segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Barco Ancorado 07/09/2009


Os Prodigy regressam a Portugal para um concerto no Pavilhão Atlântico no próximo dia 7 de Dezembro. O concerto na sala lisboeta acontece depois da passagem da banda inglesa pelo festival Optimus Alive!09. A primeira parte será assegurada pelos Enter Shikari. O preço dos bilhetes varia entre os 30 e os 40 euros.

Antes de "Firestarter" e de "Breathe", os Prodigy tinham já uma presença habitual no top 20 britânico. Desde 1991 que, pontual ou regularmente, surgiam nos 20 ou 40 primeiros lugares, mas foram esses dois singles e o álbum "The Fat Of The Land" que lhes trouxe reconhecimento a nível mundial, com correspondência nas vendas.
O grande responsável criativo da banda, Liam Howlett, começou por passar música no meio underground, durante o advento das tendências da acid-house inglesa. Howlett superou as limitações dos clubes e passou à produção da sua própria música, no quarto, em casa. E foi no decorrer das suas actividades como DJ nos circuitos alternativos que conheceu Keith Flint e Leeroy Thornhill. Os Prodigy ficaram então "oficialmente" formados no final de 1990. A entrada de Maxim acontece pouco tempo depois.
No início de 1991, mais precisamente em Fevereiro, é lançado o primeiro EP, "What Evil Lurks". O disco, editado ainda em vinil, deu a conhecer os Prodigy ao meio underground. O som da banda destacava-se pela facilidade com que penetrava nas raves, mas também como atraía o ouvinte menos dado a esse tipo de andanças. "Charly" foi o boom dos Prodigy no Reino Unido, o anonimato de até então, era superado com uma entrada para o top ten britânico.

A performance dos Prodigy deveu-se também à singular conduta da sua carreira. Não era usual que um conjunto cingido inicialmente à música electrónica, fizesse actuações tão poderosas como as dos Prodigy, ultrapassando aparentes dificuldades em concertos dentro do género. O primeiro conjunto de originais, "The Prodigy Experience", ocupou o top 40 britânico durante vinte e cinco semanas. Howlett, o criador, decide então partir em busca de novas ideias, refugiando-se a ouvir sons que iam desde Nirvana, a Red Hot Chili Peppers, e a assistir a concertos de Rage Against The Machine ou de Biohazard.
A viragem entretanto empreendida com recurso a novas influências resultou no álbum "Music For A Jilted Generation", de 1994, que entrou directamente para número 1 em Inglaterra, do qual foram extraídos três singles que chegaram ao top 15 britânico: "No Good (Start The Dance)", "Voodoo People" e "Poison". O álbum e o seu êxito foi apenas um ensaio para "Firestarter". O single marcou a entrada de Flint para a voz e ficou três semanas em número 1 no top inglês. "Breathe" teve o mesmo caminho, mas prolongou o triunfo a outros países da Europa.

A fama e as produções dos Prodigy chegaram ao conhecimento de nomes como Madonna, os U2 ou David Bowie, que interpelaram Howlett com vista a possíveis colaborações, o que foi de imediato recusado pelo compositor residente. Liam preferiu o regresso ao estúdio para a gravação de "The Fat Of The Land", que acabou editado em 1997. O disco, que contou com as participações de Crispian Mills, dos Kula Shaker, e de Saffron, dos Republica, foi decisivo para os Prodigy, ao entrarem directamente para número 1 nos tops dos dois lados do Atlântico, vendendo mais de 3 milhões de cópias em todo o mundo.
"The Dirtchamber Sessions", um álbum de remisturas editado em 1999, foi a última edição da banda inglesa. No ano seguinte, Leeroy Thornhill saiu com o intuito de dedicar-se ao seu projecto a solo, FlightCrank. Mas, também Maxim editou um disco a solo, onde contou com a colaboração de Skin dos Skunk Anansie.
Em 2004 os Prodigy regressaram com Always Outnumbered, Never Outgunned e este ano foi a vez do lançamento do seu último trabalho, Invaders Must Die.

Alinhamento
Prodigy - Breathe
Prodigy - Firestarter
The Chemical Brothers – Star guitar
Orbital - Frenetic
Prodigy -Omen
Nine Inch Nails – Everyday is exactly the same
Groove Armada - My friend
Prodigy – Voodoo people

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