quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Barco Ancorado 20/12/2012
Miguel Ângelo, Olavo Bilac, Fernando Cunha, Alexandre Frasão, José Salgueiro, Fernando Júdice, Tim, Pedro Ayres Magalhães, Fred Mergner, Pedro Delgado, Dudas e Pedro Jóia encheram o Campo Pequeno para um concerto acústico com quase três horas de canções que arrastam consigo toda a geração que se tornava adulta na década de 90. Homens e mulheres que nesses tempos enfrentavam estas lutas na educação e no emprego, talvez tenham ontem ido buscar novas forças para novas lutas face aos problemas mais agravados deste final de 2012.
É do concerto da banda Resistência no Campo Pequeno que vamos falar esta quinta-feira no Barco Ancorado.
Antes do concerto propriamente dito da Resistência no Campo Pequeno, foi exibido um documentário que explica exactamente como e quando surgiu a ideia de formar a banda, com elementos vindos de outros grupos que também nos anos 90 davam início às suas carreiras. «Despir canções e torná-las mais acústicas» era a intenção.
Miguel Ângelo e Olavo Bilac foram as primeiras vozes a ouvir-se com 'Nasce Selvagem'. «O país a discutir, o Estado a massificar» foram as palavras que anteciparam a interpretação de 'No Meu Quarto' e a primeira homenagem da noite a Zeca Afonso com 'Que Amor Não Me Engana'. Mais à frente a homenagem prossegue com 'Chamaram-me Cigano' e 'Traz Outro Amigo Também'.
Na década de 90 Timor Leste esteve sob ocupação indonésia. A Resistência não foi indiferente a esse momento de solidariedade português e também no concerto foi lembrado o tema 'Timor'.
'Só no Mar' foi escolhido para mostrar todo o profissionalismo e destreza dos responsáveis pela bateria, baixo e percussão que tiveram o seu solo na recta final da música.
'Amanhã é Sempre Longe Demais', 'A Noite', 'Marcha do Desalinhado', 'Aquele Inverno', 'Amanhã é Sempre Longe Demais', 'Lugar ao Sol' e 'Voz Amália de Nós' - todas foram cantadas, dançadas e vividas de braço em riste pelo público que encheu o Campo Pequeno na noite de ontem para ouvir a Resistência.
Para os momentos finais ficaram 'Circo de Feras' e 'Prisão em Si', já em pleno encore antes das luzes se acenderem para um final 'Nasce Selvagem'.
A 29 de Dezembro será a vez do Pavilhão Multiusos de Guimarães receber este concerto que promete ser único e memorável.
Alinhamento
Resistência (Nasce selvagem); Resistência (Amanhã é sempre longe demais); Sitiados (O corpo é que paga); Ritual Tejo (Canto moço); Trovante (125 azul); Resistência (Traz outro amigo também); Entre Aspas (Esqueci o nome das coisas); Resistência (Um lugar ao sol)
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