quinta-feira, 30 de abril de 2009

Barco Ancorado 30/04/2009


Pela primeira vez, os Pearl Jam permitem a utilização de músicas suas numa série televisiva. Os dois episódios finais da temporada “Cold Fact” (exibida em Portugal sob o título “Casos Arquivados”), a serem transmitidas em Maio nos Estados Unidos, vão passar 16 músicas da banda de Eddie Vedder.

Muitas das músicas que vão ilustrar os dois episódios da série “Casos Arquivados” pertencem ao álbum de estreia da banda de Seattle, “Ten”, de 1991, recentemente reeditado.
“Casos Arquivados” é uma série dramática sobre um departamento policial de Filadélfia especializado em casos que ficam por resolver. A série tem por hábito preencher determinados episódios só com músicas de um artista (isso já aconteceu com Bruce Springsteen, os U2, Johnny Cash, Bob Dylan, os Nirvana ou John Mellencamp). Geralmente, o uso da música da série é adaptada à data em que ocorrem os casos.

Os Pearl Jam anunciaram uma mini-digressão europeia para Agosto, não estando prevista qualquer actuação em Portugal. A banda norte-americana começará essa digressão no dia 13 em Roterdão, na Holanda, prosseguindo em Berlim no dia 15, em Manchester no dia 17 e, finalmente, dará um concerto em Londres no dia 18 de Agosto.

Alinhamento
Pearl Jam – Even flow
Pearl Jam - Alive
Soundgarden – Black hole sun
Chris Cornell – Long gone
Pearl Jam – Last kiss
Bush - Swallowed
Foo Fighters – Times like these
Pearl Jam - Jeremy

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Barco Ancorado 29/04/2009


Gabriella Cilmi actua no Festival Marés Vivas no dia 18 de Julho. A cantora italo-australiana, afamada pelo êxito do single 'Sweet About Me', continua a promover o seu único álbum, 'Lessons to Be Learned', de 2008.
O Marés Vivas decorre entre 16 e 18 de Julho, em Vila Nova de Gaia. O bilhete diário custa 25 euros; o passe para três dias está à venda por 38 euros. Além de Gabriella Cilmi, já estão confirnadas as presenças dos Lamb, Primal Scream, Kaiser Chiefs, Scorpions, Guano Apes e Colbie Caillat.

Já nos seus primeiros anos, Gabriella Cilmi revelou o seu interesse pela música de variados estilos, ouvindo desde Nina Simone a Led Zeppelin, Janis Joplin, The Sweet, T.Rex e Cat Stevens. Fã incondicional de Janis Joplin, durante o tempo em que cantou com uma banda fez igualmente covers dos Led Zeppelin, dos Jet, Silverchair e outros.
Em 2004, chamou a atenção de um executivo da Warner Music, Michael Parisi, enquanto se apresentava no Lygon Street Festa, um festival da comunidade de Melbourne, cantando "Jumping Jack Flash" dos Rolling Stones. Com apenas 13 anos, Gabriella viajou para os Estados Unidos e depois para o Reino Unido com Adrian Hannan e foi lá que lhe propuseram assinar contrato com a Island Records.

Gabriella Cilmi cantou com os Sugababes, substituindo Mutya Buena num espectáculo no Jazz Café em Londres em 2007. Estreou-se na TV britânica a 14 de Dezembro de 2007, quando cantou o single 'Sweet About Me', no programa Later with Jools Holland. No mesmo mês a música 'Sanctuary' entrou na banda sonora do filme 'St Trinian's'.
O seu primeiro álbum, 'Lessons To Be Learned', foi escrito e gravado pelo famoso grupo de produtores Xenomania e lançado a 31 de Março de 2008 no Reino Unido.

O single 'Sweet About Me' estreou no número 68 na tabela de singles do Reino Unido a 9 de Março de 2008 e chegou ao número 50 na semana seguinte. A 15 de Junho conseguiu a sua posição mais alta, o número 6.
De Março a Maio do ano passado acompanhou a turné Change Tour, dos Sugababes, no Reino Unido, e os Nouvelle Vague.
O seu segundo single, 'Save The Lies', não conseguiu ser tão bem sucedido quanto 'Sweet About Me', alcançando apenas o número 33 na tabela britânica.
Já em Janeiro deste ano Gabriella Cilmi foi nomeada para os BRIT Awards, na categoria Internacional Feminino.

Alinhamento
Gabriella Cilmi – Don´t wanna go to bed now
Gabriella Cilmi – Save the lies
Duffy – Syrup & honey
Amy Macdonald – This is the life
Sugababes – Caught in a moment
Gabriella Cilmi - Sanctuary
Girls Aloud – Can´t speak french
Colbie Caillat - Realize
Katie Melua – The closest thing to crazy
Gabriella Cilmi – Sweet about me

terça-feira, 28 de abril de 2009

Barco Ancorado 28/04/2009


O músico norte-americano Bob Dylan lançou ontem o álbum "Together through life", disco sentimental, cáustico e impulsivo, como o descreveu a revista Rolling Stone.
"Together through life", 33º álbum de estúdio de Bob Dylan, foi feito em 2008 a partir de uma encomenda do realizador Olivier Dahan. O cineasta francês, autor de um "biopic" sobre Edith Piaf, convidou Bob Dylan a compor um tema para a banda sonora do seu novo filme, "My own love song". Bob Dylan não só compôs o tema, uma balada intitulada "Life is hard", como aproveitou o embalo e compôs e escreveu mais uma mão cheia de inéditos, incluídos agora em "Together through life".

Na revista norte-americana Rolling Stone, o novo álbum de Bob Dylan é descrito como um retrato da América que não é bonito, enquanto o crítico do jornal britânico Telegraph argumenta que pelo menos metade das canções são histórias sobre a vida banal dos americanos, povoada de "pretendentes libidinosas, homens submissos e bêbedos arrependidos".
Produzido por Jack Frost, pseudónimo de Bob Dylan, o álbum inclui "Jolene", "My wifes hometown", "Shake shake mamma", "I feel a change cominon" e "Beyond here lies nothin'", que o músico disponibilizou no final de Março para descarregamento legal na Internet.

Musicalmente, Bob Dylan admitiu que o seu novo álbum tem impressa uma memória de country e blues das antigas editoras discográficas Sun Records e Chess Records, sobretudo pela forma como os instrumentos foram tocados.
"Together Through Life" sucede ao platinado "Modern Times", de 2006, que vendeu mais de 2,5 milhões de cópias e deu a Bob Dylan dois prémios Grammy.

Na próxima semana, por altura do lançamento do seu novo álbum, Bob Dylan estará em digressão pelo Reino Unido. Em 2008 o músico actuou no festival Optimus Alive, no Passeio Marítimo de Algés.

Alinhamento
Bob Dylan – Life is hard
Bob Dylan – Beyond here lies nothin
Neil Young – Unknown legend
Joan Baez – The night they drove old Dixie Down
Donovan - Atlantis
Bob Dylan - Jolene
Tom Waits – Little drop of poison
Bruce Springsteen – The wrestler
Bob Dylan – Shake shake Mama

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Barco Ancorado 27/04/2009


Neil Young recusa-se a atirar a toalha ao chão, seja por que valor for. Como o rock&roll, o carro americano ou a ecologia. As três paixões citadas cabem na cabeça de Young sem contradições e fazem a essência do seu último álbum, “Fork in the Road”.
O estimado carro do músico canadiano, o velhinho Lincoln Continental, reequipado para o uso de energias renováveis e não-poluentes, é o ponto de partida para o seu mais recente álbum anual. Não há novidades substanciais a apontar a “Fork in the Road”. Neil Young continua panfletário e inconformista. E lá está alguma da sua velha guarda, como o teclista e guitarrista Ben Keith ou até a sua mulher, Pegi Young (que brilha nas vocalizações e não só).

O novo álbum de Neil Young é um álbum de crença rock, que podia ter sido feito com os Crazy Horse. A imagem granulada da capa (com o cantor de chapelinho, em polvorosa como um louco), é uma opção visual recorrente no grafismo dos seus discos, que reflete um som distorcido de paternalidade intemporal em relação ao grunge, que ainda resiste neste álbum, saudável.

O rock de “Fork in the Road” é turbulento, desafiador, aventureiro. Tocado em modo ziguezagueante e repetitivo, ignorando parâmetros, quaisquer que eles sejam. Por vezes, é uma jam. Ou um cruzamento entre rock, country e blues, mas numa circulação em rotunda multiplicada por várias voltas. Noutras ocasiões, é uma rispidez punk à velocidade de um carro de corrida americano. Tudo com um estilo antigo.

A agigantar a espiritualidade da armada eléctrica estão os inimitáveis coros que nas músicas de Neil Young parecem polifonias, preciosamente cristalinos, que buscam os agudos da criança que há em cada músico. Como momentos insólitos de relaxamento à austeridade rockeira, figuram apenas “Off the Road”, perfumada pela melancolia de uma condução solitária noite dentro, e a desacelaradíssima “Light a Candle”.
“Fork in the Road” pode ser uma obra um bocadinho menor do artista. Mas tem sabedoria e liberdade. E tem-no de forma eloquente.

Alinhamento
Neil Young – When worlds collide
Neil Young – Fuel line
Bob Dylan – Things have changed
Lou Reed – Modern dance
Bruce Springsteen – Working on a dream
Neil Young – Off the road
Van Morrison – Brown eyed girl
Tom Petty – Into the great wide open
Leonard Cohen - Democracy
Neil Young – Light a candle

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Barco Ancorado 24/04/2009


Músico e compositor, Sérgio Godinho tem assegurado um lugar à parte na história da música portuguesa. Esta sexta-feira, conciliando as comemorações de mais um aniversário do 25 de Abril de 1974, o Centro Cultural Vila Flor recebe Godinho num concerto em que está a ser apresentado o seu mais recente disco, “Nove e Meia”, gravado ao vivo no Teatro Maria Matos em cinco espectáculos completamente esgotados que tiveram como base o seu trabalho "Ligação Directa", editado em 2006 e escolhido como Disco do Ano pelo Blitz. Para além das recentes composições retiradas de "Ligação Directa", como "Às Vezes o Amor","Só Neste País" ou "Dias Úteis", fazem parte deste disco grandes clássicos da história da música nacional, como "Com Um Brilhozinho nos Olhos", "Espectáculo" e "Primeiro Dia.

É tão bom um artista assim. Sérgio Godinho nasceu no Porto e, pegando no chavão, está um pouco como o vinho: quanto mais velho, melhor. Acompanhado pelos Assessores, banda com um papel fundamental no trabalhar do seu repertório, ainda hoje está tão actual como quando conheceu a luz do dia o disco «A Democracia».
Gravado ao vivo em quatro concertos esgotados no Teatro Maria Matos, «Nove e Meia…» é em grande parte apoiado nas canções do belíssimo «Ligação Directa» (criadas com o palco em mente). E aí se pode atestar da importância presente e futura de «Só Neste País» e «Marcha Centopeia».
Tal como Caetano, Sérgio Godinho tem o dom de se renovar a cada momento sem esquecer um passado valioso no contexto da história da música portuguesa.

Por esta altura, Sérgio Godinho já podia viver dos rendimentos mas insiste em manter-se atento ao quotidiano, seja ele social ou artístico. «Nove e Meia no Maria Matos» é equilibrado e diversificado nos arranjos. Numa escala etária, vai dos 8 aos 80. «Só neste país» é que há um artista assim.

Alinhamento
Sérgio Godinho – O primeiro dia
Sérgio Godinho – Marcha centopeia
José Afonso – No comboio descendente
José Mário Branco – Mudam-se os tempos...
Fausto - Peregrinações
Jorge Palma – Boletim metereológico
Sérgio Godinho – Isto anda tudo ligado
Clã – Bairro do Oriente
GNR – Bem vindo ao passado
Sérgio Godinho – Pode ser alguém quem não é

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Barco Ancorado 23/04/2009


«Zii e Zie» é o nome do novo álbum de Caetano Veloso. Em Abril, quando o Outono carioca já sopra na Avenida Atlântica, e a Europa recebe as últimas chuvas frias, Caetano apresenta mais uma incongruência genial. Nada de novo. Apenas o sublime.
É. Caetano Veloso tem dificuldades em enganar-se. Melhor. Tem dificuldade em acertar. Tem extrema urgência no erro. Cumpre-o até ficar perfeito. Agarrando nas palavras de um tijucano célebre, Tim Maia, Caetano Veloso é uma espécie de «tudo é tudo e nada é nada». A filosofia Maia, tão descabida quanto eficaz, é apenas uma pequena parcela da vida de Caetano Veloso.
O Barco Ancorado desta quinta-feira apresenta-lhe o novo trabalho de Caetano.

«Zii e Zie» comprova que o baiano de Santo Amaro não se define pela negação. Ou seja, ele “não é isto nem aquilo”. Ele é tudo. O sucessor de «Cê» é tão somente a exploração contínua do tropicalismo. O uso da memória dos Mutantes à luz de uns menininhos cariocas, amigos do seu filho Moreno Veloso. O movimento tropicalista, ou «uma revisão do ie-ie», como sarcasticamente apelidou o escritor Ruy Castro, nunca terminou. Nunca lhes apeteceu. Nem mesmo quando Gilberto Gil se fez à gravata em Brasília. Aquilo era tão somente um preto de rastas aprumado com uma gravata. Aquele preto que o Caetano tanto gosta.

O baianinho explora-se, só mais uma vez, neste novo álbum. Ele, um melómano doentio, deixa-se levar pelo empirismo louco. Agarra nas guitarras rock de «Cê» e apura uma banda que dança melhor à segunda tentativa de disco em conjunto. Caetano substitui o violão tão próspero da última década e entrega-o à irreverência de uma turminha comandada pela sensibilidade de Pedro Sá e Moreno Veloso.

O novo álbum de Caetano Veloso acrescenta lirismo conceptual. Ou quase, que as coisas com Caetano não se querem definitivas. Além das tricas com Lobão («Lobão tem razão»), política distraída («A Base de Guantanamo»), e um piscar de olho a Aveiro («Menina da Ria»), «Zii e Zie» tem o Rio de Janeiro na frente da fotografia. Ele, o Rio, está lá todo. Do Leblon à Lapa. Do cosmopolita ao mestiço. Do Fassano de Ipanema ao Morro da Dona Marta. Entrem todos na festa, que Caetano banca de bom agrado. Banca e festeja. Engana e sorri. Canta e toca em Deus. O Tio Caetano (e as suas tias - «Ziie e Zie», expressão retirada de uma tradução de um livro de Orhan Pamuk) quer consistência frágil para uma nova etapa.

Alinhamento
Caetano Veloso – Base de Guantánamo
Caetano Veloso – Sem cais
Gal Costa – Força estranha
Gilberto Gil – Super homem – a canção
Chico Buarque – Fado tropical
Caetano Veloso – Falso Leblon
Maria Bethânia – É o amor
Milton Nascimento - Vida
Ney Matogrosso – Jeito de amar
Caetano Veloso – Menina da Ria

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Barco Ancorado 22/04/2009


Os Pixies vão lançar uma caixa com os álbuns já editados, material extra e novo trabalho gráfico, no próximo dia 15 de Junho. Os rumores sobre 'Minotaur' começaram a circular na Internet na noite de segunda-feira e a confirmação chegou horas depois, na revista Rolling Stone.
A versão deluxe da caixa inclui os cinco discos de estúdio dos Pixies, um DVD da actuação na Brixton Academy em 1991, faixas bónus e um livro de 54 páginas.
Da edição limitada, além de todo o material já incluído na versão de luxo, fazem parte os cinco discos em vinil de 180 gramas, uma impressão do trabalho gráfico e um livro com 72 páginas.

Considerados como uma das bandas que mais influenciaram o rock alternativo no final dos anos 80, os Pixies lideraram um estilo próprio, caracterizado pela junção entre sons caóticos, ainda que melódicos da pop, e as mais arrebatadas referências a estilos mais radicais como o punk ou até mesmo o hard rock. Liderados por Black Francis (hoje, Frank Black) os Pixies foram motivo de inspiração para a revolução que mais tarde havia de ficar conhecida como movimento grunge.
Formados em Boston, em 1986, contaram a princípio com uma dupla formada por Charles Thompson (o verdadeiro nome de Black Francis), e Joey Santiago. Kim Deal, a baixista, juntou-se em seguida ao duo, depois deste ter posto um anúncio num jornal de Boston, algum tempo antes da entrada de David Lovering. Após meses de ensaios e concertos esporádicos, nomeadamente como banda de apoio dos Throwing Muses, os Pixies lograram chamar a atenção de Gary Smith, um empresário que acabou por convidá-los para gravarem a sua primeira maqueta. "The Purple Tape", um conjunto de 18 temas, acabou por chegar às mãos de Ivo Watts, o director da editora 4AD Records. O conteúdo da maqueta convenceu Watts, que convidou os Pixies a assinarem um contrato, e decidiu lançar o conteúdo constante na cassete no EP "Come On Pilgrim" editado em 1987.

"Surfer Rosa", o primeiro longa duração dos Pixies, apareceu no mercado em 1988, sendo que por esta altura o quarteto de Boston já conquistava as tabelas de preferências na Grã-Bretanha e os tops independentes nos Estados Unidos. Ainda antes do final de 88, a banda de Francis assinou um novo contrato, então com a Elektra Records, e entrou no estúdio escassos meses depois para gravar "Doolittle", o terceiro álbum, editado em 1989. "Monkey Gone To Heaven" ou "Here Comes Your Man" foram apenas dois dos temas que catapultaram em definitivo o trabalho da banda de Massachusetts até ao top10 britânico. No início de 1990, os Pixies decidiram fazer uma pausa, dado estarem verdadeiramente fartos de conviverem uns com os outros. Foi durante essa época que Black Francis começou a tocar a solo, e igualmente quando Kim Deal deu nova vida às Breeders. O intervalo voluntário terminou ainda a meio do mesmo ano, altura em que os Pixies gravaram "Bossanova", que alcançou novas posições de destaque nas tabelas americana e britânica. Contudo, e apesar do sucesso, as tensões existentes entre Kim Deal e Black Francis continuavam a subir de tom, devido à ditadura criativa imposta por Francis, que não permitia as incursões de Deal no alinhamento decidido para os álbuns. Apesar das desavenças, os Pixies voltaram à actividade em 1991 quando lançaram "Trompe Le Monde", o quarto álbum. Durante o ano seguinte, e depois de uma tournée que incluiu até a abertura de alguns dos concertos da digressão Zoo Tv dos U2, a banda americana voltou a decidir-se por mais uma pausa. Foi então que depois de lançar o seu primeiro álbum em nome próprio, Black Francis anunciou, numa entrevista à BBC, que os Pixies tinham acabado, ainda antes de ter avisado qualquer dos membros da banda. Deal, Lovering e Santiago ficaram a conhecer a decisão de Black quando este lhes enviou um fax no final desse mesmo dia.

O percurso pelos projectos fora dos Pixies começam a não correr muito bem a meio dos anos 90 e começam a surgir rumores de encontros musicais entre os membros da banda. Mas é preciso esperar por 2003 para os rumores ganharem confirmação, quando Black afirma numa entrevista que pretende juntar o grupo, revelando que o quarteto por vezes encontrava-se para tocar. O regresso aos palcos tem lugar em 2004, com uma digressão pelos EUA e Europa, que passa por Portugal. No mesmo ano é editado o DVD "Wave of Mutilation: The Best of Pixies".
O quarteto continua na estrada entre 2006 e 2007, numa digressão que marca inclusivé a estreia na Austrália. O périplo é imortalizado no DVD "loudQUIETloud" lançado em 2006.
Já em 2008, e depois de continuadas notícias de incapacidade de gravar novo material, Black anuncia que a reunião acabou, mas não mete de parte o regresso a estúdio desde que seja «para gravar material fresco, que não tenha nada a ver com as músicas antigas».

Alinhamento
Pixies – Bone machine
Pixies – Here comes your man
Sonic Youth – Teenage riot
Pavement – The killing moon
The Smashing Pumpkins – Stand inside your love
Pixies – La la love you
The Smiths – Heaven knows I´m miserable now
The Jesus and Mary Chain – Just like honey
Pixies – Where is my mind?

terça-feira, 21 de abril de 2009

Barco Ancorado 21/04/2009


Teresa Salgueiro tem novo disco. Chama-se Matriz. Teresa sempre teve qualquer coisa de princesa encantada de outro tempo, uma espécie de Inês de Castro, desde os primórdios dos Madredeus. E este novo álbum, Matriz, confirma essa sensação. A cantora foi à fonte da sua terra para um disco de recolha do arquivo cancioneiro nacional.
Em três decisivos anos, durante os quais anunciou a saída dos Madredeus, este é já o quinto álbum de Teresa Salgueiro. Com o contributo fundamental do remodelado Lusitânia Ensemble, Matriz é talvez a obra mais exigente de todas que Teresa Salgueiro fez sem o cordão umbilical dos Madredeus.

Acompanhada por um septeto (de percussionistas, violoncelista, violinista, acordeonista, contrabaixista e do guitarrista acústico Pedro Jóia), Teresa Salgueiro tenta colar a sua voz angelical aos mais variados cenários históricos da canção tradicional portuguesa. Através de um percurso cronológico crescente ao longo de 20 faixas, Teresa Salgueiro testa a canção medieval, atravessa a época renascentista, arrisca canções tradicionais de rituais locais salvos do esquecimento pelos esforços musicólogos de Michel Giacometti e de Fernando Lopes-Graça, e atreve-se a dar voz a clássicos do fado popularizados por Amália. Salgueiro conclui o disco com a interpretação da famosa composição de Fausto, 'Por este rio acima'.

Carlos Paredes também não é esquecido no novo disco de Teresa Salgueiro em duas músicas instrumentais – Danças palacianas e Danças portuguesas – com fausto de corte. Salgueiro não prescinde dessa vaidade nobre, mesmo quando pega nos populares Vira da desfolhada e Malhão de Cinfães, dando-lhes vestimentas de seda e bons perfumes, transferindo-os da rua para uma festa de gala.

Há momentos desta nova viagem de Teresa Salgueiro pelo tempo que lembram algumas peças instrumentais dos Madredeus, como o idílico início do álbum Espírito da Paz, ou até andanças a solo de um ex-companheiro ainda mais distante, Rodrigo Leão.
Matriz é uma graça, quem sabe, uma experiência individual enriquecedora para a cantora. De tão ambiciosamente académico, o álbum sofre de um complexo de gigantismo, volumoso e desequilibrado demais para se ouvir. É que ao contrário dos volumes de história, os discos são mais exigentes na linha de peso.

Alinhamento
Teresa Salgueiro – Puestos estan frente a frente
Teresa Salgueiro – Por este rio acima
Ana Moura – Fado de Pessoa
Cristina Branco – Sete pedaços de vento
Mariza – Retrato
Camané – A cantar é que te deixas levar
Teresa Salgueiro – Danças palacianas
Rodrigo Leão – Rosa
Dulce Pontes – Lusitana paixão
Teresa Salgueiro – Com que voz

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Barco Ancorado 20/04/2009


As CocoRosie vêm a Guimarães em Junho. As irmãs Bianca Leilani e Sierra Rose Casady actuam no Centro Cultural de Vila Flor no dia 20 de Junho e estarão em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, no dia seguinte. Ainda não há indicação quanto ao preço dos bilhetes.
“The Adventures of Ghosthorse and Stillborn” é o último álbum das CocoRosie e, seguramente, virá na bagagem do grupo para estes concertos em Portugal.

CocoRosie é um duo americano, formado em França pelas irmãs Sierra Rose Casady e Bianca Leilani Casady, que toca indie rock, indie electrónico ou "dream pop".
Sierra nasceu em Fort Dodge, Iowa, e Bianca, cujo apelido é Red Bone Slim, no Havaí. São a terceira e a quarta filhas do espiritualista Timothy Casady e da artista e professora Tina Hunter.
Quando Sierra tinha 5 anos e Bianca 3 os seus pais separaram-se e cada uma foi criada por um deles. Reencontraram-se em Paris, em 2003, no apartamento em que Sierra vivia desde 2000.

Inicialmente, Sierra e Bianca fizeram um álbum de hip hop sob a alcunha de Word to the Crow, apenas alguns dias antes do primeiro álbum das CocoRosie, La Maison de Mon Rêve.
Em 2004 as duas irmãs fizeram vários concertos pelos EUA e Europa, onde tocaram com os TV On The Radio, Bright Eyes e Devendra Banhart, entre outros.

Alinhamento
CocoRosie - Rainbowarriors
CocoRosie - Japan
Antony and the Johnsons – The atrocities
Cat Power – How can I tell you
Feist - One evening
CocoRosie - Houses
Lykke Li – Melodies desires
Bjork – Hidden place
PJ Harvey – To bring you my love
CocoRosie - Animals

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Barco Ancorado 17/04/2009


O vídeo de “Shot in the Back of the Head”, tema incluído no próximo disco de Moby, foi realizado por David Lynch. A animação, filmada a preto e branco, conta a história de amor e crime entre uma mulher que é só cabeça (não tem corpo) e um homem de corpo inteiro que perde a cabeça (no sentido literal). A música de Moby, aqui num registo apenas instrumental, encaixa-se na atmosfera do vídeo, que é tipicamente lynchiano. O vídeo pode ser visto no canal de televisão online da Pitchfork.
O novo disco de Moby, “Last Night”, tem lançamento marcado para o próximo dia 30 de Junho pela editora Mute.

Richard Melville Hall, sobrinho trineto de Herman Melville, o autor de "Moby Dick", herdou o nome artístico da obra escrita do tio-trisavô, mas preferiu as criações musicais entre os mais radicais beats tecno e algumas incursões em ritmos do rock mais puro. Mas a mais importante movimentação da carreira de Moby terá mesmo sido o facto de ter conseguido levar os alternativos ritmos electrónicos até ao topo das tabelas de vendas, promovendo a causa da música de dança.

O interesse de Moby perante a música foi uma presença constante desde a sua infância, altura em que começou a aprender a tocar uma série de instrumentos, desde a guitarra aos teclados. As suas primeiras aparições em formações aconteceram quando ainda era adolescente, ao lado de bandas como os Vatican Commandos, os Flipper, ou os Ultra Vivid Scene. A mudança para Nova Iorque foi como que inevitável, depois de uma tentativa falhada de continuar os estudos na Universidade.

Um ano antes do fim do milénio, Moby lançou aquilo que pode ser designado como a sua principal obra até à data, "Play". O disco chegou inclusive a valer-lhe duas nomeações para os Grammys e faixas como "Bodyrock", "Find My Baby", "Natural Blues" ou "Why Does My Heart Feel So Bad", tornaram-se hits um pouco por todo o planeta, e resultaram em mais de cinco milhões de cópias vendidas até à data. Depois de vários meses em digressão, Moby regressou a estúdio para gravar novo conjunto de originais, "18", que chegou às lojas em Maio de 2002. Três anos mais tarde, chegou "Hotel", um novo longa duração.
Para Julho deste ano está previsto o lançamento do seu mais recente trabalho: “Last Night”

Alinhamento
Moby – Natural blues
Moby – We are all made of stars
The Chemical Brothers – Hey boy, hey girl
Röyksopp – Poor Leno
Orbital - Frenetic
Moby – Why does my heart feel so bad
Massive Atack - Protection
Groove Armada – Dusk you and me
Moby – Lift me up

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Barco Ancorado 16/04/2009


Os Aerosmith vão fazer uma digressão conjunta com os ZZ Top, este Verão. A tournée das veteranas bandas começa no dia 10 de Julho em St. Louis, nos Estados Unidos, prolongando-se até Setembro.
Recorde-se que os Aerosmith têm na calha um novo disco de originais, cuja edição estava prevista para os primeiros meses de 2009. Espera-se agora que o sucessor de “Honkin´on Bobo”, de 2004, seja lançado depois da digressão com os ZZ Top, um dos cabeças-de-cartaz da etapa portuense do Super Bock Super Rock, em 2008.

Com mais de 30 anos de carreira, os Aerosmith são hoje uma das mais populares bandas de rock de sempre, podendo orgulhar-se de juntamente com outros grupos, ter ajudado a definir e a sedimentar as sonoridades hard-rock e heavy-metal.
A história do grupo começa a ser escrita em 1970 em Sunapee, New Hampshire, quando o vocalista Steven Tyler conhece o guitarrista Joe Perry e os dois resolvem formar uma banda. Com a inclusão de Brad Whitford (para a guitarra), Tom Hamilton (para o baixo) e de Joey Kramer (para a bateria) nascem os Aerosmith.
Em 1973, já em Boston, o grupo assina um contrato discográfico com a Columbia, e no final do ano surge o seu álbum homónimo de estreia. O disco é um sucesso e gera um hit-single com o tema "Dream On".
Após um ano passado a tocar ao vivo, com grupos como os The Kinks ou Mott The Hoople, os Aerosmith regressam em 1974 com "Get Your Wings", um álbum que permanece nas tabelas cerca de 85 semanas.
No ano seguinte, surge "Toys In The Attic", um disco que marca a ascensão definitiva dos Aerosmith. Graças a singles como "Sweet Emotion" e "Walk This Way", o álbum chega ao 11º lugar dos tops, sendo mesmo considerado um clássico do rock.

"Rocks", de 1976, chega mais longe que os seus antecessores e salta até à 3ª posição, conquistando rapidamente o disco de platina. Após novo álbum de sucesso, "Draw The Line", de 1977, e respectiva tournée pelos EUA, os Aerosmith entram no filme dos Beatles "Sargeant Pepper's Lonely Hearts Club", interpretando uma versão do tema "Come Togheter".
Em 1979, após a edição de "Night In The Ruts", que chega ao disco de ouro, o guitarrista Joe Perry dedica-se a um projecto a solo, enquanto o outro guitarrista da banda, Brad Whitford, deixa os Aerosmith. Para os seus lugares, entram Jimmy Crespo e Ricky Dufay.
Em 1982 a agora renovada banda lança "Rock In A Hard Place", no entanto, pouco tempo depois da edição do disco, a Columbia Records rompe o contrato com os Aerosmith. Passados dois anos, Perry e Whitford regressam ao grupo para uma tournée de reunião.
Em 1985, a banda regressa aos álbuns com "Done With Mirrors", desta feita já com a sua formação original e com a sonoridade que os lançou na ribalta na década de 70. No ano seguinte, a colaboração com o grupo rap Run DMC para uma nova versão do tema "Walk This Way", lança-os de novo na ribalta.
O grupo prepara então o seu regresso em força trabalhando com a mesma equipa responsável pelo sucesso dos Bon Jovi: o compositor Desmond Child e o produtor Bruce Fairburn.
Em 1987 editam "Permanent Vacation", do qual extraem hits como "Rag Doll" ou "Angel", que ajudam o álbum a vender mais de três milhões de cópias.
Dois anos depois, é a vez de "Pump", um êxito estrondoso que inclui hits como "Janie's Got A Gun" ou "Love In An Elevator" e que vende mais de quatro milhões de unidades. Segue-se uma gigantesca digressão mundial, após a qual a banda assina novo contrato discográfico com a Columbia.

Em 1993, os Aerosmith confirmam a sua boa forma com o álbum "Get A Grip", que chega mesmo ao primeiro lugar dos tops graças a singles como "Livin'On The Edge", "Cryin" ou "Amazing". O disco vende 12 milhões de unidades e conquista dois Grammys. No ano seguinte, o grupo embarca numa extensa tournée mundial que inclui uma passagem pelo mítico Festival de Woodstock. Ainda em 1994 é editada a compilação "Big Ones", que chega à dupla platina.
Em 1997 os Aerosmith estão de volta com "Nine Lives", que entra para o primeiro lugar dos tops americanos, chegando ao ouro em seis países, à platina em um e à dupla platina em dois.
Após nova tournée mundial completada com êxito, o grupo regressa em Março de 2001 com "Just Push To Play", mês que vê os Aerosmith conquistarem um lugar no Rock And Roll Hall Of Fame.
Em 2002, o colectivo reuniu os respectivos êxitos na colectânea "O, Yeah! Ultimate Aerosmith Hits".
Dois anos depois, a banda de 'Crazy' resolveu mudar de estilo e lançar o álbum de blues "Honkin' on Bobo", um registo composto por 12 faixas, entre versões de artistas como Muddy Waters, Blind Willie McTell ou Fred McDowell, e ainda 'The Grind', um original dos Aerosmith.
Em 2005, o colectivo lançou o álbum ao vivo "Rockin' The Joint", um registo que imortaliza um concerto do grupo, em Janeiro de 2002, no Las Vegas Hard Rock Hotel & Casino.
Já em 2006, os Aerosmith lançam uma nova colectânea de revisão de carreira, intitulada "Devil's Got a New Disguise - The Very Best Of", que inclui um total de 16temas, entre os quais duas músicas novas: 'Devil's Got a New Disguise' e 'Sedona Sunrise'.

Alinhamento
Aerosmith - Crazy
Aerosmith - Dream on
ZZ Top - Gimme all your lovin
Guns N´Roses - Don´t you cry
Aerosmith - I don´t wanna miss a thing
Bon Jovi - Thank you for loving me
Scorpions - Always somewhere
Aerosmith – Livin´on the edge

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Barco Ancorado 15/04/2009


JP Simões vai apresentar o seu novo álbum, «Boato», a 21 e 23 deste mês no Teatro S. Luiz, em Lisboa. Os concertos recuperam toda a sua obra: desde os Belle Chase Hotel passando pelo Quinteto Tati até ao disco de estreia a solo «1970» e a «Ópera do Falhado». Também os 12 inéditos do álbum fazem parte da ementa.
JP Simões vai ser acompanhado por Sérgio Costa (piano e flauta). Os bilhetes custam 15 euros.

João Paulo Simões, JP Simões, nasceu em Coimbra em 1970, mas ainda criança emigrou para o Brasil. Regressou a Portugal e mudou-se para Lisboa, onde se licenciou em Comunicação Social, tendo encetado o regresso a Coimbra para participar na fundação dos Belle Chase Hotel.
Em 2003 foi levado ao palco através da encenação de João Paulo Costa e da companhia do Teatro do Bolhão, a "Ópera do Falhado", projecto cujo texto saiu da pena de JP Simões e a música foi composta a meias com Sérgio Costa, eterno companheiro de lides, nos Belle Chase Hotel e no Quinteto Tati. O livreto da ópera foi publicado pela editora "101 Noites", em 2004.

Belle Chase Hotel, A Ópera do Falhado e Quinteto Tati, têm sido os habitats onde JP Simões tem concebido e produzido muitas das composições com que se foi distinguindo como magnífico escritor de canções e intérprete.
Em 2006, preparou um novo espectáculo intitulado "Canções do jovem cão" e anunciou o lançamento da sua carreira a solo. Foi ainda em 2006 que estreou no cinema o filme "Pele", realizado por Fernando Vendrell, com banda sonora de JP Simões.
Foi ante-estreado em 2006 o filme de animação “Jantar em Lisboa”, com desenhos e realização de André Carrilho e textos e banda sonora de JP Simões.

O primeiro disco de JP Simões em nome individual, com o título de "1970", foi editado no início de 2007. O álbum recebeu elogios dos críticos e o público também se rendeu ao trabalho, tendo o álbum passado pelo top 30 de discos mais vendidos em Portugal durante 3 semanas, numa das quais esteve em 12º lugar.
No Outono de 2007, é publicado o livro "O Vírus da Vida", contos de JP Simões, ilustrados por André Carrilho.
Este ano assinala o lançamento do álbum "Boato", registo do concerto ao vivo onde JP Simões recupera canções gravadas pelos grupos por onde passou.

Alinhamento
JP Simões - 1970 (Retrato)
JP Simões - Fábula bêbada
Sérgio Godinho - Pode alguém ser quem não é
Clã - Problema de expressão
Ornatos Violeta - Capitão romance
JP Simões - O trovador entrevado
Jorge Palma - Encosta-te a mim
Balla - Construí uma mentira
JP Simões - Só mais um samba

terça-feira, 14 de abril de 2009

Barco Ancorado 14/04/2009


Stacey Kent está de regresso ao nosso país para um concerto nas Caldas da Rainha, no dia 23 de Abril. A intérprete de jazz, recentemente condecorada com a comenda de Cavaleiro das Artes e das Letras em França, traz na bagagem o último álbum, “Breakfast on the Morning Tram”.
O espectáculo está marcado para as 21h30, no Centro Cultural de Congressos das Caldas da Rainha e os bilhetes custam 15 euros.

Stacey Kent, cantora de jazz americana, foi indicada ao Grammy pela performance no álbum "Breakfast On The Morning Tram", de 2007. Kent graduou-se em Literatura Comparada no Sarah Lawrence College em Nova Iorque, e mudou-se para Inglaterra após a sua graduação para estudar na Guildhall School of Music and Drama, em Londres. Nesta cidade conheceu o saxofonista Jim Tomlinson, com quem casou em Agosto de 1991.

O primeiro álbum de Stacey Kent, “Close Your Eyes”, foi lançado em 1997. A cantora americana já lançou outros cinco álbuns desde então, e participou nos álbuns de Tomlinson, sendo que “The Lyric”, de 2005, recebeu o prémio de álbum do ano no BBC Jazz Awards, no ano seguinte.
Já Stacey Kent recebeu o prémio de melhor vocalista no British Jazz Award de 2001 e no BBC Jazz Award de 2002.

O álbum “The Boy Next Door”, de Stacey Kent, foi disco de ouro na França em Setembro de 2006. Já o mais recente “Breakfast On The Morning Tram” conquistou o disco de ouro três meses após o seu lançamento naquele país, onde Stacey Kent já foi condecorada com a comenda “Chevalier des Arts et Lettres”, conferida pela ministra da cultura Christine Albanel, em Março deste ano.

Alinhamento
Stacey Kent - I wish I could go travelling again
Stacey Kent - Ces petits riens
Diana Krall – A case of you
Madeleine Peyroux – Dance me to the end of love
Stacey Kent - Breakfast on the Morning Tram
Lisa Ekdahl – Cry me a river
Norah Jones – Shoot the moon
Stacey Kent - So romantic

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Barco Ancorado 13/04/2009


Lykke Li é uma das últimas confirmações do cartaz do Optimus Alive!09. A cantautora sueca regressa ao nosso país no dia 11 de Julho, para passar pelo Palco Super Bock do festival de Algés e continuar a apresentar o aclamado longa duração de estreia “Youth Novels”.
Li, que já viveu em Portugal, estreou-se ao vivo no nosso país no final do ano passado com um concerto no Super Bock em Stock, em Lisboa.
O Optimus Alive!09 decorre de 9 a 11 de Julho no Passeio Marítimo de Algés. Os bilhetes já estão à venda pelos preços de 90 euros, o passe de três dias, e 50 euros o passe de um dia.

Lykke Li Zachrisson, Lykke Li, nasceu há apenas 22 anos na Suécia mas já é uma das mais recentes grandes revelações do indie pop. Lykke Li começou por chamar a atenção da comunidade blogger internacional no início dos anos 2000 devido a alguns singles colocados no seu MySpace. A sua voz não passou despercebida ao produtor Björn Yttling, dos Peter Bjorn and John, e Lykke Li estreou-se com o EP Little Bit, de 2007, editado pela produtora LL Recordings. Um trabalho que, inicialmente, ganhou notoriedade no mainstream sueco e não tanto junto da comunidade indie pop.

Lykke Li fez a sua primeira aparição na MTV sueca ainda em 2007, com o vídeo "Little Bit", e desde logo foi nomeada para o prémio de Melhor Vídeo dos Swedish Grammy Awards, o que lhe conferiu a assinatura de um contrato com a Atlantic, de modo a garantir a distribuição mundial de “Little Bit” mas, sobretudo, do seu primeiro albúm, já em 2008, intitulado “Youth Novels”.
Um álbum que rapidamente granjeou sucesso, tendo Lykke Li aumentado consideravelmente a sua visibilidade no mundo da música com aparições no talk show “Margaret Reges & Andrew Leahey”.

O Optimus Alive!09 começa no dia 9 de Julho, com destaque para os Metallica e Klaxons. No dia seguinte actuam os Placebo e Ting Tings, entre outros, e no dia 11 há para ouvir a Dave Matthews Band, os Black Eyed Peas, Chris Cornell e Lykke Li, entre outros.

Alinhamento
Lykke Li – Window blues
Lykke Li – Dance, Dance, Dance
Au Revoir Simone – The lucky one
Feist - Mushaboom
Shout Out Louds – Wish I was dead
Lykke Li – Let it fall
M.I.A. - Paper planes
Lily Allen – Take me what you take
I´m From Barcelona – Music killed me
Lykke Li – Melodies desires

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Barco Ancorado 10/04/2009


Katy Perry estreia-se ao vivo no nosso país no próximo dia 28 de Junho. A revelação pop do ano passado vem ao Campo Pequeno, em Lisboa, para mostrar ao público luso o primeiro disco, “One of the Boys”, registo onde se incluem os sucessos “I Kissed a Girl” e “Ur So Gay”, a canção que Madonna elogiou e ajudou a trazer Perry para a fama.
O início do concerto está marcado para as 20 horas e os bilhetes já estão à venda por preços que variam entre os 23 e os 29 euros.

Katy Perry, filha de pastores evangélicos, cresceu a ouvir musica gospel e começou a cantar na Igreja de Santa Barbara, no Estado da Califórnia, nos EUA.
Aos 15 anos de idade passou algum tempo em Nashville a trabalhar com músicos profissionais ligados ao country.
Dois anos mais tarde, Katy juntou esforços com Glen Ballard e acabou por chamar a atenção da Capitol Music Group, com quem assinou na Primavera de 2007. O elogiado EP "Ur So Gay" foi a primeira edição da artista, em Novembro do mesmo ano. A música com o mesmo nome chegou a ser elogiada por Madonna e tornou-se no primeiro single do longa-duração de estreia da artista, "One Of The Boys", editado em 2008.

O registo, no qual Perry canta as problemáticas típicas da adolescência, desde a descoberta do "eu", passando por ex-namorados neuróticos ou viagens loucas com amigos, contou com a participação de um lote de convidados de luxo, entre os quais Glen Ballard (de Alanis Morissette e dos No Doubt), Dave Stewart (Eurythmics), Dr. Luke (Kelly Clarkson, Avril Lavigne), Butch Walker (Pink, The Donnas), Sam Hollander & Dave Katz (Gym Class Heroes) e Greg Wells (Mika, Natasha Bedingfield, Rufus Wainwright).

O polémico 'I Kissed A Girl', foi a faixa eleita para ser o segundo avanço de "One Of The Boys" e acabou por ditar o sucesso do disco de estreia de Katy Perry. A canção alcançou a posição cimeira das tabelas de vendas em vários países e rapidamente se tornou numa das músicas mais tocadas nas rádios de todo o mundo, colocando Katy na linha da frente da nova geração de artistas pop. 'Hot and Cold', mais uma música inspirada em ex-namorados foi eleita o terceiro single do disco.
Em Novembro de 2008, como prova da sua popularidade, Katy Perry conduziu a gala dos MTV Europe Music Awards, realizada em Liverpool, no Reino Unido.

Alinhamento
Katy Perry – Thinking of you
Katy Perry – Waking up in Vegas
Kelly Clarkson - Breakaway
Pink – Don´t let me, get me
Britney Spears – Gimme more
Katy Perry – Hot and cold
Avril Lavigne - Complicated
Lily Allen – Shame for you
Miley Cyrus – See you again
The Pussycat Dolls - Buttons
Katy Perry – I kissed a girl

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Barco Ancorado 09/04/2009


Morcheeba, Xutos & Pontapés, Blind Zero e Ena Pá 2000 vão passar pela Queima das Fitas de Vila Nova de Famalicão. A festa estudantil decorre de 27 de Abril a 1 de Maio, com Quim Barreiros a abrir as hostilidades na primeira noite e a banda britânica a encerrar no dia 1. Na bagagem, os irmãos Godfrey trazem o disco “Dive Deep”, registo que foi pretexto para uma entrevista ao site Cotonete.

Crosby, Stills, Nash and Neil Young, Bob Dylan e Marvin Gaye, estes são alguns dos nomes que influenciaram grandemente o trabalho dos irmãos Godfrey. Paul e Ross estiveram cerca de quatro anos a trabalhar juntos até encontrarem Skye Edwards, a voz que deu essência ao duo. Reduzidos à pequena cidade de Dover, em Inglaterra, os irmãos Godfrey queriam ver o seu exaustivo trabalho reconhecido. Numa festa, por mero acaso, encontraram Skye, então envolvida com o design de moda. O encontro foi mutuamente frutuoso, pois os irmãos encontraram a voz perfeita para encorpar as suas composições e Skye encontrou aquilo para que estava certamente destinada: cantar. Os sons funk e electrónicos do agora trio ficaram então compostos.
O caminho dos Morcheeba passou, em primeiro lugar, pela editora China onde lançaram vários EP's e singles, casos de "Trigger Hippie" e "Never An Easy Way". Passado um ano, em 1996, lançam o seu primeiro álbum, "Who Can You Trust?". O disco serviu como uma apresentação, seguido de uma digressão mundial, na qual fizeram a primeira parte de concertos dos Live, e de Fiona Apple. O reconhecimento foi de tal ordem que David Byrne pediu aos Godfrey que trabalhassem no seu álbum "Feelings".

A música dos Morcheeba ultrapassou uma barreira normalmente difícil para os agrupamentos britânicos: o mercado americano. Utilizando somente o esforço das suas criações o trio conquistou a América. A junção da criatividade de Paul, nas teclas e nas capacidades técnicas de mistura e utilização de samples, com a capacidade natural de Ross para a guitarra e a preferência pelos blues mostraram-se decisivas.
Ao cabo de dois anos, surgiu "Big Calm". O álbum constituiu um novo passo evolutivo na progressão dos Morcheeba. O trabalho viajou dentro de géneros diferentes, com incursões no hip-hop, soul e variações psicadélicas no funk e na música electrónica. O disco acabou por vender mais de um milhão de cópias e deu uma reputação ainda mais consolidada ao trio inglês. Após nova digressão pelo mundo em promoção do disco e divulgação do trabalho da banda, os Morcheeba decidem abrandar o ritmo. Por momentos, pararam as suas actividades.

A edição do novo longa duração dos Morcheeba, "Fragments Of Freedom", esperou dois anos. O carácter único das suas criações ficou novamente provado. O álbum reflectiu desta vez ambientes claramente pop. Gravado durante um ano nos estúdios do grupo em Clapham, o trabalho é identificado pelos seus membros como uma produção quase inconsciente, feito com imediatismo e espontaneidade. Em Julho de 2002, chegou às lojas "Charango", um álbum que teve direito a apresentação entre nós, num concerto em Belém, integrado na programação festival Isle of MTV.
As discordâncias crescentes entre os fundadores dos Morcheeba, os irmãos Godfrey, e a sua intérprete de sempre, Skye Edwards, levaram a que esta última fosse convidada a sair. Assim aconteceu.
Daisy Martey assumiria apenas por um álbum, em "The Antidote" (2005), as funções de Skye Edwards. No álbum seguinte, "Dive Deep", de 2008, os manos Godfrey resolvem repartir as vocalizações por um elenco de vários cantores (quatro ao todo), continuando a banda fiel ao som trip-hop que lhes deu fama.

Alinhamento
Morcheeba – The sea
Morcheeba – Be yourself
Massive Atack - Protection
Portishead -Glory box
Lamb - Wonder
Morcheeba – Bullet proof
Thievery Corporation – Will follow you
Morcheeba – Fragments of freeedom

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Barco Ancorado 08/04/2009


Simon and Garfunkel confirmaram o regresso aos palcos este ano. A dupla anunciou vários concertos na Austrália e Nova Zelândia, entre Junho e Julho. Resta saber se o périplo vai alargar-se a outros países. A última vez que Paul Simon e Art Garfunkel se juntaram para uma digressão, foi em 2003, depois de 20 anos sem tocarem juntos.

Paul Simon e Art Garfunkel, dois ex-colegas de escola que se conheceram em Queens, Nova Iorque, formaram nos anos 60 a mais bem sucedida dupla de folk rock da década. Depois de terem colaborado juntos no projecto Tom and Jerry, quando tinham dezasseis anos, os músicos voltaram a encontrar-se, anos mais tarde, em Greenwich Village.
Assinaram contrato discográfico com a Columbia Records, para a qual editaram o álbum "Wednesday Morning 3 A.M", em 1964, mas o percurso conjunto da dupla só descolou por alturas da edição do segundo disco, "The Sounds Of Silence", cujo tema título apresentado em nova versão, criada pelo produtor Tom Wilson, que lhe conferiu rasgos de guitarra eléctrica, baixo e bateria, fazendo desaparecer por completo o tom acústico que a caracterizava, fez disparar as vendas do álbum.

A nova roupagem conferida ao tema “The Sounds Of Silence”, catapultou-o para o topo das tabelas de singles, em 1966, tornando a dupla Simon and Garfunkel num dos mais bem sucedidos casos de sucesso do panorama musical da altura, e que até 1967 foi presença assídua nos tops, graças aos temas "Homeward Bound", "I Am A Rock" e "Hazy Shade Of Winter".
À medida que as letras de Simon se foram tornando mais consistentes, o trabalho do duo começou também a ser mais bem recebido junto do público, conseguindo inclusivamente chamar a atenção de novos fãs, seguidores atentos dos universos pop e rock. A crítica considerou "Parsley, Sage, Rosemary e Thyme", editado em 1966, o primeiro trabalho consistente da dupla.
Dois anos depois, chegou às lojas o álbum "Bookends", que incluiu no alinhamento uma mistura de temas antigos com material novo, que fez sobressair ainda mais a evolução do trabalho desenvolvido pelos músicos. No mesmo ano, Simon and Garfunkel assinaram a banda sonora do filme "The Graduate". No entanto, com o aproximar do final da década, a colaboração entre os dois começou a enfraquecer.

Paul Simon começou a sentir a sua criatividade muito limitada pelo facto de estar a trabalhar com Art Garfunkel há tanto tempo, e a dupla gravou então o seu último trabalho conjunto em 1970. Intitulado "Bridge Over Troubled Water", o disco foi um êxito arrebatador que permaneceu entre os mais vendidos durante dez semanas, graças a canções como o tema-título, "The Boxer", "Cecilia" e "El Condor Pasa".
A separação definitiva do duo aconteceu quando Paul Simon se empenhou a sério na sua carreira a solo, que lhe trouxe tanto ou mais êxito do que aquele que viveu anteriormente ao lado de Art Garfunkel. Em 1981, os músicos reuniram-se para participar num concerto que teve lugar em Nova Iorque, no Central Park, cujo registo foi posteriormente editado no disco "Concert In Central Park".

Alinhamento
Simon and Garfunkel – Bridge over troubled water
Simon and Garfunkel – El Condor pasa
Cat Stevens – Morning has broken
Donovan - Atlantis
Bob Dylan – Lay lady lay
Simon and Garfunkel – Mrs. Robinson
Don McLean - Vincent
The Mamas & The Papas – My girl
Elvis Costello - She
Simon and Garfunkel – The Boxer

terça-feira, 7 de abril de 2009

Barco Ancorado 07/04/2009


Depois de um concurso na internet feito em 2007 e mais de um ano a gravar o álbum, Stuart Murdoch, líder dos escoceses Belle & Sebastian anunciou finalmente o lançamento do seu projecto a solo para o mês de Junho nos EUA e Europa.
Catherie Ireton, vocalista do projecto chamado 'God Help The Girl', também canta no duo 'The Go Away Birds'. Apesar do concurso ter sido aberto a participantes de todo o mundo, Murdoch acabou por escolher uma amiga da banda – Ireton apareceu na capa do single dos Belle & Sebastian “White collar boy”, de 2006.
O primeiro single chama-se “Come monday night” e já pode ser ouvido em streaming no site da gravadora Matador. Além de Ireton, outras cantoras reveladas no concurso cantam no disco, como a norte-americana Brittany Stallings, que gravou a faixa “Funny little frog”.
O projecto conta com a colaboração de membros dos Belle & Sebastian, além de faixas gravadas com uma orquestra com 45 músicos e da participação de Neil Hannon (Divine Comedy) e Asya (Smosh).

Inicialmente criados para um projecto de final de curso de Stuart Murdoch, o seu mentor, os Belle & Sebastian, que devem o seu nome a uma série de desenhos animados francesa, foram além das expectativas de qualquer um dos seus membros, tornando-se um dos principais representantes da chamada pop de câmara britânica.
Com base em Glasgow, na Escócia, o quinteto reuniu-se quando Stuart Murdoch regressou de Londres, onde tinha ido procurar o líder dos seus grandes ídolos, os Felt. Desiludido por não encontrar Lawrence Hayward, o músico volta para Glasgow, onde ingressa na universidade. É nessa altura que começa a escrever contos e canções, formando os Belle & Sebastian para concluir uma cadeira da faculdade. Sarah Martin (violino), Stevie Jackson (guitarra), Chris Geddes (teclas), Stuart David (baixo), Richard Colburn (bateria) e Isobel Campbell (violoncelo) foram os eleitos por Murdoch para integrarem aquele que garantiram não passar de um projecto académico.

O destino trocou as voltas ao septeto dos Belle & Sebastian, que em Maio de 1996 lança "Tigermilk", numa edição de apenas mil cópias. O sucesso bate, inesperadamente, à porta da banda, que passa a encarar-se como tal e, no final do mesmo ano, edita, pela editora independente Jeepster, "If You're Feeling Sinister", disco aclamado pela quase totalidade da imprensa britânica.
Os ecos da revelação vinda da Escócia chegam, entretanto, aos EUA, onde a banda tem de cancelar uma digressão de considerável importância, dada a falência da Enclave, subsidiária da EMI que distruibuía o álbum em território norte-americano.
Seguir-se-iam, em 1997, "Dog on Wheels", "Lazy Line Painter Jane" e "3, 6, 9 Seconds", três EPs que confirmam o privilegiado estatuto dos Belle & Sebastian junto da crítica, antecipando um contrato com a editora Matador, pela qual é lançado, no final do ano, "The Boy With The Arab Strap".

Depois da reedição de "Tigermilk" e da saída do álbum de 2000, "Fold Your Hands Child, You Walk Like a Peasant", o baixista Stuart David deixa os Belle & Sebastian, para se dedicar ao seu projecto a solo, os Looper. Depois de o substituirem, os Belle & Sebastian gravam mais dois Eps - "Jonathan David" e "I'm Waking Up To Us" - e a banda-sonora de "Conta-me Histórias", de Todd Solondz, o mesmo realizador do filme "Felicidade".
Para promover o registo, lançado na Primavera de 2002, o grupo realiza uma extensa digressão pela América do Norte, actuando em Portugal, num concerto inserido no cartaz do Festival do Sudoeste. E seria precisamente no decorrer dessa tournée que Isobel Campbell abandonaria o colectivo. Um ano mais tarde, os Belle & Sebastian regressam aos discos com "Dear Catastrophe Waitress", um disco que contou com dois singles de sucesso, 'Step Into my Office' e 'I'm a Cuckoo'. Três anos depois, a banda escocesa lançou um novo álbum intitulado "The Life Pursuit".

Alinhamento
Belle & Sebastian - Expectations
Belle & Sebastian – If she wants me
Camera Obscura – Tears for affairs
I'm From Barcelona – Music killed me
Belle & Sebastian – I´m a cuckoo
Sufjan Stevens – To be alone with you
Andrew Bird – Oh no
Arcade Fire – Crown of love
Belle & Sebastian – I´m waking up to us

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Barco Ancorado 06/04/2009


A cantora brasileira Cibelle vai regressar em Setembro ao nosso país, com o seu terceiro disco de originais. A informação é avançada pelo blog Drops Cultural, que falou com a artista no final de um concerto que teve lugar na passada semana em Brasília.
Do alinhamento do espectáculo fizeram parte canções como “Green Grass”, um original de Tom Waits, que Cibelle gravou para o seu segundo disco, “The Shine of Dried Electric Leaves”, editado em 2006. A cantora também cantou “London, London”, uma versão de um original de Caetano Veloso, que em disco Cibelle canta ao lado de Devendra Banhart.

Cibelle é uma cantora paulistana radicada em Londres desde a década de 90. Lançada sob o mesmo selo de Bebel Gilberto, à primeira audição pode até parecer mais uma da turma do sussurro, mas, de cara, foi possível rapidamente perceber um senso de aventura e experimentalismo que não se encontra em Bebel, nem em qualquer outra cantora brasileira da mesma geração. A nítida influência da bossa-nova, em especial do maestro Tom Jobim, as colagens que lembram o tropicalismo de Caetano e a batida electrónica da lounge music fazem do trabalho de Cibelle algo único na música moderna.

Cibelle começou por se notabilizar como a voz do álbum "São Paulo Confessions", primeiro e único disco do produtor jugoslavo Suba, falecido num incêndio. A solo, Cibelle estreou-se com um álbum homónimo, em 2003, bem recebido pela imprensa internacional. Cantando em inglês e português, Cibelle mistura originais e versões, música brasileira e electrónica, numa voz doce que de imediato lhe rendeu numerosos fãs.
O percurso da brasileira na música começou na infância, altura em que aprendeu a tocar piano, guitarra e percussão no Conservatório. A cantora cita como maior influência o dia em que a mãe a levou ao teatro - Cibelle tinha, na altura, seis anos, e assistir a espectáculos «de orquestras e quartetos de cordas» tornou-se um vício. Além de música, a brasileira já deu provas como actriz, gravando «muita propaganda» no seu país. O trajecto de actriz foi interrompido pela opção pela música.

No primeiro disco, Cibelle contou com a ajuda do produtor de São Paulo Apollo Nove; no segundo, de título "The Shine of Dried Electric Leaves", repetiu esta parceria, acrescentando-lhe Mike Lindsay e Yann Arnaud. Entre os convidados especiais deste trabalho, gravado entre São Paulo e Londres e editado na Primavera de 2006, destaque para Devendra Banhart, na versão para 'London, London' de Caetano Veloso, Seu Jorge e Spleen, o colaborador francês das CocoRosie. Spleen e Cibelle dão vida a 'Mad Man Song', canção feita apenas de vozes e pequenos ruídos.
Cibelle diz que gosta de olhar para a sua vida como um laboratório, no qual joga simultaneamente os papéis de cobaia e cientista. A artista esteve em Portugal em 2003, para uma actuação no Festival Sons Em Trânsito, em Aveiro, regressando em 2006, para showcases na FNAC e no Cotonete, assim como para um concerto na Casa da Música, integrado no Festival Mestiço.
Este ano, Cibelle regressará para apresentar o seu terceiro disco de originais.

Alinhamento
Cibelle – London, London
Cibelle – Green Grass
Bebel Gilberto – O caminho
Nouvelle Vague – This is not a love song
Feist – One evening
Andrew Bird - Plasticities
Cibelle – Mad man song
Bjork – Hidden place
Morcheeba – The sea
Cibelle – Sereia amor d´água

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Barco Ancorado 03/04/2009


Gravado em apenas três dias, “Secret, Profane and Sugarcane” será lançado no dia 1 de Junho. Trata-se do 25º álbum de Elvis Costello. O álbum traz covers de "Hidden Shame" (Johnny Cash) e "Changing Partners" (Bing Crosby).
Com participação de T-Bone Burnett, “Secret, Profane And Sugarcane” foi produzido e gravado nos estúdios Sound Emporium, em Nashville, Estados Unidos. Desta vez, Costello abriu mão da sua habitual banda para unir-se a um grupo de músicos de country e bluegrass no processo.

Declan Patrick Aloysius MacManus - nome de baptismo de Elvis Costello - nasceu em Londres, no ano de 1954. Nos anos 1970 teve forte participação no movimento pub rock britânico, tendo passado pelo punk e pela new wave na década seguinte.
O primeiro álbum de Costello, My Aim Is True (1977) foi de um sucesso comercial moderado. No mesmo ano Costello recrutou a sua própria banda, The Attractions, composta por Steve Nieve (piano), Bruce Thomas (baixo) e Pete Thomas (bateria).
Depois de uma badalada turné com outros artistas, a banda lançou This Year’s Model (1978), uma gravação frenética preenchida com rouca energia e os versos afiados de Costello.

Mesmo ficando afastado da televisão americana por mais de 20 anos, por causa de um incidente provocado no programa 'Saturday Night Live', a ascensão de Elvis Costello nunca mais parou. Seguiram-se os álbuns “Get Happy!” (1980), “Trust” (1981), “Almost Blue” (1981) e “Imperial Bedroom” (1982), que marcaram uma mudança de estilo mais obscuro.
De lá para cá, Elvis Costello somou mais de 20 álbuns, mais de sete colectâneas, quatro álbuns em tributo, mais de 13 participações em filmes e bandas sonoras, tendo sido indicado para o Óscar de Melhor Canção Original por “The Scarlet Tide”, do filme “Cold Mountain”.

Em Março de 2003, Elvis Costello & The Attractions foram incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll, e em Dezembro do mesmo ano o cantor casou-se com Diana Krall na mansão londrina de Elton John.
“Il Sogno”, em 2004, foi o primeiro trabalho orquestral do artista, baseado na obra “Sonho de uma noite de Verão”, de William Shakespeare. Nesse mesmo ano, Costello lançou “The Delivery Man”, um álbum com influências de rock, blues, country e folk.
O seu mais recente trabalho chama-se “The River in reverse”, em parceria com Allen Toussaint. Em Junho, chega “Secret, Profane and Sugarcane”.

Alinhamento
Elvis Costello & The Imposters - There´s a story in your voice
Elvis Costello - Oliver´s army
The Smiths - Ask
The Clash - Rock the Casbah
The Cure - The love cats
The Pretenders - My baby
Elvis Costello - Alison
R.E.M. - Imitation of life
Alanis Morissette - Thank you
Norah Jones - Sunrise
Elvis Costello - She

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Barco Ancorado 02/04/2009


Os Kasabian planeiam oferecer o novo single 'Vlad The Impaler'. Para descarregar o tema basta ir a kasabian.co.uk até amanhã. Espera-se também o lançamento de um vídeo, que a banda gravou com a ajuda de Noel Fielding dos Mighty Boosh.
Este é a primeira amostra para o terceiro disco dos britânicos, "West Rider Pauper Lunatic Asylum", registo que foi produzido por Dan The Automator, dos Handsome Boy Modelling School. A edição está prevista para 8 de Junho. Uma semana antes é lançado oficialmente o segundo single para o álbum, 'Fire'.

Os Kasabian foram formados em Leicestershire, em Inglaterra, em 1999. O nome da banda foi retirado de Linda Kasabian, uma das integrantes do culto de Charles Manson. A banda já foi comparada aos Primal Scream, por misturar indie rock/eletrónico e aos Oasis e Stone Roses, pelo timbre do vocalista Tom Meighan. A banda tem dois álbuns editados e ganhou vários prémios ao longo da sua ainda curta carreira.

Os Kasabian são originários de Leicestershire com elementos das vilas de Blaby e Countesthorpe e conheceram-se na escola. Mais tarde formaram a banda, dando-lhe inicialmente o nome de Saracus, começando a gravar o primeiro EP em Dezembro de 1999. Quando o grupo granjeou algum sucesso, o nome foi alterado para Kasabian, retirado de Linda Kasabian, ex-integrante da família Manson, que testemunhou contra esta no julgamento do Caso Tate-LaBianca.

Alinhamento
Kasabian – Cutt off
Kasabian – Club foot
Kaiser Chiefs – Oh my god
Bloc Party – I still remember
Blur – Out of time
Kasabian -Empire
Interpol – Slow hands
Arcade Fire – Wake up
Kings of Leon - On call
Muse – Sing for absolution
Kasabian – Shoot the runner

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Barco Ancorado 01/04/2009


O novo disco de Diana Krall, "Quiet Nights", teve direito a uma edição especial lançada em exclusivo em Portugal. A compositora canadiana passou pelo nosso país em Fevereiro para gravar um DVD ao vivo, disponível nesta edição exclusiva desde a passada segunda-feira. Neste concerto, Krall gravou cinco temas, a saber, 'Quiet Nights' ('Corcovado'), 'The Boy from Ipanema' ('Garota de Ipanema) e 'Este Seu Olhar' de António Carlos Jobim, este último cantado inclusive em português, 'Walk on by' (original de Burt Bacharach e Hal David) e 'You're My thrill' (escrito em 1933 por Jay Gorney e Sidney Clare).

Aos 44 anos, com mais de uma década de Grammys ganhos pela performance vocal e bem casada com Elvis Costello, Diana Krall não tem, em rigor, nada a provar ao mundo. Nesse contexto, nem é propriamente novo o fascínio da compositora canadiana pela bossa nova que domina o seu novo disco. Nos arranjos volta a estar Claus Ogerman, que já trabalhou com ela em "The Look of Love" de 2001.
Não se espere transgressão neste disco: até mesmo num standard batidíssimo como 'I've Grown Accustomed to Your Face', em que poderia arriscar mais um pouco, Diana Krall limita-se a cumprir calendário. O mesmo se pode dizer de 'Walk on By', originalmente composta por Burt Bacharach, e que, na voz de Krall, nada traz de novo.

A presença mais notada em "Quiet Nights" é necessariamente a de Tom Jobim, que assina três temas, aqui reinterpretados como 'The Boy From Ipanema', 'Este Seu Olhar' (de longe a canção mais esforçada e mais conseguida do disco - o português enrolado de Krall é o que se espera de um nativo da América do Norte) e o tema-título. Antes ainda se ouviu o belíssimo 'Samba de Verão', de Marcos e Paulo Sérgio Valle, aqui convertido num competente 'So Nice'.

Uma nota final de mérito para o carioca Paulinho da Costa, senhor de um currículo invejável que inclui B.B. King, Ella Fitzgerald ou Bob Dylan, e que assume as despesas da percussão. É também a ele que se deve o tom sedutor desta música, própria para jantares românticos à luz das velas e com uma garrafa de Chardonnay já pela metade. Os clichés existem para serem usados quando é mais conveniente e, em "Quiet Nights", Diana Krall fartou-se de puxar da cartilha do piano jazz mais comercialão - infelizmente, o brilho da sua voz (e é inegável que ele existe) nem chega a impor-se num disco demasiado certinho.

Alinhamento
Diana Krall – You´re my thrill
Diana Krall – Walk on by
Norah Jones – Don´t know why
Lisa Ekdahl – Cry me a river
Diana Krall – So nice
Sarah Vaughan - Round about midnight
Ella Fitzgerald & Louis Armstrong - Summertime
Diana Krall – Quiet nights