segunda-feira, 10 de março de 2008
Barco Ancorado 10/03/2008
Rufus Wainwright regressa ao nosso país no próximo mês de Junho, para dois concertos em Famalicão. De acordo com o site oficial do músico canadiano, os espectáculos acontecem a 28 e 29 de Junho, na Casa das Artes.
Recorde-se que a última actuação de Rufus Wainwright em Portugal foi em Novembro do ano passado, em promoção ao álbum "Release The Stars".
Foi considerado pelo "New York Times" um dos mais promissores e originais escritores de canções dos últimos tempos. Ao segundo álbum deu provas de que o talento que lhe foi vislumbrado no registo de estreia não fora simples fogo de vista.
Rufus Wainwright cresceu em Montreal, no Canadá, numa família com grande tradição musical. Filho de Loudon Wainwright e Kate McGarrigle, duas referências da folk, que se divorciaram quando Rufus ainda andava na escola. Criado pela mãe em Montreal, o músico começou as aulas de piano quando tinha seis anos e aos treze já ia em digressão com a mãe, a tia e a irmã, num grupo que dava pelo nome de McGarrigle Sisters and Family.
Rufus Wainwright começou a dar que falar desde muito cedo. Primeiro porque foi pela primeira vez nomeado para os Juno Awards, na categoria de "Most Promising Young Artist" quando contava apenas catorze anos, e na mesma altura foi também distinguido para os prémios Genie (o Óscar canadiano), na categoria de "Best Song in a Film" pelo tema "I'm A-Runnin'". O facto de ter assumido a sua homossexualidade durante a adolescência fez também com que começasse a ser mais falado.
Habituado a ouvir nomes como Edith Piaf, Al Jolson e Judy Garland, Rufus veio mais tarde a espelhar todas essas influências clássicas nos seus trabalhos, o que o fez distinguir-se de muitos dos nomes da nova vaga de escritores de canções que começaram a surgir em meados de 90. No entanto, antes de enveredar pela música como modo de vida, Rufus apostou na formação teórica. Frequentou a Millbrook School em Nova Iorque, tendo depois disso regressado a Montreal, para estudar música na McGill University. A dada altura os clássicos cederam o lugar ao pop rock, e Wainwright começou a gravar as primeiras maquetas com o produtor Van Dyke Parks, que as fez chegar à secretária de Lenny Waronker, um dos responsáveis pela Dreamworks.
Pouco depois a editora fazia chegar às lojas o disco de estreia do músico, um álbum homónimo de 1998, que figurou no topo das listas de melhores discos do ano de muitos críticos. Seguiram-se alguns meses de vida na estrada e participações em bandas-sonoras, até ter chegado aos escaparates o sucessor de "Rufus Wainwright", "Poses", em 2001. O disco foi composto com base no tema-título que, segundo o próprio, serviu de âncora às outras canções, mas "Cigarettes and Chocolate Milk" foi a canção eleita para primeiro single. Decidido em não fazer do segundo disco uma cópia do primeiro, Rufus Wainwright falou do processo de gravações como "exaustivo, mas compensador".
No início de 2002, Rufus Wainwright aceitou o desafio de Sean Penn, realizador de "I Am Sam", que pediu a uma série de músicos que gravassem uma versão de um tema dos Beatles para a banda sonora do filme. Wainwright escolheu "Across the Universe", um tema que já tinha anteriormente sido interpretado por Fiona Apple no filme "Pleasantville"
Os álbuns "Want One" e "Want Two" passaram mais despercebidos, e antecedem o renascimento de Wainwright em "Release the Stars", de 2007. Nesse ano, Rufus Wainwright faz um espectáculo de tributo a Judy Garland, na mesma sala onde a cantora actuou 50 anos antes: o Carnegie Hall, de Nova Iorque. Essa actuação ao vivo mereceu a edição do álbum "Rufus Does Judy at Carnegie Hall".
Alinhamento
Rufus Wainwright - The one you love
Rufus Wainwright – Going to a town
Damien Rice - The blowers of love
Snow Patrol - Chasing cars
Rufus Wainwright - Paper moon
The Arcade Fire - Crown of love
Beck - Lost cause
Keane - This is the last time
Rufus Wainwright – Why does it always rain on me
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