Barco Ancorado 11/03/2014

Se no futebol a Alemanha é o primeiro adversário de Portugal no Grupo G do Campeonato do Mundo, na música as barreiras foram imediatamente esbatidas assim que os riffs de guitarra e a bateria tomaram ontem conta do MEO Arena em mais uma noite em que as paredes tremeram e não houve sismos à vista. Quando pensamos nas grandes bandas rock que fizeram história nos anos 80 e 90, é inevitável a nossa memória ser "assaltada" por músicas dos Scorpions. Hoje em dia, e apesar das várias "falsas" digressões de despedida, o grupo continua a dar um bom espectáculo, marcado por um rock forte, muitas explosões e fogo, como o género pede. Este foi um concerto para grupos e casais. Grupos deles, grupos delas mas também de casais, outrora jovens namorados na década de 80, que chamaram sem preconceitos por um encore e curtiram à brava os últimos momentos de espectáculo com 'Still Loving You', 'Winds of Change', 'Rock You Like a Hurricane' e 'No One Like You'. É difícil de acreditar que a energia e atitude de Rudolf Schenker e Klaus Meine venha de dois "pesos-pesados" já com mais de 60 anos. São uma espécie de aliens que descobriram a fonte de juventude. E ouvir Klaus Meine é como pôr um disco a tocar: a voz mantém-se inalterada e mesmo assim nunca nos cansamos. Alinhamento Scorpions (Always somewhere); Scorpions (Lady starlight); Deep Purple (Woman from Tokyo); Whitesnake (Is this love); Europe (On broken wings); Scorpions (When the smoke is going down); Nazareth (Love hurts); Bon Jovi (Always); Scorpions (You and I)