terça-feira, 1 de julho de 2008

Noites de silêncios


Adormece meu corpo cansado
Nos mares distantes e até neste estive a teu lado
Morremos muitas vezes
Fomos devorados por gargantas enormes, negras
e cuspidos de volta
Não nos engoliram
Não gostaram
Urraram enraivecidas e delas rimos abraçados

As sombras fundem-se na negrura
e desaparecem com os seus medos

As estrelas nós conhecemos
sabemos os seus versos de cor
Decorámos nas longas noites de silêncios das horas mortas

Vou abrir as asas para proteger o teu sono
É tempo de calar-me
para ser ouvido entre os sibilos dos ventos tépidos

1 comentário:

marta pinto disse...

Sem palavras....tá tudo dito !!!...mostra realmente o teu estado de alma cansada. A tristeza q habita em ti dessas gargantas q não paravam de te assustar...que te fizeram calar por muito tempo,esperando resolução... Beleza de alma..que Deus se digne abençoar a tua vida, te dê forças para tudo entregar nas suas mãos...
Linda...muito linda a forma q usas para expressar algo escuro, ou de alguém q te abafou na escuridão da noite...
Continua, porq tens o talento de escrever e descrever os sentimentos mais profundos....

Tua amiga