O festival Delta Tejo, que glorifica a música lusófona, continua a vincar o seu conceito original com algum sucesso. A última edição, que aconteceu no passado fim-de-semana (entre 1 e 3 de Julho), confirmou isso, com um acréscimo de opções musicais, ao ir buscar nomes anglo-saxónicos com sangue português como Nelly Furtado ou Sean Paul (será Katy Perry a próxima?).
A maior adesão de público aconteceu no último dia, muito por culpa dos Parangolé que atraíram muitos brasileiros a residir em Portugal, embora, noutras sonoridades conterrâneas, Maria Gadú e Ney Matogrosso tivessem também influenciado a interessante afluência no recinto (superior a seis mil pessoas). No segundo dia, há a curiosidade de uma presença invulgar de crianças, muito por culpa de Nelly Furtado mas também dos Clã, cujo último álbum "Disco Voador" é mais dirigido ao público infantil.
Não faltaram atracções lúdicas como a montanha russa, a roda gigante ou o slide. E havia várias bancas de cocktails como o caipirão e o morangão, além dos normais comes & bebes para todos os gostos. Como pontos a melhorar, atenção para a prepotente revista policial à entrada e o demasiado longo trajecto pedonal interior que obriga a contornar quase todo o traçado do recinto para nele se poder entrar.
Alinhamento
Nelly Furtado – Somebody to love
Clã – Os embeiçados
Aurea – Busy (for me)
Nouvelle Vague – All my colours
Ney Matogrosso – Pavão misterioso
GNR - Tirana
Expensive Soul – O amor é mágico
Amor Electro – A máquina (acordou)
Lúcia Moniz – Play a sound to me
Zeca Sempre – Indíos da meia-praia
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