Barco Ancorado 16/06/2014

Na última sexta-feira assinalou-se o 30º aniversário sobre a morte de António Variações. Considerado um dos mais carismáticos cantores da história da pop portuguesa, Variações tinha 39 anos quando morreu, em Lisboa, vítima de uma broncopneumonia que se supõe tenha sido contraída por o cantor já estar debilitado com SIDA. Nascido em Vila Verde em 1944, António Joaquim Rodrigues Ribeiro começou por trabalhar como barbeiro, tendo-se destacado pelo seu visual excêntrico. A discoteca Trumps ou o Rock Rendez-Vous foram os locais onde se apresentou ao público como artista, tendo escolhido o apelido Variações, precisamente por sugerir "elasticidade e adaptabilidade". Em 1981, sem ter até aí editado qualquer música, o artista participou no programa de televisão de Júlio Isidro, "O Passeio dos Alegres". A sua música e o seu estilo muito próprio fizeram com que depressa começasse a ser falado e as suas músicas tocadas. António Variações lançou apenas dois álbuns: "Anjo da Guarda", em 1983, e "Dar & Receber", no ano seguinte. Na história da música portuguesa ficarão para sempre canções como 'O Corpo é que Paga', 'Estou Além', 'É P'ra Amanhã', ou 'Voz Amália de Nós', entre outras. Quando a 'Canção de Engate' começou a tocar nas rádios já António Variações se encontrava internado no hospital. O actor holandês Jelle Balder, com quem manteve um relacionamento amoroso, foi o seu companheiro até à morte. Alinhamento António Variações (Canção de engate); António Variações (Anjinho da guarda); GNR (Toxicidade); Xutos & Pontapés (Circo de feras); Clã (Competência para amar); António Variações (Dar e receber); Heróis do Mar (Saudade); Sérgio Godinho (Lisboa que amanhece); António Variações (Estou além)