quinta-feira, 10 de abril de 2008

Pele



Sobe-me à flor da pele toda a ânsia de te ter
As cores, os cheiros, os ramos de prazeres inaláveis
A lembrança nua de te ter a meu lado como se me pertencesses
A tua pele em fusão com a minha e os olhares entrelaçados
Como se sempre ali tivessem estado

Andares palpitantes em toques de veludo
Quero-te na invisibilidade das coisas
Na ruptura das forças
No etéreo espaço imaculado ao expoente máximo da loucura

Que de mim nasça a brandura de me saber eu
De me reconhecer onde estou
Como quero estar
De me pertencer

O cheiro do jasmim dos ramos doutrora silencia-se por toda a parte
Elevo o pensamento no tardar da hora e refresco
cada espasmo de memória com a lembrança da tua existência

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