-se para produzir a primeira maqueta da cantora. Foi durante as gravações deste primeiro trabalho, que surgiram alguns dos temas que mais tarde vieram a compor "Whoa Nelly!", de onde foi extraído o cartão de visita "I'm Like A Bird", que deu a conhecer a cantora ao mundo e a trouxe de volta a Portugal em 2001, primeiro ao Paradise Garage, depois ao auditório da RDP, para dois espectáculos de apresentação do seu disco de estreia.
A julgar pelos resultados da edição 2001 dos Juno Awards o futuro adivinhava-se promissor para Nelly Furtado, que se sagrou vencedora nas categorias de "Melhor Single", "Melhor Compositora", "Melhor Produtora" e "Melhor Artista Revelação a Solo".
Dois anos depois, Nelly Furtado lançou "Folklore", um disco que deu a conhecer temas como 'Powerless (Say What You Want)', 'Try' e 'Explode'.

Em 2004, Nelly Furtado foi convidada para interpretar o tema oficial do Euro 2004. 'Força' foi o tema escrito especificamente para o Campeonato Europeu de Futebol de Portugal.
Em 2006 viu a luz do dia o disco "Loose", um álbum mais virado ao hip hop e R&B, e Nelly mudou radicalmente de visual, apresentando-se mais feminina que nunca. 'Maneater' e 'Promiscuous', os dois primeiros singles desse disco, alcançaram rapidamente sucesso em todo o mundo. Do registo constam ainda os temas 'Te Busque', um dueto com o colombiano Juanes, 'No Hay Igual', com a colaboração de Calle 13, 'All Good Things (Come To An End)', escrito em parceria com Chris Martin, vocalista dos Coldplay, e uma versão alternativa de 'Maneater' cantada em parceria com os Da Weasel, que integra apenas a edição portuguesa de "Loose".

Alinhamento
Nelly Furtado – On the radio
Nelly Furtado – I´m like a bird
Gwen Stefani - Cool
Pink – Don´t let me, get me
Justin Timberlake - Señorita
Nelly Furtado – Powerless (Say what you want)
Avril Lavigne - Complicated
Alicia Keys - No one
Nelly Furtado - Maneated

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Barco Ancorado 01/12/2008


Kylie Minogue vai lançar a 5 de Janeiro de 2009 um álbum de remisturas. "Boombox", título do registo, reúne versões remisturadas de 16 temas da carreira da cantora, entre as quais um mash-up, apresentado pela primeira vez nos Brit Awards de 2002, entre o seu sucesso 'Can't Get You Out Of My Head' e o tema dos New Order, 'Blue Monday'.
O álbum conta com remisturas de nomes como Chemical Brothers, Fischerspooner, Mylo ou LA Riots.

Em 1987, quando deu início ao seu percurso musical, Kylie Minogue conquistou os Estados Unidos, o Reino Unido e quase toda a restante Europa, apesar de ter nascido na Austrália.
Antes da música, a sua principal actividade era a representação. Começou a sua carreira de actriz em 1979, participando em séries de televisão australianas. Passou pelo programa infantil "The Henderson Kids", onde desempenhou o papel de protagonista, e posteriormente integrou o elenco da célebre novela australiana "Neighbours", que lhe proporcionou a fama dentro e fora da Austrália, uma vez que, na altura em que Minogue se juntou ao resto da equipa, a novela começou também a ser transmitida no Reino Unido.
A edição do seu primeiro single foi fruto de uma boa acção da cantora que, ao tornar-se no centro das atenções do mundo artístico, devido à popularidade que "Neighbours" lhe conferiu, aceitou participar num espectáculo de beneficência ao lado de outros artistas. Interpretou o tema "Locomotion", de Little Eva, que alguém teve a ideia de editar em cassete, através da editora local Mushroom que, a princípio, não viu grandes potencialidades na gravação, mas acabou por acreditar no talento da jovem estrela de televisão. Em 1987, o single chegou a número um no mercado australiano.

Ao longo da sua carreira, Kylie Minogue já colaborou com vários artistas, entre os quais, se destacam nomes como Nick Cave, com quem interpretou o tema "Where the Wild Flowers Grow", incluído no álbum do cantor "Murder Ballads"; e Robbie Williams, cujo álbum "Sing When You're Winning", conta com a participação da cantora no tema "Kids".
Em 2000, Minogue voltou a emergir como princesa pop na Austrália e no Reino Unido com o single "Spinning Around". No ano seguinte, o ambiente do disco sound dos anos 70 é o pano de fundo para mais um disco, "Fever".
O primeiro single 'Can't Get You Out Of My Head' torna-se o tema mais rentável de sempre na obra de Kylie, atingindo o número um em mais de vinte países. Seguiram-se 'In Your Eyes' e 'Come Into My World' que confirmam a nova onda de sucesso de Kylie, sobretudo na América. Este último tema veio mesmo a dar-lhe o Grammy em 2004 para a Melhor Canção de Dança.

Em 2003 chega "Body Language", com Kylie a relembrar Brigitte Bardot na imagem e a requisitar elementos sonoros do pop dos anos 80 com condimentos de hip hop. 2004 é ano de revisão com o segundo best of da sua carreira. "Ultimate Kylie".
Depois de ser operada em Maio de 2005 a um cancro da mama, a cantora edita em 2006 o livro para crianças "The Showgirl Book", que escreveu durante a convalescença.
Foi preciso esperar um ano para uma nova edição. "X" chega em Novembro de 2007, apresentado pelos singles '2 Hearts' e 'In My Arms'. Já em Maio deste ano a australiana é condecorada com o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, a mais honrosa distinção cultural em França.

Alinhamento
Kylie Minogue – I should be so lucky
Kylie Minogue – Can´t get you out of my head
Alanis Morissette – You learn
Robbie Williams - Angels
Sarah Connor – Skin on skin
Kylie Minogue – Spinning around
R.E.M. - Nightswimming
George Michael – Don´t let the sun goes down on me
Kylie Minogue (ft Jason Donovan) – Especialy for you

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Barco Ancorado 28/11/2008


Os Killers preparam-se para editar um dueto com Elton John. Trata-se de um tema de Natal, que a banda, à semelhança de anos anteriores, gravou para a organização de solidariedade lançada por, entre outros, Bono Vox, dos U2.
'Joseph, Better You Than Me' é o nome da canção, a terceira do grupo lançada no âmbito da quadra natalícia, e será editada em formato digital, na próxima segunda-feira, 1 de Dezembro.
Todas as receitas provenientes do download revertem a favor de doentes seropositivos em África.
Para a campanha será também disponibilizado material inédito dos U2, Coldplay, Jay-Z e Bob Dylan.

Os Killers formaram-se em 2002 em Las Vegas. A banda é composta por Brandon Flowers (vocais e sintetizador), Dave Keuning (guitarra e vocal de apoio), Ronnie Vannucci (bateria) e Mark Stoermer (baixo e vocal de apoio). O seu primeiro álbum, 'Hot Fuss', foi lançado em 15 de Junho de 2004, obtendo óptimas críticas e grande reconhecimento junto do público, em grande parte devido aos sucessos "Somebody Told Me", "Mr. Brightside" e à sonoridade dançante dos anos 80, oriunda dos sons sintéticos das canções. O segundo álbum do grupo, 'Sam's Town', foi lançado em 3 de Outubro de 2006, e marcou uma considerável mudança no estilo da banda, tanto em relação à música, que apresentou influências mais roqueiras, como Bruce Springsteen, quanto ao estilo de se vestir, que se tornou mais "agressivo", mais compatível com a sonoridade extremamente americana que caracteriza 'Sam's Town'.

Desde a sua formação, os Killers lançaram dois álbuns de estúdio, doze singles e, mais recentemente, uma compilação de lados B e raridades. Dentre os singles, dois deles são temas natalícios que apoiam os movimentos contra a SIDA liderados por Bono Vox. O terceiro tema chega segunda-feira.
A banda esteve ainda presente nas bandas sonoras de Homem-Aranha 3, numa cover dos Joy Division feito para Control, filme de Anton Corbijn que mostra a vida de Ian Curtis. O single "When You Were Young" aparece em diversos jogos electrónicos. Há, ainda, uma canção chamada "Stereo of Lies", tocada em poucos concertos pelo grupo, que nunca foi gravada, e algumas covers de David Bowie, Pink Floyd e dos Beatles tocadas em apresentações ao vivo, gravadas por fãs e que, portanto, não constituem nenhuma gravação oficial do grupo.

Em algumas entrevistas, os membros dos Killers revelaram que as músicas "Leave The Bourbon On The Shelf", "Midnight Show" e "Jenny Was a Friend of Mine" formam a chamada "Trilogia da Morte". As letras dessas três canções falam de uma adolescente chamada Jennifer que é estrangulada pelo seu namorado ciumento. Dave Keuning, numa entrevista, disse que "Leave The Bourbon On The Shelf" é a primeira parte. A interpretação das letras revela que "Midnight Show" e "Jenny Was a Friend of Mine" são, respectivamente, as partes dois e três da trilogia. Há ainda quem acredite que "Mr. Brightside" é o epílogo desta história. O grupo revelou, em 2005, que pretendia fazer um musical de 25 minutos sobre esta trilogia, baseado no videoclipe "Thriller", de Michael Jackson, mas, ao que tudo indica, o projecto foi abandonado.

Alinhamento
The Killers – Mr. Brigthside
The Killers – Somebody told me
Snow Patrol - Run
30 Seconds To Mars – From yesterday
The Killers – When you were young
Radiohead - Creep
The Cranberries - Analyse
The Killers - Human

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Barco Ancorado 27/11/2008


Os No Doubt regressam aos palcos em 2009. A confirmação chegou com o anúncio da presença da banda no Festival Bamboozle em Maio do próximo ano.
O grupo californiano tem estado em estúdio a preparar o sucessor de "Rock Steady" (2001), sem a presença da vocalista Gwen Stefani, mãe pela segunda vez recentemente, mas aparentemente, pelo menos de acordo com uma troca de mensagens entre a própria Stefani e os seus companheiros, as sessões não têm sido muito produtivas, o que levou o grupo a querer voltar aos palcos e ao encontro com os fãs.

«Estou aborrecido de estar em estúdio. E se déssemos uns concertos ou algo do género?», comentou o guitarrista dos No Doubt Tom Dumont, num chat publicado no site oficial da banda. «Acho que devíamos ir já. Não precisamos de esperar. Preparem os bébes e arranjem babysitters», respondeu Stefani, comentando mais tarde «se voltarmos aos palcos vai-nos inspirar para escrever. Preciso de ver os fãs». «Dar concertos vai tornar o tempo de estúdio muito melhor», afirmou por seu lado, o baixista Tony Kanal.

Por agora a passagem pelo festival de New Jersey é a única data anunciada pelos No Doubt. Quanto ao novo disco, fica por saber se chega ainda no próximo ano ou só em 2010.

Alinhamento
No Doubt - New
No Doubt – Simple kind of life
The Cranberries – Chocolate brown
Counting Crows – Long December
Beck - Loser
No Doubt – It´s my life
Dido – White flag
Sarah McLachlan – Building a mistery
No Doubt – Don´t speak

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Barco Ancorado 26/11/2008


O novo álbum de Britney Spears já está disponível para escuta na íntegra. "Circus", que chega às lojas no próximo dia 2 de Dezembro, já pode ser ouvido através do site imeem.com, que anteriormente disponibilizou os streamings de álbuns dos U2, Rolling Stones ou Lil Wayne.
O novo disco de Britney Spears é apresentado pelo single 'Womanizer' e sucede a "Blackout", editado no ano passado.

Mesmo antes de Britney Spears ter lançado o seu álbum de estreia, legiões de jovens tornaram-se seus fãs devido à energia das suas actuações em centros comerciais locais e, em particular, na abertura de um concerto do popular grupo NSync. A partir daí, "lançou um feitiço" em todos os que tinham a oportunidade de a ver ao vivo, plena de vitalidade, aliando a cada canção uma arrojada coreografia. Em 1999, edita finalmente o seu primeiro álbum homónimo. O trabalho revelava já a efervescência e a curiosidade musical da cantora. "One more time", o primeiro single extraído, foi um enorme sucesso, passando em todas as rádios e televisões, tornando-se uma espécie de hino de Britney. Depois de uma tournée, no Verão de 1999, que a levou um pouco por todo o mundo, regressa em 2000 com um novo trabalho, "Oops, I Did It Again", que confirma o seu talento, revelando um crescimento tanto a nível pessoal como musical.

Em Novembro de 2001, Britney Spears regressou com um novo trabalho, intitulado "Britney", o seu terceiro disco a estrear-se na liderança das tabelas de vendas em diversos países, impulsionado por alguns singles, sobretudo 'I'm Not a Girl, Not Yet a Woman', uma balada escrita por Dido.
No início de 2002 Spears estreou-se na representação, no filme "Crossroads". No mesmo ano protagonizou uma breve aparição em "Austin Powers: Goldmember" e, sensivelmente na mesma altura, terminou o badalado romance com Justin Timberlake.
Em 2003 chega aos escaparates o álbum "In the Zone", que representou novo êxito comercial com diversos singles de sucesso, como 'Toxic', 'Everytime' e 'Me Against The Music', o dueto com Madonna. O disco serviu de base para a "Onyx Hotel Tour", que passou pelo Rock In Rio Lisboa em 2004, e 'Toxic' rendeu-lhe um Grammy para "Melhor Gravação de Dança".

Os relacionamentos amorosos nem sempre bem sucedidos e a relação tumultuosa de Britney com os media teve início em 2004. Nesse ano esteve casada durante dois dias com o amigo de infância Jason Alexander e assumiu o namoro com o seu bailarino Kevin Federline, com quem viria a casar e de quem teve dois filhos. O casal protagonizou, depois, o reality show "Chaotic", baseado em episódios da vida quotidiana dos dois.
A compilação "Greatest Hits: My Prerogative" foi editada no início de 2005, reunindo os êxitos da norte-americana, a par de temas novos. "B In The Mix: The Remixes" foi a edição seguinte da cantora.
Pouco tempo após o nascimento do segundo filho, Britney Spears divorciou-se de Kevin Federline, dando início a uma longa batalha legal pela custódia das crianças. O novo disco de estúdio, "Blackout", vê a luz do dia em Outubro de 2007 e o lançamento foi marcado por uma actuação desastrosa nos MTV Video Music Awards.
Nos meses iniciais deste ano Britney voltou a dedicar-se à representação, participando em dois episódios da sitcom americana "How I Met Your Mother".
Agora, a 2 de Dezembro, chega o seu mais recente trabalho: “Circus”.

Alinhamento
Britney Spears - Womanizer
Britney Spears - Blur
Anastacia – In your eyes
Madonna - Secret
Britney Spears – Lace and leather
Avril Lavigne – Complicated
Christina Aguilera - Beautiful
Britney Spears - Mannequin

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Palavras que a boca não diz


Venho fatigante do adeus que não devia ter sido.
Quero ouvir dos teus olhos as palavras que a boca não diz.
Na luz do teu olhar não há noite nem medo.
Deixa abrir-se o desejo róseo como se abre a ostra,
expondo a pérola madura.
Abandona-te na maré alta do sonho e permite que meus
dedos monges procurem a pureza dos teus calores
em cada refluxo de volúpia dos teus músculos.

Deita-te na concha de areia como fosse o meu corpo e vê
no voo das gaivotas folguedos infantis.
Deixa-as brincarem de vestir o teu corpo nu
com guirlandas e bordados tíbios de espumas.
Sente na pele os meus afagos quando a água te tocar
cobrindo-te de versos e beijos.

Acolhe-me no colo.
Entrega-te devagar e ouve o meu canto na voz do vento.
Cúmplice que empurra as algas dos desenganos para longe.
Ouve a alegria do meu sentir como trinados primaveris.
Permite que meus desejos nómados e perdidos encontrem
nas dunas do teu corpo mais que um repouso de viagem.

Barco Ancorado 25/11/2008


Os Scorpions regressam esta noite ao nosso país para um concerto no Salão Preto & Prata do Casino Estoril.
A banda alemã, que já vendeu cerca de 75 milhões de discos, vem mostrar o novo álbum "Humanity: Hour I", num concerto acústico que vai contar com a participação de seis músicos e cantores brasileiros.
A presença dos autores de 'Still Loving You' no Estoril, está integrada nas comemorações do 50º aniversário do Casino.

Os Scorpions tornam-se conhecidos aos olhos do grande público com o seu hino rock de 1984, "Rock You Like A Hurricane", e pela sua balada "Wind Of Change", de 1990.
A banda é fundada em 1965 por Rudolf Schenker. A formação original inclui, além de Schenker (guitarra ritmo e voz), Karl-Heinz Follmer (guitarra solo), Lothar Heimberg (baixo) e Wolfgang Dziony (bateria). Em 1971, o irmão de Schenker, Michael, junta-se à banda para tocar guitarra solo, enquanto Klaus Meine se torna o novo vocalista. É este grupo que grava "Lonesome Crow" em 1972, que é também usado para a banda-sonora do filme alemão "Das Kalte Paradies".
A banda UFO repara em Michael Schenker e contrata-o para seu guitarrista em 1973. Para ocupar o lugar deixado em aberto entra Uli Jon Roth. Com o novo elemento, a banda edita quatro álbuns consecutivos: "Fly To The Rainbow", "In Trance", "Virgin Killer" e "Taken By Force". Quando este último trabalho é editado, Roth anuncia a sua decisão de abandonar a banda por não se identificar com o rumo que os seus companheiros estavam a seguir.
Em 1979, Schenker deixa os UFO e regressa aos Scorpions. No mesmo ano, o grupo edita "Lovedrive" e inicia a sua primeira tournée pelos EUA. No entanto, o álbum não obtém grande sucesso, chegando mesmo a ser proibido nos EUA devido ao cariz alegadamente sexual da sua capa.

Repetindo os comportamentos que o levaram à saída dos UFO (nomeadamente o alcoolismo e falta de comparência em alguns espectáculos ao vivo), Schenker deixa durante algum tempo os Scorpions - sendo substituído nos concertos por Matthias Jabs.
Com uma nova formação composta por Klaus Meine, Rudolf Schencker, Matthias Jabbs, Francis Bucholz e Herman Rarebell, a banda edita em 1980 "Animal Magnetism" (um disco que chega, surpreendentemente ao Ouro nos EUA).
Os Scorpions regressam aos discos em 1982 com "Blackout" que continha o hit "No One Like You". O álbum é um verdadeiro sucesso um pouco por todo o mundo, vendendo, só nos EUA, um milhão de cópias. Segue-se, em 1984, "Love At First Sting", um digno sucessor de "Blackout" que lhes confere definitivamente o estatuto de super-estrelas. O single "Rockin' Like A Hurricane" torna-se um verdadeiro sucesso, ajudando o álbum a atingir a dupla-platina.

Depois de editar "World Wide Live" em 1985, os Scorpions fazem uma pausa, mantendo-se fora da indústria musical durante dois anos. Finalmente, em 1988, regressam com "Savage Amusement", que incluía a balada "Rhythm Of Love" que se veio a revelar novo grande sucesso.
Em 1990, é lançado "Crazy World", que se torna no disco mais vendido dos Scorpions. Em 1993, é a vez de "Face The Heat", mas nesta altura já muitos fãs tinham perdido o interesse na banda devido à "explosão" da música rock alternativa de início da década. Em 1995, é editado novo álbum ao vivo: "Live Bites".
Já com o baixista Ralph Riekermann e o baterista James Kottak, os Scorpions gravam "Pure Instinct", em 1996. Um ano depois, a sua editora compila um álbum duplo que reúne os seus maiores sucessos, intitulado "Deadly Sting: The Mercury Years".
Já em 1999, segue-se "Eye To Eye", um disco em que o grupo experimenta algumas melodias pop-techno. E no final do ano seguinte, é a vez de "Moment Of Glory", gravado com a Berlin Philarmonic Orchestra, onde são revisitados alguns dos seus temas clássicos, dando-lhes desta feita uma roupagem diferente.
Outro disco ao vivo se segue, "Acoustica", resultado da gravação de um concerto acústico dado em Portugal. Em 2004 chega “Unbreakable” e no ano passado seria a vez de “Humanity: Hour I”, o disco que os Scorpions trazem esta terça-feira a Portugal.

Alinhamento
Scorpions – Lady starlight
Scorpions – Always somewhere
Nazareth – Love hurts
Whitesnake – Is this love
Scorpions – When the smoke is going down
Bon Jovi – Bed of roses
Scorpions - Still loving you