sexta-feira, 15 de julho de 2011

Barco Ancorado 15/07/2011


Começou ontem no Meco a edição deste ano do Super Bock Super Rock. Hoje, no Barco Ancorado, vamos destacar uma das prestações. Os Beirut deram um toque diferente e étnico ao festival. O concerto de pouco mais de uma hora que decorreu no palco principal apresentou algumas das novas músicas do colectivo liderado por Zach Condon, que vão formar o novo álbum The Rip Tide, mas também canções com as quais o vasto público que encheu densamente a arena já estava familiarizado. Elephant Gun, A Sunday Smile e Nantes iam sendo bastante bem recebidas pelos muitos milhares de espectadores.

O jovem Zach Condon era o centro nevrálgico do sexteto. Ele é uma espécie de Chet Baker do indie, de trompete na mão, cantando de uma forma única e meiga: meio cigana, meio à Thom Yorke, com pinta de vaudeville. Se o acordeão dava o mote, os dois trompetes refinavam, num som que faz dos Beirut uma estância sonora que liga a música anglo-saxónica à folk balcânica. É um sopro de leste vindo do oeste, que encaixa subitamente na pop.

Talvez se esperasse um espectáculo mais vivido e expressivo que a música dos Beirut parece convidar. Mas se ainda é possível ter um estilo próprio, os Beirut têm-no. Assim o provaram num concerto onde a lua cheia espreitava no cimo do céu - e provavelmente com prazer.
Mais ou menos à mesma hora - um pouco antes - o espanhol El Guincho provocou uma enchente no Palco EDP. Actuando em trio, o programador e teclista foi uma espécie de versão tropical dos Animal Collective.

Alinhamento
Beirut – A sunday smile
Beirut - Nantes
Arcade Fire – Crown of love
Andrew Bird – Oh no
Sufjan Stevens - Chicago
Beirut – In the mausoleum
The National – Green gloves
The Decemberists - Sleepless
Beirut – The flying Club Cup

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