sexta-feira, 29 de maio de 2009

Barco Ancorado 29/05/2009


Uma campanha, promovida pelos Nine Inch Nails e pelos Jane´s Addiction, já acumulou mais de 850 mil dólares em donativos para um jovem que precisa de um transplante cardíaco. A notícia é avançada pelo site Mashable, que acrescenta que Eric De La Cruz ainda não foi operado por causa da falta de centros de transplante no Nevada.

Os Nine Inch Nails e os Jane´s Addiction criaram uma página para receber os donativos e como alerta para a falta de centros de transplante nalgumas partes dos Estados Unidos. Em troca do dinheiro doado, que já ultrapassa o equivalente a 600 mil euros, os músicos oferecem várias prendas que incluem o acesso a um soundcheck, um encontro com a banda, um passe para o backstage, um jantar, uma presença em palco, dois bilhetes e, até há pouco tempo, um passe VIP.

Segundo uma nota deixada no site Mashable pelo líder dos NIN, Trent Reznor, a adesão à causa tem sido tão avassaladora que os músicos se viram obrigados a cancelar os passes VIP para a digressão norte-americana dos Nails e dos Jane´s Addiction.

Os maiores doadores passam a receber uma prancha de skate assinada por Tony Hawk e uma cópia autografada por Reznor de “Still”, o disco mais raro dos Nine Inch Nails. O site Mashable destaca ainda a importância da conta do músico no Twitter, usada como plataforma de divulgação da campanha.

Alinhamento
Nine Inch Nails – Everyday is exactly the same
Jane´s Addiction – Everybody´s friend
The Smashing Pumpkins - Today
The Young Gods - Skinflowers
Nine Inch Nails – The hand that feeds
Soundgarden – Black hole sun
Pearl Jam - Alive
Sonic Youth - Superstar
Jane´s Addiction – The riches

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Barco Ancorado 28/05/2009


Willie Nelson tem-nos demonstrado que não é preciso ter-se voz de tenor ou de barítono para se ser reconhecível a quilómetros de distância. Aquele seu registo anasalado é um exclusivo seu como se fosse um cultivo raro de alguma terra divinamente abençoada.
Willie Nelson está de regresso. Desta feita trouxe-nos... “Naked Willie”

A maior lenda viva do country, também reconhecida por aquela imagem de longas tranças grisalhas (qual indío branco), fiel chapéu de vaqueiro, barbinha aparada e camisola de alças, decidiu expôr mais os seus atributos individuais no álbum revisionista “Naked Willie”, composto por 17 belas faixas (incluindo inéditos guardados na gaveta). Willie Nelson decidiu limpar os arranjos de cordas e os coros femininos de gravações suas efectuadas num período inspirado do cantor entre 1966 e 1970. Não o fez, evidentemente, como uma vassourada a algum lixo – isso nem se põe em causa. Trata-se apenas de uma nova perspectiva sobre míticas gravações suas, incluindo a versão (também historicamente tratada por Johnny Cash) da genial canção “Sunday Mornin´Comin´Down”, de Kris Kristofferson.

Musicalmente mais despido, Willie Nelson soa-nos um cantor mais swingante (um imprevisível parente de Tony Bennet) que recria os seus standards, e às vezes torna-se até bruscamente dramático num registo enigmático paralelo ao de Scott Walker, como acontece no arrepiante e paralizante “Jimmy´s Road”. Parece, mais do que um benemérito de Nashville, um cantor sedutor papa-corações que sensibiliza as almas das senhoras, mesmo que sem a tal orquestra.

No seu novo disco, a guitarra pedal-steel continua o seu rodeo, o banjo raramente desaparece da vista e a guitarra acústica obedece ao trajecto dedilhado do country. Mas Willie Nelson não se reduz à redundância. E faz bem em retrabalhar as memórias.

Alinhamento
Willie Nelson – I just dropped by
Willie Nelson – Sunday morning coming down
Johnny Cash – San Quentin
Emmylou Harris (ft Dave Mathews Band) - The long black veil
Keith Carradine – I´m easy
Kenny Rogers – Coward of the county
Willie Nelson – Jimmy´s road
Cowboy Junkies – A horse in the country
Indigo Girls – I don ´t wanna talk about it
K.D. Lang - Constant craving
Willie Nelson – I´m a memory

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Barco Ancorado 27/05/2009


Depois de oito anos separados, os ingleses Skunk Anansie regressam este ano a Portugal para dois concertos em Novembro.
A passagem por Portugal insere-se na Greatest Hits Tour, a tournée de reunião do grupo, que se separou em 2001. No dia três, a banda liderada por Skin actuará no Coliseu de Lisboa e no dia seguinte sobe ao palco do Coliseu do Porto.
Formados em 1994, os Skunk Anansie são conhecidos por êxitos como “Hedonism” e “You’ll Follow Me Down”. O último álbum da banda, “Post Orgasmic Chill” foi editado em 1999. Depois da separação, os membros seguiram carreiras a solo.
Os preços dos bilhetes variam entre 26 e 34 euros para cada concerto.

Os Skunk Anansie formaram-se em Fevereiro de 1994, como resultado da junção de duas bandas. Skin e Cass vieram dos Mama Wild e Ace dos Screaming Amoebas. Mark juntou-se ao grupo um pouco mais tarde. Foi no Splash Club que Skin e Cass conheceram Ace, na altura DJ residente do clube londrino. Dois pequenos concertos foram suficientes para que a banda conseguisse um contrato com a editora One Little Indian.
"Little Baby Swastikka" foi o primeiro single gravado, um disco de promoção feito para as rádios. O registo transformou-se rapidamente num êxito nos meios underground. Ainda antes da edição do primeiro longa duração, "Paranoid & Sunburnt", foi editado o single "Selling Jesus" que promoveu o grupo ainda em maior escala, dado ter feito parte da banda sonora do filme "Estranhos Prazeres", onde o grupo também participou, tocando o tema numa das cenas. Os singles extraídos de seguida, "I Can Dream", "Charity" e "Weak", tiveram também resultados surpreendentes, com os dois últimos a chegarem ao top20 britânico. A dimensão da banda estava agora em crescendo e a promoção do álbum foi feita em digressão, no apoio aos Therapy e a Lenny Kravitz.

As solicitações feitas aos Skunk para actuações em conjunto com outras bandas e em Festivais de Verão, multiplicaram-se. Em 1996, é editado "Stoosh". O single "Hedonism" conseguiu chegar ao top10 inglês, e fez furor por toda a Europa, enquanto o vídeo do tema, para ter uma maior promoção na MTV, teve de ser refeito, já que, na primeira versão, apareciam duas mulheres a beijarem-se.

A tradição das performances ao vivo dos Skunk Anansie consolidou-se, dando à banda uma fama que ia para além dos tops e dos hit singles. A movimentação de Skin em palco, juntamente com uma música cada vez mais agressiva projectou a banda para além dos circuitos mais restritos. Em 1999 a banda regressou com "Post Orgasmic Chill". O álbum teve os seus maiores sucessos nos singles "Charlie Big Potato' e "And This Is Nothing That I Thought I Had". Dois anos mais tarde os Skunk anunciaram o seu fim, depois de mais de sete anos de actuações e de muitos milhões de discos vendidos.

Alinhamento
Skunk Anansie - Secretly
Skunk Anansie – You´ll follow me down
Garbage – The world is not enough
Guano Apes - Rain
The Cranberries - Analyse
Skunk Anansie – Tracy´s flow
PJ Harvey – To bring you my love
4 Non Blondes – What´s up
Skunk Anansie – Charlie big potato

terça-feira, 26 de maio de 2009

Barco Ancorado 26/05/2009


James Morrison e Bloc Party são os primeiros cabeças-de-cartaz confirmados para o Festival Rock One que se realiza no Autódromo Internacional do Algarve entre 5 e 8 de Agosto. Morrison actua a 5 de Agosto. Os Bloc Party no dia seguinte.
Entretanto, Tara Perdida, Fonzie e Pontos Negros revelaram a sua presença a 5 de Agosto. Os Da Weasel actuarão no dia 7. Para além do palco principal, haverá também uma tenda electrónica. DJ Tiesto é um dos nomes certos para este espaço, embora a data ainda não esteja confirmada.
O preço dos bilhetes diários é de 50 euros ou 80 (para quatro pessoas). O passe individual para o festival custa 80 euros ou 240 euros (quatro pessoas).
O Rock One é um festival de música e desporto automóvel. A organização pretende que o evento passe a ser realizado a cada ano ímpar.
Esta terça-feira falamos dos Bloc Party no Barco Ancorado.

'So Here We Are', um dos singles mais ouvidos do álbum de estreia "Silent Alarm", lançado no início de 2005, poderia ser a frase de apresentação dos Bloc Party. Inspirados por nomes como Pixies, Joy Division, Sonic Youth e Franz Ferdinand, os Bloc Party alcançaram rapidamente o sucesso afirmando-se como uma das bandas revelação de 2005 no panorama do indie rock/art-punk.
A formação inicial do grupo remonta a 2002 quando Kele Okereke (vocalista e guitarrista) e Russell Lissack (guitarrista) decidiram criar os "Angel Range" aos quais se juntariam, um pouco mais tarde, Gordon Moakes (baixista e vocalista) e Matt Tong (baterista). Já em quarteto, passariam a chamar-se "Union" até assumirem definitivamente o nome de Bloc Party.
Foi num concerto dos Franz Ferdinand, através do seu vocalista, Alex Kapranos, e do radialista da BBC Steve Lamacq, que os Bloc Party tiveram a oportunidade de apresentar uma demo com o single 'She's Hearing Voices'.

Na digressão pelos Estados Unidos e pela Europa, para promover o seu primeiro disco, os Bloc Party apresentaram, também, ao vivo, alguns temas novos. Entretanto, lançaram o disco "Silent Alarm Remixed", onde remisturam os temas do seu primeiro álbum de originais, e um novo single: 'Two More Years'. O grupo participou, ainda, na edição do single 'Black History Month' dos Death From Above 1979, na compilação "Help: A Day In The Life", a favor das crianças vítimas da guerra, e numa das faixas do álbum "Push the Button", dos Chemical Brothers, através do seu vocalista, Kele Okereke.
Com reconhecimento de outros músicos, da crítica e do público, os Bloc Party foram nomeados para os prémios Mercury Music Prize, em Inglaterra, e mtvU Woodie Awards, que distinguem os artistas mais populares junto dos universitários norte-americanos.

Em 2006, os autores de 'Banquet' ("Silent Alarm") estrearam-se nos palcos portugueses, com um concerto no Festival Paredes de Coura, a 16 de Agosto. Os Bloc Party foram um dos cabeças-de-cartaz do evento.
No ano seguinte, a banda regressa a Portugal para apresentar o seu segundo álbum de originais, "A Weekend in The City", com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
'The Prayer' foi o single escolhido pelo colectivo para apresentar o sucessor de "Silent Alarm".

Alinhamento
Bloc Party – Blue light
Bloc Party – I still remember
Franz Ferdinand - Matinee
Kings of Leon – Sex is on fire
Interpol - Specialist
Bloc Party - Pioneers
The Killers – Mr Brightside
Razorlight - Wire to wire
Kasabian – Shoot the runner
Bloc Party – This modern love

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Barco Ancorado 25/05/2009


Iggy Pop, a iguana do rock e lenda viva do punk, converte-se num crooner de standards jazzísticos no novo álbum, “Preliminaires”, editado esta segunda-feira em Portugal. Iggy Pop interpreta em inglês um tema do reportório de António Carlos Jobim, o famoso “Insensatez” (traduzido neste disco para “How Insensitive”) e várias canções em francês, incluindo “Les Feuilles Mortes”, que cantores como Edith Piaf e Yves Montand celebrizaram.
O homem dos Stooges inspirou-se no livro “A possibilidade de uma ilha”, do escritor francês Michel Houllebecq, no jazz de Nova Orleães e, em especial, na música de Louis Armstrong, como “King of the Dogs”, canção do novo álbum, bem ilustra.

Iggy Pop é uma lenda viva do punk-rock, uma referência que tem sido fonte de inspiração para várias gerações de músicos e não só, facto pelo qual muitos já lhe chamaram o «rei do punk».
O seu interesse pelo rock n' roll começa a manifestar-se desde cedo, levando-o a formar a sua primeira banda, os Iguanas (onde tocava bateria) no início da década de 60.
Mais tarde descobre os blues ao ouvir os Rolling Stones, formando de seguida um novo conjunto de nome Prime Movers.
Após uma breve passagem pela Universidade do Michigan, percebe que o seu futuro era realmente a música e surgem os Psicadelic Stooges, corria o ano de 1967. A energia e o cariz sexual e agressivo da banda valem-lhe rapidamente um estatuto respeitoso no meio underground local. Logo nos primeiros tempos os seus membros decidem então encurtar-lhe o nome para Stooges, passando o seu vocalista a adoptar o nome (hoje célebre) Iggy Pop.
As actuações ao vivo dos Stooges começam então a dar que falar devido à estranheza que provocavam no público, nomeadamente a figura de Pop, que se transforma num ser possuído e quase demoníaco que frequentemente abandonava o palco a sangrar.

O disco homónimo de estreia dos Stooges surge em 1969, seguido um ano depois por "Funhouse". Ambos os álbuns se tornam clássicos do rock, registando no entanto, fracas vendas aquando da sua edição, o que leva a editora Elektra a rescindir contrato com a banda, o que por sua vez precipita o fim dos Stooges. Nessa altura Iggy Pop passa por um período complicado de dependência de drogas e tentativas de suicídio e é David Bowie que o ajuda a recuperar.
Em 1974 a Columbia Records faz renascer os Stooges, mas os problemas de dependência de droga da banda acentuavam-se, facto que levou a que colocassem um ponto final definitivo na sua carreira.
Pouco depois Pop decide fazer uma cura de desintoxicação em Los Angeles. Em 1977, já a solo, edita os álbuns "The Idiot" e "Lust for Life". Ambos são bastante bem recebidos, principalmente em Inglaterra, onde Iggy Pop começa a ser visto como um ícone do emergente movimento punk.
Mantendo-se activo na produção discográfica, o músico lança, em 1982, a sua auto-biografia intitulada "I Need More", um livro em que o músico registou os excessos da sua vida artística.
Coincidentemente ou não, pouco depois o cantor volta a mergulhar no mundo da droga o que o leva a afastar-se da ribalta durante alguns anos.
Em 1986, Iggy Pop regressa com o álbum "Blah Blah Blah", que incluía o seu primeiro hit-single nos EUA, uma versão do tema "Real Wild Child".

É em 1990, com o álbum "Brick by Brick", que Iggy Pop dá o salto para o mainstream, arrecadando o seu primeiro Disco de Ouro nos EUA, que gera o sucesso "Candy", cantado em dueto com Kate Pierson dos B-52's. Iggy Pop é agora citado como uma referência para uma nova geração de artistas, os Nirvana à cabeça, mas também Soundgarden ou Mudhoney.
Em 1996 o fenómeno parece esfriar com o álbum "Naughty Little Doggie". No entanto, a recuperação surge um ano depois com a utilização de um tema antigo seu, "Lust for Live" para a banda-sonora do filme "Trainspotting"
A partir daí, Iggy Pop, assina pequenas participações em vários filmes como "Dead Man", "Cry Baby" ou "Corvo II".
Em 1999, regressa com o álbum "Avenue B" e é alvo de um especial "Behind the Music" do canal televisivo VH-1.
Seguiram-se os trabalhos "Beat 'Em Up" e, em 2003, o igualmente rude "Skull Ring", com o apoio dos Trolls e também dos Green Day, dos Sum 41, dos Peaches e dos seus Stooges, com quem tem trabalhado nos últimos anos.

Alinhamento
Iggy Pop – King of the Dogs
Iggy Pop – How insensitive
David Bowie – This is not America
Lou Reed – Walk on the wild side
Patti Smith – Sometimes love just ain´t enough
Iggy Pop – Les feuilles mortes
Joy Division – Atmosphere
New Order – Someone like you
The Clash – Magnificent seven
Buzzcocks – Ever fallen in love
Iggy Pop – Spanish coast

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Barco Ancorado 22/05/2009


O famoso cantor de baladas Michael Bolton vai dar um espectáculo no Casino de Espinho no dia 9 de Julho, onde vai apresentar o melhor do seu reportório. O jantar-concerto custa 150 euros por pessoa. Trata-se da única passagem da estrela pop por Portugal nesta digressão europeia.
A outra vinda do cantor ao nosso País, na altura uma estreia, também teve como destino os palcos de um casino, o do Estoril, o que aconteceu em 2005.

O relativo sucesso de Michael Bolton foi alcançado já no início da década de 90, graças a baladas como "When a Man Loves a Woman", uma versão do original de Percy Sledge.
Antes de se lançar numa carreira a solo, o cantor fez parte do grupo de heavy metal Blackjack, que editou dois álbuns para a Polydor.
Só em 1983, Michael Bolotin (nome verdadeiro do cantor) adoptou o nome artístico de Michael Bolton, ao mesmo tempo que deu os primeiros passos na sua carreira a solo. Editou um álbum homónimo ainda durante esse ano, que produziu o single "Fools Game". Na mesma altura, o tema "How Am I Supposed to Live Without You", interpretado por Laura Branigan, e que havia sido escrito em parceira com Bolton, tornou-se num sucesso, o que ajudou à divulgação da música do cantor. Em compensação, o sucessor de "Michael Bolton", "Everybody's Crazy", editado em 1985, foi um fracasso comercial.
No entanto, à terceira foi de vez, e o reconhecimento de Bolton chegou com "The Hunger" (1987), um disco que abandonou o som mais hard-rock antes praticado pelo cantor, e marcou a entrada no estilo mais romântico com que hoje é identificado.

Em 1989, Bolton atingia definitivamente o estrelato com "Soul Provider", um disco que figurou entre os dez mais vendidos, graças às quatro milhões de cópias que vendeu com base em singles como "How Am I Supposed To Live Without You", "How Can We Be Lovers" e "When I'm Back On My Feet Again". O tema "How Am I Supposed To Live Without You" valeu inclusivamente a Bolton uma estatueta na categoria de "Melhor Prestação Vocal Pop Masculina" na cerimónia dos Grammys desse ano.
"Time, Love and Tenderness", sucessor de "Soul Provider", foi editado em 1991 e viu ainda melhor sorte do que o trabalho anterior. O disco foi líder de tabelas, tendo vendido seis milhões de cópias graças às baladas "When a Man Loves a Woman", mais uma versão, "Time, Love and Tenderness" e "Love is a Wonderful Thing", um tema polémico que mais tarde esteve na base de uma acusação de plágio imputada a Bolton pelos Isley Brothers. "When a Man Loves a Woman" valeu a Bolton mais um Grammy na categoria de "Melhor Prestação Vocal Pop Masculina".
No entanto, na cerimónia de entrega dos prémios, o cantor foi confrontado com comentários depreciativos por parte de Irving Gordon, o vencedor na categoria de "Canção do Ano" com o tema "Unforgettable".

Michael Bolton ignorou os comentários depreciativos e, em 1992, editou uma compilação de versões, "Timeless (The Classics)", que voltou a liderar as tabelas, graças às três milhões de cópias que vendeu, devido em grande parte à versão do original dos Bee Gees, "To Love Somebody".
Um ano mais tarde, chegou às lojas "The One Thing", um álbum de originais, que à semelhança do disco anterior vendeu três milhões de cópias e produziu o single "Said I Loved You... But I Lied". "All That Matters" surgiu, em 1997, e foi um fracasso comercial, o que não impediu Bolton de editar no ano seguinte "My Secret Passion", uma compilação de ópera que surpreendentemente recebeu críticas muito positivas. O regresso aos originais aconteceu em Março de 2002 com "Only a Woman Like You".
Bolton manteve nos anos seguintes a constância, inventando sempre argumentos para editar álbuns novos: o ao vivo "Til the End of Forever" (em 2005), as versões de "Bolton Swings Sinatra" (em 2006) ou o natalício "Merry Christmas from Vienna" provam isso.

Alinhamento
Michael Bolton – How am I supposed to live without you
Michael Bolton – When a man loves a woman
Richard Marx – Right were waiting
Peter Cetera – The glory of love
Lionel Richie – The magic of love
Michael Bolton – Time, love and tenderness
Eric Carmen – All by myself
Christopher Cross - Sailing
Michael Bolton – Missing you now

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Barco Ancorado 21/05/2009


Os ingleses The Cult regressam a Portugal no dia 25 de Setembro. A banda de Ian Astbury e Billy Duffy actua no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, num concerto que integra a digressão mundial «Love».
Formados em 1983, os The Cult são autores de êxitos do rock como «She Sells Sanctuary» e «Fire Woman». O mais recente disco de estúdio dá pelo nome de «Born Into This» e foi editado em 2007, já depois do regresso ao activo da banda que entretanto tinha entrado num hiato entre 1995 e '99.
O vocalista Ian Astbury deu também voz aos Riders On The Storm, projecto que ressuscitou os The Doors em 2002.
Os bilhetes para o concerto no Coliseu de Lisboa já estão à venda nos locais habituais e têm o preço único de 25 euros.

Astbury convidou Billy Duffy, guitarrista, o baterista Ray Mondo e Jamie Stewart, baixista, e formou os Death Cult. A formação sofreu a primeira alteração logo de seguida, com a entrada de Nigel Preston para o lugar de Ray Mondo. Os Death Cult encurtaram então seu nome, ficando então com a designação definitiva, The Cult. O primeiro álbum dos Cult apareceu no mercado em 1984. "Dreamtime" apresentou sons do mais claro hard rock, declinando assim e em definitivo as conotações com o género gótico, ao qual estiveram antes associados. A saída de Preston, para a entrada de Mark Brzezicki, precedeu o lançamento de um dos singles com mais sucesso, "She Sells Sanctuary", que chegou até ao número 15 do top inglês.
"Love" foi o álbum que se seguiu, em 85. O disco alcançou o quarto lugar nas tabelas britânicas e consolidou os Cult como uma das grandes bandas rock. Antes do lançamento de "Electric" em 87, a formação sofreu novas alterações. O resultado foi mais um êxito nos tops, o álbum chegou até ao quarto lugar da lista de preferências britânica, enquanto o single "Love Removal Machine" se quedou pelo 18º lugar.
"Sonic Temple", editado em 1989, revelou-se como o maior sucesso dos Cult até então. O single "Fire Woman" trouxe uma dimensão ainda maior à banda de Astbury. Contudo, nem tudo estava bem com a banda. As divergências internas e o uso de drogas acabaram por minar a formação, resultando nas saídas de Sorum para os Guns N' Roses e de Jamie Stewart. As entradas de Mickey Curry e de Charlie Drayton antecederam o lançamento de "Ceremony", em 1991. O disco não teve os mesmos resultados dos registos anteriores, as vendas não tiveram números surpreendentes e as críticas chegaram a ser negativas.

O quinto álbum dos Cult acabou por ser o último trabalho em mais de três anos, e só em 1994 é que o mercado conheceu um novo conjunto de originais. "The Cult" contou com a participação de novos elementos, Craig Adams e Scott Garrett. O novo registo teve o mesmo destino que o anterior e foi marcado pela falta de sucesso. A banda acabou por cessar as suas actividades em 1995.
Três anos depois, em 98, os Cult voltaram a reunir-se. A formação quase voltou ao formato original, com Matt Sorum na bateria, Billy Duffy na guitarra, Chris Wyse no baixo e Astbury. Os concertos ao vivo e a inclusão de um tema original na banda sonora do filme "Gone In 60 Seconds" foram as suas últimas aparições. Um novo disco surgiu em 2001, intitulado "Beyond Good & Evil". O registo marcou também o regresso da banda aos palcos, onde se incluiu uma passagem por Portugal, em Setembro desse ano, com um espectáculo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Um novo interregno surgiria na carreira dos Cult, marcado pela saída temporária de Astbury para assumir o papel de vocalista na nova formação dos Doors (com Robbie Krieger e Ray Manzarek, mais tarde intitulada de Riders On The Storm).
Em 2006, o cantor regressaria novamente aos Cult e com uma nova digressão a banda voltaria a território nacional para um concerto no Coliseu do Porto e uma participação no Super Bock Super Rock, em Lisboa. Esse retorno marcaria a substituição de Matt Sorum, na bateria, por John Tempesta. Um ano depois chegaria um novo álbum, intitulado "Born Into This".

Alinhamento
Cult – Fire woman
Cult – Wild flower
Billy Idol – Dancin with myself
Guns N´Roses – Sweet child of mine
Cult – She sells sanctuary
Aerosmith - Crazy
Robert Plant – 29 palms
Whitesnake – Here I go again
Cult – Heart of soul

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Barco Ancorado 20/05/2009


Os Faith No More têm regresso confirmado a Portugal, 11 anos após o último concerto da banda, no Coliseu de Lisboa. Mike Patton e companhia vão estar no Festival Sudoeste a 8 de Agosto.
No mesmo dia, o festival da Zambujeira do Mar vai receber os californianos Mad Caddies e os portugueses John Is Gone, vencedores do concurso Rock Rendez Worten 2008.

Além dos Faith No More, outra das presenças anunciadas no Festival Sudoeste é a dos The Veils, banda londrina que acaba de lançar o novo álbum «Sun Gangs» e que actua a 6 de Agosto.
De fora, e por «incompatibilidade de agendas», ficam os DJs Dubfire, Henrik Schwarz, Dixon e Âme e a dupla Amadou & Mariam, anteriormente confirmados no cartaz.

Os Faith No More anunciaram, em Fevereiro, o regresso aos palcos depois de mais de uma década de interregno. A 7 de Abril de 1998, a banda norte-americana deu o seu último espectáculo no Coliseu dos Recreios.
O Sudoeste TMN 2009 realiza-se entre os dias 6 e 9 de Agosto, na Herdade da Casa Branca, Odemira.
Já estão asseguradas as presenças, entre outros, dos Buraka Som Sistema, The National, The Veils, Madcon, Faith No More, Lily Allen e Amy MacDonald.

Alinhamento
Faith No More – King for a day
Faith No More - Easy
Soundgarden – Black hole sun
Pearl Jam – Last kiss
Audioslave – Be yourself
Faith No More – Last cup of sorrow
Nirvana – Where did you sleep last night
Bush - Letting the cables sleep
Faith No More – I started a joke

terça-feira, 19 de maio de 2009

Barco Ancorado 19/05/2009


A diva regressou em grande ao Pavilhão Atlântico. Beyoncé Knowles, que aos 27 anos é já uma veterana nas lides da pop/R&B, voltou esta segunda-feira a Lisboa e precisamente à mesma sala onde há dois anos fez a sua estreia em palcos lusos.
Num pavilhão completamente cheio, era fácil vislumbrar que a grande maioria do público era adolescente e do sexo feminino. Em palco, Beyoncé é sonho tornado realidade para milhares e milhares de jovens fãs e aspirantes a cantoras, muitas delas acompanhadas das mães ou dos pais, outras tantas dos namorados.

Depois de uma espera de uma hora que ficou por explicar, as luzes apagaram-se finalmente. Beyoncé surgiu envolta em neblina, em contraluz - imagem perfeita para ser captada pelas lentes dos fotógrafos. A diva estava de volta, no primeiro dos muitos vestidos brilhantes que usou e que lhe acentuaram a silhueta e as longas pernas. Os primeiros versos que se ouviram foram de «Déjà Vu», mas foi «Crazy In Love» que deu oficialmente início ao concerto.
Beyoncé trouxe consigo uma das melhores produções que já passaram pelo nosso país - ecrãs gigantes que exibiam imagens ao vivo e vídeos dos vários interlúdios, jogo de luzes irrepreensível e banda completa, e integralmente feminina, com duas baterias, dois órgãos, guitarra, baixo, saxofones e coro. A acompanhar a cantora nas coreografias, quatro dançarinas e quatro dançarinos. Todos assistidos por um guarda-roupa quase infinito.

Os primeiros temas da noite serviram para recordar os antecessores de «I Am... Sasha Fierce», duplo disco lançado em Novembro. «Naughty Girl», em tons avermelhados, e Freakum Dress, com direito a solo de guitarra, foram marcando o ritmo acelerado de uma noite de muita dança. Em palco, Beyoncé transpirava sensualidade a cada passo, a cada movimento.
De branco, Beyoncé partiu para dois momentos intimistas: «Smash Into You» e «Ave Maria», este último com a cantora vestida de noiva, véu incluído. As mudanças de vestidos foram uma constante ao longo da noite, tal como o piscar de olho a vários artistas que Beyoncé admira, desde Alanis Morisette a Sarah McLachlan, passando por DJ Kool, Lil Jon e até o marido Jay-Z.

As dedicatórias para o público feminino foram várias, com «Broken-Hearted Girl» e «If I Were A Boy» a servirem de apoio ao «sister power» promovido pela norte-americana. Depois foi a vez de Beyoncé libertar o seu alter ego, Sasha Fierce, uma felina por domar e que vestiu literalmente a pele de uma chita.
«Baby Boy» trouxe uma das surpresas da noite. A cantora 'voou' num baloiço suspenso sobre a plateia e aterrou num palco montado a meio do pavilhão, bem junto dos fãs. Foi aí que Beyoncé levou o público em massa a cantar “Irreplaceable” do princípio ao fim, recordou alguns dos êxitos nas Destiny's Child e desafiou um fã em “Say My Name”.
Até ao final, foi só somar mais pontos com “At Last” (original de Etta James), “Listen” (da banda sonora de “Dream Girls”) e “Single Ladies (Put a Ring On It)”, um dos mais festejados da noite.
E mesmo após “Halo”, Beyoncé fez questão de cantar os parabéns a uma mão cheia de aniversariantes. Terá certamente sido o suficiente para compensar os 60 minutos de espera, pelo menos a contar pelos sorrisos que se multiplicaram pela plateia.

Alinhamento
Beyoncé - Crazy in love
Beyoncé - Irreplaceable
Britney Spears - Mannequin
Ashanti - Foolish
Alicia Keys - U don´t know my name
Beyoncé - Me, myself and I
Justin Timberlake - Sexy back
Christina Aguilera, Lil Kim, Pink & Mya – Lady marmalade
Beyoncé – Naughty girl

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Barco Ancorado 18/05/2009


James Morrison vai actuar pela primeira vez em Portugal no Festival dos Oceanos, em Lisboa.
O concerto está marcado para o primeiro dia de Agosto. Na primeira parte, estará um artista português de renome, adianta o site do evento, que se realiza entre 1 e 15 de Agosto.
James Morrison chegou a ter visita marcada ao último Rock In Rio mas cancelou o espectáculo para terminar as gravações do segundo álbum, entretanto editado. Do disco resultou o êxito «Broken Strings», um dueto com Nelly Furtado.

O cantor James Morrison será o cabeça de cartaz do primeiro dia do Festival dos Oceanos, a decorrer nos Jardins de Belém, em Lisboa, entre 1 e 15 de Agosto.
De acordo com a página do evento, na primeira parte do concerto de James Morrison estará "uma artista portuguesa, cujo nome é já uma referência no panorama artístico nacional".
A esta descrição deverá corresponder Rita Redshoes, que na sua página do myspace revela que actua no Festival dos Oceanos no mesmo dia que James Morrison.

«Songs for You, Truths for Me» é o nome do último disco do músico e a razão pela qual James Morrison cancelou a sua actuação no Rock in Rio Lisboa 2008. O álbum, editado em Setembro, inclui um dueto com a luso-descendente Nelly Furtado.
O Festival dos Oceanos realiza-se, este ano, sob a égide do Ano Internacional da Astronomia, contemplando acontecimentos ligados à música, dança e ciência.

Alinhamento
James Morrison – Broken strings (ft Nelly Furtado)
James Morrison – Please don´t stop the rain
Jason Mraz – Bella luna
James Blunt – Carry you home
Colbie Caillat - Realize
James Morrison – You give me something
Daniel Powter – Next plane home
Duffy - Stepping stone
Maroon 5 – Goodnight, goodnight
Kelly Clarkson - Breakaway
James Morrison – Wonderful world

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Barco Ancorado 15/05/2009


Os Young Gods e os Bishop Allen juntam-se a José González no cartaz do Festival Manta.
O festival realiza-se nos jardins do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, entre os dias 16 e 18 de Julho. Os bilhetes custam 10 euros (um dia) ou 25 (passe para todo o festival) e podem ser adquiridos nas bilheteiras da sala ou no site do Centro Cultural Vila Flor.
Este é o cartaz do festival:
16 de Julho - Bishop Allen
17 de Julho - Young Gods
18 de Julho - José González

A verdadeira história dos Young Gods começou em meados de 1982, quando Franz Treichler deu início a algumas experimentações com um simples sampler. A junção de talentos com Cesare Pizzi e com Frank Bagnoud concretizou mais tarde o aparecimento do projecto Young Gods em 1985 na Suíça, uma designação escolhida como homenagem aos britânicos Swans, que tinham um tema com o mesmo nome.
"Envoyé!", o primeiro single, chegou ao mercado ainda em 85 e mostrou pela primeira vez o poderio sonoro dos Gods, algures entre o alternativo e o estilo industrial.

O festival Manta arranca este ano no dia 16 de Julho com os Bishop Allen, naturais de Brooklyn, Nova Iorque, e vizinhos, não só geograficamente como na sonoridade, dos Vampire Weekend, uma das bandas mais aclamadas do ano passado. Na bagagem, os Bishop Allen trazem à cidade-berço Grrr…, álbum lançado em Março.

A edição deste ano do Manta termina com um sueco que nos últimos anos tem sido presença habitual em Portugal. José González, que deve o nome latino aos seus pais naturais da Argentina, tornou-se conhecido do grande público após o seu tema Heartbeats ter sido escolhido para um anúncio publicitário que passou um pouco por todo o mundo.

Alinhamento
Young Gods - Si tu gardes
Young Gods - Did you miss me?
Bishop Allen - Oklahoma
Nine Inch Nails - Everyday is exactly the same
The Smashing Pumpkins - Bullet with butterfly wings
Bishop Allen - The ancient commonsense of things
Young Gods - Soul idiot
I´m From Barcelona - Ophelia
The National - Slow show
Spill Canvas - Lullaby
José González - Teardrop

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Barco Ancorado 14/05/2009


A passagem de Antony and the Johnsons pelo Coliseu dos Recreios é o concerto do dia, nesta quinta-feira 14 de Maio. O músico britânico começa na capital uma sequência de três concertos no nosso País para apresentar o novo disco “The Crying Light”. As passagens pelo Theatro Circo de Braga, no sábado, e pelo Coliseu do Porto, na segunda-feira, fecham a mini-digressão do autor de “You are my sister” por Portugal.

Enquanto Antony and the Johnsons actua na sala das Portas de Santo Antão, mais para os lados de Alfama é a vez de Ursula Rucker subir ao palco do Santiago Alquimista, para mostrar o novo álbum “Ruckus Soundsysdom”. Na zona da Avenida da Liberdade, o Cinema S. Jorge recebe esta quinta-feira um concerto completamente esgotado. O cantautor espanhol Patxi Andión dá início a uma sequência de quatro dias consecutivos de concertos. Amanhã será a vez do Porto receber Andión, seguindo-se uma passagem pela Guarda. O pretexto é o recém lançado “Porvenir”, o primeiro disco do músico em dez anos.

Esta é uma quinta-feira recheada de concertos em Lisboa, destacando-se ainda o espectáculo de Edson Cordeiro e os Klazz Brothers em mais uma edição do Sky Fest no Casino Lisboa e o regresso da Kota Cool Afro Beat Session ao MusicBox.
Por todo o País continuam as festas estudantis, nesta noite com destaque para os concertos de David Fonseca, Klepth, doismileoito, Boss AC e Dealema na Semana Académica do Algarve, em Faro.

Alinhamento
Antony and the Johsons - You are my sister
Antony and the Johsons - Hope there´s someone
CocoRosie - Japan
Joan as Police Woman - To America (ft Rufus Wainwright)
Antony and the Johsons – The atrocities
Patrick Wolf – Running up that Hill
Rufus Wainwright – Going to a town
Tindersticks - The other side of the world
Antony and the Johsons – Perfect day (ft Lou Reed)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Barco Ancorado 13/05/2009


Peter Gabriel e o venezuelano José Antonio Abreu foram os grandes vencedores do Polar Prize 2009, o equivalente ao Prémio Nobel da Música.
A Royal Swedish Academy of Music, a entidade responsável pelo Polar Prize, distinguiu o ex-Genesis pela sua contribuição sempre inovadora e pronta a quebrar barreiras, para o mundo da música. Além da carreira com os Genesis e um percurso a solo do qual já resultaram 11 albúns, Gabriel é também o nome forte por trás do World of Music Arts and Dance, tido como o grande evento mundial da chamada world music, bem como do grupo Real World, que entre outras coisas integra um estúdio, uma editora e uma empresa de multimédia.

O venezuelano José Antonio Abreu, reconhecido pela sua actividade como pianista, mas sobretudo como economista, é um dos galardoados com o Polar Prize, por provar com o seu trabalho que a música pode ser um factor de aproximação entre as pessoas. Entre outras contribuições para o desenvolvimento da criação musical na América do Sul, conta-se a criação do National System of Youth and Children´s Orchestras of Venezuela, uma rede de orquestras por toda a Venezuela que tem potenciado a descoberta de novos talentos na música clássica naquele país, conhecido como El Sistema.

O Polar Prize foi criado em 1989 por Stig Anderson, o manager dos ABBA. Keith Jarrett, Led Zeppelin, Gilberto Gil, Stevie Wonder, Ravi Shankar, Ray Charles, Bruce Springsteen, Quincy Jones, Sir Paul McCartney, Bob Dylan, Isaac Stern, Dizzy Gillespie, BB King e Pink Floyd são alguns dos nomes já agraciados com o chamado Nobel da música.

Alinhamento
Peter Gabriel - Games without frontiers
Peter Gabriel - Don´t give up
Marillion - Kayleigh
Sting - Desert rose
Kate Bush - Babooshka
Peter Gabriel - Solsbury Hill
Phil Collins - True collors
Rod Stewart - Have I told you lately
Peter Gabriel - Sledgehammer

terça-feira, 12 de maio de 2009

Barco Ancorado 12/05/2009


O sueco José González actua na edição deste ano do Festival Manta, em Guimarães, a 18de Julho. A informação é adiantada pelo próprio artista na sua página do myspace .
Filho de argentinos, José González lançou, em 2007, o segundo álbum, de título In Our Nature. Este ano, José González foi um dos participantes na compilação Dark Was The Night , contribuindo com uma versão de "Cello Song", de Nick Drake, em colaboração com o projecto The Books.
No ano passado, o Festival Manta levou ao Centro Cultural Vila Flor bandas como The National, Liars e Rinoçérose.

José González nasceu em Curico, no Chile. Os seus pais, argentinos, mudaram-se para a Suécia em 1976 e González cresceu a ouvir música folk e pop, sendo que o cubano Silvio Rodriguez é o seu artista favorito, depois de na adolescência ter idolatrado Bob Marley e Michael Jackson.
A primeira banda onde José González tocou foram os Back Against the Wall, um grupo de hardcore punk de Gotemburgo, influenciado pelos Black Flag, The Misfits e The Dead Kennedys.
Entre 1993 e 1998 tocou guitarra numa outra banda de hardcore, os Renascence. Seguiu-se uma passagem pela banda rock Only if You Call Me Jonathan.

Em 2003, José González apresentou o seu primeiro álbum em nome próprio, Veneer. Um álbum gravado quando González estudava Bioquímica na Universidade de Gotemburgo.
O seu som é marcado pela guitarra clássica e por uma voz melodiosa e calma. Para além dos originais, José González apresenta frequentemente covers acústicos de sucessos como "Heartbeats", dos Swedes The Knife, "Love Will Tear Us Apart" dos Joy Division, "Born in the U.S.A." e "The Ghost of Tom Joad" de Bruce Springsteen, "Hand on Your Heart" de Kylie Minogue, "Smalltown Boy" dos Bronski Beat, "Teardrop" dos Massive Attack e "Last Snowstorm of the Year" dos Low.
O seu segundo álbum, In Our Nature, foi lançado internacionalmente a 22 de Setembro de 2007.

Alinhamento
José González - Teardrop
José González – Down the line
Kings of Convenience – Manhattan skyline
Andrew Bird – Oh no!
Damien Rice – The blowers daughter
José González - Abram
Sufjan Stevens - Chicago
Jack Johnson – Good people
Elliot Smith - Memory lane
Sondre Lerche – Two way monologue
José González - Fold

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Barco Ancorado 11/05/2009


Patrick Wolf é a mais recente confirmação do Festival de Paredes de Coura 2009. O músico toca no primeiro dia do evento: 29 de Julho, e regressa a solo nacional para apresentar o novo álbum, 'The Bachelor', primeira parte de um registo que se completará em 2010 com a edição do trabalho intitulado 'The Conqueror'.

O compositor londrino dá as boas-vindas aos "festivaleiros" no primeiro dia do evento e promete muita extravagância já que o seu último álbum "The Bachelor" se inspira na cultura sadomasoquista.
Multi-instrumentalista talentoso, Patrick Wolf conta na discografia com quatro álbuns de originais que o consagram como um dos mais inovadores e criativos artistas do Reino Unido, sendo que o primeiro, "Lycanthropy", data de 2003.
Os bilhetes para o Paredes de Coura já se encontram à venda nos locais habituais e custam 40€ (dia) e 70€ (passe).

Patrick Wolf, pseudónimo de Patrick Apps, é um cantor, compositor e multi-instrumentista nascido em 30 de Junho de 1983, em Londres. Toca vários instrumentos, entre os quais ukelele, clarinete, piano, cravo, clavicórdio, saltério, harmónio, autoharpa, kantele, teclado, harpa, violino, guitarra, piano, acordeão, gaita, órgão e theremin.

Em 2003 Patrick Wolf lançou o seu primeiro álbum, 'Lycanthropy', sucesso de crítica assim como o segundo álbum, 'Wind in the Wires', lançado em 2005. Mas com 'The Magic Position', de 2007, Patrick Wolf atingiu o sucesso de público e de crítica, chegando a ser listado como um dos álbuns do ano segundo a revista britânica NME. A faixa título do álbum foi lançada como single um mês após o lançamento do mesmo, e foi considerada uma das melhores músicas de 2007 segundo a revista Rolling Stone.

Alinhamento
Patrick Wolf – The magic position
Patrick Wolf – Accident and emergency
Antony and the Johnsons – Hope there´s someone
Cocorosie – Rainbowarriors
Andrew Bird - Plasticities
Patrick Wolf – Running up that hill
Rufus Wainwright – The one you love
Sufjan Stevens - To be alone with you
The Spill Canvas - Lullaby
Patrick Wolf – The childcatcher

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Barco Ancorado 08/05/2009


Os Rammstein estão de regresso a Portugal no próximo mês de Novembro. A banda alemã vem mostrar o novo disco ao público português no dia 8 de Novembro, ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa. O sucessor de “Rosenrot” tem edição prevista para o Outono. Os bilhetes são postos à venda a partir do dia 12 de Junho, por preços que variam entre os 33 e os 42 euros.

Formados no espaço da ex-RDA, os Rammstein surgiram em 1994, pela iniciativa do guitarrista Richard Kruspe. A junção de outros dois elementos, o baterista Christoph Schneider e o baixista Oliver Riedel, deram depois o formato inicial de trio ao grupo alemão. A trágica inspiração para a designação escolhida veio da localidade alemã de Ramstein, onde oito dezenas de pessoas morreram em consequência do desastre de um avião americano no decorrer de um festival aéreo, alguns anos antes. O guitarrista Paul Landers, o teclista Flake Lorenz e o vocalista Till Lindemann completaram, ainda antes do fim do ano, a inflamada banda germânica. Um ano depois de completada a formação, os Rammstein entraram em estúdio com vista à gravação do primeiro álbum. "Herzeleid", o registo de estreia do grupo alemão, surgiu no final de 1995. O êxito de temas como "Du Riechst So Gut" levou então os Rammstein a conquistarem rapidamente uma fiel legião de fãs, enfeitiçados pela combinações musicais poderosas, criadas algures entre o rock pesado e referências ao estilo industrial. O som da banda alemã chegou até aos ouvidos do realizador David Lynch, que escolheu dois temas, "Heirate Mich" e "Rammstein" para figurarem na banda sonora do filme "Lost Highway", em 1997.

Em meados do mesmo ano apareceu no mercado o segundo álbum, "Sehnsucht", que conquistou desde logo a primeira posição da tabela de vendas alemã. Alguns meses depois o colectivo germânico realizou as suas primeiras digressões em grande escala, que incluíram na altura passagens pela Europa e pelos Estados Unidos. Dois anos mais tarde os Rammstein conseguiram até ser nomeados para o Grammy na categoria de Melhor Prestação de Heavy Metal pelo tema "Du Hast". Nesse mesmo ano foi editado "Live Aus Berlin", um disco que eternizou o poderio dos alemães nos palcos. Em 2001 foi a vez de "Mutter" solidificar a imagem dos alemães como banda de culto dentro dos mais brutais sons do rock.
Depois de cumprida uma extensa digressão, que incluíu Portugal, os Rammstein voltaram em Setembro de 2004 às edições discográficas, com "Reise, Reise".

Em pouco tempo, o álbum chegou ao primeiro lugar nas tabelas de vendas da Alemanha, Áustria, Suiça, Finlândia, México, Islândia e Estónia. 'Mein Tell', 'Amerika' e 'Ohne Dich' foram os três singles de um disco que serviu de base a nova digressão europeia, e que garantiu uma nova passagem por Portugal, desta feita em concerto no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, em Novembro de 2004. "Völkerball", uma compilação de registos ao vivo, chegou às lojas em 2006.

Alinhamento
Rammstein - Amerika
Rammstein – Ich will
System of a Down - Aerial
Slipknot - Vermilion
Linkin Park – Shadow of the day
Rammstein - Mutter
Rage Against the Machine – Born of a broken man
Limp Bizkit – The one
Rammstein – Mein teil

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Barco Ancorado 07/05/2009


Paul Banks, o vocalista dos Interpol, encontra-se a trabalhar no disco de estreia a solo. “Julian Plenti is... Skyscraper”, título do registo, chega às lojas em Agosto com o carimbo da 'Matador' (editora por onde já passaram os Interpol, agora casa dos Sonic Youth e Cat Power, entre muitos outros), e é assinada pelo cognome artístico de Banks, Julian Plenti.
De acordo com declarações de Banks à Billboard, o registo integra alguns temas que foram escritos há mais de dez anos. Julian Plenti era o pseudónimo usado por Paul Banks quando actuava antes de entrar para os Interpol, em 1998.

Juntos desde 1998, os Interpol devem a Daniel Kessler (guitarra) a força maior para a sua consolidação como banda. Após um encontro com Greg (bateria) e mais tarde com Carlos Dengler (baixo), Kessler tomou como certo o seu futuro de vida como elemento de um grupo rock. Em seguida, a missão consistiu em conquistar um vocalista para a banda. Paul Banks, guitarrista e conhecido de Kessler, perfilou-se como a peça necessária para o fecho do elenco dos Interpol. Depois de muitas hesitações, Banks decidiu por fim juntar-se ao grupo.

Em 2000, e já depois de consumado o abandono de Greg, substituído por Sam Fogarino, os Interpol partem em busca do sucesso para a Europa. A edição do primeiro registo ocorreu ainda em 2000, ano em que "Fukd ID" chegou ao mercado no catálogo da editora escocesa 'ChemiKal Underground'.
O percurso dos nova-iorquinos parecia estar a consolidar-se aos poucos, e as provas disso mesmo acumulavam-se, com sucessivos espectáculos no Reino Unido, e mais tarde nos Estados Unidos. Um ano depois, os quatro Interpol podiam já orgulhar-se da partilha de palco com bandas como os 'And You Will Know Us By the Trail of Dead', 'Delgados' ou 'Arab Strap', e de terem a honra de inclusão na playlist de John Peel.

O acordo dos Interpol com a editora 'Matador' concretizou-se ainda em 2001, e no final do ano o colectivo refugiou-se nos Tarquin Studios, no Connecticut, para gravar aquele que seria o seu primeiro longa duração. "Turn On the Bright Lights" chegou às lojas em Agosto de 2002, e aquando do final do ano ocupou lugares de destaque nas listas e elaborações relativas aos melhores discos lançados durante esses doze meses.
Dois anos depois de conquistarem alguma popularidade entre os seguidores da música alternativa, os Interpol regressaram com "Antics", um novo longa duração, editado em Setembro de 2004.
Em 2007 chegou o terceiro álbum de estúdio dos Interpol, designado “Our Love to Admire”.

Alinhamento
Interpol - Evil
Interpol – Slow hands
The National – Slow show
The Strokes – 12 51
Franz Ferdinand – This fire
Interpol - Specialist
Joy Division – She´s lost control
Bloc Party – I still remember
Arcade Fire - Rebellion
Interpol – The Henrich maneuver

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Barco Ancorado 06/05/2009


Lhasa de Sela regressou ontem às edições. “Lhasa”, o terceiro disco da cantora norte-americana de origem mexicana, integra 12 temas em inglês, incluindo o single “Rising”. Este é o sucessor de “The Living Road”, de 2003, disco que incluía canções cantadas em inglês, francês e castelhano.
Enquanto não temos disponíveis os registos do novíssimo álbum de Lhasa, recuperamos temas do inesquecível e belíssimo 'La Llorona', o seu primeiro trabalho.

Lhasa de Sela nasceu na pequena cidade de Big Indian, no estado de Nova Iorque. Actualmente mora no Canadá.
A sua ascendência era de um lado mexicana e de outro americano-judeu-libanesa. Filha de um professor, não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa, Lhasa passou a sua infância de maneira nómada, na companhia dos seus pais e das suas três irmãs.
A sua obra musical mescla tradição mexicana, klezmer e rock, e é cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.

Quando completou 25 anos, com residência fixada em Montreal, no Canadá, Lhasa editou um dos mais belos e melancólicos álbuns desse ano. “La Lhorona”, figura mítica dos Astecas seduz os homens aos primeiros acordes de uma canção triste, para os beijar e tranformar em pedra. Um enredo que dá o mote à música triste, intensa e dramática que Lhasa arquitecta. Seguiu-se “The Living Road”, o segundo álbum.
Falando sobre si, Lhasa diz: “Eu nunca quis ser uma estrela pop. Queria fazer música do fundo do meu coração. A carreira artística é importante, mas para mim a minha vida tem ainda mais valor. Quero ser verdadeira para comigo. Senão sou apenas uma operária da música.”

Alinhamento
Lhasa de Sela - Desierto
Lhasa de Sela – De cara a la pared
Lila Downs – La cumbia del Mole
Mayra Andrade - Lua
Cesária Évora - Xandinha
Lhasa de Sela - Peces
Teresa Salgueiro – Por este rio acima
Ojos de Brujo – Nueva vida
Lhasa de Sela – Arbol del olvido

terça-feira, 5 de maio de 2009

Barco Ancorado 05/05/2009


Lenny Kravitz actua a esta hora no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. O espectáculo insere-se na digressão "LLR 20(09)" e conta ainda com a participação de Mariza, num dueto que junta o rock de Kravitz e o fado português.
No concerto desta noite, o músico nova-iorquino apresenta um alinhamento que celebra 20 anos de carreira desde que lançou o primeiro álbum, "Let love rule", até à edição do mais recente, "It's time for a love revolution". O concerto inclui não só músicas do último disco, mas também temas de toda a sua carreira, como "Are you going to go my way?", "Fly away", "Again", "It ain't over til it's over", "Dig in" e "I'll be waiting".

A convite do músico, sobe também ao palco, Mariza, de regresso da digressão de apresentação do álbum "Terra", pelos Estados Unidos e Canadá. Esta união de fado e rock faz jus ao mote da digressão de Kravitz: "It's time to take a stand, brothers and sisters join hands..." ("É tempo de tomar uma posição, irmãos e irmãs dêem as mãos").

Lenny Kravitz lançou o álbum "Let love rule" em 1989. Vinte anos, quatro Grammys e nove álbuns depois, Kravitz é um nome mundialmente conhecido no panorama musical e já colaborou com vários artistas como Mick Jagger, Stevie Wonder, Michael Jackson, Jay-Z e Alicia Keys.

Alinhamento
Lenny Kravitz – Fly away
Lenny Kravitz - Again
Red Hot Chili Peppers – Under the bridge
Sheryl Crow – Strong enough
Prince – The most beautiful girl in the world
Lenny Kravitz – I belong to you
Skunk Anansie - Secretly
R.E.M. - Everybody hurts
Lenny Kravitz – Calling all angels

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Barco Ancorado 04/05/2009


Os Depeche Mode e o talk show Jimmy Kimmel Live! fecharam a Sunset Boulevard em Hollywood, para um concerto exclusivo.
A banda subiu a palco perante 12 mil pessoas, naquele que foi o maior concerto fora de estúdio produzido pelo programa de televisão norte-americano até agora, para interpretar o single 'Wrong', o primeiro avanço do novo disco "Sounds of the Universe", junto a clássicos como 'Personal Jesus', 'Enjoy the Silence' e 'Never Take Me Down Again'.

Entre a plateia, e segundo a revista Rolling Stone, encontravam-se celebridades como Chris Martin dos Coldplay, Jared Leto dos 30 Seconds to Mars, a actriz Christina Applegate e Danny Lohner, ex-baixista dos Nine Inch Nails, que aparentemente deu nas vistas por se envolver numa briga de rua.

Os Depeche Mode estão em plena fase de promoção de "Sounds of the Universe", o 12º longa duração da sua carreira, nas lojas desde o dia 20 de Abril. O público português vai poder ouvir os novos temas ao vivo já no próximo dia 11 de Julho, no concerto do trio britânico na etapa portuense do Super Bock Super Rock. Os bilhetes custam 40 euros.

Alinhamento
Depeche Mode – Strange love
Depeche Mode – Just can´t get enough
Erasure - Sometimes
Duran Duran – Hungry like the wolf
Pet Shop Boys – What have I done to deserve this
Depeche Mode – Dream on
Simple Minds – Let there be love
The Cure - Lullaby
New Order – Someone like you
Depeche Mode – Enjoy the silence