Kylie Minogue nunca se furtou às comparações entre a última década da sua carreira e os tempos rendilhados dos anos 80, mantendo sempre a integridade pop que lhe auferem as suas 11 edições. No fundo, Kylie continua a cantar os mesmos temas que na altura de 'Locomotion' ou 'I Should Be So Lucky', só que embrulhados por elementos de electrónica cada vez mais requintados.
A verdade é que desde o início do século XXI, Minogue denota uma maior preocupação com a composição dos temas. Como tal, tem-se rodeado de nomes com pedigree da música de dança, o ponto central da sua proposta desde o piscar de olhos ao disco de "Light Years" e o respeito alcançado fora do circuito pop, com "Fever".
A verdade é que desde o início do século XXI, Minogue denota uma maior preocupação com a composição dos temas. Como tal, tem-se rodeado de nomes com pedigree da música de dança, o ponto central da sua proposta desde o piscar de olhos ao disco de "Light Years" e o respeito alcançado fora do circuito pop, com "Fever".
"Aphrodite", o 11º álbum da australiana, repete a fórmula de temas orelhudos, cada um a denotar o dedo do nome que assina a composição. Há um cheirinho de electropop em 'Cupid Boy' (assinado por dois suecos, Sebastian Ingrosso e Magnus Lidehall) e em 'Better Than Today' e 'Aphrodite', ambos assinados por Andy Chatterley e Nerina Pallot. Há a escala obsessiva, e muito 80s, dos sintetizadores dos Kish Mauve no single 'All The Lovers', um dos mais contagiantes do álbum. Há também a desilusão de 'Too Much', tema que cai um pouco para o house carroceiro apesar de estar creditado a Jake Shears (Scissor Sisters), a Calvin Harris e à própria cantora.
"Aphrodite" peca por não surpreender como o seu antecessor, "X", um dos álbuns mais conseguidos de Minogue, apesar do pouco sucesso comercial. Talvez por isso mesmo seja um objecto mais fácil de levar para as pistas de dança do que para os leitores de MP3.
No fundo, grande parte destes temas é sobretudo pretexto para mais uma digressão carregada de sexualidade, luz e roupas cintilantes daquela a quem chamam a Princesa da Pop. Também não envergonha como a âncora de sobrevivência de uma das performers mais respeitadas da história da pop e como uma nova tentativa de saciar o apetite musical da australiana. Uma viagem que Kylie Minogue não dá mostras de querer terminar tão cedo.
Alinhamento
Kylie Minogue – Can´t get you out of my head
Kylie Minogue – Spinning around
Madonna - Celebration
Christina Aguilera – Come on over
Sugababes - Easy
Kylie Minogue – I should be so lucky
Lady Gaga – Poker face
Bananarama - Venus
Scissor Sisters – I don´t feel like dancing
Kylie Minogue – All I see
Kylie Minogue – Can´t get you out of my head
Kylie Minogue – Spinning around
Madonna - Celebration
Christina Aguilera – Come on over
Sugababes - Easy
Kylie Minogue – I should be so lucky
Lady Gaga – Poker face
Bananarama - Venus
Scissor Sisters – I don´t feel like dancing
Kylie Minogue – All I see
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