quinta-feira, 3 de julho de 2008

Navegar


Deixem-me navegar para além do mar esmeralda
Deixem-me navegar além dos ventos enganosos
Deixem-me navegar muito além das tormentas
Deixem-me nas águas mansas dos meus sonhos

Posso abrir o peito às brisas matinais
Sei navegar no prateado da lua cheia
Deixem-me dizer adeus às dores profundas
Deixem-me velas pandas na minha verdade

Traçarei uma linha branca sobre mar anil
Navegarei o mundo em busca de afagos
Estarei sonhador sobre sorriso da realidade

Posso sonhar com olhos abertos ao mundo
que irá ficando pequeno como novelo de lã
Puxarei pela ponta desenrolando no rumo
irei atando e cortando os pedaços de mágoa
Será mais fácil destinos se encontrarem
Será difícil nos perdermos em tempestades

Deixem-me navegar para além do mar esmeralda
Deixem-me navegar além dos ventos enganosos
Deixem-me navegar muito além das tormentas
Deixem-me nas águas mansas dos meus sonhos

1 comentário:

marta pinto disse...

Este lindo poema, reflecte o desejo e necessidade,de espaço, para aceitar primeiramente o presente e só depois, tomar novos rumos...

Reflecte a necessidade, de sentir terra firme, evitar sofrimento e fugir aos delírios da vida. Necessidade de fazer luto do passado, para sonhar com o presente e futuro. Procura de consolo para estes momentos de angústia e "solidão", procura verdade, para encontrar rumo.
Uma força enorme, de construir futuro, um medo enorme das coisas enganosas. Um poder sobrenatural, para navegar contra a maré...

Saliento:
Espaço
Luto
Consolo
Verdade
Construir
FORÇA
E
PODER

Tudo isto indica um estado de alma, a necessitar de tempo...

Deus é o Alfa o Ómega e o fim.

Beijinhos da tua amiga

Marta Pinto