Morreu Ravi Shankar, o músico que ajudou a divulgar a sitar no Ocidente. O artista indiano, de 92 anos, já tinha problemas respiratórios e cardíacos e fora submetido a uma intervenção cirúrgica para substituir uma válvula cardíaca, na semana passada, nos Estados Unidos, onde vivia.
Também conhecido como pai das cantoras Norah Jones e Anouskha Shankar, Ravi Shankar influenciou bandas como os Beatles e Philip Glass e venceu três Grammys. "Rubber Soul", o álbum dos Beatles de 1965, inclui, graças a George Harrison, o som de sitar, algo inédito no rock.
No Barco Ancorado desta quarta-feira fazemos a devida vénia a Ravi Shankar, escutando música das suas duas filhas, Norah Jones e Anouskha.
Na Índia, o primeiro-ministro comentou, via Twitter, a morte desta figura lendária da música e lamentou «o desaparecimento de um tesouro nacional e de um embaixador global da cultura indiana» garantindo que toda a nação está unida numa homenagem ao «talento insuperável, à arte e humildade do músico».
A última vez que Shankar subiu ao palco foi no passado dia 4 de Novembro, em Long Beach, na Califórnia. Na véspera de se submeter à cirurgia foi nomeado para mais um prémio Grammy pelo álbum mais recente, "The Living Room Sessions, Part 1".
Do seu passado fazem parte momentos altos como a participação nos míticos festivais de Woodstock e Monterrey, no final da década de 60. O famoso tocador de sitar escreveu a banda sonora do filme "Gandhi", nomeado para os Óscares em 1982, fez teatro, assinou diversos livros e chegou a exercer funções no parlamento indiano, entre 1986 e 1992.
Ao longo da vida foi agraciado pelo Estado britânico, pela França e pela Índia.
Alinhamento
Anouskha Shankar (Oceanic); Norah Jones (The long day is over); Anouskha Shankar (Beloved); Norah Jones (Shoot the moon); Anouskha Shankar (Naked); Norah Jones (Come away with me); Anouskha Shankar (Prayer in passing); Norah Jones (Don´t know why)
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