sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 27/02/2009


Esta sexta-feira o Barco Ancorado assinala um especial U2, para falar daquele que já é considerado um dos melhores trabalhos dos últimos 15 anos da banda irlandesa. Chama-se “No Line on the Horizon”. O início eufórico do disco origina um prognóstico falso. O primeiro vaticínio é (erradamente) tão optimista quanto o rock clássico dos U2 que brilha nas primeiras quatro faixas (das onze) do novo longo, o 12º da banda.
A entrada é forte e os U2 mostram-nos logo o seu melhor no tema-título que abre o álbum: odisseia rock soalheira, de decoração ambiental trabalhada, que nada deve a semelhantes como 'Where The Streets Have No Name' (a faixa de abertura do bem sucedido "Joshua Tree").
As faixas seguintes têm também tudo para cair no goto da numerosa legião de fãs. 'Magnificent', 'Moment of Surrender' e, sobretudo, 'Unknown Caller' consagram o melhor que os U2 têm: o heróico Bono ao leme de coros efusivos, o tricot eléctrico elaborado por The Edge, a energia juvenil de reguila na bateria de Larry Mullen Jr e a sábia discrição de Adam Clayton no baixo. A química de quarteto está efervescente nessas três canções.

'Magnificent', 'Moment of Surrender' e 'Unknown Caller' confirmam os rumores que apontavam "No Line on the Horizon" como uma aproximação ao álbum "Achtung Baby". Na verdade, "No Line on the Horizon" concentra esforços numa das mais célebres canções da obra-prima de 1991: 'Misterious Ways' que foi, na altura, o ponto de encontro entre a linha tradicional do grupo e a novidade tecnológica. Este novo álbum é um conjunto de variações de 'Misterious Ways' que recupera os aromas arábicos do tema, ora em tons mais aguerridos, ora em marcha mais suave. O arsenal tecnológico de The Edge, os gritos de Bono no deserto e as canções soalheiras moldam, com poucas excepções, "No Line on the Horizon".
No fundo, "No Line on the Horizon" confirma aquela que tem sido a disposição do grupo ao longo da década: o presente às ordens do passado e não à procura de um novo futuro. Só muda o álbum recordado: este último é um filtro mais acomodado de "Achtung Baby".
Outro dado revelado pelas faixas subsequentes é o deste não ser ainda o álbum de renascimento de forma dos U2 à antiga. Quanto muito, os U2 saem do coma criativo profundo e agora dão sinais de recuperação. As primeiras quatro músicas foram só falso alarme de algo bem melhor.

Em “No Line on the Horizon”, por vezes, os U2 chegam a soar mais aos seus descendentes - como os Killers ou os Coldplay - do que à excelência dos próprios. 'Fez - Being Born', a derivação mais comprida de Misterious Ways, é das uma viagens sensoriais mais exigentes do disco, ao alcance banal, porém, das bandas citadas que influenciaram.
Noutros exercícios, 'White as Know' é balada contemplativa cinematográfica, de impacto bem mais modesto que um tema-primo seu como 'All I Want Is You' (a canção de encerramento de "Rattle & Hum"). E a faixa última 'Cedars of Lebanon' podia estar no álbum mais meditativo que os U2 prometem para o final do ano, lembrando a canção os ensaios abstractos dos Passengers (o quinteto que unia Brian Eno aos U2).
Ficou por realizar o sonho dos U2 serem produzidos por Rick Rubin. Mas a banda de Bono não estava para adiar mais a experiência de um rock mais pesado.

A faceta hard-rock aparece no novo disco dos U2 com alguma margem. Mas o galope suado retira-lhe perfume. A forma mais pesada é nos U2 um exotismo mas não uma especialidade. E talvez por isso, Get on Your Boots é o menos carismático 1º single de sempre de um álbum de U2. Stand Up Comedy não passa de um sucedâneo do arrojado The Fly (a primeira canção que o mundo conheceu de Achtung Baby). Só quando conseguem domesticar o cavalo selvagem em Breathe é que os U2 brilham a grande altura, com refrões épicos e um violoncelo mandão a aguentar o passo veloz da canção - esse é o melhor momento da segunda metade do álbum.

Alinhamento
U2 - Unknown Caller
U2 - Magnificent
U2 - Moment of Surrender
U2 - Breathe
U2 - No Line on the Horizon
U2 - Fez – being born
U2 – Cedars of Lebanon

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 26/02/2009


O novo disco dos Yeah Yeah Yeahs, "It's Blitz!", chega às lojas no dia 13 de Abril. O terceiro registo de Karen O e companhia é apresentado pelo single 'Zero', contando com dez temas no seu alinhamento. A produção esteve a cargo de Dave Sitek dos TV on the Radio e Nick Launay, conhecido pelo trabalho com Nick Cave e Supergrass.

A banda Yeah Yeah Yeahs foi formada em Nova Iorque. É composta pela vocalista Karen O, o guitarrista Nick Zinner e na bateria Brian Chase. A sua música é uma mistura de elementos retro com guitarras ao estilo punk rock. A partir de 2006 passaram a contar com um segundo guitarrista, Imaad Wasif, para as turnés.
Karen O e Nicolas Zinner formaram a banda "Unitard" em 2000, e mudaram o nome para o actual após a entrada de Brian Chase.
O álbum de estreia da banda foi um EP homónimo, lançado em 2001, seguido do EP Machine em 2002. Em 2003 chegou o primeiro álbum, Fever to Tell, que recebeu críticas bastante positivas e que vendeu mais de 750.000 cópias internacionalmente. O terceiro single lançado, "Maps", teve bastante aceitação em rádios de rock alternativo. O videoclipe de "Y Control" foi dirigido pelo aclamado diretor Spike Jonze, que inclusive se envolveu com a vocalista Karen O durante algum tempo. Em Outubro de 2004 a banda lançou o seu primeiro DVD, Tell Me What Rockers to Swallow, que incluíu um concerto no The Fillmore, em San Francisco, todos os videoclipes da banda até então e diversas entrevistas.

O segundo álbum dos Yeah Yeah Yeahs, Show Your Bones, foi lançado em Março de 2006. Mais trabalhado, o álbum mostra uma banda mais madura. O disco é bem diferente dos anteriores e também recebeu críticas muito positivas. O disco foi produzido por Sam "Squeak E. Clean" Spiegel, que colaborou com Karen na canção "Hello Tomorrow", feita para um comercial da Adidas que foi dirigido pelo irmão de Sam e pelo ex-namorado de Karen, Spike Jonze. O primeiro single do álbum foi "Gold Lion", lançado em 20 de Março de 2006.

Em 24 de Julho de 2007, os Yeah Yeah Yeahs lançaram um EP chamado “Is Is”, composto por cinco canções: "Rockers to Swallow", "10x10", "Kiss Kiss", "Down Boy" e "Isis", e também um vídeo do dia do concerto de lançamento do mesmo. Todas essas canções foram regravadas, pois na turné de “Fever to Tell” já iam sendo apresentadas ao vivo.
O novo disco dos Yeah Yeah Yeahs, "It's Blitz!", chega às lojas no dia 13 de Abril.

Alinhamento
Yeah Yeah Yeahs - Maps
Yeah Yeah Yeahs - Phenomena
Interpol – Slow hands
The White Stripes - Jolene
The Strokes – 12 51
Yeah Yeah Yeahs – Gold Lion
PJ Harvey – Good fortune
Rilo Kiley – Silver lining
Rachael Yamagata – Be be your love
Feist – One evening
Yeah Yeah Yeahs – Y control

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 25/02/2009


Nitin Sawhney subiu ontem à noite ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Na bagagem, o multi-facetado músico britânico trouxe o mais recente disco, "London Undersound", edição onde colaborou com Paul McCartney e Imogen Heap.
Nitin Sawhney, artista anglo-indiano, saltou definitivamente para a ribalta em 1999 com o álbum "Beyond Skin", considerado um dos discos do ano pelas mais prestigiadas publicações da especialidade. No entanto, a sua história começa alguns anos antes.

O cantor estreia-se nos discos em 1993 com o álbum "Spirit of Dance", lançado por uma editora criada por si. Pouco depois, assina contrato com a Outcaste Records e lança, em 1995, "Migration", um disco que aborda, de resto como a generalidade dos discos do músico, a temática da identidade cultural e do sentimento de pertença a uma cultura, mesmo estando geograficamente afastado dela, e que lhe vale rasgados elogios por parte da crítica.

Em 1996 Nitin edita o seu terceiro álbum de originais intitulado "Displacing the Priest".
Três anos depois surge o aclamado "Beyond Skin", um trabalho brilhante de fusão de música indiana, o flamenco, a soul, jazz e drum n' bass, acompanhado por letras de cariz social, rematando tudo isto com uma produção sóbria e elegante, que esteve a cargo do próprio.
Após a aclamação por parte da crítica seguiu-se uma extensa tournée que passou pelo prestigiado Royal Albert Hall de Londres, e um pouco por toda a Europa (de Portugal à Dinamarca).

Em 2001 Nitin Sawhney regressou com "Prophesy", um disco editado agora pela V2, que conta com as colaborações de músicos de vários pontos do atlas como Cheb Mami (Argélia), Natacha Atlas (Inglaterra/Iémen), Trilok Gurtu (Índia) e mesmo um coro de crianças do Soweto (África do Sul). A sonoridade e as letras de "Prophesy" revelam, mais do que nunca, Nitin Sawhney como um artista atento e aberto à música e às diferentes culturas do mundo.
Seguiram-se os álbuns "Human" (de 2003), "Philtre" (de 2005) e "London Undersound" (de 2008), sem o efeito de novidade de outrora.

Alinhamento
Nitin Sawhney – The immigrant
Nitin Sawhney – Broken skin
Thievery Corporation – Will follow you
Lamb - Wonder
Nitin Sawhney – Letting go
Morcheeba – Bullet proof
Groove Armada – Dusk you and me
Nitin Sawhney - Sunset

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 23/02/2009


Stevie Wonder vai ser homenageado na Casa Branca. O cantor actuará na residência oficial do presidente norte-americano esta quarta-feira, dia em que recebe o prémio da Biblioteca do Congresso.
O concerto de Stevie Wonder será transmitido no dia seguinte, através da estação PBS.
Stevie Wonder foi um dos músicos que apoiou a candidatura de Barack Obama para a presidência dos EUA. As canções 'Signed, Sealed, Delivered, I'm Yours' e 'Higher Ground' foram usadas na campanha do político, tendo Stevie Wonder actuado também num concerto decorrido durante a semana da tomada de posse de Obama como novo presidente do País.

Stevie Wonder gravou o seu primeiro disco com apenas doze anos, depois de Berry Gordy, da editora Motown, o ter descoberto em Detroit. O talento do jovem, cego de nascença, atraíu o caçador de talentos que logo constatou a grandeza do saber musical do pequeno Stevie. O álbum "12-Year-Old Genius" teve no tema "Fingertips, Part2" um êxito extraordinário. Stevie Wonder conquistava, em definitivo, a confiança da Motown e afirmou-se inequivocamente como novo fenómeno.
Os anos seguintes foram de produção contínua. A Motown tinha em Stevie um verdadeiro tesouro nas vendas e o pequeno músico continuou a ser responsável pela composição em todos os seus álbuns. Mas, alguns anos mais tarde, em 1971, Wonder acabou por decidir passar à produção própria. As divergências com a editora permitiram assim que o músico experimentasse outros géneros para além da soul, compondo em variações de jazz, gospel e rock'n'roll. "Where I'm Coming From" e "Music Of My Mind" foram os registos que se seguiram. Apesar de tudo, os trabalhos saíram no catálogo da Motown depois de conseguido um mútuo acordo entre as partes.

Contrariando a tendência patente no mercado e na música soul e R&B, Stevie Wonder conseguiu uma afirmação como músico em pleno e não só como um cantor que editava singles triunfantes de tempos a tempos. Os álbuns "Talking Book", de 1972, e "Innervisions", de 73, confirmaram na prática as esclarecidas intenções de Wonder. Ao mesmo tempo, adoptou uma postura crítica relativamente a situações de injustiça e assuntos raciais patentes na sociedade americana. O carácter único das suas criações continuou em "Fulfillingness' First Finale", de 1974, e em "Songs In The Key Of Life", (um dos seus álbuns mais famosos), editado dois anos depois. Mas, o activismo de Stevie continuou e isso mesmo ficou patente quando fez pressão junto do governo americano para que o aniversário de Martin Luther King passasse a ser feriado nacional nos Estados Unidos. As iniciativas com vista à denúncia do sistema de apartheid na África do Sul valeram-lhe ser recebido por Nelson Mandela que o considerou um filho. A fechar a década, publicou um dos discos mais aclamados de sempre: "Journey Through The Secret Life Of Plants"

Os anos 80 começaram com o lançamento de "Hotter Than July", o primeiro registo de Stevie Wonder a alcançar a platina. Quatro anos depois, "The Woman In Red", álbum composto para a banda sonora do filme com o mesmo nome, trouxe consigo o tema "I Just Called To Say I Love You", que logo se transformou num verdadeiro fenómeno à escala planetária.
Os anos 90 não foram, no entanto, os melhores para Wonder, excepção feita à composição da banda sonora de "Jungle Fever", um filme de Spike Lee.
No entanto, o novo milénio tem assistido à recuperação e reedição do reportório do músico, apesar da presente década ter sido apenas pontuada por um álbum de originais, de título "A Time to Love" (de 2005).

Alinhamento
Stevie Wonder - Superstition
Stevie Wonder – You are the sunshine of my life
Lionel Richie – The magic of love
Gladys Knight – Licence to kill
Diana Ross – Endless love (ft Lionel Richie)
Stevie Wonder – Part time lover
Roberta Flack – Killing me softly with this song
Donna Summer – Love to love you baby
Stevie Wonder – I just called to say I love you

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 20/02/2009


Os White Stripes vão por fim regressar aos palcos, isto depois do cancelamento inusitado de uma série de concertos no final de 2007. A dupla vai apresentar-se esta sexta-feira no programa "Late Night" de Conan O'Brien, do canal de televisão norte-americano NBC. Refira-se que em 2003, Jack e Meg White foram a "banda residente" do programa de O'Brien ao longo de uma semana, uma manobra em tudo semelhante à recentemente anunciada pelos U2 para o programa de David Letterman. Entretanto, é ainda uma incógnita se os autores de "Get Behind Me Satan" vão apresentar novos temas. Recorde-se que os Stripes lançaram o seu último álbum, "Icky Thump", em 2007.

The White Stripes é uma dupla de blues rock norte-americana, formada no ano de 1997 em Detroit, Michigan, composta por Jack White (compositor, vocalista, guitarrista, pianista) e Meg White (bateria, percussão e vocal de apoio). São conhecidos pelo seu som lo-fi e simplicidade nas composições e arranjos, notoriamente inspirados pelo punk e pelo blues rock, pelo folk rock e pela música country. O dia 14 de Julho de 2007 marcou o 10º aniversário da dupla, comemorado com um show no Teatro Savoy, no Canadá, cujos ingressos se esgotaram em vinte minutos. A banda ficou conhecida mundialmente depois dos sucessos de "Fell in Love with a Girl", "The Hardest Button To Button", "Seven Nation Army" e "Icky Thump".

Vermelho, branco e preto, são as cores dos White Stripes, e de acordo com Jack, a mais poderosa combinação de cor de todos os tempos, da Coca-Cola até uma bandeira nazi. Em algumas entrevistas, o grupo afirmou que as cores vermelha e branca referem-se a peppermint candy, um símbolo da inocência de infância. Jack também mencionou que as cores são utilizadas em brinquedos para bebés, porque são facilmente visíveis. Além do vermelho, branco e preto que a banda usa, Jack também diz que os chapéus são "muito importantes." Nas letras da banda, frequentemente as cores são mencionadas, como em "Black Math", "Red Rain", e "White Moon". Na letra de "Icky Thump" as cores da banda também aparecem: "redhead señorita", "preto rum" e "um olho branco".

Jack White tem enfatizado a importância que o número três tem para os White Stripes, citando-o como inspiração não só para os seus uniformes tricolor, mas a sua abordagem descendente para comparar o que ele considera os três elementos da canção: narrativas, melodia e ritmo.
Também existem apenas três sons - bateria, guitarra e vocais - na maioria das suas canções. Jack também só usa três guitarras eléctricas para os concertos ao vivo da banda.

Alinhamento
The White Stripes – The hardest button to button
The White Stripes – In the cold, cold night
The Strokes – 12 51
Interpol – Slow hands
Yeah Yeah Yeahs - Maps
Kings of Leon – Sex is on fire
The White Stripes -Jolene
Beck - Loser
Franz Ferdinand – This fire
Kaiser Chiefs – On my god
The White Stripes – You´ve got her in your pocket

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 19/02/2009


Decorreu ontem à noite, em Londres, a edição de 2009 dos Brit Awards. A cerimónia foi inaugurada com a actuação dos U2 e o novo single 'Get on Your Boots'. Duffy foi a primeira e grande vencedora da noite e levou para casa os prémios para a Melhor Artista Feminina Britânica do ano, Melhor Revelação do Ano e Melhor Álbum Britânico por "Rockferry", categoria onde bateu os favoritos Coldplay.

Katy Perry foi considerada a Melhor Artista Feminina Internacional, galardão que, na categoria de Melhor Grupo, ficou nas mãos dos Kings of Leon, também vencedores na categoria de Melhor Álbum Internacional por "Only By The Night". Por seu lado, Paul Weller recebeu o prémio para o Melhor Artista Masculino Britânico do ano que passou, com Kanye West a ser o galardoado na mesma categoria para artistas internacionais. A fechar o naipe de vencedores, a já anunciada escolha dos críticos, que este ano recaiu sobre a revelação Florence and the Machine.

Os Coldplay foram os grandes perdedores da noite depois de serem batidos pelos Iron Maiden como o Melhor Grupo ao Vivo, pelos Elbow, na categoria do Melhor Grupo Britânico e pelas Girls Aloud, para o Melhor Single do Ano. Depois de verem Duffy ficar com o prémio para o Melhor Álbum Britânico, Chris Martin e companhia foram para casa sem nenhum dos quatro prémios para os quais estavam nomeados.

A apresentação esteve a cargo da australiana Kylie Minogue, que entrou em palco ao som de uma nova versão de 'I Can't Get You Out of My Head'. Além dos U2, passaram pelo palco do Earls Court londrino as Girls Aloud, os Kings of Leon, Coldplay, Duffy, um duo inédito em formato mash up entre Estelle e os Ting Tings e o dueto entre Brandon Flowers dos Killers e os homenageados com o Prémio Carreira, Pet Shop Boys, a fechar a cerimónia.

Alinhamento
Duffy – Rockferry
Girls Aloud – Can´t speak french
Katy Perry – Hot n´cold
Kanye West – All falls down (ft Syleena Johnson)
Kings of Leon – Use somebody
Coldplay – Viva la vida
The Killers – Somebody told me
Kylie Minogue – Can´t get you out of my head
Pet Shop Boys – It´s a sin

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 18/02/2009


Os The National estão a trabalhar num novo álbum, que tem lançamento previsto para o próximo ano. A informação é avançada na edição online da revista norte-americana Billboard.
O baixista Aaron Dessner revelou que a gravação do sucessor de "Boxer", editado em 2007, vai arrancar em Abril no seu próprio estúdio doméstico em Brooklyn.
Nos últimos meses, Aaron e o irmão Bryce estiveram ocupados a produzir uma compilação cujos lucros revertem a favor da organização Red Hot, que se dedica à recolha de fundos e à prevenção do vírus HIV/Sida.
A compilação "Dark Was the Night" saíu esta semana para as lojas e reúne 32 temas exclusivos de artistas como David Byrne (com os Dirty Projectors), Cat Power, Feist (com Ben Gibbard), Andrew Bird, David Sitek e os próprios The National, entre outros.

Nascidos originalmente no final dos anos 1990, em Ohio, nos Estados Unidos, os The National mudaram-se para Nova Iorque e, depois do habitual período de apresentações ao vivo em pequenos espaços, gravaram o seu primeiro disco.
Se, durante alguns anos, tudo foi relativamente discreto – os álbuns “The National (2001)”, “Sad Songs For Dirty Lovers” (2003) e o EP “Cherry Tree” (2004) circularam num universo mais ou menos fechado de admiradores do género “indie-rock” –, em 2005, com o lançamento de “Alligator”, o terceiro álbum, tudo mudou. De grupo de culto só para uma mão-cheia de pessoas passaram a grupo de culto de uma imensa minoria.

O álbum “Boxer”, editado em 2007 e que prossegue a linha dos discos anteriores, canções onde a voz de Matt Berninger sobressai e a melancolia é sempre doce, consolidou os The National como um dos nomes pop-rock mais apetecidos do momento. À semelhança do que aconteceu com o registo anterior, a banda recebeu grandes críticas por parte da imprensa que não se cansou de elogiar o talento de Matt Berninger enquanto letrista e frontman da banda.

O primeiro registo dos The National, homónimo, surgiu em 2001 através de uma edição de autor. Dois anos mais tarde chegou ao mercado “Sad Songs for Dirty Lovers” que preparou a banda para o grande sucesso alcançado em 2005 com “Alligator” – um registo que foi considerado pela crítica especializada como o álbum do ano e que catapultou os The National para o estrelato. Depois da grande exposição mediática alcançada com “Alligator”, a banda entrou em digressão com os Arcade Fire mostrando ser uma das bandas norte-americanas em maior ascensão na Europa.

Alinhamento
The National – Slow show
The National – Green gloves
Arcade Fire – Crown of love
Pavement – The killing moon
Anthony and The Johnsons – You are my sister
The National – Fake empire
Tindersticks – The other side of the world
Elliot Smith - Memory lane
Madrugada – Quite emocional
The National – Squalor Victoria

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 17/02/2009


A digressão deste ano dos Nine Inch Nails pode vir a ser a última. O anúncio foi feito ontem pelo líder da banda Trent Reznor, em mensagem no site oficial dos NIN.
Num post no fórum, citado pela publicação online Pitchfork, pode ler-se: «2009 marca o 20º aniversário das nossas primeiras edições. Nos últimos tempos, tenho pensado que é altura dos NIN se retirarem».
Reznor congratula-se com o sucesso da digressão "Lights in the Sky" do ano passado e acrescenta que esse lhe parece o culminar do que é possível pedir à banda «técnica e fisicamente noite após noite».
Aquela que poderá ser a última digressão dos Nine Inch Nails será partilhada com os Jane's Addiction mas não há, de momento, datas anunciadas.

Os Nine Inch Nails surgem como a celebração dos dons criativos de Trent Reznor, o seu compositor e mentor maior. Apelidado por muitos como um músico requintado, e criador de sonoridades caóticas inspiradas pelas mais poderosas referências do estilo industrial, Reznor conseguiu com os Nine Inch Nails um reconhecimento quase unânime, e raro para as criações dentro do género.
"Pretty Hate Machine" lançado em 1989 como o primeiro álbum dos NIN, levou a música e os versos de Reznor pela primeira vez aos lugares cimeiros dos tops. Em 1991, e depois de participarem no primeiro Festival de Lollapalooza, os Nine Inch Nails conseguiram por fim reunir uma considerável legião de fãs. O EP "Broken" editado em 1992 sublinhou a aceitação maciça dos sons da máquina sonora de Reznor, ao entrar directamente para os dez primeiros lugares da tabela da Billboard.

"The Downward Spiral", o novo longa duração editado em 1994, confirmou uma vez mais o poderio poético do líder dos NIN. O ano de 94 ficou ainda marcado pelo trabalho de produção de Reznor na banda sonora do filme "Natural Born Killers" de Oliver Stone. Um ano depois, os Nine Inch Nails apareceram novamente como produtores de uma banda sonora, então do filme "The Crow", que eternizou a última actuação no cinema de Brandon Lee. Reznor continuou a colaborar com o mundo da sétima arte três anos mais tarde, quando produziu a banda sonora de "The Lost Highway" de David Lynch. Foram depois necessários dois anos até que os NIN voltassem em disco, e só em 1999 é que apareceu "The Fragile", um álbum duplo que registou de uma forma possante a força das composições de Reznor. O disco entrou directamente para o primeiro lugar da tabela americana e alcançou mais tarde o duplo disco de platina nos Estados Unidos.

Em 2000 apareceu no mercado "Things Falling Apart", um EP que registou novas e desconhecidas impressões sobre o álbum editado um ano antes. Um ano mais tarde chegou "Nine Inch Nails: And All That Could Have Been", um disco gravado ao vivo durante a digressão americana de 2001.
Seis anos depois de "The Fragile", os Nine Inch Nails regressaram com "With Teeth".
Seguiram três álbuns editados no espaço de um ano, entre 2007 e 2008: "Year Zero", "Ghosts I-IV" e "The Slip".

Alinhamento
Nine Inch Nails – The hand that feeds
Nine Inch Nails - Deep
Pearl Jam - Jeremy
Nirvana – Smells like teen spirit
Foo Fighters – All my life
Nine Inch Nails – Everyday is exactly the same
The Doors – Five to one
Nine Inch Nails – The perfect day

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 16/02/2009


Os Limp Bizkit estão a planear voltar a tocar juntos, pela primeira vez em 8 anos. De acordo com um comunicado do grupo, Fred Durst, Wes Borland, Sam Rivers, John Otto e DJ Lethal, a formação original da banda, planeiam não só um novo disco, como também uma digressão mundial.
«Percebemos que estavámos mais aborrecidos e menos contentes com o estado da música heavy popular do que uns com os outros. Independentemente dos nossos caminhos se terem separado, reconhecemos que há uma energia muito forte e poderosa entre nós, que não encontramos em lado nenhum. É por isso que os Limp Bizkit estão de volta», pode ler-se na mensagem.
Por agora, os norte-americanos já têm passagem confirmada pela Rússia, Ucrânia e Alemanha.

A Florida foi o primeiro local de reunião dos elementos que formaram os Limp Bizkit. Fred Durst e Sam Rivers, depois de se juntarem a John Otto e a Wes Borland, começaram a ensaiar as primeiras sonoridades do familiar rap core característico dos Bizkit. O golpe de sorte dos Limp proporcionou-se aquando de uma visita dos Korn à Florida, em 1995. Fred Durst, que ocupava então o seu tempo a fazer tatuagens, teve a oportunidade de fazer algumas no corpo de Fieldy, o baixista dos Korn. O interesse pela actividade dos Bizkit foi ainda maior depois de Durst ter facilitado uma maqueta a Fieldy, que acabou por entregá-la a Ross Robinson, o produtor dos Korn. O entusiasmo foi tal que, passado pouco tempo, os Bizkit entraram em digressão com os House Of Pain e com os Deftones.
A música dos rapazes da Florida passou em breve de desconhecida para pretendida. "Three Dollar Bill Y'All", lançado em 1997, foi o primeiro longa duração da banda. A fama dos Bizkit projectou-se ainda mais junto do público e a digressão depois feita junto dos Faith No More e dos Primus trouxe a continuidade necessária à conquista de novos fãs.
O segundo conjunto de originais dos americanos, "Significant Other", lançado em 1999, afirmou em definitivo a popularidade. O disco acabou por vender mais de quatro milhões de cópias, e os Bizkit transformaram-se numa das bandas mais requisitadas a nível mundial.

Os norte americanos estiveram desde sempre envoltos em alguma polémica, e a sua actuação na edição de 1999 do Festival de Woodstock foi exemplo disso mesmo. Os Limp foram acusados de incitamento à violência e a organização viu-se mesmo obrigada a interromper o seu espectáculo. Apesar de tudo, a banda continuou a ver a sua popularidade quase intocável. O ano 2000 foi o escolhido para o lançamento do terceiro longa duração. "Chocolate Starfish And The Hot Dog Flavored Water" bateu recordes logo após a edição, ao vender mais de um milhão de cópias em apenas uma semana. O disco trouxe consigo singles como "My Way" ou "Take A Look Around", incluído na banda sonora do filme "Missão Impossível II" e que auxiliou os Bizkit na nomeação conseguida para o Grammy da Melhor Banda de Hard Rock do ano 2000.

Depois de ter vencido o prémio de "Melhor Álbum" na edição de 2001 dos prémios de música MTV Europa, com "Chocolate...", a banda regressou aos escaparates em Dezembro do mesmo ano com um disco de remisturas para o álbum premiado, intitulado "New Old Songs". Entre os nomes que deram nova aparência aos temas dos Limp Bizkit, contam-se os Neptunes, Timbaland, DJ Premier, entre muitos outros. Em Outubro de 2001, o guitarrista Wes Borland abandona os Bizkit, e decide enveredar por uma carreira a solo. Após meses de incertezas em relação ao escolhido para substituir Borland, Fred Durst anunciou a contratação do ex-Snot Mike Smith. Dois anos passados sobre a saída de Borland, a banda da Florida lança "Results May Vary", um novo álbum. O disco obteve resultados pouco positivos em termos de vendas, isto quando comparado aos registos anteriores de Durst e companhia. Em Junho de 2004, os Bizkit anunciaram no seu site oficial o regresso de Borland ao colectivo.
Em 2005 foi lançado “The Unquestionable Truth (Part 1)”. Para este ano está previsto o lançamento da parte 2 deste projecto dos Limp Bizkit.

Alinhamento
Limp Bizkit – Almost over
Limp Bizkit - Drown
Linkin Park – Shadow of the day
Guano Apes – Living in a lie
Limp Bizkit – The one
Keane – Crystal ball
Sonic Youth – Teenage riot
Limp Bizkit – Behind blue eyes

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 13/02/2009


Robbie Williams foi um dos cinco rapazes que integraram os Take That, a mais famosa das boys band. Tensões internas, sucesso em excesso, vontade de mudar - ingredientes que, a juntar a outros, podem explicar o fim do grupo, em Fevereiro de 1996. Mas, ainda em 1995, Robbie Williams deixou o agrupamento. O percurso era presságio de momentos futuros fulgurantes, mas ainda assim levou o seu tempo. Notícias contraditórias quiseram fazer querer que Williams foi despedido do grupo, devido ao excessivo consumo de drogas e a constantes divergências com Gary Barlow, o lead singer dos Take That.
Robbie partiu à procura de si próprio e começou por andar com os Oasis, tentando encontrar inspiração junto dos manos Gallagher, dada a sua admiração pela banda de Manchester.
Os tempos eram difíceis e os jornais ingleses não perderam tempo. O consumo de drogas e as curas de desintoxicação passaram a ser notícia diária. A gravação do primeiro single esperou quase um ano e, só no fim de 1996, é que Robbie assaltou o mercado com uma versão de "Freedom 90", de George Michael. Os resultados foram desastrosos, mas o sucesso era inquestionavelmente o destino da sua carreira. O primeiro álbum, "Life Thru A Lens", de 1997, foi o primeiro êxito no Reino Unido. A popularidade de Robbie junto das camadas mais jovens e o regresso às receitas de sucesso foi conseguido.
Esta sexta-feira, Robbie Williams completa 35 anos.

"I've Been Expecting You" foi o segundo álbum, editado em 1998. Com este disco, Robbie repetiu as vendas em massa e chegou a número 1. Alguns discos de platina depois, Williams era, uma vez mais, nomeado para os Brit Awards: seis nomeações valeram-lhe três prémios. O single "Millenium" foi parte incontornável da fama.
O álbum "The Ego Has Landed" com edição exclusiva nos Estados Unidos, foi feito com o intuito de penetrar no mercado americano. O disco, em formato de compilação, tinha um conjunto dos melhores temas dos dois trabalhos editados na Europa. Finalmente, em 2000, deu-se a edição de "Sing When You're Winning". Robbie esteve então envolvido em nova polémica, desta vez foi o vídeo de "Rock DJ", o primeiro single, onde o cantor faz um striptease literalmente até aos ossos, que acabou por ditar a interdição do vídeo em vários canais de tv. Os Brits Awards, no início de 2001, recompensaram-no e transformaram-no no artista que mais "brits" conquistou.
Àparte a sua carreira musical, a imprensa cor-de-rosa faz de Robbie Williams um alvo preferido, inventando casos amorosos e procurando escândalos a toda a hora.
Em 2001, o artista editou um novo álbum, com o mesmo nome do registo anterior, "Swing When You're Winning", onde cantou versões de temas clássicos na área dos chamados standards.
Depois da acesa batalha travada entre quatro gigantes da indústria discográfica, e que acabou por ser vencida pela EMI, Robbie Williams lançou, em 2002, "Escapology" - 14 canções escritas em parceria com Guy Chambers.

Em 2003, Robbie Williams celebrou o seu sucesso com a edição do CD ao vivo "Live at Knebworth", retratando a digressão do cantor no Verão desse ano, durante a qual actuou ao vivo para 1,24 milhões de pessoas. No mesmo ano, o ex-Take That lança a versão ao vivo em DVD, sob o título "What We did Last Summer".
Em Outubro de 2003, Robbie Williams veio a Portugal para dois concertos no Pavilhão Atlântico.
A publicação do livro biográfico sobre Robbie Williams, "Feel", no ano seguinte, causou polémica pelas revelações sobre o seu passado nos Take That e a sua experiência de bon vivant.
Ainda em 2004, é lançado o "Greatest Hits" que reúne os seus maiores êxitos e também dois inéditos: 'Radio' e 'Misunderstood', este último incluído na banda-sonora do filme "O Diário de Bridget Jones 2".
Em 2005, surge o novo álbum de originais "Intensive Care", gravado em dois anos, a meias com Stephen Duffy, cujo primeiro single se intitula 'Tripping'. A respeito deste seu oitavo disco, Robbie Williams afirmou no seu site oficial tratar-se de trabalho mais melancólico e nostálgico, inspirado em vários clássicos dos anos 80.

Em Novembro desse ano, Robbie Williams passa por Lisboa para participar nos MTV Europe Music Awards, onde venceu o prémio de Melhor Artista Masculino.
Em 2006, anunciou uma digressão mundial que começou na África do Sul e terminou na Austrália. Depois disso, o cantor afirmou que esta seria a sua última tournée e que a sua carreira iria sofrer um hiato, devido ao descontentamento e às pressões que sentia por parte da indústria musical.
Em 2006, Robbie Williams editou o álbum "Rudebox", um registo que deixa de lado as canções pop e aposta nas estruturas rítmicas oriundas da música electrónica e de dança.

Alinhamento
Robbie Williams - Feel
Robbie Williams – She´s the one
Oasis – Don´t look back in anger
Madonna - Music
Britney Spears - Mannequin
Robbie Williams - Angels
Anastacia – In your eyes
Kylie Minogue – Spinning around
Robbie Williams - Millenium

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 12/02/2009


Martinho da Vila, sambista de Vila Isabel (apesar de ter nascido no interior do estado do Rio de Janeiro), iniciou a sua carreira no III Festival de Música da TV Record, em 1967, ao qual concorreu com o tema "Menina e Moça", repetindo a experiência em 68 e 69. Nesse último ano, edita o seu primeiro álbum "Martinho da Vila", com os explosivos "Casa De Bamba" ou "O Pequeno Burguês", e os sambas-enredo em "Iaiá Do Cais Dourado" e "Carnaval de Ilusões", que contribuíram para alterar o formato tradicional dos mesmos. Em 1974 amplia o seu sucesso com "Canta, Canta, Minha Gente", um álbum que incluía o samba "Disritmia", que teve grande passagem na rádio brasileira.
Esta quinta-feira, Martinho da Vila completa 71 anos.

Em 1981, grava, para um público mais romântico, o álbum "Sentimentos", que incluía a canção "Ex-amor". Em 1988 a Vila Isabel foi campeã do Carnaval carioca com o samba enredo "Kizomba, Festa Da Raça", escrito por si. No mesmo ano Martinho edita, pela CBS, o disco "Festa da Raça". No ano seguinte obtém grande êxito com o samba "Dancei", incluído na banda-sonora da popular telenovela da TV Globo, "Tieta".
Em 1995, "Tá Delícia, Tá Gostoso", revela-se novo marco na sua carreira, vendendo mais de um milhão de cópias, muito graças a temas como "Mulheres", "Cuca Maluca" ou o tema que dá nome ao disco.

Em 1997 Martinho abre um bar em Vila Isabel, o Butequim do Martinho, que rapidamente se torna um ponto de encontro de sambistas. Um ano depois, lança, pela Sony, "3.0 Turbinado Ao Vivo", um álbum que faz uma síntese da sua carreira, e que inclui êxitos antigos seus como "Quem É Do Mar Não Enjoa", ou "Canta, Canta Minha Gente" e clássicos do samba como "Batuque Na Cozinha" de João Baiana.
Os seus enormes sucessos de vendas, vêm quebrar a tradição de se pensar que os sambistas precisavam de convidar outras vozes para cantar os seus sambas, para que estes pudessem chegar ao grande público.

Ao longo da sua carreira, já com mais de 30 anos, Martinho envolveu-se também em causas relacionadas com os direitos dos negros, promovendo ainda intercâmbios culturais com África, através de álbuns, espectáculos e prelecções.
Em 2000 edita "Lusofonia", um álbum que, como o nome indica, procura construir uma ponte entre os diferente países de língua oficial portuguesa. Seguiram-se as edições de “Martinho da Vila, da Roça e da Cidade”, “Martinho Definitivo”, “Voz e Coração”, “Martinho da Vila – Conexões”, “Conexões Ao Vivo”, “Brasilatinidade” e “Martinho da Vila do Brasil e do Mundo”.

Alinhamento
Martinho da Vila – Feitiço da vila
Martinho da Vila - Mulheres
Gilberto Gil - Tradição
Chico Buarque – O que será que será
Milton Nascimento – Caçador de mim
Martinho da Vila – Trem das onze
Caetano Veloso – Debaixo dos caracóis do seu cabelo
Elis Regina – Me deixas louca
Maria Rita - Veja bem meu bem
Martinho da Vila (ft Katia Guerreiro) – Dar e receber

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 11/02/2009


Sheryl Crow conquistou a aclamação do público e da crítica especializada, conseguindo assim um lugar sólido na cena pop-rock dos anos 90.
A cantora norte-americana teve desde cedo um contacto muito próximo com a música, uma vez que tanto o pai como a mãe estavam ligados ao meio. Ela, professora de piano, e ele trompetista, actividade que acabou por deixar para se dedicar à advocacia. Crow chegou mesmo a convidar o pai para tocar no seu álbum de estreia, "Tuesday Night Music Club", convite que este modestamente tentou recusar sugerindo à filha que optasse antes pelo músico Herb Alpert. A cantora manteve-se fiel à sua convicção e o pai acabou por tocar no álbum.
Durante o liceu, Crow continuou a aprender piano com a mãe e, uma vez na universidade, a cantora frequentou aulas de composição e ensino de música, actividade que conciliava com os espectáculos de actuações de uma banda de "covers", os Cashmere. Uma vez terminado o curso, Crow deu aulas de músicas a crianças deficientes do ensino primário, e continuou a tocar em bandas de versões em St. Louis.
Sheryl Crow completa esta quarta-feira 47 anos.

Em 1986, a cantora rumou a Los Angeles, onde depois de realizar actividades tão diversas como servir às mesas ou cantar para anúncios publicitários, deu o primeiro passo decisivo da sua carreira. Crow participou numa audição de onde iriam ser seleccionadas vozes para integrar os coros da digressão "Bad" de Michael Jackson e, após ter sido avisada de que só seriam escolhidas vozes altamente recomendadas, a cantora arriscou e foi seleccionada para participar na digressão, que durou dois anos. Não tardou até que a cantora começasse a gravar duetos com Jackson, o que valeu aos músicos a circulação de falsos rumores acerca de um envolvimento amoroso entre ambos.
Foi através do produtor Hugh Padgham que a carreira da cantora tomou finalmente o rumo certo. Padgham entregou uma maqueta de Crow à A&M Records, editora para a qual a cantora viria a assinar contrato, pouco tempo depois. Surgiram entretanto complicações várias e a editora optou por não editar o disco.
Posteriormente, os músicos Kevin Gilbert, seu namorado na época, Bill Bottrell e David Baerwald começaram a tocar juntos todas as terças feiras, e Crow foi convidada a integrar o grupo. Nasceu assim o Tuesday Night Music Club, que deu título ao álbum de estreia da cantora, editado em 1993.

No ano seguinte, Crow cantou o tema "Leaving Las Vegas" no programa de televisão norte-americano "The Late Show With David Letterman", onde o apresentador lhe perguntou se o tema era autobiográfico. A resposta afirmativa de Crow suscitou grandes desavenças com Gilbert e Baerwald, que apesar de tudo não impediu o álbum de atingir um volume de vendas equivalente a seis milhões de cópias e de valer a Crow um Grammy, na categoria de "Melhor Artista Revelação".

Em 1995, Crow e Bottrell começaram a trabalhar no segundo disco, mas os desentendimentos vieram de novo ao de cima e Bottrell acabou por desistir do projecto. Ainda assim, "Sheryl Crow", disco produzido pela cantora, foi editado em 1996, mas o azar continuou com a morte de Gilbert..
Uma vez confirmado o talento da cantora com a edição do seu segundo disco, a expectativa para com o sucessor do disco homónimo de Sheryl Crow já não era tanta. "The Globe Sessions" surgiu em 1998, e apresentou uma mistura de canções introspectivas com outras mais viradas para o rock. Em Junho do ano seguinte o álbum foi reeditado e nele foi incluída uma versão do single "Sweet Child of Mine" dos Guns n' Roses, tema que tinha sido colocado primeiramente na banda sonora do filme "Big Daddy".
Em Abril de 2002, a cantora regressou com novo álbum de originais, "C'mon C'mon", onde reuniu participações de artistas como Lenny Kravitz, Liz Phair, Stevie Nicks, entre outros. Seguiram-se "Wildflower", em 2005, e "Detours", em 2008.

Alinhamento
Sheryl Crow – Sweet child o´mine
Sheryl Crow – The first cut is the deepest
Daniel Powter – Next plane home
Rod Stewart – When I need you
Sheryl Crow – Leaving Las Vegas
James Taylor – You´ve got a friend
Phil Collins – I wish it would rain down
Sheryl Crow – Strange enough

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 10/02/2009


Os Erasure preparam o lançamento de um box set retrospectivo de luxo. "Total Pop! - Deluxe Box" chega às lojas americanas no dia 7 de Abril, numa edição com três CDs e um DVD, que inclui a versão remasterizada de todos os singles da banda durante os seus 30 anos de carreira, incluindo 'A Little Respect' e 'Chains of Love' e 15 interpretações ao vivo, gravadas entre 1987 e 2007. O DVD imortaliza as presenças do duo na BBC entre 1986 e 2005, mostrando a estreia do tema 'Sometimes' no clássico programa da televisão britânica, Top of The Pops, em 1986.
A assinalar a chegada da edição especial às lojas, Andy Bell e Vince Clarke preparam também o lançamento digital de remisturas dos seus êxitos por nomes como Manhattan Clique e Sweden's Sound Factory.

Em 1980, Vince Clarke (com apenas 20 anos) fundava uma das bandas mais cultuadas dos anos 80. Os Depeche Mode. Mas apesar do sucesso do primeiro álbum, resolveu deixar o grupo para seguir com as suas experiências sonoras. Em 82, juntou-se a Alison Moyet para formar o que seria uma das pérolas do Pop pós-Kraftwerk: os Yazoo. Com melodias de forte apelo dançante, os Yazoo conquistaram fama e elogios da crítica, graças à sua bem doseada mistura de Synth Pop e Jazz. Estranhamente, o projecto só durou dois anos e dois álbuns. Mas o incansável Clarke não poderia ficar parado. Em 84, após um anúncio de jornal e uma longa sessão auditiva com dezenas de cantores, encontrou o cantor nº 41, um ex-açougueiro de 21 anos chamado Andy Bell. Estavam fundados os Erasure.
Os primeiros singles ´Who Needs Love Like That´ e ´Heavenly Action´ alcançaram apenas as posições 55 e 100 nas paradas inglesas, respectivamente. Já o terceiro single, ´Oh L´Amour´, foi mais longe: alcançou os primeiros lugares nas paradas da França e da Austrália. Os Erasure saíam então para a sua primeira turnê pela Inglaterra.

Os primeiros álbuns, ´Wonderland´ e ´Circus´, foram mais ou menos bem-sucedidos, sendo este último responsável pelas primeiras penetrações nos Top 50 da Europa. Mas foi em 87 com o álbum The Innocents´ que os Erasure começaram a ser levados a sério. Os singles ´Ship of Fools´, ´Chains of Love´ e, principalmente, ´A Little Respect´ levaram o álbum directamente para o primeiro lugar do top de LP´s britânico. Em 89, os Erasure já eram um sucesso e tocavam para platéias de 60 mil pessoas.
Em 91, a banda lançou o que é, provavelmente, a maior pérola Pop da sua carreira, o single ´Love to Hate You´.
Após umas merecidas férias durante o ano de 93, chega ´I Say I Say I Say´, com uma maturidade musical maior por parte dos dois e um clima mais viajante do que dançante.
Em 95, mais um álbum, criativamente chamado de ´Erasure´. Mais uma inovação no som do duo, que caminhava para um outro tipo de clima, mais dark e até meio ´rock´.

Após uma turné e um hiato de dois anos, mais uma nova experiência: o álbum ´Cowboy´ de 1997. Embora não muito bem sucedido, trouxe alguns óptimos singles como ´Rain´, ´Don´t Say your Love is Killing Me´ e a inegável evolução vocal de Andy Bell.
´Loveboat´, lançado em 2000, foi o último álbum com músicas inéditas do duo, coisa que mudará em 2005 com o lançamento de Nightbird. Em 2003 o duo lança um novo disco, apenas com regravações de sucessos de outros artistas, como Peter Gabriel, Buddy Holly e Elvis entre outros.
Em 2003 sai o disco Other People Songs. O trabalho foi considerado fraco pela crítica e até mesmo pelos fãs. Já o novo disco, Nightbird, com lançamento em Janeiro de 2005, viu o primeiro single, Breathe, no dia do seu lançamento, alcançar a sexta posição em Inglaterra.

Alinhamento
Erasure - Sometimes
Erasure – A little respect
New Order – Someone like you
Portishead – Wandering star
Groove Armada – Dusk you & me
Erasure - Freedom
Pet Shop Boys – West end girls
Everything But The Girl – Love is strange
Erasure - Breathe

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 09/02/2009


A Dave Matthews Band é a primeira grande confirmação do cartaz do Optimus Alive! 2009. A notícia foi avançada pela Rádio Comercial na passada semana e confirmada em conferência de imprensa pela promotora do espectáculo, a Everything is New.

A banda norte-americana regressa assim ao nosso país, depois do concerto no Pavilhão Atlântico em 2007, com novo disco na bagagem. O álbum, com título ainda não definido, chega às lojas a 14 de Abril. A actuação do grupo no festival Optimus Alive! 2009 acontece a 11 de Julho.

Na mesma conferência de imprensa de anúncio da Dave Matthews Band no Festival Optimus Alive! foi confirmada oficialmente a presença dos Metallica, que actuam dois dias antes (9 de Julho), para mostrar o novo disco "Death Magnetic". Quanto aos Slipknot, anunciaram a passagem pelo mesmo dia do festival, no seu site oficial. Na bagagem trazem novas máscaras e o quarto álbum "All Hope is Gone".

O Alive!09 decorre entre 9 e 11 de Julho no Passeio Marítimo de Algés.
Os bilhetes já se encontram à venda pelos preços de 50 euros, para um dia, e 90 euros, passe para três dias.

Alinhamento
Dave Matthews Band – Don´t drink the water
Dave Matthews Band – So much to say
Rob Thomas – Lonely no more
Jack Johnson – Wasting time
Sheryl Crow – Leaving Las Vegas
Dave Matthews Band – Stay (wasting time)
Pearl Jam – Last kiss
Coldplay – Speed of sound
Dave Matthews Band – The space between

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 06/02/2009


Paulo de Carvalho vem amanhã a Guimarães para um concerto no Centro Cultural Vila Flor. O cantor e compositor já completou mais de 45 anos de carreira. Começou como baterista e em 1962 fundou os Sheiks. O sucesso da carreira da banda, a que chamaram «os Beatles portugueses», pôs-lhe fim às veleidades futebolísticas nos juniores do Benfica.
Em 1968 a tropa pôs fim à banda. Regressado à vida civil, Paulo de Carvalho fez parte de vários grupos, entre eles a Banda 4, o projecto Fluido e o Thilo´s Combo, de Thilo Krassmann.
Apesar de nos dois primeiros projectos ser o vocalista principal, só em 1970 inicia uma carreira verdadeiramente a solo ao ser convidado, por Pedro Osório e Carlos Portugal, para cantar "Corre Nina", no Festival RTP da Canção.

Em 1971 Paulo de Carvalho ficou em segundo lugar no Festival RTP da Canção com "Flor Sem Tempo", da autoria de José Calvário. No ano seguinte, em cima da hora, decide não participar no Festival mas ainda lança um single com versões dos temas "Esta Festa das Cidades"e "Vamos Cantar de Pé", apresentados no certame.
Em Fevereiro de 1973 participa de novo no Festival com "Semente" e no Verão desse ano viaja até Madrid para gravar o seu primeiro LP de originais.
Vence o Festival RTP da Canção de 1974 com “E Depois do Adeus”. Esta canção foi uma das senhas para a Revolução dos Cravos. Na Eurovisão ficou em último lugar ex-aequo com as canções representantes da Noruega, Alemanha e Suíça.
Em 1975 regressa ao Festival RTP da Canção com os temas "Com Uma Arma, Com Uma Flor" e "Memória". Entretanto, inicia uma parceria com o músico Júlio Pereira, de que resultam os álbuns "Não De Costas Mas De Frente" (1975) e "M.P.C.C." (1976). Exactamente em 1976 estreia-se como compositor para outros com a canção "Lisboa Menina e Moça", celebrizada por Carlos do Carmo.

Presença assídua do Festival RTP da Canção, Paulo de Carvalho volta a vencer o certame em 1977 com “Os Amigos”.
Em 1978 grava o álbum "Volume I" que inclui canções como "Nini dos Meus Quinze Anos", "Gostava de Vos Ver Aqui" e "Cab'Verde na Estrela".
Com nomes como Ary dos Santos, Joaquim Pessoa, Fernando Tordo e Carlos Mendes grava "Os Operários do Natal", uma das mais importantes obras discográficas para crianças que se fizeram em Portugal.
Os Sheiks regressam em 1979 para uma série de 13 programas da RTP. O grupo grava os discos "Pintados de Fresco" e "Sheiks com Cobertura". Em 1979 grava "Cantar de Amigos" em conjunto com Tózé Brito e em Março de 1980 obtém o 2º lugar no Festival Internacional de Viña del Mar, no Chile, com "Mi Amor Por Ana". No Festival SOPOT da Polónia obtém o prémio para melhor intérprete.
Com o seu Quinteto, que entretanto passa a integrar Helena Isabel, participa no Festival RTP da Canção de 1984 com o tema "(Já) Pode Ser Tarde".

O álbum "Desculpem qualquer coisinha", de 1985 inclui o grande sucesso "Meninos de Huambo". É o primeiro disco de Ouro da sua carreira.
Em 1989, com Carlos Mendes, Fernando Tordo e Pedro Osório participa em "Só Nós Três", um dos espectáculos mais importantes da nossa música ligeira.
Os 33 anos de carreira de Paulo de Carvalho são assinalados em 1995 com a edição do disco "33...Vivo". Mais tarde, "Paulo de Carvalho Antologia 40 anos" foi editado em Junho de 2002. Um disco que atravessa quatro décadas, desde os Sheiks até "Mátria".
No ano passado foi lançado "O Amor", com temas como "Canção Para Tito Paris" (com Ivan Lins) e "O Mundo Inteiro".
Paulo de Carvalho estará este sábado no Centro Cultural Vila Flor, para um concerto que começa às 22 horas.

Alinhamento
Paulo de Carvalho – Nini dos meus 15 anos
Paulo de Carvalho – Lisboa menina e moça
Carlos do Carmo - Retalhos
Vitorino – Joana Rosa
Carlos Paião - Cinderela
Paulo de Carvalho – Flor sem tempo
José Cid – Verdes trigais em flor
Rita Guerra - Secretamente
Paulo de Carvalho – Os meninos de Huambo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 05/02/2009


Os Beastie Boys disponibilizaram para download a reedição do álbum clássico de 1989, "Paul's Boutique". Além da versão remasterizada dos 15 temas do alinhamento original do registo, os fãs que comprarem o álbum, também recebem todo o trabalho gráfico em três dimensões.
A edição física está marcada para 10 de Fevereiro, com uma t-shirt e um poster como extras. Os Beastie Boys surgiram no princípio dos anos 80, em Nova Iorque, cidade de onde são naturais os três membros da banda, Mike Diamond, Adam Yauch e Adam Horovitz, e onde tomaram pela primeira vez contacto com a cena punk.

Em 1981 os Beastie Boys editaram o EP "Polly Wog Stew", para a editora independente Rat Cage, tendo o registo passado quase despercebido. Foi ainda durante esse ano que os dois MC's conheceram o terceiro membro do grupo, Ad-Rock, fundador da banda harcore The Young and the Useless. Em 1983, os Beastie Boys passaram a contar com Ad-Rock.
Em 1985, o trio juntou-se à Def Jam Records e, no mesmo ano, produziu um êxito de sucesso para a banda sonora do filme "Krush Groove", intitulado "She's On It". A divulgação dos três MC's aumentou consideravelmente no final do ano, quando fizeram as primeira partes dos concertos de Madonna, incluídos na "Virgin Tour", bem como os dos Run DMC.

No ano seguinte, chegou às lojas o primeiro álbum do grupo. Intitulado "License to Ill", o disco foi arrasado pela generalidade dos críticos, no entanto, tal não impediu que fosse considerado o disco de estreia que mais rápido vendeu na história da Columbia Records, conseguindo um volume de vendas superior a 750 mil unidades nas primeiras seis semanas. O grande êxito do disco deveu-se, em grande parte, ao single "Fight For Your Right (to Party)". "License to Ill" foi inclusivamente considerado o álbum de rap da década de 80 que alcançou maior sucesso comercial, o que provocou muitos comentários depreciativos por parte de fãs de hip hop que viam os Beastie Boys como simples "piratas culturais".
Os Beastie Boys mudaram-se entretanto para a Califórnia, onde travaram conhecimento com a equipa de produtores Dust Brothers. O resultado foi o disco "Paul's Boutique" (1989), editado para a Capitol Records, também mal sucedido em termos comerciais, mas posteriormente considerado um álbum visionário devido à técnica cut-and-paste nele utilizada.
Após a edição do segundo trabalho, os Beastie Boys fundaram a sua própria editora, a Grand Royal, para a qual lançaram o sucessor de "Paul's Boutique", intitulado "Check Your Head" (1992), que produziu os êxitos "Jimmy James", "Pass The Mic" e "Watcha Want".

Em 1994, o trio reuniu algumas das suas primeiras gravações punk na compilação "Some Old Bullshit", que foi sucedida, ainda no mesmo ano, por "Ill Communication". O disco chegou a número um e produziu os singles "Sabotage" e "Sure Shot", que ajudaram o registo a conquistar a dupla platina. Durante o Verão, os Beastie Boys foram, juntamente com os Smashing Pumpkins, cabeças de cartaz do Festival Lollapalooza. Também em 1994, a Grand Royal editou o aclamado álbum de estreia das Luscious Jackson, intitulado "Natural Ingredients", e os Beastie Boys editaram a revista Grand Royal.
Em 1996, Adam Yauch organizou um festival com vista à consciencialização e angariação de fundos para a situação do Tibete contra o governo chinês, que acabou por se tornar num evento anual.
Em 1998, chegou às lojas o multi-platinado "Hello Nasty", sucedido em 2004 por novo álbum de originais, intitulado "To the 5 Boroughs", uma homenagem dos Beastie Boys à cidade de Nova Iorque, de onde a banda é natural.
Finalmente, em 2007 a banda lançou “The Mix-Up”.

Alinhamento
Beastie Boys – No sleep till Brooklyn
Beastie Boys – Triple trouble
Smashing Pumpkins – Stand inside your love
Oasis – Stand by me
30 Seconds To Mars – From yesterday
Beastie Boys – Ch-check it out
R.E.M. - Shiny happy people (ft Kate Pierson)
The Killers – Somebody told me
Bush - Swallowed
Beastie Boys -Fight for your right

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 03/02/2009


Depois de levarem a sua energia a audiências mais dispersas como as de Paredes de Coura e o Rock in Rio, e aos devotos dos U2, no Estádio de Alvalade, os Kaiser Chiefs propuseram-se no último fim-de-semana a exame individual perante o público português e, feita a avaliação final, passaram com honra e distinção.
Desde que apareceu com pompa e circunstância à boleia de "Employment" em 2005, este quinteto liderado pelo discípulo da formiga atómica chamado Ricky Wilson, foi empurrado para o meio da massa que se tornou a nova vaga de projectos pop-rock britânicos, ou seja, bandas limpinhas capazes de fazer bons singles e pôr multidões de jovens a saltar nos festivais de Verão, sem grandes pretensões conceptuais como alguns dos seus colegas mais para os lados dos EUA. Perderam algum fulgor festivo no segundo disco "Yours Truly, Angry Mob", mas voltaram a trazer a diversão para a arena com o novo álbum "Off With Their Heads", o pretexto para esta prova a solo no nosso país e a casa de 11 temas (muito) bem pensados para o palco.

Tudo começa, no álbum e ao vivo, com 'Spanish Metal' e o seu riff arrancado do tema da "Missão Impossível", para continuar a matar com 'Everyday I Love You Less and Less' e 'Everything is Average Nowadays', mas podia até ter sido mais calmo, tal o delírio entre a assistência mal os cinco meninos puserem o pé em palco. Em modo festa total, o público, heterogéneo em idade e estilo, foi o sexto membro da banda durante todo o concerto, cantando, saltando e gritando consoante as ordens do maestro Ricky Wilson, que apesar de um certo cansaço na voz não deixou de saltar para o meio das filas da frente como já se tornou a sua marca, isto quando não corria pelo meio dos seus colegas ou incitava as bancadas laterais, imparável, sempre. Pelo meio, foi guardando no palco os objectos pessoais que lhe mandavam, incluindo uma mochila de um fã, para «mais tarde devolver».

É impossível não notar que, em apenas 4 anos, os Kaiser Chiefs criaram uma considerável massa seguidora, e tudo porque contam no seu cardápio com pratos fortes como 'Ruby', 'The Angry Mob', 'Heat Goes Down', 'Na Na Na Na Naa' e 'I Predict a Riot', iguarias que não faltaram na noite do Coliseu. Mas foi sobretudo curioso verificar a mesma dedicação e aceitação do público em relação a novos sabores como o excelente 'You Want History', 'Good Days Bad Days' e claro, a atracção-mor, e novo clássico, 'Never Miss a Beat', capaz de levar a sala lisboeta a igual loucura como a versão longa de 'Oh My God', que fechou em grande um encore que curiosamente começou fraco com 'Tomato in the Rain' e 'I Can't Say What I Mean'. Perante um Coliseu naturalmente rendido e exausto com o primeiro grande concerto a que assiste em 2009, Ricky Wilson deixou ainda no ar um regresso mais para o Verão.

Nota alta na pauta para os cinco rapazes dos Kaiser Chiefs, que mesmo algo longe do tempo dos feios, porcos e maus do rock n' rollers clássicos, passam sem problemas para o público a paixão pela música, o honesto acreditar no seu talento e, sobretudo, uma irresistível vontade de divertir quem os ouve. Quem disse que o rock n' roll não pode tomar vários duches ao dia?

Alinhamento
Kaiser Chiefs – I predict a riot
Kaiser Chiefs – Oh my god
Bloc Party – I still remember
Kings of Lion – On call
The Strokes – The end has no end
Kaiser Chiefs - Ruby
Franz Ferdinand - Matinee
Interpol – Slow hands
Keane – Lovers are losing
Kaiser Chiefs – Everyday I love you less and less

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Barco Ancorado 02/02/2009


O novo disco dos Coldplay, "Viva La Vida or Death and All His Friends", foi eleito o melhor álbum do ano pelos utilizadores do Cotonete. Numa votação promovida pelo site em parceria com a FNAC, não houve uma lista diferenciada entre álbuns internacionais e nacionais, pelo que a medalha de prata coube à portuguesa Rita Redshoes e ao seu trabalho de estreia "Golden Era", seguida dos compatriotas Deolinda, que também se estrearam em 2008 nas edições com "Canção ao Lado", alcançando o terceiro lugar do pódio.

Duffy, Buraka Som Sistema, Oasis, Metallica, Madonna, AC/DC e Guns N'Roses compõem os restantes dez primeiros lugares da votação que elegeu um total de 25 álbuns, numa lista que contempla muitos outros protagonistas do ano musical que passou. Da pop ao rock indie, passando pelo metal e pelo fado.

Viva La Vida or Death and All His Friends, dos Coldplay, recebeu 1.259 votos, seguido de perto por Golden Era de Rita Redshoes com 1197, e de Canção ao Lado, dos Deolinda, com 1.169. Seguiram-se Duffy (Rockferry), Buraka Som Sistema (Black Diamond), Oasis (Dig Out Your Soul), Metallica (Death Magnetic), Madonna (Hard Candy), AC/DC (Black Ice) e Guns N 'Roses (Chinese Democracy) fecham o top ten da votação do Cotonete.

Entre os 25 álbuns mais votados do ano passado, encontram-se ainda nomes como Camané, Seal, Keane, Mariza, The Ting Tings, Killers, Adele, Mafalda Veiga, Britney Spears, The Script, Mafalda Arnauth, Kings Of Leon, Portishead, Rui Reininho e The Last Shadow Puppets.

Alinhamento
Coldplay – Viva la vida
Duffy - Mercy
Oasis – Sunday morning call
Guns N´Roses - Patience
Seal - Crazy
Madonna - Music
Keane – Perfect symmetry
Kings of Leon – Use somebody
Killers - Human