Artista eclético como alguns, Ed Harcourt é doentiamente prolífico como poucos. Dizem que é capaz de escrever três boas canções por dia. Verdade ou não, o certo é que nos últimos cinco anos editou seis álbuns.
Audaz, arrojado e destemido, é também trabalhador e aventureiro. O seu registo é, por vezes, extremamente pessoal, outras vezes subtilmente político. Mas a essência da sua música destaca-se pela criatividade, pela paixão que tem na invenção de histórias, personagens e situações. É isso que o britânico traz este sábado a Guimarães, ao Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, num espectáculo marcado para as 22 horas.
Audaz, arrojado e destemido, é também trabalhador e aventureiro. O seu registo é, por vezes, extremamente pessoal, outras vezes subtilmente político. Mas a essência da sua música destaca-se pela criatividade, pela paixão que tem na invenção de histórias, personagens e situações. É isso que o britânico traz este sábado a Guimarães, ao Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, num espectáculo marcado para as 22 horas.
Um outsider - é assim que Ed Harcourt se define. Demasiado «estranho» para o mainstream, mas não suficientemente alternativo para uma certa faixa de público. Não é a qualidade das canções, muito menos a quantidade, que está em causa: o músico escreve dia e noite - por «ter medo de morrer antes de fazer tudo o que queria», confessa - e da sua pena saem composições lindíssimas, que ganham ainda mais valor quando em contacto com a sua voz quente, encorpada e honesta.
Ed Harcourt atira em várias direcções e, fruto esperado do seu talento nada desprezível, acerta muitas vezes. Outras, submerge as canções com arranjos pomposos, a despropósito. Entre a boémia e a introspecção, o inglês é um entertainer peculiar mas cativante. Normalmente ansioso e numa agitação permanente, o artista, de camisa desfraldada e cabelo meticulosamente posto no ar, alterna entre o piano e a guitarra acústica, com frequentes e aplaudidas passagens por um gravador que lhe permite criar e reproduzir batidas simples para acompanhar a sua performance.
Não é carga lírica, mas sim uma facilidade de expressão e sorriso na pauta que podiam levar a carreira do inglês a outras altitudes.
Não é carga lírica, mas sim uma facilidade de expressão e sorriso na pauta que podiam levar a carreira do inglês a outras altitudes.
Harcourt garante que não se importava de vender tantos discos como Rufus Wainwright. Se conseguir domar o seu temperamento instável sem prejuízo da fértil excentricidade da sua música, talvez ainda vá a tempo. Este sábado, no Centro Cultural Vila Flor, 'All of Your Days Will Be Blessed', 'Fireflies Take Flight', "Here Be Monsters" e 'God Protect Your Soul' devem ser escutadas com todo o deleite. O público agradecerá e, mais do que aplaudir a música, poderá abraçar uma causa longe de estar perdida.
Alinhamento
Ed Harcourt – Let love not weigh me down
Ed Harcourt – Kids (rise from the ashes)
Rufus Wainwright – Why does it always rain on me
Ed Harcourt – The music box
Ed Harcourt – This one´s for you
Ed Harcourt – Let love not weigh me down
Ed Harcourt – Kids (rise from the ashes)
Rufus Wainwright – Why does it always rain on me
Ed Harcourt – The music box
Ed Harcourt – This one´s for you
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