terça-feira, 1 de abril de 2008
Entraste na casa do meu corpo
Entraste na casa do meu corpo,
desarrumaste as salas todas
e já não sei quem sou, onde estou
O amor sabe
O amor é um pássaro cego
que nunca se perde no seu voo
Amo-te e não me amo inteiramente
O que me falta é infinito
mas tu és do bem que me falta
O enigma onde se condensam
a terra e o sol, o ar
as águas invioladas
e tenho a boca cheia
de música ondulação
do teu silêncio
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