terça-feira, 6 de outubro de 2009

Barco Ancorado 06/10/2009


Uma década passou após o desaparecimento de Amália Rodrigues, mas a voz da fadista continua a inspirar os jovens artistas. Para assinalar os 10 anos sobre a morte da diva, o País e as comunidades portuguesas no mundo recordam a cantora.
O glamour e o mito em torno da vida de Amália Rodrigues são recordados e reinterpretados numa exposição com mais de 500 peças, que se encontra patente nos museus da Electricidade e Colecção Berardo, em Lisboa. Jóias e vestidos, fotografias, filmes, cartazes, músicas e obras recentes de artistas plásticos vão mostrar ao público que a fadista «era um espelho multifacetado».

Jean-François Chougnet, director-artístico do Museu Berardo, indicou que «Amália, Coração Independente» estende-se ao longo de quatro mil metros quadrados nos dois museus, localizados em Belém.
A artista continua hoje a inspirar novas gerações de artistas plásticos portugueses e estrangeiros, e alguns nunca chegaram a vê-la cantar ao vivo, mas interessam-se pela música e iconografia ligada à vida da fadista. «Pelo mito que se gerou em torno de Amália, continua a ser um bom assunto de interpretação para os artistas», comentou o responsável pela mostra, revelando que foram feitas duas encomendas de obras de arte contemporânea especialmente para a exposição, uma a Ana Rito (nascida em 1978) e outra a Bruno de Almeida (nascido em 1965).

Dez anos após a sua morte, Amália continua também a ser uma referência nas comunidades portuguesas, que em vários continentes têm iniciativas para recordar a diva do fado. «Ela será sempre a cantora máxima de todos os tempos da música portuguesa», disse Martins Araújo, responsável por programas em várias emissoras de São Paulo, no Brasil, com grande audiência entre a comunidade portuguesa.
Araújo, radialista desde 1964, dedicou os seus últimos programas «Domingão Luso-brasileiro», na rádio 09 de Julho, e «Portugal dentro de nós», na rádio Trianon, à memória de Amália, «num total de quase cinco horas».

Alinhamento
Amália Rodrigues – Estranha forma de vida
Amália Rodrigues – Barco negro
Mariza – Meu fado
Camané – A cantar é que te deixas levar
Ana Moura – Fado de Pessoa
Amália Rodrigues – Tudo isto é fado
Carlos do Carmo - Retalhos
Cristina Branco – Sete pedaços de vento
Dulce Pontes – Povo que lavas no rio
Amália Rodrigues – Foi Deus

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