Faz amanhã 21 anos que morreu um dos símbolos maiores da música portuguesa. José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, José Afonso ou simplesmente Zeca Afonso, teve uma carreira repleta por uma produção constante que foi só interrompida pela fatalidade da morte, em 1987. Ao longo dos anos, Zeca Afonso mostrou a sua contínua capacidade criativa em inúmeros registos, sempre caracterizados pela sua ecléctica forma de composição.
Este sábado, completam-se 21 anos sobre a morte de Zeca Afonso. Em 1982, foi pela primeira vez diagnosticada a doença responsável pelo seu desaparecimento. Zeca Afonso padecia de esclerose lateral amiotrófica, caracterizada por uma lenta atrofia muscular. No ano seguinte, foi editado o duplo álbum "Ao Vivo no Coliseu", resultante de uma apresentação feita no Coliseu dos Recreios a 29 de Janeiro. Ainda nesse ano, Zeca Afonso foi agraciado com a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, antes da recusa em receber a Ordem da Liberdade dada pelo então Presidente da República Ramalho Eanes.
O ano de 85 trouxe a edição de "Galinhas do Mato", naquele que foi o último registo em vida de Zeca Afonso. A doença manifestou-se então de forma mais forte, e Zeca abdicou inclusive de cantar todos os temas, sendo que as aparições de Helena Vieira, Luís Represas, José Mário Branco e outros, proporcionaram as restantes vocalizações.
A doença venceu Zeca Afonso no dia 23 de Fevereiro de 1987. Faz amanhã 21 anos. O funeral contou com a presença de mais de trinta mil pessoas, numa digna homenagem a um dos compositores maiores que o país conheceu.O Barco Ancorado faz hoje a justa homenagem a José Afonso.
ALINHAMENTO
José Afonso - Balada de Outono
José Afonso - Cantigas do Maio
Adriano Correia de Oliveira - Canção com lágrimas
Sérgio Godinho - Pode ser alguém quem não é
Fausto - Peregrinações
José Afonso - Que amor não me engana
Carlos Paredes - Despertar
José Mário Branco - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
José Afonso - A morte saíu à rua
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