Barco Ancorado 30/07/2009

Peter Murphy regressa ao nosso país para uma mini-digressão de quatro concertos que o vai levar a Braga, Porto, Coimbra e Lisboa, entre Outubro e Novembro.
Segundo o site oficial do músico, o primeiro concerto está marcado para o dia 29 de Outubro no Theatro Circo de Braga, seguindo-se uma passagem pelo Teatro Sá da Bandeira, no Porto, a 30 de Outubro, e pelo Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, no dia 31. O espectáculo no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a 1 de Novembro, fecha a mini-digressão.

O britânico 'comemora' assim junto de um público que o conhece bem a edição de quatro singles, todos eles versões de outros artistas. Desses temas, já são conhecidos 'Instant Karma' de John Lennon e 'Space Oddity' de David Bowie (original que este mês foi alvo de uma reedição para assinalar os 40 anos sobre a chegada do homem à lua). Espera-se que Murphy edite também a versão que fez para 'Warm Leatherette' dos Nine Inch Nails, canção que tem interpretado ao vivo. De resto, Trent Reznor é apontado como um dos colaboradores do novo álbum do ex-Bauhaus e sucessor de "Unshattered", cuja edição está prevista ainda para este ano.

Alinhamento
Peter Murphy – Seven veils
Peter Murphy – Strange kind of love
Siouxsie & The Banshees - Israel
Clan of Xymox – Bitter sweet
Peter Murphy – Cuts you up
Joy Division - Decades
Peter Murphy – All night long

Barco Ancorado 29/07/2009

O Festival de Paredes de Coura regressa à Praia Fluvial do Tabuão para mais quatro dias cheios do melhor do rock alternativo nacional e internacional.
Este ano, o evento nortenho conta com a irresistível atracção de receber aquele que é apontado por agora como o último concerto dos Nine Inch Nails em Portugal, mas não só. Patrick Wolf, Peaches e Jarvis Cocker trazem novo disco aos fãs portugueses e The Horrors e Pains of Being Pure at Heart têm uma oportunidade de ouro de confirmarem a boa campanha em disco perante a exigente avaliação do público de Paredes de Coura.
O Festival arranca esta quarta-feira e prolonga-se até sábado.

Programa do Festival Paredes de Coura 2009
29 de Julho
Patrick Wolf
The Strange Boys
Sean Riley & the Slowriders

30 de Julho
Franz Ferdinand
Supergrass
The Horrors
The Temper Trap
The Pains of Being Pure at Heart

31 de Julho
Nine Inch Nails
Peaches
Portugal. The Man
Blood Red Shoes
Mundo Cão

1 de Agosto
The Hives
Jarvis Cocker
Howling Bells
The Right Ons
Foge Foge Bandido

Alinhamento
Patrick Wolf – Running up that hill
Patrick Wolf – Accident and emergency
Franz Ferdinand - Matinee
Franz Ferdinand – This fire
Nine Inch Nails – Everyday is exactly the same
Nine Inch Nails – The hand that feeds
Supergrass – Kiss of life
Supergrass – Moving
The Hives – Walk, idiot walk

Barco Ancorado 28/07/2009

Em 2002, o conceituado fotógrafo de música e cinema, Sam Jones, apresentou no cinema e circuito de DVD um documentário sobre as desventuras que antecederam o lançamento de "Yankee Hotel Foxtrot". Mercê de desentendimentos entre os Wilco e a editora que, à época, a representava, o quarto álbum do grupo acabou por ter de ser comprado pelos próprios músicos, divulgado na Internet e, por fim, editado por um selo diferente. O entusiasmo (quase) generalizado que o recebeu, no entanto, terá compensado o esforço, ao mesmo tempo que Sam Jones ficou com material de sobra para "I Am Trying To Break Your Heart", o filme que rodou a preto e branco e completou com imagens de concertos dos Wilco.

O fim de uma das bandas-charneira do country rock foi, em 1994, o ponto de partida dos Wilco. Com o desmembrar dos Uncle Tupelo, que para a história deixaram três discos, Jay Farrar, um dos vocalistas e compositores da banda, seguiu caminho, formando os Son Volt. Por seu turno, Jeff Tweedy (voz), Ken Coomer (bateria), John Stirratt (baixo) e Max Johnston (mandolim, banjo e violino) uniram forças, encarnando um colectivo a que chamaram Wilco. A estreia apareceu em 1995, com o álbum "A.M.", no qual é ainda visível a influência country rock dos Uncle Tupelo. Já em "Being There", a banda passou a incluir na sua sonoridade toques psicadélicos, pormenores de power pop e alguma soul. Aplaudido pela crítica, que neste registo viu a emancipação do grupo face ao seu antigo legado, "Being There" assistiu à partida de Max Johnston, substituído por Bob Egan, dos Freakwater. Ao mesmo tempo, John Stirratt, Ken Coomer e o guitarrista Jay Bennett abraçaram o projecto paralelo Courtesy Move, sem, no entanto, abandonarem os Wilco. Mais tarde, os Wilco juntaram-se ao compositor e intérprete britânico Billy Bragg para darem música a alguns dos milhares de letras deixados por Woody Guthrie, considerado o mais importante músico folk norte-americano do início de século XX. A experiência deu origem a "Mermaid Avenue", disco que, em 2000, teve direito a sequela.

"Summer Teeth", trabalho lançado em 1999 e no qual os Wilco voltam a cruzar a country com a música indie, marcou o início da tensão entre músicos e editora, bem como a saída do baterista Ken Coomer e consequente entrada de Glenn Kotche. A tábua de salvação dos Wilco podia ter sido o seu quarto álbum, mas a verdade é que as gravações de "Yankee Hotel Foxtrot" trouxeram ainda mais dissabores ao grupo de Jeff Tweedy. Recusando-se a mudar a sua música, de forma a torná-la mais comercial, como sugerira a Warner, os Wilco foram dispensados pela editora, acabando mais tarde por desembolsar meio milhão de dólares para reaver o disco. Uma digressão de promoção do registo, que na altura não tinha sequer sido editado, e o lançamento do mesmo pela Internet acabaram por chamar a atenção da Nonesuch, que colocou no mercado um dos melhores discos de 2002. O processo não decorreu, porém, sem baixas para os Wilco, que perderam o guitarrista Jay Bennett. Os altos e baixos decorrentes da gravação de "Yankee Hotel Foxtrot" foram, entretanto, registados por Sam Jones, realizador a quem fascinou a ideia de filmar uma banda a braços com um momento determinante da sua carreira. O documentário receberia o nome da primeira faixa do álbum, "I Am Trying To Break Your Heart", tendo tido uma passagem fugaz pelos cinemas norte-americanos. A banda-sonora de "Chelsea Walls", filme protagonizado por Ethan Hawke, foi outro dos veículos da criatividade de Jeff Tweedy, trabalho que o músico acabou ao mesmo tempo que "Yankee Hotel Foxtrot".

O grupo que colecciona comparações aos Beatles, Radiohead, Pavement e Whiskeytown assina um convincente conjunto de canções pop, nem sempre muito imediatas mas especialmente promissoras, no que respeita ao futuro de um grupo que esteve já demasiadas vezes na corda bamba. Um EP próprio e o projecto Loose Fur, no qual Jeff Tweedy e Glenn Kotche colaboram com Jim O'Rourke, dos Sonic Youth, foram os principais sinais de actividade dos Wilco depois de "Yankee Hotel Foxtrot", o disco no qual a banda reflecte, também, sobre o pós 11 de Setembro.
Dois anos mais tarde, em 2004, chegou ao mercado o álbum "A Ghost Is Born", isto já depois de Tweedy ter passado por uma clínica de reabilitação devido à sua dependência de analgésicos. "Sky Blue Sky", um novo longa duração, chegou às lojas em 2007, dois anos antes do homónimo "Wilco".

Alinhamento
Wilco – The song
Wilco – Country disappeared
Ryan Adams & The Cardinals – Easy plateau
Andrew Bird – Oh no
Yo La Tengo – Black flowers
Wilco - Everlasting
The National – Green gloves
Pavement – The killing moon
Wilco – You and I

Barco Ancorado 27/07/2009

O novo disco dos Tokio Hotel chama-se "Humanoid" e chega às lojas em Outubro. Ao contrário do primeiro álbum dos alemães, que se chamou "Schrei" no seu país e "Scream" no resto do mundo, o terceiro disco de originais dos Tokio Hotel vai ter apenas um nome, embora vá ser alvo de uma edição em alemão e outra em inglês. «Quero que o nosso novo álbum tenha apenas um nome internacional», diz o vocalista Bill Kaulitz, citado num comunicado de imprensa.
"Humanoid" será o sucessor de "Zimmer 483", na discografia da jovem banda germânica.

Caso raro de sucesso à escala mundial, os Tokio Hotel começaram por dar que falar no país Natal - a Alemanha -, onde venderam mais de três milhões de álbuns e DVD's desde 2005, o que, por si só, coloca o grupo na lista das maiores estrelas daquele país, nos últimos 20 anos.
Muita da atenção a que o grupo é votado foca-se no vocalista e guitarrista, os irmãos gémeos Bill e Tom Kaulitz. A filosofia de vida dos dois, "luta pelos teus sonhos", impulsionou a carreira do grupo, cuja formação fica completa com Georg Listing (baixo) e Gustav Schafer (bateria). Dois dos elementos dos Tokio Hotel tinham apenas 13 anos quando gravaram o seu primeiro disco, "Schrei", editado em 2005. A imagem andrógena e a personalidade forte do vocalista também terão contribuído para o sucesso do colectivo, "obrigado" a crescer rapidamente, debaixo do olhar atento dos media e dos fãs. 'Through The Monsoon' chegou ao Nº1 na Alemanha em Agosto de 2005 e, mais tarde, a versão em inglês desse tema liderou tabelas de vendas e airplay por toda a Europa. Os quatro singles seguintes deram à banda um êxito sem precedentes alcançando, sem excepção, a liderança do top alemão.

Em 2006 os Tokio Hotel lançaram o DVD "Scream Live" que, só na Alemanha, vendeu mais de 100 mil unidades. O segundo álbum, "Zimmer 483", havia de chegar ao mercado em 2007, seguindo o caminho de sucesso trilhado pelo seu antecessor.
No mesmo ano, o DVD "Tokio Hotel - Live 2007" e a edição mundial de "Scream", com temas dos dois álbuns do grupo interpretados em inglês, ditaram o êxito à escala mundial, muito por culpa dos temas 'Monsoon', 'Ready Set Go' e 'Scream'.
No historial dos Tokio Hotel constam diversos galardões, entre World Music Awards, Eins Live Krone Awards, European Borders Breaker Awards, Echo Awards, discos de Ouro e Platina em vários países, bem como a mais bem sucedida digressão de estreia de um grupo em território alemão, com o quarteto a tocar para uma audiência que chegou às 20 mil pessoas. Além disso tornaram-se na mais nova banda a alcançar a posição cimeira da tabela alemã e o primeiro projecto daquele país a alcançar o Nº2 do top francês.

A euforia em torno dos Tokio Hotel é tal que a circulação da revista Bravo na Alemanha aumentou 22% desde que se tornaram conhecidos. Já em França, a rádio NRJ recebe mais mensagens escritas e telefonemas de fãs da banda do que, por exemplo, em relação a Madonna. Qualquer hotel que acolha o grupo tem, de imediato, grupos de seguidores à porta, na esperança de verem de perto os seus ídolos.
A digressão "1000 Hotels Tour" devia chegar a Lisboa a 16 de Março de 2008, colocando um ponto final na espera da enorme base de fãs que os Tokio Hotel têm em Portugal, no entanto esse concerto acabou cancelado devido a problemas de voz do vocalista Bill Kaulitz. O espectáculo ficou, então, marcado para dia 29 de Junho do mesmo ano. No mês anterior a banda alemã apresentou-se no Rock In Rio Lisboa.

Alinhamento
Tokio Hotel - Monsoon
Tokio Hotel - Scream
Jonas Brothers - Paranoid
Miley Cyrus – See you again
Lindsay Lohan - Rumors
Tokio Hotel – Ready set go
Ashlee Simpson – Places of me
Kelly Clarkson – Because of you
Britney Spears – Gimme more
Pink – Please don´t leave me
Tokio Hotel – Forgotten children

Barco Ancorado 24/07/2009

Lily Allen ficou tão desiludida pelo seu disco "It's Not Me, It's You" não ter entrado na lista de finalistas para o Mercury Prize que decidiu partilhar a frustração com os seus fãs no Twitter.
Bem à sua maneira, e sem indicar qual o alvo da 'boca', Allen escreveu na rede de micro-blogging que se sente «como a Faixa de Gaza. Os juizes detestam-me. Mas o público, pronto, adora-me», para logo a seguir comentar que espera «que La Roux ganhe».

O segundo disco da autora de 'Alfie' era um dos mais cotados pelo público e imprensa para ser um dos doze finalistas do Mercury Prize 2009, mas não chegou à lista final onde por acaso pontificam algumas das suas colegas na nova onda da pop britânica no feminino, tais como Bat for Lashes, Florence and the Machine, Liza Hannigan, Speech Debelle e a aposta de Allen para sair como vencedora, La Roux, que fez as primeiras partes dos seus concertos no Reino Unido, no início do ano.

O Mercury Prize é tido como o galardão que determina qual o álbum britânico mais influente do ano. Esta é a segunda vez que Allen é excluída das nomeações para o Mercury, já que "Alright, Still", o álbum que a mostrou ao mundo em 2006, também não chegou à lista final de indicados para o prémio.
A britânica pode tentar afogar as mágoas com um banho nas águas da Zambujeira do Mar por altura da sua estreia ao vivo por cá, no último dia do Sudoeste TMN (9 de Agosto). Os bilhetes diários custam 40 euros.

Alinhamento
Lily Allen – Shame for you
Lily Allen - Naive
Lady GaGa – Poker face
Katy Perry – Thinking of you
Sugababes - Shape
Lily Allen – The fear (I don´t know)
Girls Aloud – Can´t speak french
The Ting Tings – We walk
Adele - Tired
Lily Allen – Take what you take

Barco Ancorado 23/07/2009

Moby lançou recentemente o seu novo disco, intitulado "Wait For Me". Este é o nono disco de estúdio do norte-americano e sucessor de "Last Night", editado o ano passado.
De acordo com um post de Moby no seu diário digital, grande parte do disco foi gravado no seu próprio estúdio caseiro e sem estrelas convidadas.

“No passado trabalhei em grandes estúdios, mas este álbum preferi gravar em casa, eu próprio. Tenho algumas vozes convidadas. Grandes cantores, mas para quem não vive em Fort Greene ou Washington Heights [bairros nova-iorquinos de Brooklyn e Manhattan, respectivamente], devem ser desconhecidos. Descobri que trabalhar com amigos é sempre melhor do que colaborar com estrelas de rock”, pode ler-se na mensagem de Moby.

Na dita “música electrónica” (esse rótulo tão subjetivo) actual poucos artistas dispensam texto introdutório como Moby. Como uma espécie de "selo de garantia" da obra, já se sabe o que esperar. “Wait For Me” é uma coleção de canções ricas, às vezes obscuras, sempre distintas umas das outras. O próprio já havia avisado que não seria um lançamento para o mercado, mas uma obra pessoal, sem preocupações comerciais. Ainda assim, existe um evidente confronto de ideais durante todo o disco, principalmente ao tentar retomar o essencial de algumas das suas obras anteriores.

"Division" é uma bela introdução com cordas. Já a tristonha "Pale horses" conta com o vocal elegante de sua amiga Amélia entre batidas constantes.

"Mistake" traz o velho Moby nos vocais enquanto "Jltf" é uma faixa bonita que mistura piano e poemas. "Scream pilots" é uma mistura de guitarra e sintetizador, uma vibe que retrocede mais ao rock do que ao electro. A faixa título é intensa, também com um piano acompanhado por um vocal suave seguindo toda a canção. A interessante e bizarra "Shot in the back of the head" conta com baixo e guitarras bem trabalhadas, e já fez sucesso na rede por causa do clipe, criado pelo cineasta David Lynch.

Alinhamento
Moby – Wait for me
Moby - jltf
Röyksopp - Sparks
The Chemical Brothers – Star guitar
Groove Armada – Dusk you & me
Moby – Pale horses
Air - Venus
Massive Atack - Teardrop
Moby – Shot in the back of the head

Barco Ancorado 22/07/2009

É a banda de um grande êxito, o disco 'Hotel California', mas não foi só esse o grande momento do grupo norte-americano. O seu 'Their Greatest Hits 1971-1975' é um dos dois álbuns mais vendidos e o único que alterna com 'Thriller' de Michael Jackson no 'top' mundial. O grupo está hoje em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, para interpretar o novo disco e dar fim à digressão. Os Eagles passam também pelo Barco Ancorado.

No tempo em que os Eagles apareceram ainda a MTV era uma miragem no mundo da promoção da música para além da própria canção e, portanto, só os fãs é que conhecem bem, fisicamente, os músicos que compõem esta superbanda. Mas isso não impediu que seja uma das bandas mais rentáveis da história do rock - com bastantes influências country e folk à mistura - que sobrevive desde o início da década de 70.
Da formação inicial, composta por Don Henley, Glenn Frey, Randy Meisner e Don Felder, já só restam os dois primeiros elementos. Mas as frequentes alterações na banda não impedem que a máquina Eagles continue a funcionar ao fim de quase 40 anos de vida e que some mais de 90 milhões de discos vendidos em todo o mundo. A sua longevidade nota-se bem no aspecto físico da banda, que esta noite marca presença em Lisboa depois de já ter passado por palcos de quase todo o mundo, na digressão de apresentação do seu último disco, intitulado Long Road Out of Eden.

Ontem actuaram em Madrid, mas faz hoje um ano estavam em Montreal, no Canadá, a interpretar os novos temas e os velhos sucessos de uma carreira que vai passando despercebida na imprensa - mesmo a especializada - quando comparada com a de outros dinossáurios do rock como os Rolling Stones. Método parece ser o motor dos Eagles e a chave da sobrevivência da banda até aos dias de hoje, com direito a oito álbuns de originais e cinco ao vivo. Os Eagles são um santuário de criatividade e o grupo cumpre o grande sonho americano de qualquer um se tornar estrela.

Nos Eagles que estarão hoje em Lisboa alinham Glenn Frey, Don Henley, Joe Walsh e Timothy B. Schmit. Os grandes sucessos não são esquecidos, temas como Hotel California, Take It Easy ou Best of My Love, mas New Kid in Town ou Witchy Woman também são incontornáveis.
Do novo álbum saíram dois singles bem-sucedidos, as faixas How Long e Busy Being Fabulous, um disco só com originais - o primeiro desde 1979 - e que foi editado no final de Outubro de 2007. Apesar de ser o regresso dos Eagles, a banda optou por uma grande discrição nos Estados Unidos e, inicialmente, o disco só podia ser adquirido via Internet ou nas cadeias de lojas Wal-Mart e Sam's Club. Mesmo assim, atingiu o primeiro lugar na tabela da Bilboard durante um breve espaço de tempo e deu origem à digressão que agora passa pela capital portuguesa. Long Road Out of Eden já leva sete discos de platina, mas, segundo a profecia de um dos fundadores do grupo, Don Henley, "este é provavelmente o último disco que os Eagles farão". E o espectáculo de Lisboa, o último de um longo passeio mundial que começou a 7 de Novembro de 2007.

Alinhamento
Eagles – Hotel California
Eagles – New York minute
Foreigner – I want to know what love is
Fleetwood Mac – As long as you follow
Eagles - Desperado
Chicago – If you leave me now
REO Speedwagon – Can´t fight this feeling
Eagles – Wasted time

Barco Ancorado 20/07/2009

Os Moriarty regressam ao nosso país no próximo mês de Outubro para quatro concertos. A banda franco-americana vai passar por Braga (7 de Outubro), Águeda (8), Lisboa (9) e Torres Novas (10).
Na bagagem, os Moriarty trazem o folk cheio de blues e ambiente cabaret que enche o disco de estreia "Gee Whiz, but this a Lonesome Town" e que já mostraram no Festival de Músicas do Mundo, em Sines, em 2008, e no Festival MED, em Loulé, no passado mês de Junho.

Ouvir Moriarty é uma experiência quase paranormal. O som é electrizante, uma mistura de folk, com rock, com blues, com folclore, para uma voz de Rosemary Moriarty (apelido «adoptado» por todos os elementos do grupo), pronunciadamente americana, contrastando com a crítica à sociedade daquele país. Simplesmente genial!

Alinhamento
Moriarty - Jimmy
Moriarty - Cottonflower
Charlotte Gainsbourg – The songs that we sing
Nouvelle Vague – This is not a love song
Feist – One evening
Moriarty – Private Lily
Cat Power – Good woman
Smoke City – With you
Bebel Gilberto – So nice
Moriarty – Whiteman´s ballad

Barco Ancorado 17/07/2009

Começou ontem na Afurada, em Vila Nova de Gaia, a edição deste ano do Marés Vivas. Até sábado passam pelo palco principal do festival: Kaiser Chiefs, Primal Scream, Lamb, Scorpions, Guano Apes, Secondhand Serenade, Keane, Jason Mraz, Colbie Caillat e Gabriella Cilmi. Este ano regressa também o Palco Novos Portugueses/Rádio Comercial, com as actuações de John is Gone, Sizo, Cazino, Fonzie, Sinal e Soulbizness. As after-hours vão ficar a cargo do reggae dos Pow Pow Movement, as misturas electro-rock dos MAU e o Comercial in the Mix, com o carimbo da Rádio Comercial.

Entre as surpresas do festival Marés Vivas espera-se pelo dueto não anunciado entre Jason Mraz e Colbie Caillat, para interpretar o sucesso 'Lucky', já que os dois artistas actuam os dois no último dia do Marés Vivas.
A Porto Eventos, promotora responsável pelo Marés Vivas, aconselha o público a usar os transportes públicos para chegar ao recinto do festival. A informação com as carreiras de autocarros e o percurso de metro e comboio, está disponível no site oficial do festival.

Os bilhetes para o Festival Marés Vivas ainda estão à venda na Ticketline.pt, Plateia.pt, CTT, Lojas Fnac, Lojas Worten, C.C. Dolce Vita, Livrarias Bulhosa, Agencias Abreu e Megarede, por preços que variam entre os 25 euros (diário) e 38 euros (passe de 3 dias), este último obviamente já não disponível, uma vez que o Festival começou ontem.
Take 4
Esta sexta-feira, no Palco Novos Portugueses/Rádio Comercial do Festival Marés Vivas, já actuaram os Cazino e Fonzie. Pelo palco principal já passou Secondhand Serenade, a esta hora actuam os Scorpions e para a uma da madrugada está agendado o concerto dos Guano Apes.
Para amanhã está marcado o encontro com os Sinal e Soulbizness no Palco Novos Portugueses/Rádio Comercial. No palco principal actuam, por esta ordem, Gabriella Cilmi, Colbie Caillat, Jason Mraz e Keane.

Alinhamento
Kaiser Chiefs - Ruby
Jason Mraz & Colbie Caillat – Lucky
Lamb - Gabriel
Scorpions – Always somewhere
Secondhand Serenade – Like a knife
Kaiser Chiefs – I predict a riot
Guano Apes – Living in a lie
Gabriella Cilmi – Sanctuary
Lamb - Wonder
Keane - Bedshapped

Barco Ancorado 16/07/2009

O catálogo na íntegra dos Beatles, em edição renovada e remasterizada, chega às lojas a 9 de Setembro, dia em que é lançado o jogo de vídeo, "The Beatles: Rock Band".
O lançamento está a ser antecipado por uma promo sobre o making of do clássico "Revolver" no site oficial dos Fabulous Four.

Cada uma das novas versões dos álbuns dos Beatles traz o trabalho gráfico original, com booklets mais completos e fotos raras. Durante os primeiros tempos do lançamento, cada disco terá também direito a um pequeno documentário com o making of. Na mesma data chegam às lojas duas novas box sets da banda, com todos os discos e vários DVDs.

Além de ser uma extensiva reedição sobre os 12 discos originais do quarteto de Liverpool e as colectâneas "Past Masters I & II" (que vão ser editadas num só volume), a reedição entra para a história por marcar a edição em CD dos primeiros quatro discos dos Beatles: "Please Please Me", "With the Beatles", "A Hard Day's Night" e "Beatles for Sale".

Alinhamento
The Beatles – Lucy in the sky with diamonds
The Beatles – A day in the life
The Rolling Stones – Out of tears
The Kinks – Got love if you want it
The Beach Boys - Kokomo
The Beatles – Come together
Pink Floyd – Hey you
Led Zeppelin – All my love
The Beatles – Hey Jude

Barco Ancorado 15/07/2009

Thom Yorke dos Radiohead, Michael Stipe dos R.E.M, Frank Black dos Pixies, Dinosaur Jr, The National, Josh Rouse e Mercury Rev são alguns dos artistas presentes na lista de luxo por trás do disco de versões de Mark Mulcahy, o homem forte dos Miracle Legion e dos Polaris.
"Ciao My Shining Star: The Songs of Mark Mulcahy", título do registo, tem edição marcada para o dia 14 de Setembro, contando ao todo com 21 temas de Mulcahy revistos por vários nomes do indie rock, estando também previsto o lançamento apenas em versão digital de mais 20 versões, assinadas por nomes como AC Newman e Buffalo Tom, entre muitos outros.

Depois de formar os Miracle Legion e os Polaris nos anos 80 e 90, Mulcahy fez uma carreira a solo durante a qual chegou a abrir concertos para Jeff Buckley e Oasis. Nos últimos anos, e sob contrato com a Loose Records, tem composto bandas sonoras para musicais fora da Broadway. Em 2007 participou na compilação "Guilt By Association" ao lado de nomes como Bonnie 'Prince' Billy, Jim O'Rourke e Devendra Banhart.

O disco-tributo tem como objectivo ajudar Mulcahy a prosseguir a sua carreira na música e sustentar os dois filhos gémeos de três anos, depois da morte súbita da sua esposa no ano passado.
A edição vai ser acompanhada de dois concertos, um em Londres e outro em Nova Iorque, cujos detalhes ainda não foram revelados.

Este é o alinhamento de "Ciao My Shining Star: The Songs of Mark Mulcahy":
Thom Yorke - 'All For The Best'
The National - 'Ashamed Of The Story I Told'
Michael Stipe - 'Everything's Coming Undone'
David Berkeley - 'Loves The Only Thing That Shuts Me Up'
Dinosaur Jr. - 'The Backyard'
Chris Harford & Mr Ray Neal - 'Micon The Icon'
Frank Black - 'Bill Jocko'
Vic Chesnutt - 'Little Man'
Unbelievable Truth - 'Ciao My Shining Star'
Butterflies Of Love - 'I Have Patience'
Chris Collingwood (Fountains Of Wayne) - 'Cookie Jar'
Frank Turner - 'The Quiet One'
Rocket From The Tombs - 'In Pursuit Of Your Happiness'
Ben Kweller - 'Wake Up Whispering'
Josh Rouse - 'I Woke Up In The Mayflower'
Autumn Defense - 'Paradise'
Hayden - 'Happy Birthday Yesterday'
Juliana Hatfield - 'We're Not In Charleston Anymore'
Mercury Rev - 'Sailors And Animals'
Elvis Perkins - 'She Watches Over Me'
Sean Watkins - 'A World Away From This One'

Alinhamento
Radiohead - High and dry
R.E.M. - Everybody hurts
The National - Slow show
Mercury Rev - In a funny way
Radiohead - Creep
R.E.M. - Nightswimming
The National - Fake empire
Mercury Rev - Butterfly´s wings
Radiohead - There, there

Barco Ancorado 14/07/2009

Os Linkin Park actuam no dia 5 de Agosto no festival Rock One, que decorre no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão. "Minutes to Midnight" (de 2007) é, até à data, o último álbum de originais que a banda de nu-metal lançou.
O novo festival acontece entre os dias 5 e 8 de Agosto. Os bilhetes para o Rock One estão à venda por preços que variam entre os 5 euros (crianças) e os 300 euros (VIP).

Cartaz do Rock One
5 de Agosto
Linkin Park
James Morrison
Mia Rose
The Waterboys

6 de Agosto
Bloc Party
Os Pontos Negros
Dub Inc.

7 de Agosto
James
Ana Free
Bjorn Again
Gispy Kings

8 de Agosto
The Offspring
Tara Perdida
Fonzie
My Bloody Valentine

Alinhamento
Linkin Park - Crawling
Linkin Park – Nobody´s listening
Bloc Party – Blue light
James – Sit down
The Waterboys - Fisherman´s blue
Linkin Park - Numb
James Morrison - Please don´t stop the rain
Ana Free - In my place
Jason Mraz - The remedy
James Blunt – Carry you home
Linkin Park – Shadow of the day

Barco Ancorado 13/07/2009

Nick Cave vai editar um novo livro, intitulado "The Death of Bunny Munro", no próximo mês de Setembro. O romance conta a história do vendedor Bunny e acompanha-o quando ele descobre que tem os dias contados.
O novo livro de Nick Cave também será editado em formato áudio, com texto lido pelo músico e uma banda sonora gravada no seu estúdio de Brighton.
"The Death of Bunny Munro" sucede à estreia literária do músico com "And the Ass Saw the Angel"/"E o Burro Viu o Anjo" (na tradução portuguesa), publicado em 1989.

Alinhamento
Nick Cave - Into my arms
Nick Cave - The ship song
Tindersticks - The flicker of a little girl
Tom Waits - Little drop of poison
Lou Reed - Walk on the wild side
Nick Cave - Hallelujah
Jeff Buckley - Grace
PJ Harvey - To said something
Nick Cave - Where the wild roses grow (ft Kylie Minogue)

Barco Ancorado 10/07/2009

Num dia em que o palco principal do Alive! 09 esteve totalmente dominado pelo metal, os outros dois tinham boas alternativas para os apetites menos pesados. Entre eles, os TV on the Radio eram um dos nomes mais estimulantes e deram, muito provavelmente, o concerto da noite - nem que tenha sido apenas na divisão em que foram a jogo, a dos palcos secundários. Ao cair da noite em Algés, a banda de Brooklyn foi recebida debaixo de aplausos e a química instalou-se.
O vocalista (e actor) Tunde Adebimpe encheu o palco com os seus maneirismos cool, ora segurando o microfone e levando a outra mão à cabeça, ora batendo palmas e dançando. Do seu lado direito, o guitarrista e senhor de uma farta barba, Kyp Malone, e, do lado esquerdo, Stuart Bogie da Antibalas Afrobeat Orchestra, no saxofone. O frio metálico do sax pôs-se a reagir com a percussão africana lá atrás o tempo todo, num concerto em que banda e público não poderiam estar mais ligados espiritualmente.

A empatia foi clara: os TV on the Radio tocavam temas como 'Halfway Home' ou 'Golden Age' e o público em baixo respondia com danças entre o descontrolado e o sedutoramente despreocupado. Em quase uma hora de espectáculo, tocou-se o essencial do último "Dear Science" e viu-se em directo a confecção de um dos bolos mais recheados da música actual: rock, jazz de respiração livre e soul, muita soul, e também hip-hop.
Para o final, já depois de Adebimpe se munir de chocalhos, ficou um alinhamento de sonho: 'Red Dress' (a finalizar com voz de sirene), 'Dancing Choose', 'Shout Me Out' e 'Staring at the Sun', esta do álbum "Desperate Youth, Blood Thirsty Babes" de 2004. Entre vozes programadas e em falsete, movimentos concêntricos de ancas, loops indomáveis e teclas infectadas, os TV on the Radio mostraram o que realmente são hoje: nada menos do que uma das melhores bandas do mundo.

Já os TV on the Radio se recolhiam quando, no palco principal do Alive!, Corey Taylor dos Slipknot pedia ao público que cantasse com ele 'Dead Memories', de forma a que se ouvisse do outro lado do rio. Sem ecos de Almada ou do Barreiro, o tema, retirado do mais recente "All Hope Is Gone", inaugurou a última meia hora de um espectáculo que foi o arrazoado habitual de gritos e palavrões. Um concerto da banda norte-americana é um espectáculo essencialmente cénico, a começar pelas máscaras e a terminar no "palhaço" percussionista Shawn Crahan montado num elevador hidráulico.

As brutais descargas de ruído absurdamente elevado, um vocalista que, em boa verdade, não canta, vocifera, uma bateria assassina e risos maquiavélicos. Se não fosse também libertador, o "circo" dos Slipknot seria inconsequente, sobretudo quando Taylor pede o dedo do meio dos elementos do público ou quando faz sinais de cortar a própria garganta. Ou mesmo quando espera bater um recorde (provavelmente de obediência) ao pôr o público a baixar-se e a saltar ao seu comando.
Pelo recinto, andavam entretanto os Homens da Luta, de megafone ao alto e com cartazes a dizer coisas como "Reforma Agrária na cidade" ou "O Povo também quer Ferraris". Eles tinham avisado que estariam no Alive! 09...

Alinhamento
TV on the Radio – Golden age
TV on the Radio – Red dress
The National – Squalor Victoria
Arcade Fire - Rebellion
Yeah Yeah Yeahs - Phenomena
TV on the Radio – Halfway home
The Flaming Lips – Slow motion
Bloc Party - Pioneers
TV on the Radio – Shout me out

Barco Ancorado 09/07/2009

Dulce Pontes vai fazer uma revisão de carreira numa edição dupla chamada "Momentos". O álbum resume em 17 temas os 20 anos de carreira da cantora portuguesa, captados em várias salas por toda a Europa. Entre os convidados da edição podemos ouvir José Carreras, que interpreta com Dulce Pontes 'Todos Somos Um', o hino das Sete Maravilhas do Mundo, e George Delaras, no dueto 'O Mar e Tu'. 'Fadinho Serrano', 'Lágrima', 'Uma Mulher na Cidade' e uma nova versão de 'Canção do Mar' são outros dos temas do alinhamento da compilação.

Dulce Pontes nasceu a 8 de Abril de 1969, no Montijo, e desde tenra idade revelou talento para a música. Passou a infância a ouvir Amália, José Afonso, Argentina Santos e Carlos do Carmo, entre outros. Pisa os palcos pela primeira vez ao 16 anos, como vocalista na banda Percapita.
Mas o grande salto, dá-o em 1991, com a vitória no Festival RTP da Canção, interpretando o tema "Lusitana Paixão" (mais tarde, incluído no seu primeiro CD), que lhe valeu também o prémio de Melhor Intérprete. Representa então Portugal no Festival da Eurovisão, conseguindo uma das melhores classificações portuguesas de sempre: um oitavo lugar, entre 22 concorrentes, arrecadando ainda o prémio para a melhor voz e interpretação. Segue-se o Festival da OTI (realizado no México), onde se classificou em quarto lugar.
Em Maio de 1992, edita o seu álbum de estreia, "Lusitana", que lhe valeu excelentes críticas. Nesse mesmo ano, é convidada a participar no show da Lotaria Europeia, na Turquia, e noutro da TV Galiza, de Espanha.
Surge então, em 1993, o seu segundo trabalho "Lágrimas". Um álbum onde Dulce abandona as baladas rock, iniciando uma viagem pela busca da sua identidade na música tradicional portuguesa, nomeadamente no fado, a sua grande paixão. Aí, interpreta temas célebres de Amália Rodrigues, como "Lágrimas", "Povo Que Lavas No Rio", ou "Canção Do Mar". E é aqui que podemos afirmar que se inicia a carreira internacional de Dulce Pontes, conquistando audiências, nos anos seguintes, em locais inesperados como o Japão, Holanda ou Brasil, onde actua em festivais e shows televisivos.

A interpretação de "Canção Do Mar" foi escolhida para fazer parte da banda sonora do filme "Primal Fear", com Richard Gere, em 1996, tendo integrado outra banda sonora, a da telenovela brasileira "As Púpilas do Senhor Reitor", um ano antes. Nessa mesma época, grava "A Brisa Do Coração", com música de Ennio Morriconne, que é incluída na banda sonora do filme "Afirma Pereira", com Marcello Mastroianni.
O seu segundo longa duração surge em 1995, um CD duplo intitulado "A Brisa Do Coração", gravado ao vivo num espectáculo no Coliseu do Porto. Um registo que recebe variados prémios.
Em 1996, edita "Caminhos", um disco em que Dulce continua a explorar e reiventar o fado, e que contou com as colaborações de músicos como Xirandela, Leonardo Amuedo ou Carlos Nuñez. Inicia então uma extensa digressão, nos anos seguintes, que a leva a países como Alemanha, EUA ou Itália, provando que a música é uma linguagem universal. Destacam-se ainda os seus duetos com nomes grandes da música, nomeadamente Caetano Veloso e Andrea Bocelli.

Dulce Pontes é uma perfeccionista, e procura a perfeição em todo o lado, colaborando com artistas de todo o mundo, como Kepa Junkera, Waldemar Bastos ou Jacques Morelenbaum. Viaja por Portugal com um gravador de cassetes à procura de sons tradicionais, bem como todo o tipo de sons mais exóticos, para se sentar então ao piano e compor as suas canções. Não esquecendo nunca a técnica, Dulce afirma que "o sentimento é o mais importante" e é talvez isso que explica que uma plateia de japoneses se emocione ao ouvi-la cantar o fado.

Alinhamento
Dulce Pontes – Brisa do coração
Dulce Pontes – Lusitana paixão
Teresa Salgueiro – Vivo deste quase nada
Madredeus e a Banda Cósmica – A profecia atlântica
Rodrigo Leão – Vida tão estranha
Dulce Pontes – Povo que lavas no rio
Carlos Paredes - Despertar
Sétima Legião – Cantigas do Maio
Dulce Pontes – Se voaras mais ao perto

Barco Ancorado 08/07/2009

Quase cinquenta bandas repartidas por três dias e com tendências musicais dispersas, como os Metallica, Placebo e Black Eyed Peas, são esperadas a partir de quinta-feira no festival Optimus Alive, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras.
À terceira edição, o festival joga seguro com o regresso de nomes fortes, já com reconhecimento entre o público português, e aposta em simultâneo em bandas emergentes, estreantes em Portugal.
No palco Optimus os cabeças-de-cartaz são os Metallica (dia 09), os Prodigy (dia 10) e a Dave Matthews Band (dia 11).
Neste palco, o primeiro dia é dedicado ao metal, com as presenças dos Slipknot, Machine Head, Lamb of God, Mastondon e os portugueses Ramp.

Na sexta-feira, impera o rock com destaque para os Placebo a apresentarem novo álbum ao vivo, e os Prodigy, que fecham a noite. A sessão no palco Optimus abre em português com Os Pontos Negros, quando forem 17:30.
No sábado, o rapper Boss AC marca a tendência do que se vai passar no palco Optimus, com predominância de misturas de géneros, entre pop, rock e hip hop, elevada à escala internacional com os Black Eyed Peas.
Dave Matthews fecha a noite naquele palco no último dia do Optimus Alive.
No palco Super Bock Super Rock, não sendo secundário será alternativo ao Palco Optimus e estarão colocados nos extremos do recinto.
Na quinta-feira, os norte-americanos Tv on The Radio estarão a tocar no palco Super Bock Super Rock no momento em que os Slipknot entram em cena no palco Optimus.

Na sexta-feira poderá haver alguma disputa entre Placebo (Palco Optimus) e Fischerspooner (palco SBSR), porque tocam praticamente à mesma hora, e no sábado, The Ting Tings, um dos baladados nomes de 2008, estarão frente-a-frente com Prodigy.
Haverá ainda um terceiro palco dedicado em exclusivo a grupos portugueses, a maioria em projectos de estreia ou que editaram um EP pela Optimus Discos, como The Vicious Five, Mazgani, The Bombazines, Tiguana Bibles e Madame Godard.

Destaque ainda, no terceiro palco, para as participações, em formato DJ Set, do actor Nuno Lopes, de DJ Ride e dos Zig Zag Warriors, dupla formada por Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés, e pelo radialista Miguel Quintão.
Sendo um festival de música, arte e ciência, a segunda vertente é assegurada por uma exposição de fotografia de Rita Carmo, repórter da revista Blitz.
Na ciência, este ano a Fundação Champalimaud associa-se ao festival e apresenta um espaço onde será possível extrair DNA de um morango e fazer uma viagem tridimensional ao corpo humano.

Alinhamento
Placebo – Special needs
Black Eyed Peas – Don´t lie
Dave Matthews Band – Stay (wasting time)
The Ting Tings – We walk
Placebo – Slave to the wage
Black Eyed Peas – Shut up
Dave Matthews Band – Grey street
Mettalica – Nothing else matters

Barco Ancorado 07/07/2009

Os Backstreet Boys actuam no próximo dia 30 de Outubro no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Em apresentação estará o sétimo álbum da boys band, "This Is Us", que tem lançamento previsto para Setembro. O novo disco é produzido por Max Martin, que já trabalhou com Britney Spears e Pink, e inclui colaborações de Akon, Ne-Yo e T-Pain.
Conforme anunciado pelos Backstreet Boys via Twitter, o primeiro single do álbum sairá ainda este mês.
Os bilhetes para o espectáculo no Atlântico, que abre a digressão europeia da banda, podem ser adquiridos por preços que variam entre os 25 e os 34 euros.

Os Backstreet Boys conheceram-se em 1993, em Orlando, quando A.J. McLean, Howie Dorough e Nick Carter (todos eles colegas de escola) esbarraram uns nos outros em audições de teatro e TV. A partir daí, e após descobrirem o seu interesse comum pela música soul, começam a sair juntos e a cantar. Em seguida, trazem para o grupo mais dois membros, Kevin Richardson e o seu primo Brian Littrell, ambos de Kentucky. Os seus primeiros concertos locais são dados principalmente nos ginásios das escolas. A inclusão de um R&B/pop mais suave nos seus espectáculos começa a incendiar as plateias adolescentes ao ponto de chegarem aos ouvidos da editora Jive Records, que de pronto assinou com eles um contrato discográfico, em 1994. A editora atribui-lhes os produtores Veit Renn e Tim Allen, que trabalharam com a banda durante vários meses. O resultado desse trabalho é o seu álbum homónimo de estreia, que surge no final de 1995, com edição nos EUA e na Europa. O disco foi um sucesso na Europa, passando várias semanas no top ten da maioria dos países. Na Grã-Bretanha, os Backstreet Boys, foram considerados a banda revelação de 1995, nos "Smash Hits Awards".

O reconhecimento dos Backstreet Boys no seu país natal surge, em 1997, com o lançamento de "Backstreet's Back" e, sobretudo, com os singles, "Quit Playin' Games (With My Heart)" e "As Long As You Love Me". Nesta altura, a "Backstreetmania" já estava mais do que instalada. A prová-lo, a edição, em 1999, do muito esperado segundo álbum, "Millennium", que na primeira semana vende mais de um milhão de exemplares. No mesmo ano, têm ainda tempo para editar "Christmas Album". Mantendo-se na crista da onda da euforia adolescente, o grupo lançou, já em 2000, "Black And Blue".
Para promover o álbum, aquela que foi considerada a maior banda pop do mundo, numa iniciativa inédita percorreu 39 mil quilómetros de avião, que a levou às cidades de Estocolmo, Tóquio, Sidney, Cidade do Cabo, Rio de Janeiro e Nova Iorque, onde deram conferências de imprensa e sessões de autógrafos para os muitos fãs que os esperavam.
Ainda em 2000 são galardoados com o Prémio para Melhor Grupo do Ano, na cerimónia de entrega dos Prémios MTV Europeus.
Apesar dos rumores que a certa altura começaram a circular acerca da separação dos Backstreet Boys, a banda continuou em alta em 2001 com o lançamento do álbum "Greatest Hits: Chapter 1", que reúne os maiores êxitos da carreira da banda. Nesse período, os elementos do grupo aproveitaram para se dedicar a projectos pessoais, tendo Nick Carter editado um disco a solo, em 2002, sob título "Now or Never".

2005 marcou o regresso dos Backstreet Boys aos originais, com "Never Gone", e o retorno da banda ao nosso país, com um concerto no Pavilhão Atlântico, no âmbito da tournée mundial de promoção ao registo. "Never Gone", foi, no entanto, o último disco gravado a cinco, já que em 2006 Kevin Richardson decidiria abandonar o projecto com o qual havia passado 13 anos da sua vida. Entre a saída de um dos seus elementos e a gravação de um novo registo de originais, os Backstreet Boys lançariam, ainda, nesse mesmo ano, uma edição especial de "Never Gone", acompanhada de um DVD com o best of do álbum e os vídeos dos singles 'Incomplete', 'I Still' e 'Just Want You To Know', entre outros extras.
No ano de 2007 chegaria, então, já com a banda em formato de quarteto, "Unbreakable", apresentado pelo single, 'Inconsolable'. Com ou sem Kevin, Portugal volta a fazer parte do roteiro de concertos da banda, que regressaria no ano seguinte para se apresentar de novo no Pavilhão Atlântico.
A 30 de Outubro próximo, cá estarão eles de novo.

Alinhamento
Backstreet Boys - Anywhere for you
Backstreet Boys - Shape of my heart
Westlife - Against all odds
Boyzone - No matter what
Ronan Keating - If tomorrow never comes
Backstreet Boys - Show me the meaning of beeing lonely
Take That - How deep is your love
Girls Aloud - I´ll stand by you
All Saints - Never, ever
Backstreet Boys - When you say nothing at all

Barco Ancorado 06/07/2009

O novo disco de Rodrigo Leão está em primeiro lugar na tabela nacional de álbuns. “A Mãe” assume assim a liderança do top logo na semana em que entra para a contagem dos discos mais vendidos em Portugal. Com a entrada directa do mais recente álbum de Rodrigo Leão, o projecto Amália Hoje caiu para o segundo posto depois de semanas a liderar a tabela.

O novo álbum de Rodrigo Leão, «A Mãe», saiu na passada semana. São cerca de 62 minutos de «música abstracta e muito cinematográfica» com canções feitas de propósito para vozes masculinas.
«Nunca tinha acontecido compor para homens e chegou esse momento, por outro lado, pela primeira vez escrevi também propositadamente para a Ana Vieira, que entrou já a meio do Cinema [álbum de 2004]», disse o músico.
«A Ana Vieira está completamente integrada no Cinema Ensemble, grande parte das canções foram feitas a pensar na sua voz», acrescentou Rodrigo Leão.
«No meu disco a minha música é sempre muito abstracta, muito cinematográfica, no sentido em que transmite tranquilidade, podemos estar a filosofar, a pensar na vida, em coisas diferentes», explicou o ex-Sétima Legião.

Rodrigo Leão afirma que «há neste CD mais canções» do que inicialmente previra, «mas tudo aconteceu naturalmente», tal como a escolha de Stuart Staples, Neil Hannon e Daniel Melingo para cantarem um tema cada um.
O argentino Melingo, que recentemente esteve em Lisboa, canta «No sè nada», Neil Hannon, dos Divine Comedy, interpreta «Cathy», e Stuart Staples, dos Tindersticks, dá voz a «This light holds so many colours».

O último álbum de Rodrigo Leão é uma dedicatória à sua mãe, que faleceu este ano. O músico explica que a mãe «ouvia atentamente e dava opiniões, ia aos concertos e gostava mais de umas que outras canções, mas era muito participativa».
O álbum, que levou cerca de dois anos a compor, «mais concentradamente no último ano», apresenta mais canções que habitualmente, «pois nos concertos aproximam mais o público», e, uma delas, é em russo: «Ya skaju tebe». «Esta canção foi construída para o Café dos Emigrantes do documentário "Portugal retrato social", de António Barreto, e depois lembrámo-nos de cantá-la em russo. A Ana Carolina [sua letrista habitual] e a Viviena Tupikova [violinista do grupo] escreveram uma letra muito simples, simples como são as minhas músicas», explica Rodrigo Leão.

Alinhamento
Rodrigo Leão – Vida tão estranha
Rodrigo Leão – No sè nada
The Gift – Fácil de entender
Sérgio Godinho – O primeiro dia
Jorge Palma - Frágil
Rodrigo Leão – This light holds so many colours
Clã – Conta-me histórias
Humanos - Rugas
Rodrigo Leão - Cathy

Barco Ancorado 03/07/2009

Os Reamonn têm dois concertos marcados em Portugal para o próximo mês de Agosto. A banda alemã é a primeira confirmação do cartaz do PDL Summer Fest, um novo festival de rock a decorrer em Ponta Delgada, nos Açores, no dia 1 de Agosto, além de ser um dos nomes do Summer Open Air, no Crato, no dia 29 do mesmo mês.
A banda alemã vem ao nosso país para apresentar o quinto e homónimo disco, lançado em 2008. Esperam-se mais novidades em breve sobre o recém-criado PDL Summer Fest, festival que pretende celebrar a música e a paisagem natural da Ilha de S. Miguel.

Talvez à primeira o nome não lhe diga muito. Mas se lhe dissermos que os Reamonn foram a banda convidada para fazer a primeira parte dos concertos de Robbie Williams em Portugal, as coisas mudam de figura. Se lhe dissermos ainda que são os responsáveis do sucesso radiofónico "Star", então as dúvidas desaparecem!
Na primeira aparição dos Reamonn em Portugal, a banda era desconhecida para a grande maioria das pessoas, que só se deslocou ao Atlântico para ver Robbie Williams. Mesmo perante essa tamanha responsabilidade, a tarefa foi cumprida com mestria, sendo este o ponto de partida para a conquista do público português.

O sucesso nas rádios e televisões para os Reamonn chegou muito graças a "Star", sendo o próximo passo para a conquista absoluta de território nacional os dois concertos de Fevereiro de 2004.
De origem alemã, o grupo formou-se no final de 1998. Um ano depois assinou pela Virgin Records e em 2000 lançou o primeiro álbum, "Tuesday". O disco, produzido por Steve Lyon, que já trabalhou, entre outros, com Depeche Mode, Paul McCartney, The Cure e Tears For Fears, apresentou como grande sucesso "Supergirl", tema que alcançou o primeiro lugar nas rádios alemãs.

O primeiro disco dos Reamonn serviu para a banda de Reamonn Garvey, Uwe Bossert, Mike Gommeringer e Sebastian Padotzke provarem que não eram banda de um só tema, já que "Josephine" e "Waiting There For You" também serviram para retirar os Reamonn do anonimato.
Um ano depois, o grupo lançou "Dream No.7", um disco produzido por Steve Lyon, e em 2003 chegou o incontornável "Beautiful Sky". 2006 trouxe “Wish” e no ano passado seria a vez de “Reamonn” ver a luz do dia.

Alinhamento
Reamonn - Strong
Reamonn - Star
3 Doors Down – Landing in London
Goo Goo Dolls – Before it´s too late
Rob Thomas – Lonely no more
Reamonn - Superstar
Maroon 5 – Goodnight, goodnight
Eagle-Eye Cherry – Falling in love again
Guano Apes - Rain
Reamonn - Tonight

Barco Ancorado 02/07/2009

O concerto do José Gonzaléz que estava agendado para o dia 18 de Julho no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, foi cancelado pelo artista sueco. Por motivos alheios ao CCVF, José Gonzaléz cancelou o seu concerto no festival MANTA, assim como a tournée nos Estados Unidos e no Canadá, alegando motivos de saúde.

Nos últimos dias, a organização do festival MANTA reuniu esforços para tentar agendar uma banda que pudesse substituir o concerto de José Gonzaléz. No entanto, Julho é um mês crítico em que acontecem inúmeros festivais em Portugal, mas também na Europa e nos Estados Unidos que absorvem grande parte das bandas programáveis nesta área. Estando o MANTA a menos de três semanas do seu início, não foi possível encontrar um artista internacional que estivesse disponível na data do concerto de José Gonzaléz e que correspondesse aos critérios programáticos do evento.

Por consideração aos mais de 4.000 fãs do MANTA (que no ano passado assistiram aos memoráveis concertos dos The National, Liars e Rinôçérôse) e para compensar as expectativas criadas, a organização do evento decidiu abrir as portas e oferecer a entrada dos dois concertos já agendados para os dias 16 e 17 de Julho. O valor dos bilhetes já adquiridos para o festival será restituído e os concertos dos Bishop Allen e dos Young Gods terão, assim, entrada gratuita.

Recorde-se que o primeiro dia do MANTA está marcado para 16 de Julho com os Bishop Allen, grupo indie rock formado em 2003, em Brooklyn, Nova Iorque, por Justin Rice e Christian Rudder. Na bagagem trazem o fresquíssimo álbum intitulado apenas “Grrr…”, lançado em Março deste ano. Este novo trabalho soma-se aos dois anteriores gravados pela banda, “Charm School” (2003) e “The Broken String” (2007).
Os Young Gods têm passaporte carimbado para actuar no dia 17 de Julho. Com um longo percurso discográfico e centenas de concertos em todo o mundo, os Young Gods celebraram, em 2005, vinte anos de carreira com a edição de uma colectânea dos melhores temas. Este concerto, em Guimarães, será uma oportunidade única para ouvir grandes clássicos de uma banda de culto.

Alinhamento
Bishop Allen - The ancient commonsense of things
Bishop Allen - Oklahoma
Andrew Bird - Plasticities
Sufjan Stevens - For the widows in paradise
Elliot Smith - Memory lane
Cat Power - The greatest
Young Gods - Si tu gardes
Einstürzende Neubauten - Blume
Rammstein - Mutter
Young Gods - Fais la mouette

Barco Ancorado 01/07/2009

Os Flaming Lips convidaram os MGMT e Karen O, dos Yeah Yeah Yeahs, para participarem no novo disco da banda, “Embryonic”. É o próprio mentor Wayne Coyne quem o revela numa entrevista ao site suíço Die Klangschau. Paralelamente, os Flaming Lips estão a preparar um EP digital para oferecer a quem comprar os bilhetes para a digressão de Verão da banda, nos EUA.
“Embryonic” é o sucessor de “At War With the Mystics”, de 2006.

Foi com "The Soft Bulletin", álbum lançado em 1999, que os Flaming Lips, banda norte-americana da cidade de Oklahoma, passaram a ser apontados como um dos principais nomes da música alternativa. Na mesma altura em que "Deserter's Songs" salvava a carreira dos Mercury Rev, o grupo de Wayne Coyne passava de outsider a certeza. O concerto que no ano 2000 deram no Festival Paredes de Coura, perante um público surpreso, mostrou porém que o carácter surreal que desde sempre acompanhara os Flaming Lips não se deixou intimidar com a aclamação nem com o reconhecimento do valor da sua música.
À semelhança dos Mercury Rev, vistos como banda-irmã dos 'Lips', o arranque do grupo de Wayne Coyne foi complicado: corria o ano de 1983 quando o guitarrista alegadamente roubou aqueles que viriam a ser os primeiros instrumentos da banda a uma igreja local.

A estreia ao vivo dos Flaming Lips foi consentânea com o espírito que já então rodeava o grupo, tendo tido lugar num clube de travestis. Seguiu-se a contratação de Richard English para o lugar de baterista e a saída do primeiro álbum - um registo homónimo lançado por uma editora criada pela própria banda.
Só quando o seu irmão troca os Flaming Lips pelo casamento é que Wayne Coyne, dotado de uma voz expressiva mas raramente afinada, assume o papel de vocalista e principal compositor da banda. Em 1986, ou seja, um ano após o primeiro disco, é editado "Hear It Is", seguido de "Oh My Gawd", em 1987.
Após tocar em "Telepathic Surgery", disco de 1988, o baterista Richard English sai da banda, sendo substituído por Nathan Roberts. Passado pouco tempo, Donahue, que tinha trabalhado como técnico de som dos Flaming Lips, ingressa como membro na banda, participando no álbum "In a Priest Driven Ambulance". Simultaneamente, nascia "Yerself is Steam", primeiro disco dos Mercury Rev. A sinergia de esforços rende os seus frutos e, em 1992, "Hit to Death in the Future Head" marca a estreia dos Lips pela Warner Brothers.

"Transmissions from the Satellite Heart", disco apresentado ao vivo pelos Flaming Lips no festival Lollapalooza, traz várias surpresas: Ronald Jones e Steven Drozd são, respectivamente, os novos guitarrista e baterista do grupo, e "She Don't Use Jelly" oferece à banda uma inesperada entrada no top 40. O conjunto de raridades a que chamam "Providing Needles for Your Balloons" e "Clouds Taste Mettalic", editados em 1995, não conseguem proezas semelhantes e antecedem um período negro na vida dos músicos de Oklahoma.
A ideia de aplicar os sons do trânsito à música faz com que também a sanidade mental de Wayne Coyne comece a ser posta em causa.
Entretanto, o trio grava, em 1997, "Zaireeka", um conjunto de quatro discos para serem tocados em simultâneo. Segue-se "The Soft Bulletin". Ao vivo, o grupo soa melhor que nunca, deixando as audiências estupefactas com a dimensão multimedia que fazem questão de acrescentar a uma música etérea.
Em Julho de 2002, os Flaming Lips editaram o sucessor de "The Soft Bulletin", intitulado "Yoshimi Battles the Pink Robots".
Alguns trabalhos depois, em 2006 surgiu “At War With the Mystics”, que agora dará lugar a “Embryonic”.

Alinhamento
The Flaming Lips – Race for the prize
The Flaming Lips – Slow motion
Mercury Rev – Butterfly´s wings
Beck – Lost cause
Pixies – Here comes your man
The Flaming Lips – Waitin´for a superman
Pavement - Here
Eels – I need some spleep
Arcade Fire - Rebellion
The Flaming Lips – Sleeping on the roof